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segunda-feira, agosto 30, 2010

Jornais: Temer omite do Fisco imóvel de R$ 2 milhões

FOLHA DE S.PAULO

Temer omite de declaração ao TSE imóvel de R$ 2,2 milhões

Vice na chapa da presidenciável petista Dilma Rousseff, Michel Temer (PMDB-SP) omitiu um imóvel de R$ 2,2 milhões na declaração de bens que entregou à Justiça Eleitoral no ato de registro de sua candidatura, nas eleições de 2006. A omissão foi reconhecida por Temer quando a Folha buscou detalhes de uma explicação que ele havia dado a jornalistas sobre a evolução de seu patrimônio nos últimos quatro anos.

Em julho, assim que Temer entregou sua relação de bens ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a imprensa notou que o patrimônio do deputado e presidente da Câmara havia crescido 118,8% entre 2006 e 2010, em valores já corrigidos pelo IPCA. O patrimônio passou de R$ 2,29 milhões, em 2006, para R$ 6,05 milhões, em 2010. Procurado então por jornalistas, o deputado distribuiu, por meio de sua assessoria, uma informação que agora se revela inverídica.

Na ocasião, assessores do deputado afirmaram que o crescimento se devia ao recebimento de honorários advocatícios relacionados a uma causa que Temer, como advogado, havia conduzido ainda nos anos 70. A explicação foi divulgada pela imprensa e na internet -incluindo a Folha, na edição de 6 de julho passado. No dia 5, o portal da internet IG ressaltou a explicação de Temer: "A assessoria ainda disse que a evolução patrimonial de Temer se deu devido a honorários advocatícios que ele recebeu de uma ação da década de 1970 e que só teve sua decisão final dada recentemente".

Ao longo dos últimos 30 dias, a Folha quis saber de Temer qual era o cliente da causa milionária. A assessoria do deputado não dirimiu a dúvida, mas reafirmou a primeira versão sobre os honorários, que teriam sido recentemente recebidos. A reportagem não encontrou, nos registros da Justiça paulista, nenhuma causa milionária ganha por Temer e, por isso, voltou a indagar a assessoria. A dúvida não foi esclarecida novamente.

Na última segunda-feira, questionado em São Paulo, o deputado apresentou uma nova versão que desmente explicação dos honorários. Ele disse que, por um "erro de digitação", não foi declarada, em 2006, a propriedade de imóveis na região do Itaim Bibi, bairro nobre de SP. A omissão do imóvel, disse Temer, teria levado à conclusão de que seu patrimônio evoluiu.

Equívoco é do "sujeito que digitou a declaração", justifica deputado

O deputado Michel Temer atribuiu a um "erro de digitação" a omissão de R$ 2,2 milhões na declaração de bens de 2006. Reclamou de reportagens da Folha em 2008 que revelaram divergências de valor na declaração de uma fazenda. A seguir, trechos da entrevista.

Folha - Sobre seu patrimônio, que evoluiu 118%...
Michel Temer - [Interrompendo] Você já sabe disso. Está insistindo numa pergunta à toa. Vou solucionar logo: você pega a minha declaração entregue ao Tribunal Regional Eleitoral de 2004, e verá que lá está o meu patrimônio. É que na digitação de 2006, tiraram um patrimônio, declarado desde 2003 em todas as minhas declarações de Imposto de Renda. Por isso, o que parece 118%, na realidade, é 5%.

Qual foi retirado?
Um imóvel de R$ 2,2 milhões. (...) Eu tinha em 2003, e declarado em 2003, 2004.

Houve erro na declaração?
De digitação.

De quem foi o erro?
Do sujeito que datilografou, que digitou. A primeira explicação é que havia honorários de uma causa dos anos 70... Eu ganhei honorários ao longo do tempo. (...) Mas antes de 2003. Por isso que digo que está na declaração de 2004. Lamento que vocês façam isso. Olha, vocês fizeram um barulho enorme, com negócio de terras lá, não sei o quê, [mas] quando o procurador-geral arquivou...

Eleitor vê Dilma como mais preparada

Em três meses, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, passou a ser vista pelo eleitorado como a "mais preparada" para governar o país e administrar áreas como educação, economia e segurança. É o que aponta o detalhamento da última pesquisa Datafolha.

O levantamento feito nos dias 23 e 24 deste mês mostra que a exposição da petista gerou mudanças significativas na visão do eleitor. Dilma hoje é considerada "mais preparada" para ser presidente por 42% dos entrevistados, contra 38% de José Serra (PSDB). Na última pesquisa a incluir essa questão, em maio, Serra tinha 45%, ante 29% dela.

Seu desempenho evoluiu no Sudeste (+ 14 pontos), no Nordeste (+ 18 pontos) e entre os mais jovens, de 16 a 24 anos (+ 17 pontos). Ela passou o tucano nos quesitos de melhor nome para combater a violência (38% a 30%), cuidar da educação (41% a 31%), manter a estabilidade econômica (49% a 28%) e lutar contra o desemprego (46% a 28%). Serra mantém a dianteira (47% a 33%) na saúde, área em que concentra sua propaganda eleitoral e da qual foi ministro no governo FHC.

Dilma já vendeu bugigangas e "Cavaleiros do Zodíaco" no Sul

Nem só de política e cargos públicos viveu a presidenciável Dilma Rousseff (PT). Entre uma função e outra no Rio Grande do Sul, ela investiu no mundo empresarial com uma loja de bugigangas importadas do Panamá. O negócio, que durou um ano e cinco meses, fechou em julho de 1996 e é omitido de sua biografia oficial.

Com o nome fantasia de Pão & Circo, inspirado na estratégia romana para calar as vozes insatisfeitas, a empresa foi registrada para comercializar confecções, eletrônicos, tapeçaria, livros, bebidas, tabaco, bijuterias, flores naturais e artificiais, vendidos a preços módicos. O forte, porém, eram os brinquedos, particularmente os dos "Cavaleiros do Zodíaco", animação japonesa sobre jovens guerreiros que fez sucesso nos anos 1990.

Na biografia oficial de Dilma na web, que exalta a fama de boa gerente da candidata, não há menção ao período em que ela foi sócia-gerente da Pão & Circo. Nem mesmo quando defendeu a criação de um ministério para pequenas e médias empresas, em maio, mencionou o fato. A Folha procurou a candidata por telefone e por e-mail para que ela falasse dessa experiência. Por meio da assessoria, Dilma confirmou que a empresa existiu e fechou há cerca de 15 anos – e que não falaria mais sobre isso.

A empresa tinha sede e filial em Porto Alegre e importava artigos de bazar de Colón, no Panamá, para revender no atacado e no varejo. A simplicidade da loja e o baixo movimento de clientes também estão na memória dos comerciantes. "A loja era mal-acabada, com divisórias de tábua, um troço rústico. E, claro, não entrava ninguém ali", diz Ênio da Costa Teixeira, dono de pizzaria, lembrando que dois funcionários ficavam na loja e Dilma aparecia eventualmente.

Paraguaçu já acena com "apoio bajulista" a Dilma

Em cartaz nos cinemas com "O Bem Amado", prefeito de Sucupira lançou candidatura ao Planalto; Cláudio Paiva, corroteirista do filme, imagina entrevista do presidenciável

Nanicos sem espaço
Estou aqui com a alma lavada e enxaguada pela indignação com a legislação safadista que impede que o povo conheça minha plataforma. Integro um partido nanico, mas minha plataforma, talqualmente a P-33, é enorme!

Inexperiência de Dilma
Quem gosta de experiência é professor de ciências. Se o presidente Lula subir no meu palanque, a candidata Dilma pode contar com meu apoio bajulista. Se me perguntarem o que acho de Dilma, direi a verdade estripitiscamente nua: ela é o cara! Ou o cara é ela. Tanto faz.

Alianças de Serra
Pode parecer sem-vergonhice, mas em política, talqualmente num bacanal, é dando que se recebe.

Apoio a Marina
Se a candidata pevecista quiser conversar, sabe que goza das licenciaturas e alvarás para penetrar e se estabelecer, não somentemente no meu gabinete, como talqualmente no coração. Sentaremos no sofá e tomaremos licor de jenipapo.

Socialista como Plínio
Apesar das críticas dos canhotistas praticantes e juramentados, também sou meio socialista. Não da ponta esquerda, mas do meio de campo, caindo para a direita. Eu e Arruda temos muito em comum: queremos a presidência. Emboramente ache que lugar de Arruda é atrás da orelha!

Quebra de sigilo é fruto de "banditismo", diz Mendes

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, 54, afirmou que a quebra de sigilo fiscal de pessoas vinculadas a tucanos é fruto de "banditismo político" e revela "paradigmas selvagens da política sindical". Em entrevista anteontem à Folha, ele disse que "o servidor público não pode usar button", numa referência àqueles que usam o cargo em benefício de seus partidos. Mendes criticou o aparelhamento político do serviço público brasileiro, ao dizer que se trata de "uma anomalia que se normalizou".

Folha – Como o senhor avalia esse vazamento de informações sigilosas da Receita Federal?
Gilmar Mendes - É algo assustador e lamentável. Sobretudo quando ocorre em uma instituição profissionalizada e profissional como a Receita Federal.
O senhor vê alguma relação com o grande número de cargos em comissão?
Claro. O aparelhamento de instituições é algo grave e nocivo ao serviço público do país. Os funcionários públicos precisam entender que não estão a serviço de uma instituição partidária. Quando fazem isso, estão descumprindo o princípio democrático.

Esse aparelhamento é tratado como algo natural no Brasil?
O servidor não pode usar button e isso é algo que se transformou em cultura ao longo do tempo. É uma anomalia que se normalizou.

