As reservas gigantes de petróleo e gás de Tupi, na Bacia de Santos, cujo potencial foi confirmado nesta quinta-feira pelo governo, só deverão efetivamente iniciar a produção comercial dos produtos em 2013. Os testes de verificação da viabilidade do campo já estão bem avançados, mas o poço ainda experimental (piloto) só deverá verter óleo entre 2010 e 2011, segundo o diretor da área de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella.
As dificuldades para colocar a extração em funcionamento são várias, segundo a estatal. A megajazida – que, segundo as estimativas iniciais responderá sozinha por um aumento de mais de 50% nas reservas brasileiras de petróleo – é uma faixa de 300 a 500 metros de espessura e cerca de 200 quilômetros de largura, que se estende por 3.000 quilômetros ao longo da costa, de Santa Catarina ao sul da Bahia.
O problema é que ela está localizada em alto mar, a cerca de 250 quilômetros da costa brasileira. Além disso, a reserva está em uma profundidade entre 5.000 e 7.000 metros, na chamada camada pré-sal – atualmente, a Petrobras só faz extrações até 2.500 metros abaixo do nível do mar.
Custos – De acordo com os cálculos da Petrobras, o custo para a extração em profundidade tão grande será alto. Na Bacia de Campos, por exemplo, um poço perfurado a 2.000 metros – menos da metade da profundidade da Bacia de Santos, portanto – custa o triplo de outro que alcançou 1.000 metros: ou seja, à medida que se dobra a profundidade de extração, triplica o custo da operação.
Atualmente, o custo de um poço de produção em águas profundas está em torno de 1,5 bilhão de dólares. Numa área ultraprofunda, cada poço poderia custar três vezes mais, ou seja, 4,5 bilhões de dólares. A descoberta altera o plano de investimentos da Petrobras, que prevê 112,4 bilhões de dólares para o período de 2008 a 2012. O investimento, porém, torna-se viável, segundo a estatal, devido à escalada dos preços do petróleo.
Nos últimos dois anos, foram investidos 1 bilhão de dólares nas pesquisas da Bacia de Santos: foram perfurados 15 poços nas camadas pré-sal, sendo que oito deles foram devidamente testados e avaliados. O primeiro poço demorou mais de um ano e custou 240 milhões de dólares. A Petrobras informou ser possível perfurar um poço equivalente em 60 dias, ao custo de 60 milhões de dólares.
Potencial – O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, comentou que, confirmado o potencial desses blocos, o país passará a integrar o grupo dos nove maiores detentores de petróleo do mundo, que atualmente inclui países com reservas entre 69 bilhões (Nigéria) e 379 bilhões de barris (Rússia). O Brasil está na 24ª colocação, logo abaixo do México, com 14,4 bilhões de barris de óleo. Com a confirmação da megajazida, subirá para a 20º, se as reservas do novo poço forem de 5 bilhões de barris, e para 17º se forem de 8 bilhões de barris. Gabrielli, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, estima que elas possam se situar entre 70 bilhões e 100 bilhões de barris.
A megajazida não ultrapassa apenas em volume os atuais campos gigantes da Bacia de Campos. Também o óleo encontrado ali é de qualidade extremamente superior. Com 28 graus API (sistema internacional de gradação da qualidade do óleo), embora não chegue ao nível dos melhores óleos árabes (com mais de 40 graus API), o petróleo de Tupi tem valor comercial bem superior à maior parte da produção nacional, concentrada no óleo pesado.
Fonte: Veja Online
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sábado, novembro 10, 2007
Governador processa jornalista por difamação
O governador Blairo Maggi (PR) ingressou com uma representação criminal junto ao Ministério Público contra o jornalista Enock Cavalcanti por difamação. Maggi o acusa de ter classificado de "bacanal" o encontro do governador com membros da comissão de Infra-Estrutura do Senado, ocorrido no Sesc Pantanal. Em artigo, Enock fez referência aos comentários de que Maggi e os parlamentares levaram consigo acompanhantes de luxo - leia aqui o artigo na íntegra.
Enock já prestou depoimento nesta quinta à polícia. Agora, o processo segue para o Juizado Criminal. Segundo ele, o artigo tinha o intuito de cobrar um posicionamento de Maggi sobre essa reunião. Segundo ele, se tratou de uma manobra do governador para buscar apoio no sentido de ver aprovado o nome de Luiz Antônio Pagot à direção do Dnit e, assim, convidou para uma visita ao pantanal mato-grossense os senadores, inclusive Marconi Perillo (PSDB-GO), presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado, responsável pelo processo de avaliação de Pagot.
O jornalista afirma que ficou indignado com a posição do governador. Argumenta que a matéria foi publicada no Super Site Good, do jornalista Marco Antonio Moreira, o Vila, primeiro a fazer referência ao assunto sobre os convidados de Maggi com "direito à acompanhante". Teve repercussão também no site do jornalista Claúdio Humberto. "Após 10 dias o governador ainda não tinha se manifestado, daí resolvi escrever um artigo para cobrar uma posição dele (Maggi)".
Assessor da senadora Serys Marly (PT), Enock condena a postura de Maggi em processá-lo, enquanto, na sua avaliação, outros jornais estão fazendo o mesmo e o governador fica quieto. "Desse jeito ele (Maggi) vai ter que processar muitas pessoas, como o Página Única (jornal vespertino de Cuiabá), que falou que aluga um avião dele mesmo e o super site good que o chama todos os dias de filhinho mimado". Para Enock, "Maggi quer uma imprensa subserviente". "A função da imprensa é de oposição".
"Maggi quer todos aos seus pés, como faz a Assembléia Legislativa, que, em peso, o apóia. Não é à-toa que o legislativo vem sendo muito criticado", disse o jornalista, que apresenta diariamente o programa "Amplo, Geral e Irrestrito" na TV Cuiabá. Enock é daqueles jornalistas sem papas na língua. Ele aproveitou, por exemplo, esta entrevista, para "detonar" também a revista Ótima S/A, propriedade de Samuel Maggi, sobrinho do governador. "Maggi quer que toda a imprensa seja igual a Ótima, onde aparece como quase único anunciante".(Pollyana Araújo)
Autor: RDNews
Enock já prestou depoimento nesta quinta à polícia. Agora, o processo segue para o Juizado Criminal. Segundo ele, o artigo tinha o intuito de cobrar um posicionamento de Maggi sobre essa reunião. Segundo ele, se tratou de uma manobra do governador para buscar apoio no sentido de ver aprovado o nome de Luiz Antônio Pagot à direção do Dnit e, assim, convidou para uma visita ao pantanal mato-grossense os senadores, inclusive Marconi Perillo (PSDB-GO), presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura do Senado, responsável pelo processo de avaliação de Pagot.
O jornalista afirma que ficou indignado com a posição do governador. Argumenta que a matéria foi publicada no Super Site Good, do jornalista Marco Antonio Moreira, o Vila, primeiro a fazer referência ao assunto sobre os convidados de Maggi com "direito à acompanhante". Teve repercussão também no site do jornalista Claúdio Humberto. "Após 10 dias o governador ainda não tinha se manifestado, daí resolvi escrever um artigo para cobrar uma posição dele (Maggi)".
Assessor da senadora Serys Marly (PT), Enock condena a postura de Maggi em processá-lo, enquanto, na sua avaliação, outros jornais estão fazendo o mesmo e o governador fica quieto. "Desse jeito ele (Maggi) vai ter que processar muitas pessoas, como o Página Única (jornal vespertino de Cuiabá), que falou que aluga um avião dele mesmo e o super site good que o chama todos os dias de filhinho mimado". Para Enock, "Maggi quer uma imprensa subserviente". "A função da imprensa é de oposição".
