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segunda-feira, julho 01, 2024

Discurso pró-armas predomina no Congresso há dez anos, enquanto oposição enfraquece, diz estudo

 Foto: Mário Agra/Arquivo/Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos Deputados01 de julho de 2024 | 06:51

Discurso pró-armas predomina no Congresso há dez anos, enquanto oposição enfraquece, diz estudo

BRASIL

Uma pesquisa do Instituto Fogo Cruzado revela que o discurso pró-armamento tem dominado os debates no Congresso há uma década, atraindo um público cada vez mais diversificado. Por outro lado, a postura de deputados e senadores contrários ao armamento tem enfraquecido, resultando em uma perda de força na defesa do controle de armas.

O estudo “O que o Congresso Nacional Fala sobre o armamento civil?” mostra que a defesa do armamento teve impulso a partir da legislatura iniciada em 2015. Dos 544 discursos realizados daquele ano até 2023, a defesa do armamento domina as discussões: 376 (69%) foram pró-armamento, 157 (29%) pró-controle e 11 (2%), neutros.

O primeiro discurso sobre armamento identificado pelo estudo foi em 1951. Na 52ª legislatura (2003-2006), o assunto ganhou destaque, impulsionado pelo debate sobre o Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003.

A relevância do tema diminuiu nos anos seguintes, mas na 55ª legislatura (2015-2018) os discursos pró-armamento ganharam força e lideraram. O que ocorreu antes mesmo de Jair Bolsonaro (PL), defensor do armamento, chegar ao poder, mas em um movimento que acompanhou sua ascensão. O cenário se mantém até 2023.

Segundo os pesquisadores, nas eleições de 2014 houve uma intensa renovação das elites políticas, com a ascensão de novos deputados e senadores. Na Câmara, por exemplo, 198 deputados assumiram o cargo pela primeira vez, incluindo Eduardo Bolsonaro (PL-SP), enquanto Jair Bolsonaro foi o mais votado no Rio de Janeiro.

A chegada de novos parlamentares, sobretudo do perfil conservador, resultou ainda em maior instabilidade entre Executivo e Legislativo. Em 2016, o Congresso aprovou o impeachment de Dilma Rousseff (PT), levando à gestão de Michel Temer (MDB).

Durante o governo Temer (2016-2018), o Brasil atingiu um recorde de violência letal, com mais de 64 mil assassinatos, e foi criado o Ministério da Segurança Pública. Também nesse período teve início a flexibilização das normas sobre armamento, permitindo que CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) transportassem armas municiadas do local de guarda ao local de treino, o chamado porte abacaxi.

Já na 56ª legislatura (2019-2022), com Bolsonaro presidente, o discurso sobre armas no Congresso foi preponderante. As políticas de ampliação do acesso a armas avançaram por meio de decretos e portarias, enquanto o Legislativo reduziu sua atividade no tema.

Durante o governo Bolsonaro, foram publicados 17 decretos presidenciais, 19 portarias, dois projetos de lei, duas resoluções e três instruções normativas para ampliar o acesso a armas e munições, enfraquecendo os mecanismos de controle e fiscalização.

Após as eleições de 2022, a desigualdade entre os campos se amplia. No primeiro ano da 57ª legislatura (iniciada em fevereiro de 2023), o número de discursos pró-armamento foi mais de três vezes maior que os pró-controle.

Isso reflete a eleição de muitos parlamentares com discurso armamentista, que vieram na esteira do bolsonarismo. Como a Folha mostrou, somente com o apoio do Grupo Proarmas, foram 7 senadores e 16 deputados federais.

Entre os eleitos está o deputado Marcos Pollon (PL-MS), presidente da instituição. Ele ganhou destaque ao defender a política armamentista e por ser próximo da família Bolsonaro.

Terine Husek Coelho, gerente de pesquisa do Instituto Fogo Cruzado, destaca que, apesar de o discurso ser concentrado entre homens e brancos, o campo pró-armamento se renova e conta na atual legislatura com mais mulheres e jovens. Enquanto o outro grupo é composto majoritariamente por pessoas mais velhas.

“O debate da segurança está sendo dominado pelo pró-armamento, e que traz como saída o armamento civil. Isso pode agravar o problema da violência, como mostram as pesquisas. É importante questionar se é isso mesmo que a população deseja”, disse.

Desse 544 discursos analisados, os pesquisadores constataram que apenas 165 (30%) mencionaram dados, estatísticas ou pesquisas científicas sobre o tema. Desses, 107 foram do campo pró-armamento e 58 do campo pró-controle.

Em 55% dos casos com citações de referências, não houve menção da fonte dos dados, dificultando a confirmação de sua veracidade. Nos demais casos, foram citadas fontes variadas, como agências da ONU (Organização das Nações Unidas), Mapa da Violência do Ipea e Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Os discursos foram analisados e divididos em cinco blocos temáticos: medo da violência, gestão da segurança, o cidadão de bem, o papel da política e impactos diferenciados das armas.

Parlamentares pró-armamento dominam argumentos de dois blocos: “medo da violência” e “o cidadão de bem”. No primeiro caso, defendem a necessidade da arma para proteção pessoal, alegando que o estado não consegue controlar a violência sozinho.

Já no segundo bloco, os defensores do armamento da população defendem que os cidadãos são “de bem” quando cometem crimes para se defender. Dessa forma, reivindicam medidas que facilitem sua vida e garantam seus supostos direitos.

Parlamentares pró-controle dominam os outros três blocos nos discursos. Usam argumentos técnicos sobre a interação entre política de armamentos e segurança pública. Eles também questionam as funções e limites de atuação dos poderes Executivo e Legislativo no tema, além de discutir os impactos diferenciados das armas em populações específicas, como crianças, adolescentes, negros e mulheres vítimas de violência.

Raquel Lopes/FolhapressPoliticaLivre

Senador bolsonarista entra na mira do STF por suposta ligação com grilagem em territórios indígenas

Domingo, 30/06/2024 - 19h40

Por Redação

Senador bolsonarista entra na mira do STF por suposta ligação com grilagem em territórios indígenas
Foto: Pedro França/Agência Senado

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na última sexta-feira (28) da Justiça Federal do Pará uma investigação que apura suposta ligação do senador Zequinha Marinho, do Podemos, com uma organização criminosa que pratica grilagem em territórios indígenas no estado.

 

A apuração começou em agosto de 2022, quando o Ibama localizou em uma inspeção na Terra Indígena Ituna-Itatá cinco barracos, veículos e mais de 50 pessoas dentro do território. Elas estavam desmatando o local para a formação de um loteamento ilegal, conforme publicação do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

As investigações indicaram que a invasão à terra indígena teria sido liderada por Jassônio Leite, apontado pelo Ibama como um dos maiores grileiros de terras indígenas na Amazônia. Em abril de 2021, sem citá-lo nominalmente, órgão ambiental informou ter identificado o “chefe do esquema criminoso” da grilagem em territórios indígenas na Amazônia e aplicado a ele uma multa de R$ 105,5 milhões.

 

O inquérito passou a envolver Zequinha Marinho por suspeitas do crime de advocacia administrativa, que envolveria ligações dele com Leite e atuação do senador bolsonarista para defender os interesses de grileiros na região da Ituna-Itatá. A terra indígena fica no município de Senador Porfírio (PA). Um assessor do parlamentar também teve ligações com Jassônio Leite apontadas na apuração.

Bolsonaro, inelegível e na mira da PF, fala em passar por 2024 para chegar a 2026

Domingo, 30/06/2024 - 20h20

Por Catarina Scortecci | Folhapress

Bolsonaro, inelegível e na mira da PF, fala em passar por 2024 para chegar a 2026
Foto: Alan Santos / PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 depois de ter sido condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disse em Belém neste domingo (30) que "vamos vencer e voltar àquele período que experimentamos há pouco, de paz e de prosperidade".
 

"Mas, para chegar em 2026, temos que passar por 2024. Por todos os municípios do Brasil", disse ele, em referência às eleições deste ano.
 

Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro (PL) estiveram em Belém para participar do lançamento da pré-candidatura do deputado federal Delegado E?der Mauro (PL-PA) à prefeitura da cidade. O parlamentar também é o presidente do PL no estado.
 

Os apoiadores receberam o ex-presidente no aeroporto da capital paraense e seguiram em motociata até a região da Doca, onde Bolsonaro discursou em cima de um caminhão de som.
 

Condenado pelo TSE e tornado inelegível em dois processos, por mentiras e ataques ao sistema eleitoral e por abuso de poder e campanha com dinheiro público nas comemorações do Dia da Independência, Bolsonaro também está na mira da Polícia Federal em diferentes inquéritos —como a investigação sobre os planos golpistas após as eleições de 2022 e a fraude no cartão de vacinação.
 