Marina critica Dilma e Serra e reclama de copo descartável

A candidata Marina Silva fez ontem uma caminhada de cerca de 20 minutos, sob um calor de 30 graus no Parque da Cidade de Brasília, acompanhada de cerca de 500 pessoas, entre militantes e candidatos do PV. Ela voltou a apelar para que haja segundo turno para que os eleitores possam "pensar duas vezes".

Com um megafone, deu alfinetadas em Dilma Rousseff e José Serra. "Sempre digo, com respeito, que a Dilma e o Serra são competentes, mas muito parecidos. São desenvolvimentistas. É como se houvesse um concurso para quem conseguisse decorar mais número. O Brasil precisa é de visão estratégica."

Ela não gostou de ser indagada pela Folha sobre ter oscilado negativamente nas pesquisas. "A campanha está no caminho certo. O que sinto na rua é diferente do que aparece na pesquisa." Pouco antes de entrar no carro, ao final da caminhada, Marina reclamou com um assessor que lhe entregou água num copo plástico descartável.

Serra diz que não dá para "terceirizar" o governo do país

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse ontem em Ribeirão Preto (SP) e em Cascavel (PR) que um "presidente não governa terceirizando". "É uma ingenuidade de muitos achar que o Lula, terminando o mandato, saindo do Palácio do Planalto em 1º de janeiro, vai governar o país de fora." Ele fez uma analogia com o futebol. "Imagine um técnico de futebol que vai bem em um time e depois resolve sair para o exterior, mas diz à torcida que vai orientar um substituto em todas as partidas. Não tem cabimento. Isso é o que está colocado no país", disse, em Ribeirão.

Serra disse que a quebra do sigilo fiscal de quatro pessoas ligadas ao PSDB por funcionários da Receita Federal foi um "crime contra a Constituição" em "benefício da campanha [de Dilma]". "O governo usa a máquina para invadir a vida íntima de qualquer brasileiro. Como disse a Marina Silva [candidata à Presidência pelo PV], se estão fazendo isso na campanha, imagine como será depois da eleição", afirmou.

Dilma diz que estenderia a mão a tucano

"A gente desarma o palanque e estende a mão para quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar desse processo de transformação. Eu não sei se ele [Serra] quer. Se ele quiser, perfeitamente", disse a petista ontem, em Brasília.

Parado por traficantes, Gabeira diz que seguirá indo a favelas

O candidato do PV ao governo do Rio, Fernando Gabeira, foi abordado por traficantes armados na noite de sexta durante campanha na favela Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte da cidade. Ele andou pela favela por uma hora e meia e passou por homens mostrando armas. Foi parado por um grupo, com o qual conversou.

Ontem, em caminhada em Belford Roxo, ele disse que não mudará sua postura. "Irei a todas as comunidades. Interessante que queiram de mim outra atitude: que enfrente uma máquina poderosa, com o domínio quase completo do Rio, só entrando em lugares onde não tem gente armada. Se eu fizer isso, perco as eleições".

Reforma do Palácio do Planalto deixa imperfeições

Realizada para liquidar os vazamentos e os "puxadinhos" que descaracterizavam a imponência do prédio, a reforma do Palácio do Planalto não conseguiu atingir plenamente suas metas. A mudança mais radical ficou concentrada no quarto andar, remodelado para diminuir o total de gabinetes e ampliar espaços internos.

O carpete que recobria piso e paredes de gabinetes e salões foi trocado por mármore branco, o mesmo das colunas externas e do térreo. Fiação elétrica e tubulação hidráulica foram refeitas. Há também novos móveis: saíram os de designers estrangeiros, como as cadeiras Barcelona, do alemão Mies van der Rohe, e entraram peças assinadas pelos brasileiros Sérgio Rodrigues, Oscar Niemeyer e Jorge Zalszupin.

Do lado de fora, o palácio ganhou estacionamento subterrâneo para 500 carros e torre de saída de emergência. A configuração do espelho d'água sofreu alteração. A obra causou polêmica por falta de fiscalização e deslizes de acabamento. A parede de espelhos do mezanino distorce imagens, e o teto de gesso da entrada principal tem imperfeições.

Nos gabinetes, tampas cortadas no piso de madeira para passar fiação podem provocar acidentes. Além disso, contornos de elevadores estão sem acabamento. Mesa nova desenhada por Oscar Niemeyer e colocada no antigo "salão oval" (agora "reunião suprema") tem respingos de tinta. É ali que Lula fará reuniões ministeriais. O Ministério da Defesa, porta-voz da obra, admite falhas e diz que os defeitos serão consertados pela empresa contratada.

O ESTADO DE S.PAULO

Dirceu tenta barrar avanço de Palocci

A 35 dias da eleição de 3 de outubro e confiantes na vitória de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno, os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci disputam os rumos de eventual novo governo comandado pelo partido. Depois de emitir sinais contrários à possível indicação de Palocci para a Casa Civil, Dirceu luta agora para impedir que ele volte a ditar os caminhos da economia, a partir de 2011.

Os dois "generais" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reeditam a queda de braço que travaram no primeiro mandato do PT para definir a fisionomia do governo. Abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, e cassado pela Câmara, Dirceu vislumbra perda de influência se Palocci - ex-ministro da Fazenda - assumir a Casa Civil sob Dilma.

A preocupação não é à toa: cabe ao ministro da Casa Civil coordenar a equipe, o que lhe dá muito poder e pode torná-lo candidato natural ao Planalto. Foi o que ocorreu com a própria Dilma, puxada para o cargo após a queda de Dirceu. Nove meses depois, em março de 2006, Palocci também caiu, no rastro da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Embora se movimente nos bastidores para evitar que o antigo colega vire uma espécie de "primeiro-ministro" de Dilma, Dirceu sabe que pode perder a aposta. Motivo: Palocci é um dos principais coordenadores da campanha e, além de tudo, tem Lula como padrinho. O plano do presidente é reabilitar o ex-titular da Fazenda na cena política.

Se Palocci for para a Casa Civil, o grupo de Dirceu - que quer empurrar o deputado para o Ministério da Saúde - espera uma "compensação". Sob o argumento de que "o governo Dilma não pode ter a cara do ajuste fiscal de Palocci", aliados do ex-chefe da Casa Civil defendem, agora, a permanência de Guido Mantega (PT) na Fazenda em dobradinha com "alguém de esquerda" no Planejamento.

Lula ocupa 27% do horário eleitoral da petista

A campanha da candidata petista Dilma Rousseff dedicou 17 minutos de seu tempo no horário eleitoral a citações, depoimentos ou exibição de imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É como se dos seis programas veiculados pela petista na TV, cerca de um e meio tivesse sido ocupado exclusivamente por Lula.

Até agora, nenhuma das propagandas exibidas pela candidatura de Dilma, seja no rádio ou na TV, deixou de fazer menção ao presidente. Cada peça publicitária consumiu, em média, 27% do tempo para reforçar a aliança entre o presidente e sua candidata ao Planalto. Nem mesmo os horários reservados para os candidatos a deputado federal e estadual nas coligações encabeçadas pelo PT deixaram de explorar o alto índice de popularidade de Lula.

As inserções das frases de Lula nos programas da candidata petista têm finalidades bem específicas. Nos primeiros episódios, por exemplo, eram carregadas de emoção. A maioria enaltecia o currículo de Dilma e o desempenho dela à frente do Ministério de Minas e Energia e da Casa Civil. As seguintes focaram na continuidade das realizações e dos programas sociais da atual gestão.

Dilma diz que, se eleita, ''estenderá mão'' a Serra

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, negou ontem estar de "salto alto", mas frisou que, se eleita, vai "estender a mão" para seu principal adversário na disputa, o candidato do PSDB, José Serra. "As pessoas que concorrem conosco têm de ser respeitadas. Depois da eleição, a coisa muda de figura. A gente desarma o palanque e estende a mão para quem for pessoa de boa vontade e quiser partilhar desse processo de transformação", afirmou ela, em entrevista coletiva no jardim de seu escritório político, em Brasília, no final da tarde.

Questionada se estenderia a mão para Serra, Dilma respondeu: "Estendo a mão para quem quiser partilhar. Eu não sei se ele quer. Você pergunte a ele. Mas, se ele quiser, perfeitamente." Em seguida, novamente abordada pelos jornalistas, Dilma negou que estivesse fazendo um convite ao tucano. "Estou fazendo um conceito. O conceito é que um governo ou é para todos ou não é republicano", disse.

Para ele, ideias da adversária preocupam

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, não poupou a principal adversária, durante campanha ontem em Cascavel, no Oeste do Paraná. "Preocupa-me mais o que a Dilma pensa hoje do que ela pensou no passado", declarou o tucano. "Uma hora fala a favor do aborto, outra hora não se define. Uma hora fala sobre liberdade de imprensa outra hora faz jogo sujo contra adversários e aplica pressão sobre a imprensa. Não sei o que ela pensa sobre a agricultura, não sei o que pensa sobre indústria, não sei o que pensa sobre tributação", afirmou Serra, quando indagado se iria citar na propaganda de TV e rádio o passado guerrilheiro de Dilma.

Ao lado do candidato ao governo do Estado, Beto Richa (PSDB), ele participou de uma carreata pelo centro da cidade e de um encontro com agricultores e líderes cooperativistas paranaenses. Ele evitou falar sobre as pesquisas. "Não faço comentário. As pessoas querem saber das nossas propostas."

O candidato voltou a falar sobre o vazamento de dados na Receita Federal. "Isso tem dimensão muito maior do que parece. O vazamento não é só para a política eleitoral. É a invasão do poder do Estado sobre o cidadão."

