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domingo, junho 05, 2022

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“Quero ver dizer que não vão me apoiar”, diz Queiroz sobre Jair Bolsonaro e Flávio

Publicado em 5 de junho de 2022 por Tribuna da Internet

Queiroz diz por que depositou 89 mil reais na conta de Michelle Bolsonaro |  VEJA

Queiroz reclamou em entrevista ao podcast Mais ou Menos

Bruna Lima, Paulo Cappelli e Edoardo Ghirotto
Metrópoles

O sargento reformado da PM Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio de Janeiro, disse que “quer ver” Jair e Flávio Bolsonaro não apoiarem sua candidatura. Em entrevista ao podcast Mais Ou Menos, na quinta-feira (2/6), Queiroz pontuou também que será “um absurdo” não receber o apoio da família presidencial.

Queiroz se filiou ao PTB e tentará uma vaga de deputado federal no Rio. Ele ainda não tem a garantia de que a família Bolsonaro apoiará sua candidatura, porque foi investigado por suspeita de comandar um esquema de desvio de dinheiro no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio.

INGRATIDÃO – O ex-assessor Fabrício Queiroz reclamou também neste sábado (4/6) da ingratidão de amigos que o abandonaram durante a investigação do esquema de desvio de dinheiro de que ele foi suspeito de comandar no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio de Janeiro.

Queiroz fez a reclamação no Facebook, ao recordar e exibir fotos de um casamento em que foi padrinho. “Esse casamento, eu e minha esposa fomos padrinhos dos noivos. Aí está o que vale o dinheiro. Todos meus amigos à época, estão todos empregados e felizes. E eu e minha esposa para eles não existimos. Muita ingratidão”, escreveu.

O casamento era o de Lygia Martan e Marcelo Siqueira, que trabalham como assessores parlamentares no gabinete de Flávio Bolsonaro no Senado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Queiroz pode ficar tranquilo, porque a família Bolsonaro não deixará de apoiar a candidatura dele, que é tipo um personagem de Hitchcock, como “O Homem que Sabia Demais”. (C.N.)

Bolsonaro se equivoca ao dizer aos jovens eleitores que devem seguir a opinião dos pais


Pedro do Coutto

O presidente Jair Bolsonaro iniciou a sua campanha eleitoral nos horários da televisão através de um filmete que assisti na noite de sexta-feira na TV Globo e na GloboNews, no qual aparece reunido com jovens recomendando a eles que sigam as opiniões de seus pais.

Com isso, o objetivo é fazer com que, especialmente na classe média, os pais influenciem nos votos de filhos e filhas que, de acordo com a pesquisa do Datafolha, tendem muito a mais a votar no ex-presidente Lula. Foi exibido também um filmete, este institucional, produzido pelo governo, sobre o Auxílio-Brasil e a alimentação. Mas sobre isso falo adiante.

CONSERVADORISMO – A mensagem que o presidente da República tentou passar tem como objetivo motivar a juventude para que assuma um comportamento conservador na medida em que moldurem o seu pensamento ou moldurem as suas atitudes de acordo com a conduta materna ou paterna. Nada incomoda tanto a juventude quanto essa observação, seja ela procedente ou não, razoável ou não.

A juventude tem como característica a liberdade de pensamento e exatamente a libertação de restrições de suas famílias que pesam e incomodam o seu modo de ser. Isso de um lado. Além disso, as famílias se constituem de pais e mães, muitas vezes, e mesmo na classe média, as intenções de votos das mulheres (levantamento do Datafolha) é diferente das intenções de votos dos homens.

LIMITAÇÕES – Tanto assim, que entre os homens de classe média, Bolsonaro tem 41 pontos contra 35 pontos de Lula. Mas entre as mulheres do mesmo segmento social, Lula tem 52% e Bolsonaro 37%. Logo, há uma dúvida quanto à orientação familiar, no caso específico envolvendo o voto nas urnas de 2 de outubro. Inclusive incomoda os jovens exatamente as limitações impostas pelos pais.

