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quinta-feira, junho 23, 2011

Não vale o escrito

Sebastião Nery

14 de dezembro de 1968. O Brasil acordou com o AI-5 na cabeça e o ministro da Justiça Gama e Silva com a ressaca na boca. Iracema Silveira,mulher de Joel Silveira,telefonou cedo para Rubem Braga:

- Prenderam Joel. Cuide-se.

- Vou tomar uma providência.

E fugiu. Foi para a casa de Fernando Sabino. À tarde, ligou para a casa dele, em Ipanema, a empregada tinha notícias:

- Chegaram aqui dois homens de cabelinhos cortados, com um jipe lá embaixo, procurando o senhor.

***
ADONIAS

Fernando e Rubem telefonaram para o escritor Adonias Filho, amigo do general Sizeno Sarmento, rei da Vila Militar. Daí a pouco, Adonias, baiano solidário e eficiente, chamou:

- Falei com o Sizeno, ele disse para o Rubem ficar onde está e aguardar instruções.

Rubem ficou três dias onde estava: no uísque de Fernando. Adonias ligou de novo:

- Rubem, você vai ser ouvido, mas não vai ser preso. Será ouvido por um ex-colega seu da FEB, o coronel Andrada Serpa. Amanhã, 8 da manhã.

- Não pode ser às 10? 8 é muito cedo.

***
BRAGA

Rubem chegou ao quartel, o coronel Serpa o esperava:

- Dr. Rubem, bom-dia.

- Um momento, coronel. Se vai me tratar com cerimônia, me chame de embaixador e eu o chamo de coronel. Sem cerimônia, sou Rubem e você é Serpa, o Rubem e o Serpa da FEB lá na Itália.

Rubem depôs até às 9 da noite. As crônicas de Rubem estavam todas sobre a mesa do coronel, marcadas, grifadas em lápis vermelho forte. E o coronel investigando:

- O que é que você quis dizer com estas frases aqui, Rubem?

- Serpa, você conhece o “Constantino”, aquele jogo do bicho de Niterói? A pule diz assim: “Vale o escrito.” Minhas crônicas, Serpa, são como o “Constantino”. Valem o escrito.

E voltou para o uísque mineiro e generoso de Fernando Sabino.

***
DIRCEU E PALOCCI

Esse foi o problema do governo de Lula e é o do governo de Dilma : nunca vale o escrito. O PT não deixa. Para o PT, o escrito não vale nada. O ex- procurador-geral da Republica Fernando Souza acusou (e o Supremo Tribunal concordou, recebeu a denuncia e abriu o processo) que o Mensalão era “uma organização criminosa” e José Dirceu o “chefe da quadrilha”.

Lula defendeu Dirceu, dizendo que não houve mensalão, mas “só caixa dois, que todo mundo faz”. Não valia o escrito.

Palocci primeiro negou, depois foi obrigado a confessar que faturou R$ 20 milhões durante a campanha de Dilma, da qual era coordenador, e desses, R$ 10 milhões entre a vitória e a posse, quando era chefe da Comissão de Transição e já convidado para a Casa Civil.

Lula defendeu Palocci e foi ao palácio pressionar Dilma para não demiti-lo, porque “o que ele fez todo mundo faz”. Não valia o escrito.

É o catedrático da corrupção.

***
ALDO

O deputado Aldo Rebelo, do PCdoB, da base do governo, preparou, como relator, o projeto do Código Florestal. Na Câmara, o PT cruzou os braços e o PMDB votou contra, derrotando Dilma. Não valia o escrito.

O governo mandou para o Congresso estranha Medida Provisória modificando a Lei de Licitações, para manter sigilosas as contratações de obras da Copa e das Olimpíadas. Sarney aproveitou para vingar-se de Dilma, que nomeou presidente da Embratur seu adversário, o ex-deputado Flavio Dino, do PCdoB do Maranhão, vetado por ele. Sarney declarou que a MP não seria aprovada. O governo recuou. Não valia o escrito.

O governo também mandou para o Congresso projeto fixando tempo de sigilo para os documentos secretos do país. Os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor discordaram por acharem que alguns precisavam ser resguardados indefinidamente. O Planalto recuou. Não valia o escrito.