''Houve um recuo político e aumento do artificialismo''

Presidente do comitê financeiro da campanha do PSDB, José Gregori diz ver um "artificialismo" exacerbado na campanha eleitoral deste ano. "Houve um recuo do setor político e um crescimento do artificialismo cenográfico vindo dos marqueteiros", declarou ao Estado. "O problema é que para ser marqueteiro, além do talento profissional, você tinha que ter militância partidária. Senão fica sempre meio artificial", disse.

Para o secretário especial de Direitos Humanos da prefeitura paulistana, há uma "nuvem hipnótica" no País que alimenta a ideia de que a eleição já está definida. Ele ataca as pesquisas, o marketing e a despolitização.
Nesta semana, o comitê de Serra enviará outra prestação de contas parcial ao Tribunal Superior Eleitoral. Desta vez, diz Gregori, a receita será "cinco ou seis" vezes maior que a da prestação anterior, quando foram declarados apenas R$ 3,6 milhões de arrecadação. "Desde o começo, disse que não seria uma campanha na baba."

Na semana passada, o sr. disse que a ideia de que a eleição já está resolvida cria um "cheiro de pré-fascismo". O que quis dizer?
Uma eleição tem de ser aproveitada minuto a minuto. Os três candidatos com viabilidade são figuras com passado de luta democrática. Agora o período eleitoral estabelece diferenças. Estou indignado porque vejo que a 34 dias da eleição, não há mais o que fazer, a não ser esperar a posse? Só o fascismo ou qualquer regime autoritário pré-determina resultados. Estamos transformando esse mês antes da eleição num espetáculo de celebração e conformismo. As pesquisas, que são mero indicativos, se transformaram em instrumentos decisórios. A eleição é um ato complexo, não aritmético. Precisamos quebrar essa nuvem hipnótica. Os "vencedores" não devem se dirigir à apoteose nem os "vencidos" cruzar os braços para curtir a derrota.

A oposição cruzou os braços?
Falo de maneira geral. É o que vejo. A gente sente nas ruas que esses 30 dias serão um excesso de algo que já está feito.

O PSDB é conhecido por não ter militância forte. Também não fez oposição clara a Lula. Serra resistiu a se colocar como governador de oposição. Esse imobilismo não seria reflexo disso?
Poderia dizer que sim, mas não daria a resposta total. Isso é consequência da "despolítica" dos últimos anos. As pessoas esperam os programas da TV e diante deles tomam as decisões de acordo com as pesquisas. São os dois protagonistas dessa eleição. A política é diálogo, debate. Os candidatos não apresentam totalmente suas mensagens porque acham que as pesquisas são soberanas. Os que as pesquisas favorecem já se consideram vitoriosos e passam a repartir o pão. Está tudo errado.

A Dilma do Maranhão

Passava das duas horas da tarde de quarta-feira, quando a governadora do Maranhão e candidata à reeleição, Roseana Sarney (PMDB), desceu de um helicóptero imaculadamente branco na pequena e empoeirada Nina Rodrigues, cidade com pouco mais de 10 mil habitantes a 175 quilômetros de São Luís. Era mais um dia da opulenta campanha da peemedebista - que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, como seus principais cabos eleitorais.

Numa espécie de clonagem, toda a campanha e os programas eleitorais de televisão de Roseana são muito parecidos com os de Dilma. Assim como a petista, a governadora é apresentada como "guerreira". A cor predominante também é o vermelho. "É coincidência", diz Roseana, que contratou o marqueteiro Duda Mendonça como consultor de campanha. A de Dilma é tocada pelo publicitário João Santana.

Mais do que Dilma, a presença de Lula é ostensiva na campanha. "Sou Dilma, sou Roseana", diz Lula, logo na abertura do programa, fazendo as vezes de apresentador. "Vote Dilma presidente, Roseana governadora", emenda o presidente. "Roseana e Dilma muito me ajudaram. Peço ao povo do Maranhão para eleger Dilma presidente e Roseana governadora." Lula também pede voto para a reeleição do senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB), de quem diz ser muito amigo, e para João Alberto (PMDB), outro aliado da família Sarney que disputa o Senado.

Estado com os piores índices sociais do País e sob o comando da oligarquia dos Sarney há quatro décadas, o Maranhão simplesmente ignora as denúncias contra o clã. À exceção de um candidato do PSOL ao Senado, Paulo Rios, ninguém fala dos escândalos envolvendo o patriarca, senador José Sarney (PMDB-AP), e a própria Roseana - há duas semanas, por exemplo, o Estado revelou que documentos nos arquivos do Banco Santos indicam que a governadora e seu marido, Jorge Murad, simularam em 2004 um empréstimo de R$ 4,5 milhões para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior. "Eles (os Sarney) são iguais a índio: inimputáveis", diz José Reinaldo (PSB), ex-governador e ex-aliado dos Sarney.

Nordeste dita tendências na campanha de 2010

As tendências costumam partir dos centros em direção à periferia. É assim no vestuário, na tecnologia, no design. O que é moda em Milão hoje será moda em São Paulo amanhã, e em Xiririca da Serra no dia seguinte. E na hora de votar? Onde fica o centro e quem está na periferia?

Na eleição 2010, quem dita a tendência é o Nordeste. Quando José Serra (PSDB) ainda liderava sozinho as pesquisas sobre a sucessão presidencial, os eleitores nordestinos já preferiam Dilma Rousseff (PT). À época, era comum atribuir esse comportamento ao assistencialismo do governo Lula na região. O tempo mostrou que essa explicação é reducionista e insuficiente. Reducionista porque sempre a preferência por Dilma incluiu os nordestino ricos e pobres, escolarizados ou não, com e sem bolsa federal. E insuficiente porque ela não explica o fato de essa tendência ter extrapolado as fronteiras do Nordeste.

A mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo dá pistas importantes para se entender melhor o porquê de a "onda vermelha" ter se espalhado de lá para o Norte/Centro-Oeste, para o Rio de Janeiro, depois para Minas Gerais, para São Paulo e finalmente chegar ao Sul do Brasil. Tudo aponta para a continuidade. Mas por que o eleitor quer mais do mesmo, em vez de variar um pouco? A fila andou e incluiu dezenas de milhões no mundo do consumo. Mas, tão importante quanto, os eleitores avaliam que ela continua andando. Principalmente no Nordeste.

Compadre de Lula ''nomeia'' nos Correios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu no dia 28 de julho a cúpula dos Correios por temer que o fisiologismo partidário ampliasse a crise administrativa na estatal e respingasse na campanha eleitoral, mas a iniciativa pode ter sido infrutífera. O novo diretor de Operações dos Correios, Eduardo Artur Rodrigues da Silva, assume o cargo sob uma nuvem de suspeita.

Conhecido no setor da carga aérea como "coronel Artur" ou "coronel Quaquá", ele chegou à estatal com o apoio do compadre de Lula, o advogado Roberto Teixeira. Presidia uma empresa de transporte de mala postal, a Master Top Linhas Aéreas (MTA). Vinte dias antes de ser escolhido para a função, a MTA arrematou o contrato de uma das principais linhas da estatal, a Linha 12, que opera no trecho Manaus-Brasília-São Paulo. A empresa, com sede em Campinas, venceu o pregão eletrônico com o lance de R$ 44,9 milhões.

É uma linha estratégica nos negócios dos Correios - representa 13% do valor total da malha e 14% da capacidade de carga contratada. Ao assumir a diretoria nos Correios, no dia 2 de agosto, o coronel entregou o comando da MTA nas mãos de uma filha, Tatiana Silva Blanco. Com essa triangulação, a MTA tem agora a família Rodrigues da Silva como contratada e, ao mesmo tempo, contratante. Em site na internet, a MTA destaca que tenta ser uma "extensão" das empresas com as quais mantém parceria.

Maus gestores causam perda de R$ 3,5 bilhões

O próximo presidente da República já sabe que herdará um problema que a administração pública federal não consegue eliminar. A cada ano, só aumenta a quantidade de irregularidades envolvendo o mau uso de recursos federais por gestores públicos - na maior parte dos casos, prefeitos, secretários municipais ou diretores de autarquias regionais.

Levantamento feito pelo Estado, com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), mostra que essa espécie de "custo gestor nacional" se transformou num buraco bilionário. Desde 2005, a soma das condenações e aplicações de multas feitas pelo TCU a esses maus gestores já alcança cerca de R$ 3,5 bilhões. Mesmo corrigindo os valores, não existe a certeza de recuperação desses recursos, uma vez que os acusados recorrem constantemente de suas condenações, alongando ao máximo a definição de seus processos.

Apenas no primeiro trimestre de 2010, as punições pelo mau uso de recursos julgadas pelo TCU já somavam R$ 157 milhões. Mas a tendência é que o número até ultrapasse a impressionante marca do ano passado, de R$ 1,2 bilhão. Desde 2005, o TCU abriu 6.744 processos e pediu punições para 10.287 responsáveis pela gestão de verbas federais que apresentaram problemas.

O GLOBO

Um 'recesso' que sai caro

Com os parlamentares voltados para a campanha eleitoral, o Congresso mergulha, nos três meses que antecedem as eleições, no chamado recesso branco eleitoral. Mesmo com providências para reduzir a improdutividade na área legislativa, como dar férias a um grande número de funcionários, oferecer cursos de reciclagem e fazer revezamento de horários, Câmara e Senado mantêm em funcionamento toda a sua grande e cara estrutura neste período.

Apesar de as eleições ocorrerem a cada dois anos no país, não há esquema especial que possa reduzir os custos da máquina nesses meses de plenários vazios e poucas decisões. Período em que os parlamentares continuam recebendo não apenas seus vencimentos, mas todas as verbas de custeio do mandato. E muitos levam assessores de Brasília para as campanhas nos estados.

