Editorial
Como bem sabem os migalheiros, derrama-se a ciência do Direito por várias vertentes das relações humanas. Nenhuma, no entanto, ombreia-se à importância política de velar pela legitimidade da captação da vontade do povo quando aponta seus governantes. Os jovens talvez desconheçam o fato de que nem sempre entre nós as eleições fluíam com a segurança e paz de nossos tempos. Até 1930 - e foi esse, segundo se aduzia, um dos motivos impulsionadores da revolução que depôs o presidente Washington Luiz -, as eleições eram presididas pelo próprio poder político local, a propiciar a perpetuação das lideranças de toda e qualquer forma, até as mais imorais e ilícitas. Campeavam as fraudes, os mortos votavam e os eleitores eram contidos nos currais dos chefes políticos. Absolutamente diferente é agora. Hoje reina a democracia, ainda com defeitos, mas a democracia. E a democracia é bela por propiciar a convivência harmoniosa dos contrários, a interação pacífica dos opostos. Sem ela fatalmente se avançaria nas eleições com espírito maniqueísta, como se um pleito fosse uma sangrenta luta do bem contra o mal ou uma guerra bárbara de mouros contra cristãos. Mas definitivamente não é esse o fundamento dos ideais democráticos. Todos que ingressam na vida política fazem-no com os mais respeitados propósitos e, por isso, são merecedores de nossa mais elevada consideração. Sair vencedor ou vir-se derrotado são contingências do momento político, que não afastam a honorabilidade dos candidatos. Domingo à noite, decididos os pleitos, amainado o calor das disputas, será o momento de conciliação, de harmonização dos contendores, de se darem as mãos em prol do bem comum. Porque de todos e com todos, eleitos ou não, há grandes ideias a aproveitar, há inestimáveis lições a aprender. (MIGALHAS.com.br)
Pesquisas deixam dúvidas sobre vencedor da eleição
Datafolha e CNT/MDA apontam empate técnico, um com vantagem para Dilma e outro para Aécio. Ibope prevê vitória de Dilma. Sensus, de Aécio
Site de Veja registra íntegra de reportagem sobre corrupção
NICOLE VERILLO
O segundo turno é domingo, mas o Brasil já perdeu
“Perdemos a oportunidade de elevar o nível do debate eleitoral, de realizar um debate programático. Perdemos a paciência, a tolerância e o respeito. Perdemos conhecidos, amigos e familiares. Nós nos perdemos”