Na última semana, a PF analisava dados encontrados em celulares do advogado Frederick Wassef para concluir nos próximos dias a investigação sobre a venda de joias pelo ex-presidente.
 

Para a PF, Bolsonaro utilizou a estrutura do governo federal para desviar presentes de alto valor oferecidos a ele por autoridades estrangeiras. Após o caso ser revelado, em 2023, o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que o ex-presidente devolvesse as joias que ganhou.
 

Neste domingo, o ex-presidente afirmou em seu discurso que "recebe carinho" em "todo lugar do Brasil" e que, mesmo com "perseguições e ameaças", "eu prefiro estar do lado do meu povo que nunca me abandonou".
 

Bolsonaro também afirmou que "estávamos no caminho certo" e que "algo aconteceu no final de 2022". "Não foram vocês que me tiraram de lá. Foi o sistema. Mas nós vamos vencer o sistema", disse ele, em um discurso de cerca de dez minutos. "Nosso futuro passa por cada um de nós. Não existe salvador da pátria. Quem vai resgatar este Brasil é cada um de nós", continuou ele.
 

Depois da passagem por Belém, Bolsonaro anunciou uma série de viagens pelo Pará para apoiar pré-candidatos aliados. Na segunda-feira (1º) pela manhã, ele estará na cidade de São Geraldo do Araguaia. No período da tarde, em Marabá. Na manhã de terça-feira (2), ele segue para Parauapebas.
 

Sem citar o nome do presidente Lula (PT), Bolsonaro também disse em Belém que o atual mandatário é "um presidente sem povo" e que "nem o nordestino engole este cara".
 

Também disse que os ministros de Lula são "incompetentes ou ficha suja" e que botou um "ponto final na corrupção". "Vocês não viram corrupção no meu governo. Hoje todo dia tem um escândalo", declarou.
 

O ex-presidente também enumerou o que considera realizações da sua gestão. Disse que aumentou o valor do Bolsa Família e que revolucionou a economia com a criação do Pix. Também afirmou que acelerou o processo de aberturas de empresas e revogou normas.
 

Segundo ele, sua gestão "mostrou ao mundo" que "ninguém tem reservas minerais como nós, ninguém tem terras agricultáveis como nós, água potável, beleza natural, clima aprazível, e um povo ordeiro e trabalhador". Também disse que o Pará "é o estado mais rico do Brasil, até do Amazonas, ouso dizer", e que nada justifica "o povo viver num estado de dificuldades".


Após multa, Elon Musk manda recado a Moraes

Domingo, 30/06/2024 - 21h40

Por Folhapress

Após multa, Elon Musk manda recado a Moraes
Foto: Reprodução / YouTube / Tesla

O bilionário Elon Musk, dono da rede social X, criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por decisões judiciais em que o magistrado determina a retirada de conteúdos ou perfis do ar.
 

Musk reproduziu comunicado publicado em perfil oficial da rede social. Na nota, o departamento para Assuntos Governamentais Globais de X disse que Moraes determinou a exclusão de publicações que criticavam um político brasileiro e deu à plataforma um prazo, segundo eles, irrazoável de apenas duas horas para cumprir a decisão.
 

A rede social não cita o nome do político, mas se refere ao caso do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O X acabou sendo multado por Moraes em R$ 700 mil por não retirar posts tidos como ofensivos ao parlamentar. O ministro havia determinado o bloqueio de uma conta na rede social e a remoção de sete postagens da usuária, em até duas horas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, conforme noticiou o Estadão Conteúdo. A plataforma diz ter pago R$ 100 mil e aguarda recurso para não pagar os R$ 700 mil.
 

O bilionário reproduziu o comunicado publicado pela rede social, neste domingo (30), e acrescentou na legenda: "A lei violando a lei".
 

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do STF, mas não obteve retorno até o momento. Se houver, a reportagem será atualizada.
 

Embate entre Musk e Moraes começou em abril. Na ocasião, o dono do X afirmou que o ministro estava promovendo a "censura" no Brasil e ameaçou não cumprir medidas judiciais que restrinjam o acesso a perfis da rede social. O empresário foi incluído no inquérito das milícias digitais do STF, relatado por Moraes
 

Em resposta a um seguidor, o bilionário chegou a chamar o ministro de "Darth Vader do Brasil". O personagem, que é o mais famoso vilão da série de filmes Star Wars, serve ao Império Galático, ajudando a manter a galáxia em repressão.