Tenho a impressão que a orientação relativa à mensagem que Bolsonaro tenta passar partiu de um equívoco, possivelmente de um segmento militar, cuja visão é mais impositiva do que o comportamento das famílias civis. O militar, como é natural, baseia o seu comportamento na disciplina e na verticalidade dela. Na vida em geral, não acontece o que sucede nos quartéis. Por isso, acho que o filmete que começou a ser exibido fará Bolsonaro perder mais votos entre os jovens, sobretudo estudantes.

AUXÍLIO-BRASIL – Relativamente ao outro filmete ao qual me referi anteriormente, no início deste artigo, penso que ele apresenta uma contradição essencial; destaca a importância do Auxilio-Brasil numa tomada de câmera focalizando uma mesa na qual desponta uma refeição que apresenta em primeiro plano uma bela folha de alface.

Não é possível, na realidade, associar-se um auxílio mensal a 18 milhões de famílias, como define o projeto do governo, e uma mesa característica de uma classe média. Vale lembrar que a média brasileira é de quatro pessoas por família. Assim, R$ 400 podem no máximo matar a fome extrema por uma semana. O contraste colide com a lógica.

AMEAÇA  – Reportagem de João Pedro Pitombo e Marcela Lopes, Folha de S. Paulo de ontem, que acompanharam o presidente Jair Bolsonaro numa motociata na cidade de Umuarama, Paraná, revela que o presidente em determinado momento, no término do evento, ameaçou, referindo-se às eleições de outubro, em ir à guerra contra os inimigos internos.

Ele falou numa concentração para 113 mil habitantes no noroeste do Paraná onde entregou o trecho de uma estrada boiadeira. Após afirmar que seu governo enfrentou a pandemia e a corrupção, apontou como causa da disparada de preços dos alimentos e dos combustíveis, a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

“A realidade é bastante dura para todos nós. Como se não bastassem esses problemas, nós todos temos também problemas internos no Brasil. Hoje, não são mais os ladrões de dinheiro público do país. Surgiu uma nova classe, a dos ladrões que querem roubar a nossa liberdade”, afirmou.

COMPROMISSO – Na sequência, Bolsonaro pediu aos seus eleitores que tenham mais interesse no assunto e disse que, se fosse preciso, o país iria à guerra. Além disso, disse que todos devem ter compromisso com o Brasil. “Todos nós temos que nos informar e estarmos preparados porque não podemos deixar que o Brasil siga o caminho de alguns outros países aqui na América do Sul”, acrescentou.
 
Para ameaçar ir à guerra, digo, Bolsonaro tem que contar com o apoio das Forças Armadas, pois sem elas, como é lógico, a guerra que projeta será impossível.  O discurso em Umuarama tem grande importância política e a palavra guerra, de fato, oculta uma outra expressão, a de golpe militar, caso ele perca as eleições, não há mais dúvida.

FGTS –  Vai até o dia 8 de junho para que trabalhadores que possuem saldo no FGTS possam usar uma fração de recursos financeiros para adquirir ações da Eletrobras, base do processo de privatização do comando da empresa. Como os trabalhadores e servidores das estatais não vão assumir funções executivas, é claro, a grande parcela de ações terá que ser assumida pelos investidores privados.

Mas um alerta importante: se os trabalhadores comprarem ações, somente poderão vendê-las em um ano. O valor de lançamento das ações ainda não foi fixado pela Eletrobras, o que não terá grande significado, pois o valor das ações será definido, como sempre, pelo mercado.

MANDATO –  Ainda que pareça incrível – mas Bruno Góis e Rafael Moraes Moura escreveram no O Globo de ontem – o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, retirou o deputado Márcio Macedo da Casa e devolveu o mandato a Valdevan Noventa que havia perdido o mandato por decisão do Tribunal Eleitoral.

Espantoso, pois Lira baseou-se num despacho liminar de um ministro do STF. Além disso, os motivos da cassação são diferentes e Lira os considerou conjugados. Sobretudo, o ato espanta porque os julgamentos de perdas de mandatos são diferentes.

ECONOMIA –  Num espaço que brilhantemente ocupa às sexta-feiras no O Globo, Flávia Oliveira, também comentarista da GloboNews, coloca a questão econômica brasileira, lembrando que o governo Bolsonaro chegará ao final do seu mandato como primeiro presidente em 28 anos a não oferecer ganho real ao salário mínimo.