Só no caso dos 594 parlamentares, nos três meses, são R$ 29,4 milhões gastos apenas com os subsídios. A despesa média nesses três meses (agosto a outubro) é de R$ 1,7 bilhão para as duas Casas, levando-se em conta que o orçamento anual da Câmara e do Senado para 2010 é R$ 6,88 bilhões.

A alternativa utilizada até hoje para o recesso parlamentar não se mostrou suficiente para vencer o dilema do ostracismo inevitável: a Câmara foi convocada para seis dias de trabalho, entre agosto e outubro, e fracassou, sem votar nenhuma matéria em plenário. Já o Senado transformou a primeira semana de esforço concentrado numa maratona de votações de um verdadeiro pacote de bondade eleitoral.

Marqueteiro no olho do furacão

No olho do furacão desde que as últimas pesquisas de intenção de voto mostraram a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, com cerca de 20 pontos à frente do candidato do PSDB , José Serra, o jornalista paulistano Luiz Gonzalez, 57 anos, coordenador de comunicação e principal estrategista da campanha tucana, é um sujeito visivelmente irritado com as críticas - que ele considera infundadas - ao seu trabalho.

À frente de uma equipe de 300 pessoas e uma rotina que começa cedo e entra pela madrugada, por conta dos hábitos notívagos do seu candidato, o marqueteiro não dispensa opiniões, especialmente numa hora tensa como agora. Mas as quer respaldadas em fatos.

À tentativa de responsabilizá-lo pela queda de Serra, responde com fatos e números das campanhas das quais participou. Os levantamentos de sua equipe não reproduzem a rejeição a Serra captada pelos institutos de pesquisa. O que significa que o rumo não muda por conta do escárnio petista, das avaliações de eventuais marqueteiros ou do fogo amigo de políticos do PSDB e aliados.

De tucanos, ele entende bem. São 16 anos administrando campanhas do partido, desde que em 1994 fez a vitoriosa comunicação de Mario Covas na disputa pelo governo de São Paulo.

Serra em campanha com Alckmin, tenta recuperar votos

Para tentar recuperar os votos perdidos nas últimas semanas em São Paulo e levar a disputa para o segundo turno, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, manteve neste sábado, no interior paulista, a estratégia de colar a sua imagem à do candidato tucano a governador, Geraldo Alckmin.

Serra tenta se beneficiar da alta popularidade do colega no estado. Em discurso para militantes, durante a inauguração de um comitê do PSDB em Ribeirão Preto, Serra pediu mobilização nas ruas para conseguir a virada em São Paulo: - Vamos fazer no nosso estado mobilização, não só para a vitória, mas para ganhar de muito. Vamos ganhar essa eleição em São Paulo e no Brasil. No Ibope, Dilma tem 42% em São Paulo e o tucano, 35%. Alckmin tem 47% para governador. Serra se recusou a comentar o resultado do Ibope.

Dilma:após eleições estenderá a mão aos adversários

A candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff disse neste sábado que depois das eleições estará à disposição para diálogo com seus adversários. Com possibilidade de ganhar eleição ainda em 3 de outubro, ela refutou a afirmação feita pela manhã pela concorrente Marina Silva (PV), de que a democracia fica fortelecida quando ocorre o segundo turno.

Em uma entrevista coletiva convocada para divulgação de suas propostas para a infância, Dilma não escondia o bom humor, no dia em que as pesquisas apontam uma diferença de 24 pontos para seu adversário tucano, José Serra. - As pessoas que concorrem conosco devem ser respeitadas e depois da eleição a coisa muda de figura. - afirmou Dilma.

Questionada se já estaria estendendo suas mãos para Serra e Marina, Dilma falou como presidente eleita: - Estendo a mão para quem quiser partilhar. Eu não sei se ele (Serra) quer. Você pergunta para ele, se ele quiser, perfeitamente.

Crédito farto e consumo decidem o voto do eleitor

Salvo surpresas no caminho, é a economia que está decidindo a eleição. Economia? Mais precisamente o poder de consumo, dizem especialistas. Crédito farto, facilidade de compra de imóveis, emprego e renda em alta, ganho do salário mínimo e Bolsa Família fazem a cama para a candidata do PT, Dilma Rousseff, disparar nas pesquisas. Cheio de bens em casa, o eleitor não pensa em problemas coletivos, como saúde ou transporte. E liga menos ainda para questões mais abstratas, como a situação fiscal.

Ao longo desta semana, O GLOBO mostrará por que o consumidor está feliz. Como dizia James Carville, estrategista da campanha vitoriosa de Bill Clinton à Presidência dos EUA em 1992: "É a economia, estúpido!"

- Consumo é o motor dessa euforia. Só entre dezembro de 2008 e o mês passado, o crédito à pessoa física nas modalidades mais comuns (exceto imobiliário) subiu 35%, de R$ 275 bilhões para R$ 370 bilhões - isso é quanto os consumidores estão devendo ao sistema financeiro hoje. Sobre os R$ 74,4 bilhões de dezembro de 2002, o avanço é de 396%, bem além da inflação, de 52%. - As pessoas estão votando com o bolso. Estão consumindo mais numa proporção não vista há 30 anos - afirma o economista Claudio Frischtak.

Eduardo Jorge chama de burocrática investigação da RF

O vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge, considera que a investigação da Receita Federal em torno do vazamento de seu sigilo fiscal é burocrática. Segundo ele, a sindicância interna apenas arrolou como testemunha o sindicalista Hamilton Mathias, delegado do Sindireceita (Sindicato dos servidores da Receita) no grande ABC, que sentavase ao lado do computador de onde vazaram os dados. - Se fosse uma sindicância investigativa eles iriam investigá-lo. Mas isso não ocorreu.

Para Eduardo Jorge, o importante não é identificar apenas o responsável pelo vazamento, mas quem utilizou as informações em um dossiê, com fins eleitorais. Segundo ele, as informações sobre seus dados fiscais que chegaram à imprensa foram originadas em um comitê do PT.

México: Itamaraty divulga nomes 2 vítimas brasileiras

O Itamaraty divulgou neste sábado os nomes de dois brasileiros mortos na chacina de San Fernando, no Estado de Tamaulipas, nordeste do México, na qual 72 imigrantes foram assassinados. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o corpo de Juliard Aires Fernandes, de 20 anos e natural de Minas Gerais, foi identificado entre as vítimas. As autoridades mexicanas também encontraram os documentos de Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos e também de Minas Gerais, mas seu corpo ainda não foi identificado. O Itamaraty informou que já entrou em contato com as famílias de ambos.

CORREIO BRAZILIENSE

O preço de uma vaga na Câmara

O que é preciso para eleger um parlamentar? Com pouco espaço nos programas de rádio e televisão e sem os comícios milionários de eleições anteriores, candidatos a deputado federal e estadual investem maciçamente em material impresso, placas, estandartes e faixas, no esforço para fixar nome e número, sempre aliados à própria imagem. A contratação de pessoal, diretamente ou por intermédio de serviços terceirizados, é o segundo item mais dispendioso. Os gastos registrados no primeiro mês de campanha confirmam que essa estratégia é usada pela maioria dos candidatos em todo o país. Dos R$ 37 milhões já consumidos por candidatos à Câmara dos Deputados, mais da metade foram gastos com propaganda visual.

Os custos de uma campanha impressionam. Até agora, candidatos a deputado federal já arrecadaram R$ 73 milhões, enquanto os candidatos às assembleias legislativas receberam R$ 85,2 milhões em contribuições registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As campanhas mais caras, com despesas como fretamento de avião, podem ficar entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões(1). No primeiro mês, as 10 mais ricas somaram quase R$ 8 milhões. A maior arrecadação foi de Eduardo da Fonte (PP-PE), com R$ 1,5 milhão.

O candidato à Câmara que mais gastou com impressos foi Odílio Balbinotti (PMDB-PR). Ele imprimiu 400 mil revistas, com uma versão para cada um dos 60 municípios que compõem a sua base eleitoral. Também fez santinhos, cartazes e “colinha”, para ajudar o eleitor a decorar o seu nome. Gasto total: R$ 260 mil. E precisou contratar cerca de 250 cabos eleitorais para distribuir esse material todo. Também alugou carros para transportar tanta gente. O assessor Amarildo Torres estima que a campanha vai ficar em R$ 2 milhões, mas a metade já foi gasta no primeiro mês.

Uma ausência chamada FHC

Responsável por levar o PSDB à Presidência e uma das figuras mais importantes do partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passa longe da campanha tucana ao Palácio do Planalto este ano. Enquanto até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, maior adversário da legenda, apareceu no programa eleitoral do tucano José Serra, a imagem de FHC restringiu-se aos programas de candidatos a governos estaduais e ao Senado. E, mesmo em aparições públicas de Serra, em debates ou comícios, FHC não está presente.

A blindagem, segundo tucanos envolvidos na estratégia da campanha, teria sido motivada pelos resultados das pesquisas indicando a alta aprovação de Lula pela população (79% segundo o último levantamento do Datafolha), o que poderia significar uma certa rejeição a FHC. “A percepção que ficou para a sociedade é a do nosso segundo governo, que enfrentou uma série de crises, e não do primeiro, que foi de grandes acertos”, avalia um membro do PSDB que prefere não se identificar.

Para interlocutores próximos, o ex-presidente — além de demonstrar preocupação com um quadro que, não imaginavam os tucanos, parece estar decidido muito cedo na campanha presidencial — tem confidenciado estar magoado por não observar os feitos de seus oito anos de mandato em evidência na campanha de Serra. “Ele gostaria de ver as teses do governo dele sendo defendidas”, diz outro integrante do partido.