Ultradireita vence 1º turno de eleição legislativa na França, e projeção indica maior bancada no Parlamento


Por André Fontenelle | Folhapress

Ultradireita vence 1º turno de eleição legislativa na França, e projeção indica maior bancada no Parlamento
Foto: Reprodução Youtube / TV Jornal SBT

A ultradireita está a um passo de chegar ao poder na França, no próximo domingo (7), pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
 

No primeiro turno, no domingo (30), o partido mais votado foi a Reunião Nacional (RN), aliado a dissidentes dos Republicanos, de direita. Seus 33% permitem projetar entre 230 e 280 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional, perto da maioria absoluta (289). Hoje a RN tem 88 deputados.
 

Em segundo lugar ficou a Nova Frente Popular (NFP), coalizão de esquerda e extrema-esquerda, com 28% e, por ora, uma projeção de 150 a 180 cadeiras. Atualmente os partidos do bloco de esquerda somam 150 deputados.
 

Em terceiro, com 21%, ficou o bloco Juntos, que inclui o Renascimento, partido do presidente Emmanuel Macron, grande derrotado da eleição. A atual maioria governamental deve cair dos atuais 250 deputados para algo entre 60 e 100, pondo fim ao breve gabinete do primeiro-ministro Gabriel Attal, 35, no poder desde janeiro.
 

O sistema eleitoral francês é distrital, majoritário e em dois turnos. Porém, uma peculiaridade é que o segundo turno pode ser disputado por mais de dois candidatos, bastando obter uma votação equivalente a 12,5% do total de inscritos. Isso dificulta a projeção da divisão final das cadeiras, já que o resultado depende de possíveis desistências e alianças onde houver três concorrentes no próximo domingo.
 

Das 577 cadeiras, 77 foram decididas no primeiro turno: 39 delas ficaram com a RN, a maioria no norte e leste da França, contra 32 da NFP, apenas 2 dos macronistas e 4 de outros grupos.
 

O pleito foi marcado por uma elevada participação do eleitorado, de mais de dois terços, a maior do século 21. Na França, o voto não é obrigatório, mas a forte polarização entre direita e esquerda galvanizou boa parte dos 49 milhões de franceses inscritos para votar.
 

Existe a possibilidade de nenhum bloco obter a maioria absoluta, o que mergulharia a política francesa em um impasse a menos de um mês do início dos Jogos Olímpicos de Paris.
 

A maioria dos líderes da esquerda pregou a união com o centro para derrotar a RN no segundo turno. Os principais nomes do centro, por sua vez, relutam em retribuir o apoio, acusando de radicalismo e antissemitismo Jean-Luc Mélenchon, 72, líder da França Insubmissa (LFI), maior partido da NFP.
 

O presidente Emmanuel Macron, 46, que surpreendeu ao dissolver a Assembleia Nacional no último dia 9 após o mau resultado do governo na eleição para o Parlamento Europeu, deverá suportar uma "coabitação" com um primeiro-ministro de oposição. O maior candidato ao cargo é o carismático Jordan Bardella, 28, presidente da RN.
 

Coabitações entre um presidente de um grupo político e um primeiro-ministro de outro já ocorreram três vezes na chamada "Quinta República" francesa, o regime político em vigor desde 1958. O segundo mandato de cinco anos de Macron termina em 2027 e ele não pode se candidatar de novo. Durante a campanha, Macron negou que renunciaria ao cargo em caso de derrota.
 

Bardella prometeu, caso se torne primeiro-ministro, respeitar "as funções do presidente da República". Mas ressalvou: "Serei intransigente em relação às políticas que aplicaremos." Ele procurou se mostrar conciliador no discurso pós-eleitoral. "A vitória é possível e a alternância no poder está ao alcance da mão. Pretendo ser o primeiro-ministro de todos os franceses, respeitoso das oposições, aberto ao diálogo."
 

Macron limitou-se a enviar à imprensa uma declaração após a divulgação dos primeiros resultados. "Diante da RN, a hora é de uma grande aliança claramente democrata e republicana para o segundo turno", afirmou, sem chegar a anunciar apoio a candidatos da NFP.
 

O primeiro-ministro Attal foi mais explícito que Macron e conclamou os candidatos do governo a desistirem em favor da esquerda, nos distritos onde esta ficou à frente. "A extrema-direita está às portas do poder", advertiu. Homossexual declarado, Attal citou sua história pessoal como razão para a decisão que anunciou publicamente.
 

Uma maioria absoluta da RN seria impensável poucos anos atrás, devido às raízes do partido, fundado pelo neofascista Jean-Marie Le Pen em 1972 com o nome de Frente Nacional. A filha de Le Pen, Marine, 55, rompeu publicamente com o pai e dedicou-se a uma operação de "desdiabolização" do partido, que incluiu a mudança de nome para RN em 2018.
 

Derrotada por Macron no segundo turno das eleições presidenciais de 2017 e 2022, Marine Le Pen lidera as pesquisas para o pleito de 2027. Neste domingo, foi reeleita deputada já no primeiro turno.
 

A ascensão da RN se deve, segundo analistas, à conquista de um eleitorado apreensivo com o poder aquisitivo, a criminalidade e a imigração, problemas que aparecem nas pesquisas como os que mais preocupam os franceses.
 

Atento ao que dizem esses levantamentos, Bardella prometeu medidas imediatas, como a supressão da taxa sobre valor agregado de produtos essenciais e o endurecimento contra o crime e a imigração. Causou polêmica ao propor que franceses com dupla nacionalidade sejam impedidos de exercer cargos públicos "sensíveis".
 

A reportagem ouviu eleitores na saída de uma seção eleitoral no centro de Paris. Suas opiniões refletem bem as razões por trás dos votos na esquerda, no centro e na ultradireita.
 

"Há estrangeiros demais. Os muçulmanos dizem que o Corão está acima das leis da República. É inadmissível", disse Pierre (nome alterado a pedido do entrevistado), 83, magistrado aposentado e eleitor da RN.
 

Anne-Charlotte, 39, economista desempregada, era eleitora de Macron, mas desta vez votou na NFP: "Macron cometeu um erro grave ao dissolver a Assembleia. Estou traumatizada com o que ele está nos fazendo sofrer."
 

"Votei no centro, diante de dois blocos extremistas que não queremos ver no poder", afirmou Romain, 33, diretor de estratégia de uma grande empresa.
 

François Hollande, 69, que presidiu a França entre 2012 e 2017, candidatou-se a deputado pela NFP e vai disputar o segundo turno contra uma candidata da RN. Ele é o primeiro ex-presidente a disputar uma cadeira na Assembleia Nacional desde Valéry Giscard d'Estaing (1926-2020), que foi deputado de 1993 a 2002, depois de ter sido presidente de 1974 a 1981.  

Bahia recebeu R$10,2 milhões em emendas para festas de São João; Cruz das Almas foi a cidade que mais recebeu recursos

 

Bahia recebeu R$10,2 milhões em emendas para festas de São João; Cruz das Almas foi a cidade que mais recebeu recursos
Foto: Divulgação / Setur/BA

 

Ao menos R$ 12,5 milhões em emendas parlamentares foram destinados a estados e municípios para custeio de festas de São João por meio do Ministério do Turismo.

 

Os recursos foram repassados para bancar festejos em cidades da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

 

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a Bahia foi o principal destino dos recursos. Uma emenda de bancada repassou R$ 10,2 milhões para a Secretaria de Turismo do estado, que distribuiu as verbas entre 37 municípios.

 

A cidade que mais recebeu recursos foi Cruz das Almas, que abriga um São João tradicional do Recôncavo baiano, com R$ 1 milhão. Na sequência, aparecem Santa Brígida e Coração de Maria. Em geral, as cidades receberam recursos que variaram de R$ 200 mil e R$ 400 mil.

 

Coordenadora da bancada da Bahia na Câmara, a deputada federal Lídice da Mata (PSB) diz que a destinação dos recursos foi uma decisão dos deputados, diante da importância da festa para o estado. Na Bahia, cerca de 300 cidades fazem festas de São João e mais 100 celebram o São Pedro.

 

"O São João produz R$ 2 bilhões de receitas para a Bahia e seus municípios. É uma festa popular que tem impacto maior que o Carnaval", afirma.

 

Responsável pela emenda destinada a Santa Brígida, o deputado Bacelar (PV) afirma que a cidade de 14 mil habitantes abriga um São Pedro tradicional que costuma atrair romeiros de diversos estados.

 

"Em média, uma prefeitura investe ao menos R$ 1 milhão nas festas de São João. Como é uma cidade que sofreu com a seca, a prefeitura não poderia investir com recursos próprios", disse

 

Entre as emendas individuais, o deputado que mais repassou recursos para festas foi Guilherme Uchôa (PSB-PE), que destinou R$ 2,4 milhões, distribuídos por cinco cidades pernambucanas.

 

A maioria dos recursos foi para Caruaru, que abriga uma das maiores festas do Nordeste. Mas também houve repasses para cidades pequenas como Mirandiba, Primavera, Chã Grande e Camocim de São Félix.

 

O deputado afirmou que buscou valorizar a cultura popular ao destinar recursos para realização de festejos juninos nos municípios de sua base de apoio: "Às nossas emendas incrementam os eventos, fomentando milhões de reais que foram injetados nos municípios do agreste ao sertão pernambucano".

 

Em nota, o Ministério do Turismo disse que "os festejos juninos são um importante indutor do turismo e contribuem para a geração de emprego e renda nas cidades que realizam as festas". De acordo com estimativas da pasta, 21,6 milhões de pessoas devem participar dos festejos em 2024.

 

Destacou ainda que, por se tratar de emendas impositivas, a destinação das verbas é determinada pelos parlamentares e são justificadas por meio de notas técnicas.  


Terminado o circo junino, vem aí a farra da campanha eleitoral

 em 1 jul, 2024 8:05

Adiberto de Sousa

Com o fim dos festejos juninos, que este ano se transformaram num grande circo para mascarar a falta de pão, os sergipanos serão brindados com a farra da campanha eleitoral. Daqui a cerca de um mês, os candidatos a prefeito e vereador vão festivamente às ruas apresentar suas mirabolantes promessas. Até outubro, assistiremos debates acalorados, acusações de todos os tipos, propagação de fake news e distribuição de tapinhas nas costas. A disputa eleitoral terá como um dos pontos positivos o fato de também ajudar a aquecer a economia local, pois os partidos vão gastar alguns milhões visando convencer que os seus candidatos são os melhores para administrar as cidades e legislar nas câmaras de vereadores. Por conta disso, serão gerados muitos empregos temporários, as gráficas vão faturar com a impressão de panfletos, ‘santinhos’, cartazes e banners, as agências de publicidade já estão montando equipes para atender aos concorrentes, os restaurantes e casas de fogos de artifício devem faturam um pouco mais, e até locadoras de veículos ganham alugando carros. Pensando por esse anglo, a campanha eleitoral ajudará financeiramente a muita gente, porém os principais beneficiados serão os candidatos que melhor souberem conquistar o voto do eleitor. Estes ganharão mandatos de quatro anos e, como sempre ocorreu, a maioria dará uma banana ao eleitor. Home vôte!

A fome em Sergipe

A fome diminuiu consideravelmente no Brasil entre 2012 a 2023. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que no Nordeste há 3,3 milhões de pessoas a menos nessas situações de fome e vulnerabilidade. Na região, Sergipe é o 6º em redução da fome (45,9%), ficando à frente apenas de Alagoas (45,8%), Maranhão (45,7%) e Ceará (40,4%). Na outra ponta, o Rio Grande do Norte (56,9%) foi o estado nordestino que mais reduziu a fome, seguido pela Paraíba (55,6%), Pernambuco (51,7%), Piauí (49,8%) e Bahia (47,9%). Segundo o IBGE, Sergipe lidera o ranking de insegurança alimentar no Brasil. Algo em torno 126 mil pessoas no estado acordam sem saber de terão algo para comer ao longo do dia. Só Jesus na causa!

Inauguração em Itabaiana

O Ipesaúde inaugura, hoje, a sua nova sede em Itabaiana. O novo edifício permitiu a ampliação de especialidades médicas, como Ortopedia, Cardiologia, Neuropsicopedagogia e Psicopedagogia. Na nova sede continuará sendo ofertado atendimento de Clínica Geral, Enfermagem, Ginecologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Obstetrícia, Odontologia, Terapia Ocupacional, Pediatria e Psicologia. As novas instalações do Ipesaúde deveriam ter sido inauguradas no último dia 11, mas o evento foi suspenso por conta da morte do advogado André Maciel, filho da empresária Ivonete e sobrinho da vereadora Ivoni Andrade (MDB). Ah, bom!

Amizade estremecida

Quando dois aliados políticos tiram foto se cumprimentando para mostrar que estão unidos, permite suspeitar que existe um ruído de comunicação ente eles. Foi o que aconteceu com o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD) e André Moura, o mandachuva do União Brasil em Sergipe, “flagrados” bem juntinhos no forrobodó do governo. As línguas ferinas garantem que a relação de amizade entre os dois não é mais a mesma desde que André lançou a pré-candidatura da filha Yandra a prefeita de Aracaju, contra Luiz Roberto (PDT), pré-candidato preferido de Mitidieri. Marminino!

Banho de lama

E quem caiu na gandaia em Capela foi o governador Fábio Mitidieri (PSD). Durante a tradicional Festa do Mastro daquele município, o pessedista entrou no clima e até tomou um banho de lama junto com os demais brincantes. Segundo Fábio, “este evento é uma oportunidade de reafirmarmos a importância da nossa cultura popular”. Aliada política do governador, a prefeita e anfitriã Silvany Mamlak (PSD) também ficou enlameada na concorrida festa junina, que encerrou as comemorações em louvor a São Pedro. Cruz, credo!

Oposição desconfiada

O pacote de obras anunciado pelo governo de Sergipe para o município de Boquim está sendo visto pela oposição ao governador Fábio Mitidieri (PSD) como uso eleitoral da máquina pública. Os adversários do pedessista estranham que faltando pouco mais de três meses para as eleições, o governo tenha se lembrado de pavimentar ruas em povoados de Boquim. Tomara que tudo não passe de intriga de oposição ao governador que, por sinal, é ferrenho adversário do prefeito Eraldo de Andrade (PP), a quem promete derrotá-lo nas eleições de outubro. Crendeuspai!

Comunicação da Alese

Novo diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa, o publicitário Pedro Elson de Oliveira Belém, o “Pêpa”, tem mantido contatos com comunicadores e veículos de imprensa visando detalhar o seu perfil de atuação. Pedro Elson substituiu o jornalista Theotônio Neto, que deixou o cargo visando se desincompatilizar para participar como candidato das eleições em Carmópolis. O novo diretor de Comunicação do Parlamento sergipano possui larga experiência como publicitário e tem trânsito fácil entre jornalistas e radialistas. Boa sorte!

Estranho silêncio

Até agora nenhum político sergipano deu um pio sequer sobre a decisão da Petrobras de cancelar o contrato firmado com a Unigel para fornecimento de gás natural as Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen’s) de Sergipe e da Bahia. O fim desse contrato permite suspeitar que as duas unidades continuarão em crise, ameaçando centenas de empregos nos dois estados, além de encarecer os fertilizantes consumidos em nosso estado. Tomara que a classe política sergipana se posicione o quanto antes em defesa da Fafen instalada em Laranjeiras. Danôsse!

Rádios desfalcadas

Desde ontem, várias emissoras estão desfalcadas por conta do afastamento de alguns radialistas pré-candidatos a prefeito e vereador. A “boca de siri” aplicada aos comunicadores está prevista na Lei das Eleições, que proíbe rádios e televisões de transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidatos. O descumprimento da regra pode acarretar o cancelamento do registro da candidatura, bem como a aplicação de multa à emissora, caso o postulante infrator tenha a candidatura confirmada na convenção partidária. A inobservância da regra também sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de R$ 21,2 mil a R$ 106,4 mil, duplicada em caso de reincidência. Misericórdia!

Esqueceu Candisse

Entrevistado pelo jornal Valor Econômico, o ministro Márcio Macêdo (PT) falou sobre as chances do partido na disputa eleitoral deste ano. Segundo o fidalgo, o pleito deste ano ocorrerá “sob o signo de um ambiente de disputa política e de avanço da extrema-direita. Isso tem consequências que nós só vamos saber depois da eleição”, frisou. Em seguida, Macêdo falou sobre o apoio do PT aos prefeituráveis Eduardo Paes (PSD), no Rio; João Campos (PSB), em Recife; e Guilherme Boulos (Psol), em São Paulo, mas não pronunciou uma vírgula sequer sobre a pré-candidata a prefeita de Aracaju e sua aliada Candisse Carvalho (PT). Alguém aí sabe o motivo desse “esquecimento” do ministro? Aff Maria!

Recorte de jornal

Publicado no jornal Correio de Aracaju, em 21 de janeiro de 1912.

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