O salário mínimo em 2022 perdeu para a inflação de 2021. O rendimento global dos trabalhadores brasileiros este ano é menor em 8% do valor registrado em 2021. Praticamente, 40%, acrescenta a jornalista, da força de trabalho do país ocupa postos de trabalho sem carteira assinada. Assim, as empresas e também eles próprios não recolhem para o INSS ou para o FGTS.

Publicado em  10 Comentários |

Fux marca para terça-feira a sessão virtual sobre o caso de Francischini, o ex-cassado

Publicado em 5 de junho de 2022 por Tribuna da Internet

 (crédito: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Luiz Fux atendeu uma solicitação da relatora Cármen Lúcia

Luana Patriolino
Correio Braziliense

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, marcou para a próxima terça-feira (7/6), uma sessão extraordinária no plenário virtual da Corte para analisar uma ação que pede a suspensão da devolução do mandato do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR).

A decisão atende a um pedido da ministra Cármen Lúcia, que é relatora de um pedido feito pela defesa de Pedro Paulo Bazana (PSD), suplente do bolsonarista. A magistrada alegou urgência para analisar o caso. O ministro Fux, então, decidiu que o tribunal terá 24 horas para apreciar a matéria.

RESPOSTA DE FUX – “Considerando a fundamentada excepcionalidade do caso e a expressa previsão do art. 21-B, § 4º, do RISTF e do art. 5º-B da Resolução nº 642/2019, acolho a solicitação apresentada pela eminente Ministra Relatora, para inclusão do feito em sessão virtual extraordinária do Plenário desta Corte, com início em 07.06.2022, à 00h00min, e término em 07.06.2022, às 23h59min”, escreveu o presidente da Corte.

Nesta semana, o ministro Nunes Marques suspendeu duas decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que ordenavam a cassação dos mandatos de dois parlamentares: o deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE) e o estadual Fernando Francischini.

Os suplentes dos dois políticos foram ao STF para contestar a decisão. A defesa de Banzana argumentou que o ministro não tinha competência para analisar o caso. O PT também encaminhou ao Supremo o recurso contra a decisão, pois após a cassação, quem assumiu o lugar de Valdevan Noventa foi o petista Márcio Macedo, suplente da coligação.

ALEGA O PT – Segundo a petição do PT, o entendimento de Nunes Marques contraria a Constituição.

“Essa decisão, com as devidas vênias, atenta contra os preceitos processuais e, gerará grave lesão à ordem pública, razão pela qual se utiliza da presente via de Suspensão de Liminar para requer desse eg. Supremo Tribunal Federal a restauração da decisão da Justiça Eleitoral, nos termos que se seguem”, escreveu o partido.

A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda pode ter que analisar as decisões do ministro Nunes Marques que devolveram os mandatos de parlamentares condenados pela Justiça Eleitoral. A Corte aguarda ser provocada para levar o caso para apreciação. Entre os magistrados, a tendência é que a decisão seja derrubada.

EXTRAPOLOU? – Para contestar a decisão de Nunes Marques, cabe ao procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhar um recurso ao STF. Outro caminho é a provocação do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet.

Quando Francischini foi condenado em outubro do ano passado por disseminar fake news contra as urnas eletrônicas, o Ministério Público Eleitoral (MPE), comandado por Aras, argumentou que o deputado “extrapolou o uso normal de ferramenta virtual”.

Valdevan Noventa teve seu mandato cassado por abuso de poder econômico. Segundo o TSE, moradores de municípios de Sergipe foram pressionados para simular doações ao então candidato. A investigação mostrou dezenas de doações de R$ 1.050, feitos na mesma agência bancária e em dias muito próximos.

SEGUNDA TURMA – O caso deve ser encaminhado para a 2ª turma do STF, que é composta por Edson Fachin, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, André Mendonça e Nunes Marques. Caberia a este último decidir quando levar o tema a debate.

