e verdadeiro sobre ele.
O título do artigo, “O HERÓI SEM CARATER”!
Remexendo na gaveta de recorte de jornais – valorosos e não raros mais úteis que o google-, encontro um texto escrito em 7 de setembro de2010. Apenas coincidência a data da independência. O título, Macunaíma. O herói sem nenhum caráter de Mario de Andrade.
Faltava pouco menos de um mês para o primeiro turno da eleição em que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazia o “diabo” e conseguiria na etapa final realizada em 31 de outubro eleger uma incógnita como sua sucessora. Deu todas as garantias de que a chefe de sua Casa Civil, Dilma Rousseff, seria uma administradora de escol para o Brasil. Não foi, conforme comprovam os indicadores de um governo que se sustenta no índice positivo do emprego formal, cuja durabilidade depende do rumo da economia.
Como ex. presidente, Lula agora pede que se renove a aposta. Sem uma justa causa, apenas baseado na ficção por ele criada de que a alternância do poder faz mal a democracia brasileira. A propósito de reflexão a respeito da nossa história recente, convido a prezada leitora e o caro leitor ao reexame daquele texto. “Só porque é popular uma pessoa pode escarnecer de todos, ignorar a lei, zombar da justiça, enaltecer notórios ditadores, tomar para si a realização alheia, mentir e nunca dar um passo que não seja em proveito próprio? Um artista não poderia fazer, sequer ousaria fazer isso, pois a condenação da sociedade seria o começo do seu fim. Um político tampouco ousaria abrir tanto a guarda. A menos que tivesse respaldo, que só revelasse a sua verdadeira face lentamente e ao mesmo tempo cooptasse os que poderiam repreendê-lo tornando-os dependentes de seus projetos dos quais aos poucos se alijariam os críticos por intimidação ou cansaço.
A base de tudo seria a condescendência dos setores pensantes e falantes, oponentes tíbios, erráticos, excessivamente confiantes diante do adversário atrevido, eivado por ambições pessoais e sem direito a contar com aquele consenso benevolente que é de uso exclusivo de representantes dos fracos, oprimidos e assim nominados ignorantes.
O ambiente em que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou o personagem sem freios que faz o que bem entende e a quem tudo é permitido – abusar do poder, usar indevidamente a máquina pública, insultar, desmoralizar – sem que ninguém consiga lhe impor paradeiros, não foi criado da noite para o dia. Não é fruto do ato discricionário, não nasceu por geração espontânea nem se desenvolveu por obra da fragilidade da oposição. Esse ambiente é fruto de uma criação coletiva. Produto da tolerância dos informados que puseram seus atributos e respectivos instrumentos à disposição do deslumbramento, da bajulação e da opção por indulgência. Gente que tem vergonha de tudo, até de exigir que o presidente da república fale direito o idioma do país, mas não parece se importar de lidar com quem não tem pudor algum.
Da esperteza dos arautos do atraso e dos trapaceiros da política que viram nessa aliança uma janela de oportunidade. A salvação que os tiraria do aperto em que estavam já caminhando para o ostracismo. Foram ressuscitados e por isso estão gratos.
Da ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado. Da covardia dos que se calam com medo das patrulhas. Do despeito dos ressentidos. Do complexo de culpa dos maus resolvidos. Da torpeza dos oportunistas. Da superioridade dos cínicos. Da falsa isenção dos preguiçosos. Da preguiça dos irresponsáveis.
Lula não teria ido longe com a construção desse personagem que hoje assombra e indigna muitos dos que lhe faziam a corte não fosse a permissividade geral. Se não conseguir eleger a sucessora não deixará o próximo governo governar. “Importante pontuar que só fará isso se o país deixar que faça; assim como deixou que se tornasse esse ser que extrapola”.
Lula, entre imbecil e canalha
101 ALBERTO GOLDMAN,
Este canalha não tem remédio. Não tem outro nome. Em primeiro lugar porque nunca fizemos qualquer ofensa aos nordestinos
Líder do PSDB divulga nota em repúdio a ataques de Lula contra jornalistas
Divulguei na tarde de hoje nota de repúdio aos ataques feitos pelo ex-presidente Lula à imprensa, inclusive citando nominalmente dois dos mais respeitados jornalistas do país: William Bonner e Miriam Leitão. Ao colocar toda uma militância como inimigos deste ou daquele jornalista, Lula finge não perceber o risco a que esta expondo os profissionais, especialmente em um período eleitoral - e quando o equilíbrio da disputa exige equilíbrio tambem das lideranças partidárias envolvidas.
Leia no link abaixo a nota em desagravo e em solidariedade aos dois profissionais e à toda a imprensa: