Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, agosto 07, 2024

No efeito borboleta, candidatura de Kamala aviva as chamas da democracia


Kamala Harris funcionará como Reagan no pós-Vietnam

Muniz Sodré
Folha

“A gente se move facilmente no que é grande e distante / difícil é apreender o que é próximo e singular”, ironiza um epigrama do austríaco Franz Grillparzer. É outra luz de compreensão para o momento político norte-americano, em que a candidatura de Kamala Harris parece avivar chamas da democracia em meio ao seu declínio incipiente na maior potência mundial.

Para o escritor angolano João Melo, a eventual vitória de Harris será boa para a sociedade americana e para o mundo, não por qualquer razão geopolítica, mas pelo “efeito borboleta” nos demais países.

GEOPOLÍTICA IMPERIAL – O raciocínio é vizinho ao do epigrama, pois se atém a uma singularidade, deixando na sombra o “grande e distante”, isto é, a geopolítica imperial. Essa é a dimensão em que circula o slogan trumpista “Maga” (“torne a América novamente grande”), que só parece algo de novo quando se esquece que o mote de Reagan era”America is back again”, ou seja, “a América está de volta”.

Mero delírio cinematográfico de conforto à nação fragilizada pela derrota no Vietnã, acompanhada à distância televisiva por um povo cujos filhos precisavam se drogar na cena de guerra para aceitar que estivessem morrendo por nada.

Mas um delírio autopublicitário, que obtém confiança paradoxal, “aquela que se dá a alguém em função de seu fracasso ou de sua ausência de qualidades” (Jean Baudrillard, em “América”). Nada de credibilidade real, e sim crença sectária nas profecias de um chefe qualquer.

EFEITO CONTÍNUO – Desde Reagan, a América estaria atravessando o que Baudrillard chamou de “histeresia de potência”, isto é, um efeito que continua depois que a causa desapareceu e se desenvolve por inércia. Trump, puro efeito de tevê, é imagem dessa potência mítica e publicitária, agora impulsionada por redes protofascistas.

Por trás dessa grande ilusão, está a realidade da aliança do complexo militar com o capitalismo financeiro. Se eleita, Harris nada poderá fazer para alterar o capitalismo bélico, assim como nada puderam Obama ou Biden.

Pelo contrário, estimularam a simulação imperial, incrementando guerras e matando inimigos mundo afora. Foram, porém, operadores do “efeito borboleta”, que é o percebido como próximo nos países às voltas com instabilidades democráticas.

MELHOR DA AMÉRICA – Neles, o discurso democrata de Kamala Harris, por mais ambíguo que seja, ainda oferece o melhor da América, a sugestão de liberdade política, que faz a diferença entre o horror do grande e a normalidade do singular.

Para quem vive em espírito público de qualidade negativa, movido a ódio e baixarias, é uma oferta confortável. Trump, claro, é a obscenidade da cena primitiva americana.

Se eleito, não será apocalipse nenhum, mas um “flatus” desagradável da impotência moral da potência.


Toffoli nega à defesa dos réus a cópia da gravação feita no Aeroporto de Roma

Publicado em 6 de agosto de 2024 por Tribuna da Internet

INJÚRIA REAL E CALÚNIA: PGR denuncia família Mantovani por hostilizar Alexandre de Moraes e seu filho no aeroporto de Roma - JuriNews

A gravação não tem áudio e não prova nada, porém…

Bruna Aragão
Poder 360

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli concedeu, em parte, nesta terça-feira (dia 6) provimento ao recurso protocolado na 5ª feira (dia 1º) pela defesa de Roberto Mantovani Filho, Andreia Mantovani e Alex Zanatta, suspeitos de hostilizar o ministro do STF Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma.

Contudo, negou que disponibilizar as imagens. “Diante do exposto, provejo parcialmente os embargos, corrigindo o erro material”, disse Toffoli, mantendo a decisão que os réus somente podem assistir à gravação no Supremo, sem ter o direito de fazer cópia nem providenciar perícia.

O QUE VALE – Em seguida, listou itens que valerão com o novo despacho, como o prazo de 15 dias para que a família responda à denúncia da Procuradoria Geral da República. Explicou que o prazo será reaberto por inteiro e, portanto, passa a valer a nova contagem da intimação.

Permitiu também que seja disponibilizada cópia da denúncia com a presente decisão, que serve de mandado, e  que se mantenha cabeçalho como inquérito, não alterando para ação penal, o que só será feito se houver o recebimento da denúncia pelo STF.

O ministro concedeu novo despacho por validar argumento da defesa quanto ao erro material da autoridade policial, que imputou um crime que não estava na acusação da Procuradoria (art. 359-L, do Código Penal).

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Jamais se viu nada igual em nenhum país minimamente civilizado. A prova do crime está numa gravação, mas a defesa dos réus só tem direito de assistir, não pode fazer cópia para submeter à perícia. E o pior é que a imprensa está divulgando o contrário, dizendo que Toffoli liberou a gravação, mas isso não aconteceu. É o fim da picada, em termos de ditadura do Judiciário. Mas quem se interessa? (C.N.)


Após 8 anos de autocracia, quais fatores impedem a saída negociada para Maduro?

Publicado em 7 de agosto de 2024 por Tribuna da Internet

ANÁLISE POLÍTICA > Maduro já ganhou | Portal O Ralho

Charge do Clayton (O Povo/CE)

Marcus André Melo
Folha

A conversão do autoritarismo eleitoral chavista em autocracia plena não ocorreu agora, mas em 2015. Tratei da Venezuela historicamente aqui. Quando perdeu a maioria legislativa, Maduro deflagrou o processo de dissolução da Assembleia Nacional. Maduro mobilizou a Suprema Corte de maioria chavista para impedir a posse de deputados que garantiriam o quórum constitucional oposicionista. Depois mobilizou a Corte para a dissolução da Assembleia, o que ela fez.

A medida, no entanto, foi revertida, o que levou Maduro a convocar uma Assembleia Constituinte (que a oposição boicotou), que finalmente decretou a esperada dissolução.

ALÉM DISSO… – A Constituinte também destituiu a Procuradora Geral do cargo, retirou a imunidade do presidente da Assembleia, Juan Guaidó; e cancelou os registros dos principais partidos da oposição, impedindo-os de participar das eleições. Tudo isso levou à crise de 2019.

Na atual eleição Maduro reproduz as mesmas práticas ditatoriais. Quais as chances do país se redemocratizar?

Houve diversos padrões de transição à democracia na América Latina durante a chamada terceira onda da democracia (1974-1999). Em três países — Brasil, Chile e Uruguai — o processo foi negociado, assegurando-se garantias às elites autoritárias incumbentes.

EVENTOS EXTERNOS – Em dois países — Panamá e Argentina — eventos externos levaram ao colapso dos regimes : a intervenção dos EUA e derrota militar, respectivamente. No Paraguai (1989) e na Bolívia (1978-1982) golpes por defecções entre facções militares deflagraram o processo de democratização. No Peru (2000), isto também ocorreu combinado com ampla mobilização interna e externa.

Há esperanças de uma saída negociada para Maduro, que seria menos traumática, embora a impunidade de ditadores gere justificada perplexidade. Três fatores tornam essa saída improvável.

O primeiro deles é que o regime está politicamente muito fraco. Primeiro, saídas negociadas ocorrem quando os regimes ainda não estão muito enfraquecidos, como era o caso do Brasil, Uruguai e Chile.

ALTA CRIMINALIDADE – O segundo fator é que o regime está enredado em alta criminalidade; seus delitos ultrapassam em muito seus graves crimes políticos, envolvendo redes de narcotráfico e lavagem de dinheiro. Para muitos atores envolvidos, o dilema de negociar com máfias violentas é variável não trivial.

 O regime não controla partes do aparelho de estado e do território —uma pré-condição de negociações efetivas; tendo delegado autonomia a setores —mineração por exemplo— a redes dominadas por militares e paramilitares.

O terceiro fator é que nas saídas negociadas a liberalização precede à democratização o movimento inverso do que se observa na trajetória do Chavismo (embora tudo tenha começado com dois golpes fracassados de Chávez, em 1992).

 

Com a evolução digital, a imprensa tem missão cada vez mais importante

Publicado em 7 de agosto de 2024 por Tribuna da Internet

Imprensa responsável como artigo de luxo? – Blog da Rose Marie

Charge do Bier (Arquivo Google)

Carlos Newton

Nas redes sociais, em blogs, sites e portais, e também em jornais e revistas, aumentam a cada dia as críticas ao trabalho da imprensa, que é fundamental contra as fake news, nessa era digital. Aqui na Tribuna da Internet, então, sabem que operamos sob o signo da liberdade, e a coisa logo pega fogo, com palavrões e ataques impróprios, a exigir moderação pelo editor, que então passa a ser acusado de praticar censura.

No meu caso, não me incomodo, porque aprendi com Paulo Francis que não se deve dar importância ao que se escreve, porque sempre aparecerá alguém para apontar erro e fazer correção, não importa se você está defendendo uma tese mais do que comprovada pelos fatos. Ou seja, não se deve buscar perfeição nos outros ou em si mesmo.

SEM BAIXARIAS – Há pessoas que têm prazer em discordar. Helio Fernandes tinha horror disso. No tempo do jornal impresso, havia leitores da Tribuna de Imprensa que enviam cartas quase diárias à redação para apontar erros. Agora é muito pior, porque nem é preciso escrever cartas, a crítica segue em forma de comentário, em tempo real.

Opinar é sempre bom; polemizar, ainda melhor. O que não se pode aturar são os palavrões e as grosserias que muitos comentaristas usam, a pretexto de desabafar.

O mais incrível é que pessoas educadas e de grande formação intelectual se julguem no direito de ofender os articulistas e os acusarem disso ou daquilo, sem perceberem que têm apenas o direito de discordar, porém sem jamais sair da linha, como se dizia antigamente.

PASSAR O BASTÃO – Estou completando 80 anos, ou seja, já com oito anos de hora extra, porque a média de idade do brasileiro é de 72 anos, depois da Covid. É claro que não vou ficar para semente e já estou tomando algumas iniciativas para permitir que a Tribuna siga em frente, sob nova direção, porque tenho me encarregado sozinho da edição.  

Espero formar um Conselho Editorial integrado por articulistas e comentaristas, para tocar o barco, como dizia nosso amigo Ricardo Boechat, e a edição será entregue a Marcelo Copelli, um jornalista de primeiro time, que me dá cobertura sempre que tenho necessidade de me afastar.

Não vou entrar em detalhes, porque da última vez que toquei nesse assunto o comentarista Francisco Bendl queria assumir o site de qualquer jeito, mas eu respondi que ele era muito impulsivo e não tinha paciência para lidar com opiniões adversas. Ele ficou atravessado comigo.

BALANÇO DE JULHO – Como sempre fazemos, vamos publicar agora o balanço das contribuições no mês passado, que nos permitem manter essa utopia de uma imprensa sob o signo da liberdade.

"Sessão Legislativa ou Comício? Críticas à Ignoração da Lei das Eleições e Práticas de Clientelismo"

.
.

 É lamentável que o Ministério Público Eleitoral  não tenha ido prestigiar  a  1ª Sessão Ordinária do 2º Período Legislativo, realizada em 06/08/2024.  A sessão foi mais parecida com um comício do que com um evento legislativo formal, com pedidos explícitos de votos para pré-candidatos, o que indicaria uma violação das normas eleitorais. Além disso,  a Lei das Eleições parecia ter sido ignorada durante a sessão.

O que foi destaque e causou  preocupação foi a fala  com a prática do clientelismo, exemplificada por um vereador que, mesmo durante o recesso da Câmara, continuou a prática de trocar favores pessoais por apoio político. Clientelismo é definido como uma prática ilegal em que um político troca favores pessoais com eleitores, prejudicando o acesso equitativo aos serviços públicos. Esse comportamento é classificado como improbidade administrativa de acordo com a Lei Federal nº 8.429/1992.

A crítica é endereçada  à atuação da Câmara Municipal, sugerindo que esta  deveria ter fiscalizado e atuado contra tais práticas.  Os cidadãos devem ter consciência da importância da cidadania ativa para a manutenção da legalidade e da justiça.

Para uma análise mais detalhada e crítica:

  1. Crítica à Ausência do Ministério Público Eleitoral: O texto lamenta a falta de fiscalização por parte do Ministério Público Eleitoral, implicando que sua presença poderia ter inibido ou pelo menos destacado as irregularidades presentes na sessão. Isso sugere uma expectativa de maior vigilância e intervenção por parte das autoridades eleitorais.

  2. Descrição da Sessão Ordinária: O evento é descrito de forma negativa, como um comício político disfarçado de sessão legislativa, o que sugere uma quebra das normas e do espírito do processo legislativo. A crítica aqui é que a sessão teria se desviado de seu propósito formal e se tornado um ambiente de campanha eleitoral antecipada.

  3. Prática de Clientelismo: A definição e crítica ao clientelismo são bem colocadas, destacando que essa prática compromete a justiça e a igualdade no acesso a serviços públicos. A explicação do conceito é útil para o leitor compreender a gravidade da situação. 

  4. Responsabilidade Cidadã: O texto enfatiza a responsabilidade dos cidadãos em denunciar práticas ilícitas, promovendo uma postura ativa e vigilante da população para combater a corrupção e a improbidade administrativa. (*).

A crítica implícita é de que tanto o Ministério Público quanto os vereadores têm responsabilidades claras que, na visão do texto, não estão sendo cumpridas, o que prejudica a integridade do processo legislativo e eleitoral.

* https://www.amais.org.br/noticias/clientelismo-250717/

Diálogo Político de "Alto Nível" Prefeito de Jeremoabo X Presidente da Câmara de Vereadores

.


.

Crítica à Política e à Educação: A Falta de Ética e Respeito em Jeremoabo e Além

Os vídeos abordam a situação política e social atual em Jeremoabo principalmente durante esses útimos quatro anos de gestão municipal, com foco na falta de ética e educação, e como isso afeta o ambiente político e social. A seguir, uma dissertação e resumo do conteúdo:

Dissertação

Diante do que consta nos vídeos merece uma critica a política local de Jeremoabo, destacando a falta de respeito e a prevalência de práticas corruptas e clientelistas.Expressa frustração com a maneira como campanhas eleitorais frequentemente se tornam arenas de ataques pessoais e difamação, em vez de focarem em propostas claras e construtivas. Essa prática é vista como uma forma de desviar a atenção das reais questões e necessidades da população, resultando em uma eleição marcada por desinformação e manipulação.

Os vídeos também abordam a questão da educação, sugerindo que ela não está ligada à classe social, mas sim à formação pessoal desde a infância. A falta de educação é associada à grosseria e à falta de respeito, o que contribui para a descrença e cansaço generalizado das pessoas em relação ao mundo ao seu redor. A importância da educação é enfatizada, com a crítica a comportamentos egoístas e mal-educados que perpetuam a falta de diálogo e respeito.

A   educação e o respeito são fundamentais para a construção de um ambiente político e social mais saudável, mas muitas pessoas falham em reconhecer e praticar esses valores. A crítica é direcionada tanto aos políticos que não cumprem suas funções de maneira ética quanto aos cidadãos que não contribuem para um ambiente de diálogo construtivo e respeitoso.

Resumo

Esse texto critica a política de Jeremoabo, apontando a prevalência de práticas corruptas e a falta de propostas claras nas campanhas eleitorais. Destaca a frustração com a falta de educação e respeito tanto na política quanto na vida cotidiana. Poderemos argumentar que a verdadeira educação vai além da classe social e é fundamental para o diálogo respeitoso e a construção de um ambiente social mais saudável. A crítica abrange tanto a conduta dos políticos quanto dos cidadãos, enfatizando a necessidade de maior respeito e educação para melhorar a qualidade das interações sociais e políticas.

terça-feira, agosto 06, 2024

Irônico, sanguinário e asqueroso, Nicolás Maduro continua dominando o noticiário

Publicado em 6 de agosto de 2024 por Tribuna da Internet

La caricatura de The New York Times: La gestión salvaje de Nicolás ...

Charge do Patrick Chappatte (The New York Times)

Vicente Limongi Netto

Nicolás Maduro continua debochando do mundo civilizado. Lorotas, ameaças, chavões dominando o noticiário, nada consegue intimidar o canalha asqueroso.  Lula, depois de depoimentos inúteis e frouxos a favor do golpista Maduro, decidiu falar pouquinho mais grosso. Teatrinho inútil e incompetente, na quadra atual.

Lula ficou em péssima situação no cenário internacional. Sem firmeza de atitudes. E isso pode respingar nas eleições brasileiras. A única saída para tirar o desprezível Maduro de cena, é prendê-lo. Mas como, se as Forças Armadas venezuelanas não reagem, venderam-se por 30 dinheiros? Preferem desonrar e humilhar a farda, ultrajada pelo ditador Maduro. 

PESSOAS DE BEM – A vida foi feita para medalhar pessoas de bem. Que produzam para si e a família. Que sejam decentes e solidários com seus semelhantes. Também existem medalhas tristes e feias, para figuras cretinas, imprudentes e irresponsáveis. Motoristas que pioram e tumultuam mais ainda o já caótico trânsito.

O Detran deveria homenagear maus motoristas com medalhas de lata, de barro, de ferrugem, de cupim e de lama. Precisaria providenciar milhares delas. Para condecorar motoristas que colam na traseira dos carros; motoristas que mudam de faixa sem ligar a seta; para centenas deles que dirigem fumando, lanchando, de chinelo de dedo, com som nas alturas, falando no celular ou no tablet.

Medalhas também para patéticos e fofos que dirigem com cachorro no colo; cretinos que não respeitam vagas de idosos e deficientes; motoristas que estacionam atrás dos carros e somem no mundo.

MUITAS SAUDADES – Pai é calor humano. Vigilante. Carinhoso. Amoroso. Zeloso. Elogia e puxa as orelhas. Deixa de comer para alimentar os filhos. Vai no posto encher os pneus da bicicleta. Bota carga no celular. Acompanha o filho nas compras. Incentiva a prática de esportes.

Orienta e recomenda boas leituras. Acorda no meio da noite para embalar filho pequeno chorando. Ensina lições de virtudes, respeito ao próximo, decência nas atitudes. Abre conta no banco. Torcem juntos nos estádios. Uniformizados e boné. Pai sugere, alerta, lamenta, aplaude. Viajam juntos. Pegam cineminha, museus e teatros.

Feliz do filho que ainda tem ombro carinhoso e amigo do pai, para abraçar, beijar, agradecer.


No efeito borboleta, candidatura de Kamala aviva as chamas da democracia


Kamala Harris funcionará como Reagan no pós-Vietnam

Muniz Sodré
Folha

“A gente se move facilmente no que é grande e distante / difícil é apreender o que é próximo e singular”, ironiza um epigrama do austríaco Franz Grillparzer. É outra luz de compreensão para o momento político norte-americano, em que a candidatura de Kamala Harris parece avivar chamas da democracia em meio ao seu declínio incipiente na maior potência mundial.

Para o escritor angolano João Melo, a eventual vitória de Harris será boa para a sociedade americana e para o mundo, não por qualquer razão geopolítica, mas pelo “efeito borboleta” nos demais países.

GEOPOLÍTICA IMPERIAL – O raciocínio é vizinho ao do epigrama, pois se atém a uma singularidade, deixando na sombra o “grande e distante”, isto é, a geopolítica imperial. Essa é a dimensão em que circula o slogan trumpista “Maga” (“torne a América novamente grande”), que só parece algo de novo quando se esquece que o mote de Reagan era”America is back again”, ou seja, “a América está de volta”.

Mero delírio cinematográfico de conforto à nação fragilizada pela derrota no Vietnã, acompanhada à distância televisiva por um povo cujos filhos precisavam se drogar na cena de guerra para aceitar que estivessem morrendo por nada.

Mas um delírio autopublicitário, que obtém confiança paradoxal, “aquela que se dá a alguém em função de seu fracasso ou de sua ausência de qualidades” (Jean Baudrillard, em “América”). Nada de credibilidade real, e sim crença sectária nas profecias de um chefe qualquer.

EFEITO CONTÍNUO – Desde Reagan, a América estaria atravessando o que Baudrillard chamou de “histeresia de potência”, isto é, um efeito que continua depois que a causa desapareceu e se desenvolve por inércia. Trump, puro efeito de tevê, é imagem dessa potência mítica e publicitária, agora impulsionada por redes protofascistas.

Por trás dessa grande ilusão, está a realidade da aliança do complexo militar com o capitalismo financeiro. Se eleita, Harris nada poderá fazer para alterar o capitalismo bélico, assim como nada puderam Obama ou Biden.

Pelo contrário, estimularam a simulação imperial, incrementando guerras e matando inimigos mundo afora. Foram, porém, operadores do “efeito borboleta”, que é o percebido como próximo nos países às voltas com instabilidades democráticas.

MELHOR DA AMÉRICA – Neles, o discurso democrata de Kamala Harris, por mais ambíguo que seja, ainda oferece o melhor da América, a sugestão de liberdade política, que faz a diferença entre o horror do grande e a normalidade do singular.

Para quem vive em espírito público de qualidade negativa, movido a ódio e baixarias, é uma oferta confortável. Trump, claro, é a obscenidade da cena primitiva americana.

Se eleito, não será apocalipse nenhum, mas um “flatus” desagradável da impotência moral da potência.

Vereador Denuncia Irregularidades e Alertas Sobre Campanha: A Importância da Avaliação Crítica pelos Eleitores

...

O vereador Neguinho de Lié fez um pronunciamento contundente na Câmara de Jeremoabo, onde abordou questões graves como a suposta quadrilha na prefeitura e o que ele chamou de "laranjal". Embora essas acusações sejam sérias e mereçam atenção, é essencial que os eleitores tomem suas decisões de forma informada e ponderada.

Sugiro aos eleitores de Jeremoabo que considerem cuidadosamente o desempenho de todos os vereadores ao longo dos quatro anos de seu mandato, e não apenas durante o período eleitoral. A análise deve incluir quem foi atuante, quem realmente defendeu os interesses da população, e quem fez denúncias relevantes sobre problemas como a falta de educação, saúde e medicamentos.

Além disso, é importante ressaltar que a prática de vereadores usarem a tribuna para pedir votos, como ocorreu na sessão de 06.08, pode ser questionada sob o ponto de vista legal. O Presidente da Câmara deve garantir que a legislação eleitoral seja respeitada, e o Ministério Público poderia requisitar o vídeo da sessão para averiguar possíveis infrações e assegurar que a lei seja cumprida.

Aula Magna Faculdade Anasps 2024.2 - Sucesso Profissional

Em destaque

É legítima a ofensiva parlamentar para limitar o poder monocrático do STF

Publicado em 13 de outubro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Monocraticamente, Dias Toffli “apaga” crimes de c...

Mais visitadas