Mesmo sendo julgado no colegiado, os casos ainda podem ir para análise do plenário do STF, formado por onze ministros. Essa medida será possível se houver pedido de algum magistrado da Corte ou se o procurador-geral Augusto Aras apresentar recurso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A confusão é geral, com várias ações sobre o mesmo assunto, e dois relatores cuidando da mesma questão. O Supremo, como se vê, virou uma esculhambação.

Quase metade dos brasileiros se identifica com a esquerda




Identificação com espectro ideológico de esquerda cresce no país e atinge 49%, aponta pesquisa Datafolha. É o percentual mais alto da série histórica, iniciada em 2013. Outros 34% têm ideias próximas à direita.

A identificação com o espectro ideológico de esquerda cresceu entre os brasileiros e atinge agora 49%, segundo apontou uma pesquisa do instituto Datafolha publicada neste sábado (04/06). Outros 34% se identificam com a direita, e 17% têm ideias próximas ao centro.

O percentual referente à esquerda é o mais alto desde que o Datafolha começou a realizar a pesquisa, em 2013. Naquele ano, 41% foram classificados como tendo perfil ideológico de esquerda, e 39%, de direita.

O último levantamento, feito em 2017, um ano antes da eleição do presidente Jair Bolsonaro, também apontava uma divisão mais equilibrada entre esquerda (41%) e direita (40%), enquanto hoje quase metade da população se identifica com a primeira opção.

Para a pesquisa, o Datafolha questionou o público sobre uma série de questões envolvendo valores sociais, políticos, culturais e econômicos, como criminalidade, migração, drogas, armas, homossexualidade e impostos.

Com base nas respostas, os entrevistados são então segmentados entre esquerda (que somou 17% da população), centro-esquerda (32%), centro (17%), centro-direita (24%) e direita (9%).

O instituto considera o perfil ideológico de esquerda como a soma de esquerda e centro-esquerda, e o de direita, a soma de centro-direita e direita.

Segundo o Datafolha, a porcentagem dos que se identificam com a direita diminuiu principalmente devido a um maior apoio dos brasileiros a posições no campo de comportamento e de valores, como a defesa dos direitos humanos.

Questionados sobre a pena de morte, por exemplo, 61% dos entrevistados responderam que não cabe à Justiça matar uma pessoa, independentemente do crime, enquanto 36% disseram que a pena de morte é a melhor punição para indivíduos que cometeram crimes graves. Esses percentuais eram de 49% e 47% em 2013, respectivamente.

Já em relação à orientação sexual, 79% afirmaram que a homossexualidade deve ser aceita por toda a sociedade, um aumento de 13 pontos percentuais desde 2013, e 16% disseram que ela deve ser desencorajada, ante os 25% de nove anos atrás.

Outra pergunta feita pelo Datafolha foi sobre a migração de pobres: 76% disseram concordar que pessoas pobres de outros países e estados que vêm trabalhar na sua cidade contribuem com o desenvolvimento e a cultura locais. Esse percentual era de 67% em 2013. Outros 19% responderam que esses migrantes acabam criando problemas para a cidade, uma queda de seis pontos percentuais ante 2013.

O levantamento ouviu 2.556 pessoas com mais de 16 anos em 181 cidades do país nos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Deutsche Welle

Airbus entrega o primeiro A320neo com capacidade de pousar guiado por satélite




Por Carlos Ferreira 

A Airbus informou nesta sexta-feira (3) que entregou o primeiro Airbus A320neo equipado com a mais recente tecnologia Satellite Based Landing System (SLS) para a easyJet. O SLS permite que os pilotos realizem aproximações diretas usando precisão de satélite, sem a necessidade de sistemas terrestres adicionais, como ILS, mesmo em condições de baixa visibilidade, economizando combustível e reduzindo emissões.

O SLS entrou em serviço pela primeira vez na Europa com o A350 em 2015, depois que a Airbus foi pioneira no desenvolvimento e introdução de aproximações CAT1 usando tal tecnologia, com o apoio da Agência Europeia para o Programa Espacial (EUSPA) – anteriormente conhecida como GSA – e da Comissão Europeia. A função SLS também está disponível nas famílias de aeronaves A220 e A330 e em andamento para o A380.

