Um dos responsáveis pela apresentação do projeto que resultou na lei, juiz diz que aprovação foi resultado de amplo diálogo entre sociedade e Legislativo. Iniciativa foi eleita a melhor do ano no Prêmio Congresso em Foco
Edson Sardinha
A aprovação da Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular, mostrou que o diálogo entre a sociedade e o Parlamento é possível e precisa ser canalizado agora para a reforma política. A avaliação é do juiz eleitoral Márlon Reis, um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), responsável pela coleta de 1,6 milhão de assinaturas que garantiram a apresentação do projeto.
“Nós sentimentos que esse diálogo é absolutamente proveitoso e ele continuará. A sociedade brasileira e os senhores parlamentares esperam ver realizada a reforma política”, disse Márlon, na festa do Prêmio Congresso em Foco na última segunda-feira (22). Ele subiu ao palco, em nome do MCCE, para receber o prêmio de melhor iniciativa legislativa do ano.
“Isso é uma obra mais que coletiva”, destacou o juiz. “A Lei da Ficha Limpa traz uma experiência para todos nós. Mas, antes de tudo, traz uma esperança. Antes de tudo, ela decepcionou uma categoria de pessoas que esperou ver no movimento alguma tentativa de se conflagrar, de se embater com o Congresso Nacional, de se colocar em postura contrária à política. A Ficha Limpa é a prova do contrário, porque foi fruto de um amplo diálogo da sociedade com o Congresso de maneira construtiva. Houve um entrelaçamento no diálogo”, ressaltou o juiz, presidente da Associação dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe).
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