A Verdade e a Dúvida
A Verdade não é sagrada
A Verdade não tem segredos
A Verdade não é incontestável
A Verdade não tem mistérios
A Verdade não é absoluta
A Verdade tem que ser aberta e transparente – ela nada deve temer ou proibir - , portanto, deve-se sempre duvidar de tudo que for inquestionável, mesmo quando uma grande maioria diga ser aquele que duvida alguém vil, desumano, louco, herege(1), excêntrico ou etc. As grandes mentiras normalmente são as “verdades inquestionáveis”. A Verdade não teme questionamentos, nem ameaça quem dela duvide.
Não acredite somente porque uma grande maioria acredita em uma “verdade”; uma multidão pode ser convencida a fazê-lo por técnicas de indução de pensamentos, para as quais mentes incautas estão indefesas.
A história da humanidade é um amontoado de mentiras e verdades; ela contém a versão dos que estavam de posse do poder na ocasião em que foi escrita.
Uma mentira pode estar maquiada de modo a se parecer com a Verdade. Essa maquiagem pode ter fundo religioso, político ou econômico. Usualmente se apela para o lado emocional de modo a romper a barreira de resistência da mente.
Uma “Pequena Verdade” pode ser distorcida a tal ponto que se transforma em uma “Grande Mentira”, tomada por muitos como uma “Verdade Absoluta”.
Duvidar não custa nada, mas acreditar pode custar a perda do uso da razão.
Deve-se questionar sempre quando:
Duvidar seja pecado
Duvidar seja blasfêmia
Duvidar seja amaldiçoado
Duvidar seja heresia(1)
Duvidar seja proibido
Duvidar seja injúria
Duvidar gere uma ameaça
Verdade e dúvida caminham juntas na mesma direção e sentido.(2)
(1) Herege no sentido pejorativo, pois no sentido literal significa livre pensador.
(2) Uma reta traçada de pólo a pólo da Terra, por exemplo, define uma direção; o sentido pode ser norte-sul ou sul-norte.
Luciano SF
O Dono da Verdade
Reuniram-se: um judeu, um muçulmano e um cristão, dando início a uma discussão.
O judeu disse: Jeová é o dono da Verdade.
O muçulmano retrucou: Não; Alá é o dono da Verdade.
O cristão então falou: Vocês dois estão enganados, só Deus é o dono da Verdade.
Ouviu-se então uma voz que disse: Os três estão errados; eu sou a Verdade e não tenho dono.
Moral: cada um tem a sua verdade, porém a Verdade a ninguém pertence.
Lucianos SF/ Jornal Delfo
Estou transcrevendo o texto acima, tendo em vista o medo que os habitantes da “capitania hereditária de Jeremoabo”, tem para transmitir a verdade, denunciar as irregularidades, ou apresentar seu protesto ou pensamento.
Ao tentar entender uma reportagem de autoria de Cristina Fam, que transcreverei abaixo, tive que apelar para quem entende de hieróglifos , de bola de cristão, de pai de santo, adivinhões e profetas.
Como não resido mais em Jeremoabo, e pouco coisa estou tomando conhecimento, achei interessante sua matéria intitulada “Nocaute”, e tive a curiosidade em procurar saber de que se tratava.
Pasmem senhores, todo arrodeio, só para informar um acontecido que para mim é só mais um caso, e que não vejo motivo para não informar diretamente o acontecido, pois se realmente for verdadeiro, nada a temer.
Procurei a “rádio peão”, que aumenta, mas não inventa, e fui informando que a matéria abaixo, se trata do locutor Adalberto da 106.9, FM Jeremoabo, que contestou decisão judicial, e em contrapartida, foi obrigado a ler através da mesma emissora de comunicação, 15 laudas em que a autoridade judicial local se respaldou para decretar certa preventiva.
Se a realidade ou verdade é esta, não asseguro, porque estou escrevendo o que me informaram, porém, as evidências confirmam o fato.
Nas devidas proporções me fez lembrar o saudoso Leonel Brizola contra a toda poderosa TV Globo
Foi num dia importante para tecer comentários, criticas, opinião pessoal, ou não, depende do lado usado, atacando a verdade; a coisa soprou pros quatro cantos da freguesia, para esse mundo e o outro; o furacão do achismo perdeu a oportunidade de ficar calado, mas, ganha fama.
Especialista em assunto aleatório, tocado pelo sentimentalismo, criticando o que está acima do seu baixo entendimento, transmitiu em ondas sonoras a “verdade”, propagou sobre algo que a população desconhecia; aguçando a curiosidade de muitos sobre fatos verídicos.
Foi chamado na chincha, levou puxão de orelha, repreendido em nome da lei, o arrocho foi providencial, já que o cabra se acha.
Absurdo ou não, quem o conhece sentiu a vergonha espalhada transmitida em ondas; olha que a coisa foi longe; até especialista em letras apagadas e ciências ocultas não consegui prever o furo da noticia.
Quem tem amigo assim não precisa de inimigo, foi o próprio quem espalhou a bomba, ninguém desligou; depois o comentário, não o assunto e, sim, ele o falador, - o bicho leu até umas horas, agora não leia para dar uma dor. Fio do “cabrunco” corajoso!
Os homens inteligentes, educados, conhecem o seu verdadeiro lugar; jamais tomar a frente daquilo que não lhe pertence, vem o chefe que é supremo, para repreendê-lo.
Pintura só clássica, mas tem gente que não dorme, vigia, pegou o bicho com a boca no trombone; colheu o plantado, jabuti não sobe em pé de jurema. Sem dar nome ao boi, para não constranger mais, o que foi passado na freguesia do sertão de cima.
Foi a lição mais amarga transmitida em nome da verdade, arrebitado desconfortavelmente, azoando a goela, acuado, no zôo particular da corroída opinião; dizem que foi pior, a dor é sentida, a junta de revoltados sigilosamente conspira a favor do indigente maltrapilho.
O microfone não mente; o abuso da liberdade alforriada em freqüência modulada, parecer “técnico” apita pelada da 5ª divisão, atochando um belo gol contra, deu frango! Encurralado em freqüência, horário determinado, aberto o microfone; explicito jogo de palavras, por livre e espontânea pressão, nocaute!