Mexicanização ou histeria?

O cientista político Bolívar Lamounier admite: é pequena a probabilidade de José Serra (PSDB) inverter a linha de crescimento de Dilma Rousseff (PT), mudando o curso das eleições. Diante de um cenário que, segundo ele, permite projetar a derrota do PSDB em âmbito nacional e, ao mesmo tempo, a conquista, na maior parte dos estados, de governos da base de Lula, Lamounier, que tem grande proximidade política e ideológica com o PSDB do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, declara haver um risco de “mexicanização” do país. “Refiro-me às seis décadas em que o PRI, Partido Revolucionário Institucional, governou sozinho o México, suprimindo na prática as oposições. Isso não significaria a eliminação total da competição política e eleitoral, mas uma absorção dela: para dentro da aliança PT-PMDB e para dentro da máquina pública.”

Para o sociólogo, um eventual governo Dilma, com ampla maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, terá “um controle quase total do processo político e das instituições”. Lamounier prega em conferências e em artigos o risco do que chama de liquidação da oposição nos estados. “Lula e o PT nunca tiveram um traço sequer de visão federativa. A pedra no sapato de Lula é evidentemente o estado de São Paulo. Por isso ele já avisou que não medirá esforços para impedir a vitória de Geraldo Alckmin.” O cientista político acredita que, para a “saúde da democracia”, é preciso mais oposição. E uma oposição que, em sua avaliação, passa pelo PSDB.

A tese de Lamounier é contestada pelo cientista político e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fábio Wanderley Reis, que recupera, historicamente, o que ocorreu no México. “O quadro geral no Brasil é distinto de algo que emergiu de uma revolução armada, em que havia um grupo que tomou conta do Estado, fez um partido instrumental e o processo eleitoral foi acomodado dentro de um esquema resultante da revolução”, avalia. Reis lembra que as instituições estão em perfeito funcionamento no Brasil, inclusive os partidos políticos e a Justiça Eleitoral.

Primeiro embate após a ditadura

O homem que lutou contra a ditadura e que esteve à frente dos principais momentos da história contemporânea do país cometeu um erro político e assim acabou sem qualquer chance de chegar ao Palácio do Planalto. O ex-deputado Ulysses Guimarães amargou uma sétima colocação nas eleições presidenciais de 1989, a única da qual participou em sua carreira, e também a primeira do processo de redemocratização do Brasil. Um ano antes, durante a Constituinte, o ex-deputado desvinculou os pleitos presidenciais dos estados. Era uma maneira de manter as bases trabalhando, mas para candidaturas distintas. Isso não ocorreu com relação ao ex-deputado, que acabou abandonado pelos correligionários nos estados.

Ulysses, que ficou conhecido como o Senhor das Diretas Já, sempre esteve à frente de acontecimentos marcantes, como bancar a posse do então presidente e hoje senador, José Sarney (PMDB-AP), no Palácio do Planalto, após a morte de Tancredo Neves. “O doutor Ulysses Guimarães era uma espécie de Lula daquela época”, lembra Marco Aurélio Costa, dono do Piantella, restaurante na 202 Sul frequentado pelo ex-deputado e que, por muito tempo, foi reduto da oposição ao regime militar.

O revés dos peemedebistas começou com o fracasso do Plano Cruzado, um pacote de medidas econômicas adotadas por Sarney em 1986 para baixar a inflação. Até então, o PMDB tinha uma boa posição no cenário político brasileiro. “Enquanto o Cruzado deu certo, o partido fez mais de 20 governadores e a maioria no Senado e na Câmara”, explica Marco Aurélio, que passou a ser um dos seguidores de Ulysses, com quem convivia há mais de 30 anos. Todos achavam que o partido iria eleger qualquer candidato ao Planalto, mas isso acabou não acontecendo por um erro involuntário do próprio Ulysses. “Durante a Constituinte, ele havia desvinculado as eleições presidenciais. O doutor Ulysses achava que os prefeitos eleitos iriam trabalhar para ele nas bases. Mas isso não ocorreu”, conta Marco Aurélio. O ex-deputado só ganhou dos principais adversários em Tubarão (SC) e São Lourenço da Mata (PE).

Militância que se move por interesses pontuais

O caminhão que corta por uma estrada empoeirada a divisa do Distrito Federal com Goiás é amarelo, tem alto-falantes estridentes, uma mulher ao microfone, voz inflamada. Há dois meses, o mesmo cenário servia para fazer anúncio de roupas, supermercados, promoções varejistas. O ofício agora é pedir votos para candidatos do PMDB e PT goiano. Nenhuma mensagem é dispensada à presidenciável apoiada pelos dois partidos, Dilma Rousseff (PT). A poucos quilômetros dali, militantes contratados pelos tucanos tentam, santinho em punho, vender o peixe que nem eles sabem se estão dispostos a comprar: a candidatura de José Serra (PSDB). O esforço maior, no entanto, também é feito pelos políticos locais da aliança DEM-PSDB.

No Entorno, a proximidade de candidatos com a população transforma as eleições em uma corrida sem bandeira definida. Lá, não se vota em partidos, mas em pessoas. No comitê de Dilma em Águas Lindas, dominado por 70% de eleitores da capital, a ênfase dos cabos eleitorais é em cartazes e adesivos de candidatos proporcionais aliados à petista. De forma tímida, ainda tentam emplacar Iris Rezende (PMDB) ao governo de Goiás. Material de Dilma inexiste. “Não é preciso fazer muita campanha para a Dilma porque ela já ganhou”, resume o militante Jorge Batista, do PMDB local.

Do outro lado da rua, o comitê tucano forrado com fotos do candidato ao governo de Goiás Marconi Perillo (PSDB) esconde em caixas bem fechadas o material de José Serra (PSDB). Nada que lembre a campanha do presidenciável está à mostra. A pedido do Correio, o presidente do PSDB de Águas Lindas, Nelson Almirante, “acha” adesivos do adversário de Dilma guardados em uma caixa, nos fundos do comitê. A poucos quilômetros dali, em Valparaíso, o material se restringe a um cartaz e um folheto informativo. A prioridade é tentar fazer Marconi Perillo (PSDB) retornar ao Palácio das Esmeraldas.

Entre os dois comitês, tucano e petista, não há sinal de disputa por votos no que toca às eleições nacionais. Há até um acordo informal. A prioridade de um lado é eleger proporcionais. Do outro, Marconi. Como os objetivos não entram em conflito, a solução é um não invadir a seara do outro. O escritório tucano não pede votos para presidente e o petista não se dedica muito pelos candidatos a senador ou governador. “É o jeitinho brasileiro de fazer política”, explica Almirante.

Marina pede voto em meio à seca no DF

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, minimizou a queda de um ponto percentual na pesquisa do Ibope, divulgada ontem, passando de 8% para 7%. Na caminhada de poucos metros que fez no Parque da Cidade, ontem de manhã, ela afirmou que continua apostando em um segundo turno com seus principais adversários, a petista Dilma Rousseff (51%) ou o candidato do PSDB, José Serra, segundo colocado na amostragem do Ibope, com 27%. Sob forte calor de mais de 30°C e uma baixa umidade relativa do ar, próxima a 25%, Marina fez um discurso usando um megafone para uma plateia sentada no chão.

A candidata Dilma Rousseff (PT), também passou o dia em Brasília. No fim da tarde, convocou entrevista para falar de seu projeto de atendimento integral às crianças, e também evitou polêmica sobre a possível vitória no primeiro turno com os 51% de intenções de voto apontados no Ibope. Mas, bastante tranquila, depois de fazer várias ressalvas sobre o fato de a eleição ter dois turnos, disse que “as pessoas devem ser respeitadas” e que, terminada a campanha, “a gente desarma o palanque e estende a mão às pessoas de boas vontade”. Disse ainda que, se Serra quiser colaborar, será bem-vindo. “Estou dando um conceito: um governo ou é para todos, ou não é republicano”, afirmou. “Sou do Sul. Lembro quando havia um atrito, o presidente não ia lá e não mandava dinheiro, República velha é isso”, afirmou, sem citar entretanto o governo gaúcho de Olívio Dutra (PT) e Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente.

Em queda constante nas pesquisas eleitorais, o candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) não quis comentar os dados do último levantamento Ibope, divulgado ontem, no qual aparece com 27% das intenções de voto, contra 51% da sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT), a quem manteve os ataques. Em Ribeirão Preto (SP), onde inaugurou um comitê do PSDB, Serra disse que, durante o tempo em que ficou à frente do governo, a favela de Heliópolis — a maior da capital paulista — foi transformada em bairro e a candidata petista teria utilizado a infraestrutura lá implantada no programa eleitoral dela.

Coluna Brasília-DF - Lobby

Sabendo que a essas alturas das campanhas os políticos estão tentando manter os caixas cheios, operadoras de TVs por assinatura circulam em gabinetes da Câmara Legislativa oferecendo apoio a candidatos à reeleição. A meta é obter aliados para a aprovação do projeto que libera as operadoras de pagar ao governo cerca de R$ 800 mil em impostos. O dinheiro foi cobrado dos assinantes e nunca foi repassado aos cofres públicos.

Incomodado

O deputado federal Henrique Eduardo Alves (foto), do PMDB-RN, não tem escondido o desconforto com os movimentos do líder governista Cândido Vaccarezza (PT-SP) em direção ao posto de presidente da Câmara na próxima legislatura. Alves tem dito a correligionários que seu partido é grande e que a única chance de o PT assumir o cargo é fazendo um acordo com os peemedebistas. O acerto iria prever uma eleição casada, na qual cada legenda assumiria o comando da Casa por dois anos.