***
SARNEY

Sarney gastou uma fortuna para a jornalista Regina Echeveria escrever e a editora portuguesa Leya publicar “Sarney, a Biografia”.

Terça-feira, no Globo, Ancelmo Gois o destruiu em duas frases:

- “Dos 50 municípios mais pobres do pais, 32 estão no Maranhão. Sai pesquisa entra pesquisa e uma coisa não muda no Brasil : o Maranhão de Sarney continua o mais pobre dos pobres”.

É um epitáfio.

Fonte: Tribuna da Imprensa

A chantagem pegou nos Estados

Carlos Chagas

A moda pegou nos Estados: partidos da base dos governadores ameaçam não votar projetos de interesse das administrações estaduais caso não sejam contemplados com mais nomeações, empregos e sinecuras. Aquilo que começou no plano federal agora se espraia por todo o país. Não demora e os prefeitos também serão atingidos.

Do Sul ao Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o quadro é o mesmo, tanto faz o partido do governador. Seus “aliados” arregaçam as mangas e já entram nos palácios dos governos estaduais com listas e outras propostas, igualzinho ao que fazem dirigentes do PMDB, PT, PP, PR e outras legendas quando recebidos pelos principais auxiliares da presidente Dilma.

Chama-se chantagem essa prática difundida no país. Até agora nenhuma executiva nacional, diretório ou presidente de partido levou ao palácio do Planalto alguma sugestão de alto nível, como colaboração administrativa. O que podem fazer os companheiros, por exemplo, para melhorar o péssimo estado das rodovias federais? E o PMDB, diante do aumento da violência urbana e rural, que propostas levaria à presidente? O PP animou-se a preparar projetos de reforma tributária, ou o PR algum projeto para desafogar os portos?

De goelas abertas, os partidos repetem nos planos estaduais aquilo que praticam no federal, e não se poupe as oposições, porque os tucanos fazem o mesmo com Geraldo Alckmin, em São Paulo, com Antônio Anastasia, em Minas, Siqueira Campos, no Tocantins, e Beto Richa, no Paraná.

Alguns governadores resistem mais do que outros, da mesma forma como Dilma Rousseff tenta conter os gafanhotos na capital federal, mas a luta parece inglória. Os governos precisam deles…

***
GREVE CONTRA OS MORTOS

Se não tiver acabado nas últimas horas, já avança pelo terceiro dia a greve dos coveiros, em São Paulo. Algo inominável, quaisquer que sejam suas justas reivindicações salariais. Até pouco as greves se faziam contra o povo, como no caso dos transportes coletivos, dos bombeiros e de serviços do tipo abastecimento de água e energia. Agora fazem greve contra os mortos.

Tudo precisaria ter limite, até as paralisações que atingem a população sem causar o menor dano aos patrões, precisamente o alvo lógico de todas as greves. Ainda esta semana motoristas e trocadores e ônibus de Brasília ensaiaram e por determinados períodos deixaram os trabalhadores sem poder deslocar-se de casa para suas atividades. Ameaçaram com a greve geral e o que aconteceu? O governo local admitiu reajustar o preços das passagens. Sem tirar nem pôr o que desejam os proprietários das empresas. Duplo pagamento, então, para os usuários dos transportes coletivos: ficaram em condução e vão pagar mais.

Caberia ao Congresso acabar de regulamentar o direito de greve capitulado na Constituição, mas Suas Excelências nem pensam nisso. Perderiam votos em certas categorias, ainda que defendendo o cidadão comum.

***
SALTANDO DE BANDA

Os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor buscaram no Itamaraty e nas forças armadas apoio para a justificativa de criação do sigilo eterno. Desmancham-se seus argumentos porque tanto o ministério das Relações Exteriores quanto os ministérios militares informam nada ter a esconder, posicionando-se a favor da liberação de qualquer tipo de documentos. Os pessimistas sustentam que o chanceler, os generais, almirantes e brigadeiros comportam-se assim porque seus antecessores faz muito deram sumiço em papéis comprometedores.

Pode ser, mas a verdade pode ser prospectada mais fundo: os dois ex-presidentes teriam coisas a esconder, praticadas durante seus mandatos. Como a presidente Dilma ainda não teve tempo para celebrar acordos secretos ou similares, lavou as mãos: aceitará o que o Congresso decidir.

***
DESCONFORTO CRESCENTE

Dos 38 ministros, pelo menos 11 foram impostos à presidente Dilma Rousseff pelos partidos da base oficial. Precisou engoli-los, tanto faz se os padrinhos tenham sido o Lula, Michel Temer, Eduardo Campos, José Sarney e outros. Um certo gelo tem sido dado pela chefe do governo em alguns ministros, existindo até os que esperam convocação para despachar pela primeira vez com ela. Mesmo assim, o desconforto é crescente, de parte a parte. Há quem preveja, agora que o ano chega à sua metade, uma espécie de reajustamento do dispositivo, mas não será fácil. Os padrinhos continuam vigiando e se neste ou naquele caso não puderem resistir, reivindicarão novas indicações, o que dará quase no mesmo.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Ninguém reparou que a primeira-dama Adriana Ancelmo está totalmente distante do governador Sergio Cabral, neste momento tão difícil e dramático?

Carlos Newton

Desde o trágico acidente da queda do helicóptero em Porto Seguro, semana passada, ninguém explicou a ausência da primeira-dama, Adriana Ancelmo Cabral, que não viajou à Bahia junto com o marido e o enteado para festejar o aniversário do empresário Fernando Cavendish.

Somente na quarta-feira – cinco dias depois, portanto – é que a imprensa tocou no assunto, em reportagem de Fábio Vasconcellos no Globo, que dedicou ao assunto apenas uma simples frase: “A mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, desistiu do passeio e permaneceu no Rio”.

Mas por que ela não viajou para Porto Seguro, para ficar solidária à dor do marido e do enteado, nem foi vista ao lado de Sergio Cabral Filho nas cerimônias fúnebres realizadas no Rio de Janeiro? É que o casamento também vai mal. Como dizia o cronista Ibrahim Sued, “em sociedade tudo se sabe”. E o que se comenta nos meios sociais da elite é que Cabral e Adriana estão praticamente separados.

De repente, parece que tudo está dando errado para Cabral, que aos 48 anos vinha fazendo uma carreira brilhante, tornando-se uma espécie de Rei Midas da política. Tudo em que tocava virava ouro. Ficou a tal enfeitiçado que desde a gestão passada entregou o governo ao vice Pezão, para mergulhar de corpo inteiro nos prazeres do circuito Leblon-Angra-Miami-Paris.

No primeiro ano de mandato (2007), até o mês de setembro, a média de Cabral era de 1 a cada 5 dias fora do Brasil. No mês de abril, por exemplo, chegou a permanecer mais tempo fora do país do que no Rio de Janeiro, Estado que hipoteticamente governa. De lá para cá, o fascínio pelo exterior prosseguiu.

Desde o primeiro mandato, sempre foi muito difícil vê-lo despachando no Palácio Guanabara, e a desculpa era de que o prédio estava em obras. Mas na vida tudo tem um preço. De repente, sua trajetória entrou em queda livre e Cabral mergulhou num buraco negro que parece não ter fim.

Apesar de não ser ligado a nenhuma religião, desta vez ele deu graças a Deus pelo feriado prolongado de Corpus Christi. Ganhou quatro dias para respirar e tentar recuperar as forças, procurar uma saída, dar um jeito qualquer, enfim. Mas a trégua de quatro dias nem chega a ser um cessar-fogo, porque a grande imprensa enfim colocou Cabral Filho na alça de mira.
O Globo montou uma equipe exclusivamente para vasculhar suas ligações com os empresários citados aqui no blog da Tribuna, e a Folha de São Paulo, mesmo com grande atraso, já começa a noticiar os efeitos políticos do acidente com o helicóptero em Porto Seguro. Ficam faltado apenas o Estadão e o Correio Braziliense, que não tardam a seguir a Tribuna e O Globo. E amanhã já começam a ser divulgadas as reportagens das revistas semanais, que vão mergulhar firme no assunto.

Realmente, o governador do Estado do Rio de Janeiro não está numa maré de sorte. Sua situação financeira é realmente invejável, pode viver sem trabalhar até o fim de seus dias, e não faltará dinheiro para ele e a família. O problema é o meteórico desgaste de sua imagem como político e como cidadão.

É um processo que não tem fim, porque cada reportagem puxa o fio de uma meada, e as denúncias vão se multiplicando. No momento, quem está na berlinda é a Delta Construções. Outras empresas estão na fila, aguardando. Especialmente as que pertencem ao famoso Arthur Cesar, o rei da terceirização no Estado do Rio, e que é defendido na Justiça pela própria primeira-dama Adriana Ancelmo. Que vai ter muiuto trabalho pela frente, não tenham dúvidas.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Novo exame pode prever Alzheimer, diz estudo

O mal de Alzheimer é fatal e não tem cura, mas laboratórios vêm tentando desenvolver formas de evitar sua progressão

22/06/2011 | 21:48 | Reuters

Um novo método para diagnosticar indícios do mal de Alzheimer no fluido espinhal pode ajudar a identificar com maior precisão casos em que uma leve perda da memória pode evoluir para a demência total, segundo um estudo divulgado na quarta-feira pela revista Neurology.

"A possibilidade de identificar quem vai desenvolver o mal de Alzheimer bem no começo do processo será crucial no futuro", disse Robert Perneczky, da Universidade Técnica de Munique (Alemanha), que comandou o estudo.

"Quando tivermos tratamentos que possam prevenir o mal de Alzheimer, poderemos começar a tratá-lo muito precocemente, e possivelmente prevenir a perda de memória e de capacidade de pensamento que ocorre com essa devastadora doença."

Os atuais exames do Alzheimer no fluido espinhal avaliam desequilíbrios em duas proteínas: a beta-amiloide, que forma placas pegajosas no cérebro, e a tau, que é considerada um marcador de danos nas células cerebrais.

Vítimas do Alzheimer tendem a ter níveis reduzidos da beta-amiloide e níveis elevados da proteína tau no fluido espinhal, e médicos costumam examinar isso para confirmar se casos de demência são causados pelo Alzheimer.

No estudo, Perneczky e seus colegas procuraram vestígios de um componente importante da beta-proteína amiloide, chamado proteína precursora amiloide (APP, na sigla em inglês).

"Se você está cortando um biscoito, (a APP) é a massa em torno do biscoito que fica para trás", disse Marc Gordon, pesquisador do Alzheimer no Instituto Feinstein de Pesquisas Médicas, em Manhasset, Nova York. "É isso que eles estão mensurando aqui", disse Gordon, que não participou do trabalho.

Os pesquisadores coletaram o fluido espinhal de 58 pessoas com ligeiros problemas de memória, condição que muitas vezes evolui para o Alzheimer.

Após três anos, 21 pacientes haviam desenvolvido a doença, 27 mantinham a dificuldade cognitiva leve, 8 haviam regredido à capacidade cognitiva normal, e 2 haviam desenvolvido uma doença chamada demência frontotemporal, o que as excluiu do estudo.

A pesquisa mostrou que pessoas que evoluíam para o Alzheimer tinham no fluido espinhal, em comparação aos pacientes que não desenvolveram a doença, níveis significativamente maiores desse vestígio da APP, chamado precursor da beta-proteína amiloide.

Em combinação com outros biomarcadores, como a presença da tau e a idade do paciente, o exame tinha uma precisão em torno de 80 por cento ao prever quem iria desenvolver a doença.

Os cientistas descobriram também que a forma da beta-amiloide geralmente usada nos exames não é tão eficaz para prever quais pacientes com deficiências leves irão evoluir para a demência.

O mal de Alzheimer é fatal e não tem cura, mas laboratórios vêm tentando desenvolver formas de evitar sua progressão, e por isso no futuro os novos exames poderão ser necessários, segundo Gordon.

Fonte: Gazeta do Povo

Battisti recebeu proposta para trabalhar como tradutor, diz defesa

Ex-ativista italiano ficou preso quatro anos no Brasil. Nesta quarta, Battisti obteve autorização para viver e trabalhar no Brasil

22/06/2011 | 20:00 | G1/ Globo.com

Libertado da prisão e com autorização para permanecer no Brasil, o italiano Cesare Battisti recebeu uma proposta para trabalhar com tradução de livros, segundo relatou seu advogado de defesa, Luiz Eduardo Greenhalgh, ao G1.

Battisti, que já publicou livros, deve continuar a escrever no Brasil.

"A editora que publica os livros dele ofereceu a possibilidade de ele também, além de escrever seus próprios livros, ajudar na tradução. Ele fala italiano, português, francês e espanhol. Acho que ele vai ajudar na tradução de alguns autores indicados pela editora. Vai aumentar um pouco o salário dele", disse Greenhalgh.

A reportagem não conseguiu contato com a editora.

O Conselho Nacional de Imigração, vinculado ao Ministério do Trabalho, concedeu nesta quarta-feira (22) autorização de permanência para o ex-ativista de esquerda. Com o documento, o italiano poderá viver e trabalhar por tempo indeterminado. A autorização de permanência é um pré-requisito para a concessão do visto definitivo, que neste caso é tarefa do Ministério da Justiça.

Questionado se o italiano pretende escrever sobre sua vida e a batalha judicial por sua extradição, o advogado respondeu que acha isso provável. "É a saga dele", justificou.

Ainda de acordo com a defesa, Battisti não quer conceder entrevistas, afirma Greenhalgh, e encarou a decisão do Conselho Nacional de Imigração com "naturalidade".

"Ele não se entusiasmou nem se deprimiu. Acho que ele tem compreensão de que agora é um novo período da vida dele e acho que ele espera poder viver em paz daqui por diante", disse o advogado.

No dia 8 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o italiano no Brasil. Battisti ficou mais de quatro anos preso no Brasil, aguardando o desfecho do pedido de extradição feito pelo governo da Itália. Acusado de quatro assassinatos, ocorridos na Itália, durante a luta armada na década de 70, Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país de origem.

Os ministros do STF mantiveram a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, no final do ano passado, negou o pedido de extradição feito pelo governo da Itália.

Um dia após deixar a prisão em Brasília, o italiano telefonou para as duas filhas adolescentes, que vivem na França, e pediu para que elas o visitem no Brasil.

"É possível que elas venham aqui visitá-lo proximamente. Sei que ele pediu para as filhas virem ao Brasil porque está com saudade", contou Greenhalgh.

Fonte: Gazeta do Povo

Battisti recebeu proposta para trabalhar como tradutor, diz defesa

Ex-ativista italiano ficou preso quatro anos no Brasil. Nesta quarta, Battisti obteve autorização para viver e trabalhar no Brasil

22/06/2011 | 20:00 | G1/ Globo.com

Libertado da prisão e com autorização para permanecer no Brasil, o italiano Cesare Battisti recebeu uma proposta para trabalhar com tradução de livros, segundo relatou seu advogado de defesa, Luiz Eduardo Greenhalgh, ao G1.

Battisti, que já publicou livros, deve continuar a escrever no Brasil.

"A editora que publica os livros dele ofereceu a possibilidade de ele também, além de escrever seus próprios livros, ajudar na tradução. Ele fala italiano, português, francês e espanhol. Acho que ele vai ajudar na tradução de alguns autores indicados pela editora. Vai aumentar um pouco o salário dele", disse Greenhalgh.

A reportagem não conseguiu contato com a editora.

O Conselho Nacional de Imigração, vinculado ao Ministério do Trabalho, concedeu nesta quarta-feira (22) autorização de permanência para o ex-ativista de esquerda. Com o documento, o italiano poderá viver e trabalhar por tempo indeterminado. A autorização de permanência é um pré-requisito para a concessão do visto definitivo, que neste caso é tarefa do Ministério da Justiça.

Questionado se o italiano pretende escrever sobre sua vida e a batalha judicial por sua extradição, o advogado respondeu que acha isso provável. "É a saga dele", justificou.

Ainda de acordo com a defesa, Battisti não quer conceder entrevistas, afirma Greenhalgh, e encarou a decisão do Conselho Nacional de Imigração com "naturalidade".

"Ele não se entusiasmou nem se deprimiu. Acho que ele tem compreensão de que agora é um novo período da vida dele e acho que ele espera poder viver em paz daqui por diante", disse o advogado.

