Donaldson Gomes, do A TARDE
O diretório estadual do PT votou neste domingo uma resolução que recomenda uma ampla discussão política para a eleição da nova mesa diretora que vai dirigir a Assembleia Legislativa nos próximos dois anos. A pouco mais de dois meses da decisão, membros do partido do governador Jaques Wagner falam em retirar o “caráter personalista da disputa”. Neste sentido, o alvo é o atual presidente da casa, Marcelo Nilo (PDT), que diz ter apoio de deputados de doze partidos na tentativa de comandar a casa legislativa pela terceira vez seguida.
“Não há nada contra esse ou aquele nome, o que se busca é uma decisão política, de acordo com a articulação das mudanças por que passa a Bahia”, explica o presidente do PT baiano, Jonas Paulo. Ele argumenta que não haveria nomes garantidos ou excluídos da disputa. Os postulantes, defende, seriam definidos numa etapa posterior a definições dos projetos.
Na contramão do que defende o dirigente petista, o PCdoB, partido da base de apoio a Wagner, se posicionou na última sexta-feira a favor do nome de Nilo. Ele garante ter o apoio de 45 deputados, de doze partidos. “Não quero me intrigar com o PT de maneira nenhuma, mas estou surpreso com o radicalismo que parte do partido está demonstrando em relação a meu nome”, diz o presidente da Assembleia.
Nilo diz que o nome dele já está posto e que tem disposição para conversar com qualquer partido político. “O que eu quero ressaltar é que a decisão cabe aos deputados e o meu nome está posto por eles”, afirma.
Fonte: A Tarde