Fonte: Congressoemfoco

“Mano” Suplicy é flagrado em show dos Racionais MCs


Fábio Góis

Com mais quatro anos garantidos pela frente no Senado, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) é uma das figuras mais respeitadas do atual Congresso. Conhecido pelo comportamento comedido e pela fala pausada, o autor do projeto que estabelece renda mensal mínima para todo e qualquer cidadão brasileiro por vezes surpreende em situações inusitadas, algumas delas hilárias.

Depois de ter usado sunga de Super-Homem na frente das câmeras e ter dado cartão vermelho para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), durante a crise mais aguda da história da instituição, Suplicy retorna em grande estilo às luzes da ribalta.

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A “performance” desta vez aconteceu em seu reduto eleitoral. Ex-boxeador de qualidade, temido pelos adversários, Suplicy faz cara de mau no meio de manos e minas embevecidos pelos versos enfurecidos de Mano Brown, vocalista e líder do grupo do hip-hop Racionais MCs. Espremido em uma rua da periferia, o respeitável público era formado, em sua maioria, por negros. De maneira que Suplicy, alto e alvo, se destaca no meio da multidão – a câmera que registrou o filmete, de 3 minutos e 7 segundos, chega a passar por Suplicy sem detectar sua presença destoante, mas logo em seguida um close desfaz a displicência.

A legitimidade da aparição foi atestada com admiração por alguns que viram o vídeo, com comentários registrados no Youtube. “Suplicy é muito sinistro. É de uma das famílias mais ricas de São Paulo e é o único que vai às ruas ver de perto a realidade. E mais: acho que ele não faz pra aparecer, ele se amarra mesmo, sempre fala dos racionais”, diz o internauta de codinome “kubaah”. “Kkkkk! Inacreditável! Ele curte mesmo!”, reforça “tinhodrunsk” em bom internetês.

“Muito respeito pra trutas e quebradas”, saúda Mano Brown, com a presença de palco de sempre. “O dia de amanhã quem sabe é Deus / Eu não sei, não vi, não vou; morro cadeado / ‘Firmão’, deixa eu ir, quem não é visto não é lembrado / Hoje eu sou ladrão, artigo 157 / A polícia bola um plano, sou herói dos pivete [sic]”, continua o artista, em trecho da música “Eu sou 157”, referência ao artigo do Código Penal. Ao final do clipe, o entardecer se contrapõe às caixas-d’água da periferia.

Lá no meio do povo que o elegeu, Suplicy ouve os versos com séria reverência, “disfarçado” com seu óculos e seu bem-passado pullover. De fato, o senador parece bem à vontade no show, admirando o grupo que já mencionou em plena Comissão de Constituição e Justiça – na ocasião, levou inclusive o já falecido ex-senador Antônio Carlos Magalhães às gargalhadas ao cantar outra música do Racionais MCs, com direito à reprodução do som de uma metralhadora.

Relembre: Altos risos na Alta Casa

Sem mais delongas, confira o vídeo (caso o leitor prefira ou esteja com pressa, vá direto ao instante 3:05 para ver a silente reverência de Suplicy):

Fonte: Congressoemfoco

domingo, agosto 29, 2010

VOX POPULI: DISPUTA PELO SENADO 'EMBOLOU'.

A pesquisa de intenção de votos A Tarde/Vox Populi trouxe neste domingo (29) um cenário bem distinto dos mostrados anteriormente. Três candidatos aparecem empatados dentro da margem de erro de três pontos percentuais: o senador César Borges (PR) tem 14% da preferência do eleitorado, depois aparece Walter Pinheiro (PT), com13%, e em terceiro Lídice da Mata (PSB), com 10%. Os demais candidatos também aparecem tecnicamente empatados, só que na zona inferior da tabela. O ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM) tem 4%, Edvaldo Brito (PTB) 3% e José Carlos Aleluia (DEM) 2%. Com 1% estão Carlos Sampaio (PCB), França (PSOL) e Edson Duarte (PV). No entanto, os indecisos ainda são a maioria em disparado. Pelo menos 39% ainda não decidiram em quem votar. A Tarde

Fonte: SudoesteHoje

VOX POPULI: FRENTE DE WAGNER SOBRE PAULO SOUTO É DE 29%

A primeira pesquisa A TARDE/ Vox Populi sobre as Eleições 2010 mostra o governador Jaques Wagner (PT) com 46% das intenções de votos. Em seguida, está o ex-governador Paulo Souto (DEM), com 17%; o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), com 11%; e o deputado Luiz Bassuma (PV), que tem 1%. Se a eleição fosse hoje, Wagner teria mais votos que a soma dos adversários (29%) e venceria a disputa no primeiro turno, mesmo considerando-se a margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais.

Fonte: SudoesteHoje

Dilma aumenta vantagem e chega a 59% dos votos válidos

A pesquisa do IBOPE deu nisso. Faltando pouco mais de um mês das eleições, a candidata Dilma Rousseff (PT) tem 24 pontos de vantagem sobre o José Serra (PSDB) e mantém a expectativa de vencer no primeiro turno, agora com 59% dos votos válidos.

Pela pesquisa Ibope, divulgada hoje (28), Dilma chegou a 51% das intenções de voto, um crescimento de oito pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, feito às vésperas do início da propaganda eleitoral.

Desde então, Serra passou de 32% para 27%. Marina Silva, do PV, oscilou de 8% para 7%. Somados, os adversários da petista têm 35 pontos, 16 a menos do que ela.

A performance de Dilma já se equipara à de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, o então candidato petista teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas.

GEOGRAFIA DO VOTO

Dilma ultrapassou Serra em São Paulo (42% a 35%) e tem o dobro de votos do adversário (51% a 25%) em Minas Gerais - respectivamente primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País.

No Rio de Janeiro, terceiro Estado com a maior concentração de eleitores, a candidata do PT abriu nada menos do que 41 pontos de vantagem em relação ao tucano (57% a 16%).

Na divisão do eleitorado por regiões, Dilma registra a liderança mais folgada no Nordeste, onde tem mais que o triplo de votos do rival (66% a 20%%). No Sudeste, ela vence por 44% a 30%, e no Norte/Centro-Oeste, por 56% a 24%.

A Região Sul é a única em que há empate técnico: Dilma tem 40% e Serra, 35%. A margem de erro específica para a amostra de eleitores dessa região chega a cinco pontos porcentuais. Mas também entre os sulistas se verifica a tendência de crescimento da petista: ela subiu cinco pontos porcentuais na região, e o tucano caiu nove.

RICOS E POBRES

A segmentação do eleitorado por renda mostra que a candidata do PT tem melhor desempenho entre os mais pobres. Dos que têm renda familiar de até um salário mínimo, 58% manifestam a intenção de votar nela, e 22% em Serra.

Na faixa de renda logo acima - de um a dois salários mínimos -, o placar é de 53% a 26%. Há um empate entre a petista (39%) e o tucano (38%) no eleitorado com renda superior a cinco salários.

Também há empate técnico entre ambos no segmento da população que cursou o ensino superior. Nas demais faixas de escolaridade, Dilma vence com 25 a 28 pontos de vantagem.

TAXA DE REJEIÇÃO

A taxa de rejeição Dilma caiu dois pontos, mas se mantem praticamente a mesma desde junho, próxima dos 17%. No caso do candidato tucano, 27% afirmam que não votariam nele em nenhuma hipótese.

A disparada da candidata apoiada pelo presidente Lula disseminou a expectativa de que ela vença a eleição. Para dois terços da população, a ex-ministra tomará posse em janeiro como sucessora do atual presidente. Apenas 19% dos eleitores acham que Serra será o vitorioso.

MULHERES COM DILMA

Com boa parte de sua propaganda direcionada à conquista do eleitorado feminino - dando destaque à possibilidade de uma mulher assumir pela primeira vez a Presidência -, Dilma cresceu mais entre as mulheres (nove pontos) que entre os homens (cinco pontos).

Na simulação de segundo turno, a vantagem de Dilma entre as mulheres é agora praticamente a mesma que entre os homens, um fato inédito na campanha. O próprio Lula sempre teve mais votos entre os homens.

A pesquisa mostra que 57% dos eleitores já assistiram a pelo menos um programa do horário eleitoral.

Segundo o Ibope, 50% dos brasileiros preferem votar em um candidato apoiado pelo presidente, e 9% tendem a optar por um representante da oposição. Do total do eleitorado, 88% sabem que Dilma é a candidata de Lula.

O governo do presidente é considerado ótimo ou bom por 78% dos brasileiros. Outros 4% consideram a gestão Lula ruim ou péssima.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

Juiz do caso Cissa é preso por furto de cabos de telefonia

Folha.com

O juiz militar e capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro Lauro Moura Catarino foi preso enquanto furtava cabos de telefonia da Oi, na Praia de Botafogo, no Rio, na madrugada da última sexta-feira.

O capitão era responsável por julgar os PMs acusados de receber propina para liberar o atropelador do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. Na quinta-feira, poucas horas antes da prisão, ele havia participado da audiência da Auditoria Militar em que os PMs acusados foram ouvidos.

Além de Catarino, outro policial militar foi preso: o capitão do Batalhão de Choque Marcelo Queiroz dos Anjos.

O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, determinou que se inicie imediatamente um processo disciplinar com o objetivo de demitir os oficiais, que já foram afastados de suas atividades. A PM disse que não vai esperar a conclusão do inquérito da Polícia Civil para tomar as providências.

"É inadmissível que policiais pagos com dinheiro público para proteger a população e os bens privados e públicos se envolvam em atos como os descritos", disse Duarte.

Quadrilha

Os oficiais foram autuados por furto e formação de quadrilha. Eles foram levados para o Batalhão Especial Prisional, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. O capitão Catarino foi afastado da Auditoria Militar e será substituído por outro oficial.