No dia 8 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o italiano no Brasil. Battisti ficou mais de quatro anos preso no Brasil, aguardando o desfecho do pedido de extradição feito pelo governo da Itália. Acusado de quatro assassinatos, ocorridos na Itália, durante a luta armada na década de 70, Battisti foi condenado à prisão perpétua em seu país de origem.

Os ministros do STF mantiveram a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, no final do ano passado, negou o pedido de extradição feito pelo governo da Itália.

Um dia após deixar a prisão em Brasília, o italiano telefonou para as duas filhas adolescentes, que vivem na França, e pediu para que elas o visitem no Brasil.

"É possível que elas venham aqui visitá-lo proximamente. Sei que ele pediu para as filhas virem ao Brasil porque está com saudade", contou Greenhalgh.

Fonte: Gazeta do Povo

Ataque hacker foi o maior já sofrido por sites do governo na internet

Servidores na Itália teriam sido ponto de partida para ação de grupo. LulzSecBrazil reivindicou autoria de ataque de "negação de serviço"

22/06/2011 | 19:27 | G1/ Globo.com

O ataque hacker às páginas da Presidência da República, Portal Brasil e da Receita na madrugada desta quarta-feira (22) foi o maior já sofrido pela rede de computadores do governo brasileiro. De acordo com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), o ataque - que não causou danos às informações disponíveis nas páginas - partiu de servidores localizados na Itália.

Para derrubar os sites, os hackers utilizaram sistemas que faziam múltiplas tentativas de acesso ao mesmo tempo, técnica batiza de “negação de serviço” e conhecida pelas iniciais em inglês DDoS (Distributed Denial of Service). O objetivo dessa ação é tornar o serviço indisponível.

Foram mais de 2 bilhões de tentativas de acesso em um curto período de tempo. Entre as 0h30 e 3h as páginas ficaram fora do ar por causa do ataque, mas entre a 0h40 e 1h40 foi o período de maior concentração dos ataques e o sistema ficou congestionado. Durante a tarde, o site da Petrobras também saiu do ar, voltando a funcionar em alguns momentos.

As ações foram reivindicadas pelo grupo de hackers LulzSecBrazil, que publicou mensagens no Twitter antes mesmo das páginas sairem do ar.

A página da Petrobras já havia ficado indisponível na manhã desta quarta (22) durante alguns minutos. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, houve apenas uma instabilidade. Sobre o ataque desta tarde, a assessoria disse não ter conhecimento.

Como justificativa para o ataque, os hackers publicaram mensagens no Twitter criticando o alto preço dos combustíveis no país. “Acorda Brasil! Nao queremos mais comprar combustivel a R$2.75 a R$2.98 e expotar a menos da metade do preco! ACORDA DILMA!”.

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República divulgou uma nota oficial informando que o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) detectou e bloqueou uma tentativa de ataque de hackers às páginas da Presidência da República, Portal Brasil e da Receita na internet nesta madrugada.

Um grupo de hackers que se autodenomina “LulzSecBrazil” havia anunciado, no início da madrugada desta quarta-feira, um ataque aos sites da Presidência da República e do governo brasileiro. Os hackers, segundo o Serpro, congestionaram o acesso a esses sites usando múltiplos acessos por um sistema de robôs.

"Isso já ocorreu outras vezes, não chega a ser uma novidade. Mas eles não conseguiram ter acesso a nenhuma informação desses sites. Eu não conheço esse grupo de hackers", disse o diretor-superintendente do Serpro, Gilberto Paganotto, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Uma fonte do governo informou que na terça-feira durante o dia a presidente Dilma Rousseff foi informada de que havia um movimento estranho de acesso aos sites do governo. Segundo essa fonte, o governo estava de sobreaviso para um eventual ataque que acabou ocorrendo durante a madrugada.

Ataque controlado, segundo nota
Na nota divulgada nesta quarta-feira, a Secretaria de Imprensa da Presidência informa também que houve um congestionamento das redes e que os sites ficaram fora do ar por cerca de uma hora.

"O Serpro (Serviço de Processamento de Dados) detectou nesta madrugada, entre 0h30 e 3h, uma tentativa de ataque de robôs eletrônicos aos sites Presidência da República; Portal Brasil e Receita Federal. O sistema de segurança do Serpro, onde estes portais estão hospedados, bloqueou todas as ação dos hackers, o que levou ao congestionamento das redes, deixando os sites indisponíveis durante cerca de uma hora", diz a nota.