“Ao usar o SLS, as companhias aéreas se beneficiam de recursos operacionais aprimorados e eficiência operacional”, diz Philippe Mhun, chefe de programas e serviços da Airbus. “Estamos muito satisfeitos em oferecer este novo recurso de Gerenciamento de Tráfego Aéreo agora na Família A320, que demonstra como a Airbus está mantendo suas aeronaves na vanguarda da tecnologia”. Ele acrescenta: “A introdução de tecnologias baseadas em satélite destaca o benefício da colaboração entre divisões da Airbus. Com a Airbus Defence and Space sendo uma das líderes mundiais em tecnologia de satélite, aproveitamos essa experiência e a aplicamos à aviação comercial. Estamos gratos pelo excelente apoio prestado pela EUUSPA e pela Comissão Europeia.”

A Airbus também está desenvolvendo a nova geração do EGNOS, o Sistema Europeu de Aumento Baseado em Satélite. “A Airbus está engajada e comprometida com a entrega da próxima versão do programa até 2027”, afirmou François Gaullier, chefe de telecomunicações e navegação da Airbus Defence and Space. “Os usuários do SLS se beneficiarão perfeitamente disso à medida que o serviço estiver disponível em outros destinos europeus.”

David Morgan, Diretor de Operações de Voo da easyJet, disse: “Estamos entusiasmados com este último desenvolvimento tecnológico, pois representa mais um passo para melhorar ainda mais a eficiência de nossas operações, ajudando-nos a reduzir o uso de combustível e, portanto, combater nossas emissões de carbono. Acreditamos que a modernização do setor de aviação é um objetivo crucial que exige o esforço conjunto e coordenado de toda a indústria. Estamos comprometidos em apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias, juntamente com nossos parceiros em todo o setor, permitindo-nos operar da maneira mais eficiente e tecnologicamente avançada possível para a segurança de nossos clientes e a proteção de nosso planeta.”

A Família A320neo incorpora motores e Sharklets de nova geração, que juntos proporcionam pelo menos 20% de economia de combustível e CO2, bem como uma redução de 50% da pegada de ruído.

No final de abril de 2022, a Família A320neo havia recebido mais de 8.000 pedidos de cerca de 130 clientes. Desde a sua entrada em serviço há seis anos, a Airbus entregou mais de 2.200 aeronaves da Família A320neo, contribuindo para uma economia de 15 milhões de toneladas de CO2 em relação às aeronaves da geração anterior que substituem.

Aeroin

STF vai analisar decisão que devolveu mandato a bolsonarista




Presidente do Supremo marca sessão extraordinária do plenário virtual para analisar decisão de Nunes Marques que suspendeu cassação do deputado estadual Fernando Francischini.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, marcou para a próxima terça-feira (07/06) uma sessão extraordinária do plenário virtual para analisar a decisão do ministro Kassio Nunes Marques que suspendeu a cassação do deputado estadual bolsonarista Fernando Destito Francischini (União Brasil-PR).

A decisão de Fux atende a um pedido feito neste sábado pela ministra Cármen Lúcia. Ela é relatora de uma ação movida pela defesa de um dos suplentes de Francischini que perderá seu assento na Assembleia Legislativa do Paraná caso a decisão de Nunes Marques seja mantida.

Na última quinta-feira, Nunes Marques – que foi indicado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro em 2020 – suspendeu a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato de Francischini e o tornou inelegível por oito anos.

Em outubro passado, o TSE considerou Francischini culpado de ter propagado informações falsas sobre as urnas eletrônicas e o sistema de votação nas eleições de 2018.

Em uma transmissão ao vivo no Facebook no dia do primeiro turno, o deputado disse estar ocorrendo fraude no cômputo de votos, de modo a impedir a eleição de Bolsonaro como presidente.

O TSE considerou que a conduta configura uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político. Foi a primeira vez que um político foi cassado pelo tribunal eleitoral por atacar as urnas eletrônicas e disseminar fake news sobre o processo eleitoral.

Como base para a decisão, Nunes Marques alegou não ser possível provar que a transmissão feita pelo deputado nas redes sociais tenha impactado na normalidade ou na legalidade das eleições.