Investigação

A investigação sobre as atividades da quadrilha durou dois meses. Segundo o delegado titular da 9ª DP, Alan Luxardo, a quadrilha lucrava até R$ 400 mil por mês com a atividade ilegal.

Fonte: Agora

Fotos do dia

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novas regras

Benefício pode aumentar até 63%


Ana Magalhães
do Agora

Quem se aposentou e continua trabalhando pode conseguir, na Justiça, uma troca de benefício e garantir um aumento de até R$ 1.172 por mês, ou 63%.

O valor máximo da troca de benefício é para um segurado que se aposentou em janeiro de 2000, de maneira proporcional, com 53 anos de idade e 30 de contribuição. Segundo cálculos do consultor previdenciário Marco Anflor, do site Assessor Previdenciário, se esse segurado contribuía pelo teto (R$ 3.467,40, hoje), o benefício dele hoje seria de R$ 1.867.

Ele continuou trabalhando e contribuindo. Assim, hoje tem 40 anos de contribuição e 63 de idade. Caso ganhasse, na Justiça, a troca, receberia um benefício de R$ 3.040.

  • Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora

Veja como garantir a troca de aposentadoria

Ana Magalhães
do Agora

O aposentado que trabalha com carteira assinada e paga contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pode conseguir, na Justiça, um benefício maior. A troca de aposentadoria --chamada de desaposentação-- é aceita pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e por alguns juízes de instâncias inferiores.

Segundo o advogado previdenciário Wladimir Martinez, existem hoje cerca de 40 mil processos de troca de aposentadoria no Brasil. O último levantamento do IBGE (instituto de geografia e estatística), de 2008, diz que há 520 mil aposentados ocupados no país --190.500 no Estado.

Apesar de os processos de troca de aposentadoria estarem invadindo o Judiciário, ainda não há um entendimento consolidado.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste domingo

Um brincadeira perigosa

Carlos Chagas

Justiça se faça ao presidente Lula, foi ele a rejeitar o terceiro mandato. Houve tempo, no começo do ano passado, em que bastaria um estalar de dedos para a hipótese consolidar-se. Deputados do PT e de outros partidos já tinham pronta emenda constitucional permitindo uma segunda reeleição aos titulares de mandatos executivos, incluindo prefeitos e governadores, além dos presidentes da República. Um sinal verde da parte do primeiro-companheiro e apesar dos estrilos da oposição, e a matéria passaria no Congresso até mais facilmente e com menos despesas do que passou a reeleição, nos tempos de Fernando Henrique.

Naqueles idos o Lula parecia num beco sem saída, apesar de sua popularidade em alta indiscutível. Perdera José Dirceu e Antônio Palocci, os dois principais auxiliares que sonhavam sucede-lo. O PT parecia um deserto de candidatos e ele começava a pensar em Dilma Rousseff, mas sem convicções no seu próprio partido. Andava em alta a possibilidade de Aécio Neves transferir-se para o PMDB e ser lançado candidato, mas nem o governador mineiro confiava no maior partido nacional e nem o PMDB confiava no Lula. Malogrou o desembarque de Aécio do ninho dos tucanos e o presidente continuou declarando não aceitar o terceiro mandato. Nas pesquisas espontâneas que começavam a pipocar, era o nome dele que pontificava, mesmo depois de haver lançado Dilma.

A natureza seguiu seu curso, sua popularidade aumentou ainda mais e a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil começou a ser considerada, até chegar ao favoritismo de hoje.

Por que se recordam detalhes do processo sucessório, agora em sua reta final?

Porque o presidente Lula não se emenda. Esta semana, em solenidade no recém-inaugurado palácio do Planalto, na frente do ministro da Defesa e dos comandantes das três forças armadas, não resistiu ao que a totalidade da mídia chamou de brincadeirinha. Dirigindo-se a Nelson Jobim, disse que ele devia ter mandado para o Congresso uma “emendinha” capaz de dar-lhe mais uns anos de mandato. É claro que não falava a sério, mas qualquer estudante de Psicologia concluiria haver alguma coisa a mais na jocosa referência.Um pouco do subconsciente presidencial aflorando na linha d’água, agora que faltam quatro meses para ele deixar o poder. Uma afirmação totalmente dispensável, inócua pela própria consciência.

A conta que ninguém faz

Quando tomou posse, em 2003, o presidente Lula prometeu criar dez milhões de empregos. De lá para cá, já se vão oito anos, a equipe econômica e o ministério do Trabalho divulgam com freqüência o número de postos de trabalho criados com carteira assinada. Se alguém somasse todas as informações, a conta facilmente passaria dos vinte milhões. Como isso não aconteceu, salta aos olhos a omissão de percentuais paralelos, ou seja, o número das demissões acontecidas no período. Como números negativos nenhum governo anuncia, mas, pelo contrário, esconde, a dúvida permanecerá por muito tempo a respeito do mercado de trabalho, computados os jovens que anualmente ingressam nele, sem ter emprego, além dos demitidos. Criar empregos é uma coisa.Manter os existentes, outra bem diferente.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Brasil já foi governado por sete vice-presidentes da República

Agência Brasil

Ao votar para presidente da República nas eleições deste ano, os mais de 135 milhões de eleitores escolherão, também, o vice-presidente. Mas, nem sempre foi assim. O processo de escolha do vice, no período de 1945 a1964, era diferente. O eleitor votava no candidato a presidente e, também, no candidato a vice, que poderia ser de outra chapa. João Goulart, por exemplo, sem ser da mesma chapa do candidato a presidente, foi eleito vice em dois governos: de Juscelino Kubitschek (1956 a 1960) e de Jânio Quadros (1961).

Com o fim do voto para vice-presidente, em 1964, os candidatos a vice perderam destaques nas campanhas eleitorais, apesar de sua importância política na composição da chapa presidencial. Na ditadura militar (1964 a 1985), com rara exceção, a maioria era desconhecida da população e nenhum deles chegou a assumir o poder por impedimento do presidente. Em 1969, Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva, mesmo com a doença e morte do presidente, não assumiu o cargo: a Presidência da República passou a ser exercida por uma junta militar até a posse do general Emílio Garrastazu Médici.

A história de vice-presidentes que assumiram a Presidência começou no inicio da República quando o primeiro presidente, Marechal Deodoro da Fonseca, renunciou ao cargo e o vice, Floriano Peixoto, passou a exercer a Presidência da República. Na chamada República Velha (1889 a 1930), dos treze presidentes três eram vices que assumiram o cargo. Na era Getúlio Vargas (1930 a 1945), período conhecido como Estado Novo, foi abolida a figura do vice-presidente. O cargo só voltou a existir com a Constituição de 1946.

Desde o fim do período militar até hoje, todos os ocupantes da Vice-Presidência da República saíram do Senado Federal (José Sarney, Itamar Franco, Marco Maciel e José Alencar). Nestas eleições, no entanto, os vices na chapa dos três principais candidatos não vieram de lá. O tucano José Serra escolheu o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ); a petista Dilma Rousseff optou para ter como companheiro de chapa o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (SP); e a senadora Marina Silva (AC), candidata do PV, escolheu o empresário José Guilherme Leal.

Nos 121 anos de República, o Brasil teve 35 presidentes. Desses, sete eram vices que assumiram a Presidência por impedimento do titular. Além dos vices Sarney, Itamar, João Goulart e Floriano Peixoto, também assumiram a Presidência da República os vices Nilo Peçanha (1909) em virtude da morte do presidente Afonso Pena; Delfim Moreira (1918) também em função da morte do presidente Rodrigues Alves e Café Filho (1954) com o suicídio de Getúlio Vargas. Mas o caso mais emblemático é o do vice Itamar Franco, que passou a exercer o cargo com o impeachment do presidente Fernando Collor.

O atual vice-presidente da República, José Alencar, que já substituiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesses quase oito anos de governo, por 500 dias, afirmou que não vê a importância do cargo pelo fato de 20 % dos vice-presidentes terem assumido a Presidência da República como sucessores. “O vice-presidente é o substituo eventual e sucessor eventual [do presidente]”, disse.

José Alencar afirmou que a sintonia entre o presidente e o vice é importante para o sucesso do governo. “É muito bom que o vice seja sintonizado com o presidente”. O fato de sete vice-presidentes terem se tornado presidentes, segundo Alencar, são coisas que aconteceram na história. Ele citou, por exemplo, que ninguém esperava que ocorresse o episódio com o então presidente Fernando Collor, quando o vice Itamar Franco assumiu e que ninguém esperava que Tancredo Neves morresse sem tomar posse.

“É natural, o vice é o sucessor eventual do presidente e é para isso que ele existe e, no mais, é cumprir com o seu dever perante a Nação, o que é um dever de todo homem público, não é só do vice. É o que eu acho que os vices devem ser”, disse. “Do ponto de vista espiritual, do ponto de vista da minha vida, das minhas realizações, é altamente gratificante [ser o vice], porque eu tenho tido a oportunidade de participar de decisões importantes do governo, e isto me realiza muito”, completou.

Fonte: Tribuna da Bahia

Dilma tem 51% das intenções de voto, e Serra, 27%, aponta Ibope

A candidata Dilma Rousseff (PT) aparece na frente na corrida pela Presidência da República, com 51% das intenções de voto contra 27% do adversário José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope divulgada neste sábado (28).

De acordo com o Ibope, em terceiro lugar está Marina Silva (PV), com 7%. No levantamento anterior do Ibope, realizado dos dias 12 a 15 de agosto, Dilma tinha 43%, Serra, 32%, e Marina, 8%.