Ainda segundo o texto da assessoria da Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o ataque dos hackers foi controlado e os dados dos sites não foram violados. "O Serpro informa que o ataque foi contido e os dados e informações destes sites estão absolutamente preservados".

Fonte: Gazeta do Povo

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Prestação de imóvel novo cairá R$ 266

Paula Cabrera
do Agora

A prestação da casa própria vai ficar até 18% mais barata para famílias que ganham entre R$ 4.901 e R$ 5.400. A ampliação das faixas de renda dos programas Minha Casa, Minha Vida (de R$ 4.900 para R$ 5.000) e do Carta de Crédito FGTS (de R$ 4.900 para R$ 5.400) garantirá economia mensal de R$ 266 para quem busca um imóvel novo de até R$ 170 mil. Para imóveis com preços acima desse valor, a situação não deve mudar e o valor dos juros mantém-se em 10,5% ao ano.

De acordo com cálculos do professor Gilberto Braga, do Ibmec, a alteração dos juros baixa a prestação de R$ 1.497 para R$ 1.231. "Ao longo de 30 anos, isso dá uma grande diferença", diz.

Para as famílias que ganham até R$ 3.100 o valor da prestação também vai ficar 18% mais barato. "Nesses casos, a taxa baixa para 5,5% e uma casa de R$ 170 mil fica com prestação de R$ 1.001. Antes era de quase R$ 1.300", diz Braga.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta,

Aviso-prévio será proporcional, decide STF

Folha de S.Paulo

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem que irá fixar regras para que o aviso-prévio seja proporcional ao tempo de serviço do trabalhador. A Constituição prevê que o aviso-prévio seja proporcional, com o mínimo de 30 dias. Esse período mínimo é pago hoje pelas empresas a todos os trabalhadores demitidos sem justa causa. Porém, não há regra para o pagamento de acordo com o tempo de casa do trabalhador.

A decisão de fixar regras foi tomada pelos oito ministros presentes no plenário do tribunal, ao analisarem o pedido de quatro funcionários da Vale que foram demitidos.

Os funcionários tinham entre sete e 30 anos de empresa, mas todos receberam um mês de aviso-prévio. No caso, os trabalhadores pediam que fossem criadas regras para pagar o aviso-prévio de acordo com o tempo trabalhado.

Eles pediam que o Supremo declarasse que o Congresso deixou de regulamentar o tema, já que a Constituição prevê o "aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço".

Também pediram que o tribunal fixasse regras a serem seguidas pelas empresas até a sair a lei definindo a questão. Os ministros concordaram sobre a validade do pedido, mas não houve consenso sobre qual regra aplicar. O julgamento, porém, não terminou. O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, pediu sua suspensão para que ele elabore uma sugestão das regras.

Todos os ministros apresentaram propostas, mas não houve definição. Chegou-se a propor o pagamento, além dos 30 dias, de um mês de salário para cada três ou seis anos trabalhados, dez dias de salário para cada ano trabalhado e até um teto de três meses de salário a partir de dez anos de casa.

A Fecomercio-SP criticou a decisão. "Acho um equívoco e pode resultar em mais custo para a folha de pagamento das empresas", disse o assessor jurídico Fernando Marçal. Representantes da indústria, como a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), irão aguardar a decisão do STF antes de se pronunciar.

Fonte: Agora

Revisão deve ser paga até novembro

Ana Magalhães e Carolina Rangel
do Agora

O TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) determinou anteontem que o INSS deverá conceder, até novembro deste ano, o novo valor do benefício dos aposentados e pensionistas que têm direito à revisão pelo teto.

A correção deverá ser concedida no posto previdenciário e vale para todos os aposentados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que são atendidos pelo tribunal, que têm direito à correção pelo teto.

A decisão, da juíza federal Marcia Hoffmann, diz ainda que o pagamento dos atrasados --diferenças retroativas aos últimos cinco anos-- pode ser parcelado. Porém, o INSS deve quitar a última parcela até 2012 e, até o final de dezembro, deve apresentar um cronograma de pagamento.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta quinta,

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