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quarta-feira, novembro 10, 2010

PF prende chefe da Receita Federal em Cumbica

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Apu Gomes/Folhapress

Chefe da Receita Federal e mais 22 são presos em operação da PF em Cumbica


Folha de S.Paulo

A Polícia Federal prendeu um dos chefes da Receita Federal no principal aeroporto do país, em Guarulhos (Grande SP), numa operação contra uma suposta quadrilha acusada de fraudar importações. Em um ano, o grupo desviou 80 toneladas de equipamento, segundo a PF.

O auditor Francisco Plauto Moreira, chefe de trânsito aduaneiro em Cumbica, foi um dos 23 presos ontem. Outras nove prisões foram feitas nos últimos meses.

A operação foi batizada de Trem Fantasma, em alusão a um truque que o suposto grupo usava para desviar produtos importados dos Estados Unidos e da China.

O truque consistia no uso de dois caminhões para retirar as mercadorias --um autorizado, e outro, fantasma.

Os fraudadores montavam um caminhão fantasma, com mesma quantidade de carga que chegava dos voos internacionais, mas com produtos de baixo valor.

No setor de trânsito aduaneiro, onde a carga ficava armazenada até ser levada ao seu destino, o caminhão fantasma entrava junto com um caminhão vazio, que era preenchido pelas mercadorias contrabandeadas.

O primeiro seguia para alguma estação aduaneira, era registrado normalmente e pagava um imposto de valor irrisório. O segundo caminhão, com a carga valiosa, saía do aeroporto sem pagar imposto e se dirigia para cinco lojas receptadoras, todas em São Paulo.

Auditores

Entre os presos, há cinco auditores da Receita, três auditores do Tesouro Nacional, dois policiais federais, funcionários de companhias aéreas e de empresa de segurança e e empresários. Um deles tinha loja na Galeria Pagé.

As prisões aconteceram em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. A PF apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão, em dólar, com os suspeitos.

O delegado Vladimir Pacini Schinkarew, que chefiou a operação feita em conjunto com a Receita Federal, estima que as fraudes tenham causado um prejuízo de R$ 50 milhões à Receita.

Fonte: Agora

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