A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos para mais ou menos. Isso indica que Dilma pode ter entre 49% e 53% e Serra, entre 25% e 29%. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Dos demais candidatos, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Eymael (PSDC), Ivan Pinheiro (PCB), Levy Fidelix (PRTB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU), nenhum alcançou 1% das intenções de voto.

Segundo turno
Em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, o Ibope apurou que a petista teria 55% e Serra, 32%. Na pesquisa anterior, as taxas de Dilma e Serra eram de 48% e 37%, respectivamente.

Fonte: Tribuna da Bahia

Dirceu tenta barrar Palocci em eventual governo Dilma

Agência Estado


A 35 dias da eleição, os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci disputam os rumos de eventual novo governo comandado pelo partido, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Depois de emitir sinais contrários à possível indicação de Palocci para a Casa Civil, Dirceu luta agora para impedir que ele volte a ditar os caminhos da economia, a partir de 2011.

Os dois "generais" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reeditam a queda de braço que travaram no primeiro mandato do PT para definir a fisionomia do governo. Abatido pelo escândalo do mensalão, no ano de 2005, e cassado pela Câmara, Dirceu vislumbra perda de influência se Palocci - ex-ministro da Fazenda - assumir a Casa Civil sob Dilma.

A preocupação não é à toa: cabe ao ministro da Casa Civil coordenar a equipe, o que lhe dá muito poder e pode torná-lo candidato natural ao Planalto. Foi o que ocorreu com a própria Dilma, puxada para o cargo após a queda de Dirceu. Nove meses depois, em março de 2006, Palocci também caiu, no rastro da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Embora se movimente nos bastidores para evitar que o antigo colega vire uma espécie de "primeiro-ministro" de Dilma, Dirceu sabe que pode perder a aposta. Motivo: Palocci é um dos principais coordenadores da campanha e, além de tudo, tem Lula como padrinho. O plano do presidente é reabilitar o ex-titular da Fazenda na cena política.

Se Palocci for para a Casa Civil, o grupo de Dirceu - que quer empurrar o deputado para o Ministério da Saúde - espera uma "compensação". Sob o argumento de que "o governo Dilma não pode ter a cara do ajuste fiscal de Palocci", aliados do ex-chefe da Casa Civil defendem, agora, a permanência de Guido Mantega (PT) na Fazenda em dobradinha com "alguém de esquerda" no Planejamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: A Tarde

Fonte Nova vai ao chão hoje e nova arena nasce sem plano de mobilidade

Danile Rebouças e George Brito, do A TARDE


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A Fonte Nova sai de cena neste domingo, 29, com a implosão do anel superior às 10 horas, para dar lugar ao projeto de uma arena esportiva cujo impacto na mobilidade urbana não é conhecido. A prefeitura não conta com estudo de impacto de vizinhança (EIV) do novo estádio, exigido pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), e desconhece quando ele ficará pronto.

Na prática, o governo municipal não tem informações, por exemplo, do adensamento populacional da região, da geração de tráfego advinda do novo empreendimento e da demanda de transporte público necessária para atender à circulação de pessoas. Isso em área que já apresenta problemas de trânsito e para onde converge duas das mais movimentadas avenidas de Salvador que fazem ligação para o centro da cidade, Bonocô e Vasco da Gama.



O Consórcio Arena Salvador 2014 (responsável pela obra), por meio da assessoria, afirmou que “foi considerado o estudo publicado no Edital da Licitação”. Entretanto, no edital, disponível no portal do governo do Estado, não há estudo de impactos. Na coletiva à imprensa, na última terça-feira, 24, a implosão foi considerada pelas autoridades e pelo consórcio o grande ponto de partida da Copa de 2014. Mas o consórcio sequer possui o alvará de construção para início das obras.

Conforme prazos contratuais, a construção da arena deveria ter iniciado em junho de 2010. Há um atraso de dois meses. Para ter o alvará, o consórcio depende do EIV, segundo o Art. 271 do PDDU. A necessidade do estudo é indicada pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), desde setembro de 2009, em análise de orientação prévia.

O coordenador municipal de assuntos para a Copa, Leonel Leal, disse que o EIV está sendo realizado e que medidas serão tomadas para reduzir os impactos. “A Fonte Nova já existia e acredito que não teremos problemas de mobilidade com o novo estádio. Com o metrô vamos desafogar o trânsito”, disse.


Leia cobertura especial sobre a implosão da Fonte Nova na edição impressa de A TARDE deste domingo,

sábado, agosto 28, 2010

Dilma, a guerrilheira, vai ser presidenta do Brasil

Pelo andar da carruagem e das pesquisas de intenção de voto, Dilma, a guerrilheira dos anos 60, vai ser presidenta do Brasil.

O eleitor rejeitou a pecha de terrorista que a extrema-direita, encastelada nas entranhas da campanha de Serra (PSDB), vem tentando emplacar contra a candidata do PT.

A História registra muitos guerrilheiros que defenderam a liberdade pelas armas. Guerrilheiros lutaram em armas contra a invasão de Hitler na França, eram os maquis; guerrilheiros lutaram contra o fascismo de Mussolini na Itália, eram os partigiani; guerrilheiros lutaram em armas contra Franco na Espanha.

Em Angola, guerrilheiros lutaram mais de 30 anos contra a dominação portuguesa. Na África do Sul, a guerrilha de Nelson Mandela lutou contra o apartheid.

Aqui no Brasil, a resistência à ditadura levantou-se em armas contra a violência terrorista da ditadura militar. Muitos morreram, desapareceram, foram presos e torturados. Dilma foi um deles. Não chegou a assaltar bancos mas era corajosamente, com risco da própria vida, esquema de apoio aos guerrilheiros urbanos da VPR.

Dilma não deve se envergonhar de sua luta contra o terror da ditadura. Pelo contrário, é motivo de orgulho.

A campanha revisionista da História comandada pela cúpula do PSDB de Serra tenta criminalizar a heróica luta contra o terror militar. Serra, a mídia brasileira e os militares torturadores fracassaram na revisão da História.

Lutar contra a ditadura não é crime, é glória. Um ato de heroísmo.

A luta de Dilma é comparável à luta de Nelson Mandela. O dois pegaram em armas, os dois foram presos, os dois foram torturados, sobreviveram e conduzem a África do Sul e o Brasil à democracia e à liberdade.

Ave, Dilma, a guerrilheira, presidenta do Brasil.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

Pelo IBOPE, Lídice (PSB) empata com César Borges (DEM)

O senador César Borges (PR), candidato à reeleição, não é mais líder isolado na disputa para o Senado. É o que mostra a pesquisa IBOPE divulgada hoje (27).

O cenário é de empate técnico entre o republicano e a socialista Lídice da Mata.

Borges tem 35% das intenções de voto contra 32% de Lídice da Mata (PSB). Walter Pinheiro (PT) aparece em terceiro com 29%. O quarto colocado é o candidato José Ronaldo (DEM) com 9%.

Permanecem, entretanto, os altos índices de indecisos. 48% ainda não sabem em quem votar para o Senado.

Esse é o espaço para Lídice e Pinheiro crescerem e ultrapassarem o candidato do DEM.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

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Delegada é presa por cobrar propina

Folha de S.Paulo

A delegada Joana Dark de Oliveira e o investigador Belmiro Rondelli Júnior, ambos do 34º Distrito Policial (Morumbi), na zona oeste da capital, foram presos na manhã de ontem ao lado de uma perita da Polícia Científica e de um sargento da Polícia Militar. Eles são suspeitos de exploração de jogo ilegal.

Os quatro são investigados pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo desde junho do ano passado.

Eles tiveram prisões temporárias --de cinco dias-- decretadas pelo Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), do Tribunal de Justiça.

Um homem investigado como dono de máquinas caça-níqueis e que contratava serviços dos quatro servidores públicos presos também acabou detido ontem porque a Corregedoria encontrou uma arma ilegal em sua casa.

A Corregedoria fez 11 buscas e apreensões durante a operação: nas casas dos suspeitos, no 34º DP, no IC (Instituto de Criminalística), onde trabalha a perita Anita de Paulo Pereira, e em um batalhão da PM no Butantã (zona oeste), onde serve o sargento Ricardo de Jesus Bachega.

Segundo as investigações da Corregedoria, os suspeitos cobravam dinheiro para não apreenderem máquinas caça-níqueis e para não fecharem casas de jogos e bingos.

Outra suspeita é que os suspeitos também tenham recebido dinheiro para avisar proprietários de caça-níqueis ou bingos quando a polícia faria ações contra o jogo ilegal.

Crimes

Contra a perita Anita Pereira ainda existe a suspeita de que ela realizava perícias falsas.

Os quatro suspeitos responderão a inquérito policial pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, prevaricação e exploração de jogos de azar.

A investigação tenta descobrir se os presos têm vinculações políticas e se repassavam parte do dinheiro conseguido com a proteção ao jogo ilegal para políticos ou superiores na polícia paulista.

Fonte: Agora

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Benefícios de 2000 a 2003 têm revisão

Ana Magalhães
do Agora

O segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que pediu um benefício entre outubro de 1998 e dezembro de 2003 tem o prazo de dez anos para entrar com uma ação de revisão na Justiça.

Uma decisão da Turma Recursal da 4ª Região, que atende os Estados do Sul, publicada ontem no "Diário da Justiça Eletrônico", ampliou de cinco para dez anos o prazo máximo para esses beneficiários procurarem a Justiça.

A decisão contempla quem pediu o benefício entre 2000 e 2003 e ainda não entrou com uma ação e também quem se aposentou entre 1998 e 2003 e demorou mais de cinco anos para procurar a Justiça. O prazo de dez anos já acabou para os benefícios de 1998 e de 1999.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste sábado

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