Naquele ano, Francischini teve a maior votação da história do Paraná para o cargo de deputado estadual, conquistando 427.749 votos, impulsionado pela onda de direita que varreu o país no pleito.

Ele é ex-delegado da Polícia Federal e acumulou controvérsias no período em que foi secretário de Segurança Pública do Paraná, como o comando de uma ação truculenta da Polícia Militar contra professores em greve.

Deutsche Welle

deologias e eleições




Por Marcus Pestana* (foto)

O ambiente político continua carregado. Fascista, comunista, genocida, ladrão, corrupto, homofóbico, misógino, presidiário são algumas das caracterizações usadas pelos militantes para interagir com adversários. Política não é guerra. Não busca aniquilar inimigos. O ideal é que os navios não sejam queimados e que haja espaço para o diálogo pós-eleitoral. A política é meio e não fim. É ferramenta de construção de consensos.

Polarização sempre houve. Abolicionistas e republicanos contra a Monarquia. Integralistas contra comunistas e ambos contra o Estado Novo. Carlos Lacerda e a UDN contra Vargas, JK e Jango. Arena versus MDB. PSDB e PT na Nova República. O problema é que hoje os espaços de diálogo quase inexistem. A radicalização excessiva é aguçada pela dinâmica das redes sociais e a mobilização de suas bolhas. A sensatez e o equilíbrio não têm audiência. Esquerda e direita são conceitos transformados em xingamentos recíprocos, vazios de qualquer significado substantivo.

Vamos tentar repor alguma ordem nesta discussão. As opções que fazemos em eleições carregam algum sentido ideológico. Ideologia é um conjunto de valores, princípios e doutrinas que norteiam nossa postura frente a vida e o mundo. A maioria da população não tem uma visão ideológica organizada, mas todos têm um conjunto de valores e pontos de vistas sobre os rumos desejáveis.

Durante o século XX havia três grandes campos ideológicos: o liberalismo, a socialdemocracia e o comunismo. Mas todos sofreram abalos. O liberalismo foi desnudado pela crise de 1929 e pelo recente tsunami de 2009. Foi fortemente representado pelos governos Reagan e Thatcher, dando origem ao neoliberalismo. Em grande parte, foi uma resposta ao esgotamento das possibilidades fiscais de expansão do Estado do Bem-estar Social, o que encurralou nas cordas a socialdemocracia, que também teve que mudar sua visão de Estado e incorporar a noção de responsabilidade fiscal. Há espaços de convergência entre social-liberalismo e social-democracia. Já o comunismo caiu como “Castelo de Cartas” na dissolução da URSS e na queda do Muro de Berlim.

Portanto não haverá, no Brasil, em 2022, nenhum embate entre capitalismo e comunismo, nenhuma guerra fria, presente apenas nas cabeças de partidos anacrônicos e pequenos de extrema esquerda e nas fantasias dos seguidores de Olavo de Carvalho. Não há entre as principais candidaturas presidenciais ninguém que represente o conservadorismo clássico de Edmund Burke e Roger Scruton, o liberalismo de Friedrich Hayek e Milton Friedman, o fascismo de Mussolini ou a herança de Marx e Lênin.

Haverá um embate entre o chamado populismo autoritário iliberal e a socialdemocracia de vários matizes. No campo socialdemocrata há candidaturas menos estatistas e mais pró-mercado e que carregam a noção de responsabilidade fiscal, sem esquecer as políticas sociais. Outras são mais intervencionistas e carregam uma visão reciclada do nacional-desenvolvimentismo.  A dose de ortodoxia ou pragmatismo também varia.

No final e ao cabo, o importante é cobrar dos candidatos a explicitação de suas ideias e de seu programa de governo. Podemos nos xingar de comunistas e fascistas, sem acrescentar uma linha de avanço na história brasileira. Inversamente, podemos transformar as eleições no nascedouro de um novo Brasil. A escolha é nossa.

*Marcus Pestana, economista, Presidente do Conselho Curador ITV – Instituto Teotônio Vilela (PSDB)             

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