"Maggi quer todos aos seus pés, como faz a Assembléia Legislativa, que, em peso, o apóia. Não é à-toa que o legislativo vem sendo muito criticado", disse o jornalista, que apresenta diariamente o programa "Amplo, Geral e Irrestrito" na TV Cuiabá. Enock é daqueles jornalistas sem papas na língua. Ele aproveitou, por exemplo, esta entrevista, para "detonar" também a revista Ótima S/A, propriedade de Samuel Maggi, sobrinho do governador. "Maggi quer que toda a imprensa seja igual a Ótima, onde aparece como quase único anunciante".(Pollyana Araújo)
Autor: RDNews
O gás que não vai faltar
Só quem assistiu ao evento in loco, ou pela TV, pôde ter a exata medida do grau de exaltação, próximo da apoplexia, com que o presidente Lula reagiu, em discurso no Palácio do Planalto, na quarta-feira, àqueles que falaram em crise, quando, como ele disse, “aconteceu um probleminha de gás no Rio de Janeiro”. “Ah! acabou a energia no mundo”, esbravejou ele de olhos esbugalhados como se estivesse respondendo a um insulto, para concluir dizendo que não acabou e “este país já tem energia garantida até 2012”. Não tem - e o contraste entre essa realidade e os tão freqüentes pronunciamentos presidenciais, marcados pelo triunfalismo ficcional, torna ainda mais estranha a extrema veemência com que ele se manifestou. Como se a ênfase, o arroubo, os olhos arregalados e o dedo em riste pudessem por um passe de mágica transformar situações sumamente inquietantes em cenários edênicos. Falando de improviso, Lula assegurou (o verbo é dele) “que o governo vai muito bem, o Brasil vai muito bem e está bem gerenciado”.É verdade que o Brasil vai muito bem. Graças, no entanto, muito menos à qualidade do gerenciamento das questões inerentes à agenda administrativa do País do que aos ventos excepcionalmente favoráveis da economia globalizada na sua presente quadra - os quais, por sinal, ameaçam se transformar no seu contrário, em razão da mais recente crise bancária nos Estados Unidos, do petróleo a US$ 100 e da queda incontida da cotação da moeda americana. E se há um setor em que o governo vai muito mal e o Brasil está mal gerenciado é precisamente o da energia. A exemplo do apagão aéreo, fruto da generalizada falta de “mão-de-obra qualificada” no governo petista, o risco, que é real, de um apagão não se dissipará a golpes oratórios com gesticulação estudada. Só pode piorar as coisas a tentativa do presidente Lula de varrer para debaixo do tapete o alerta vermelho que foi, há poucos dias, o “probleminha de gás” a que ele se referiu, desdenhosamente, no seu lamentável improviso de anteontem, aludindo à decisão da Petrobrás, suspensa por liminar, de não aumentar o suprimento do produto para o Rio de Janeiro, para abastecer com ele as termoelétricas movidas a esse insumo. Escaldados, os agentes econômicos não se deixam engambelar pela retórica lulista - e buscam soluções próprias para a crise anunciada. Outro disparate do improviso de Lula é sua reclamação de que “tem muita gente dando palpite no gerenciamento do governo”. Em primeiro lugar, dar palpite no gerenciamento do governo é exercício de cidadania e função principal da imprensa. Por isso, a estocada obviamente dirigida a ela tem o mesmo nível da sua impagável comparação entre o jogo bruto de Chávez para se eternizar no poder e as sucessivas reeleições dos ex-primeiros-ministros Margareth Thatcher e Helmut Kohl, normais em regimes parlamentaristas. Em vez de levar a sério as críticas, ainda que não desse o braço a torcer em público, quando tenta reduzi-las ao que não são - palpites -, ele apenas reforça as preocupações de todos quantos conhecem a distância entre os problemas objetivos de que cinco anos de lulismo não deram conta e os discursos do cotidiano presidencial.“Nós vamos descobrir os gases (sic) que precisamos descobrir”, profetizou ele em dado momento, “ou vamos comprar o gás que precisar comprar”. “Vamos descobrir” graças à força do pensamento positivo? E “vamos comprar” de quem? Da Rússia, no outro lado do mundo? E a que preço? Por via das dúvidas, a Petrobrás está anunciando um aumento de até 25% no preço do gás. A colisão frontal entre a realidade implacável e a fantasia presidencial está na cara, como se diz, na justaposição de dois títulos numa página da edição de ontem do jornal Valor. O de baixo enuncia: “Lula afirma que Brasil tem energia garantida até 2012.” O de cima resume um texto que mostra por que não existe essa garantia: “Petrobrás não cumpriu metas de expansão.” Citando dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) até setembro, o texto que se segue informa que a oferta de gás natural brasileiro este ano ficou aquém não só da marca de 2006 (queda de 3,4%), mas também das metas estabelecidas no plano estratégico da empresa (menos 22%, a se manter a tendência).Por enquanto só está garantido que não faltará gás para a oratória de Lula.
Fonte: estado.com
Fonte: estado.com
Elogio de Wagner surpreende prefeituráveis
Tribuna da Bahia Notícias-----------------------
O ex-prefeito Antônio Imbassahy tem dito que o processo sucessório de Salvador começou muito cedo. Não resta dúvida de que isso é verdade pois, faltando ainda um ano, o assunto tem ocupado espaço na mídia cada vez mais com mais força. Talvez em decorrência desta antecipação do debate sobre a sucessão do prefeito João Henrique, os políticos não perdem a hora. Esta semana, o fato de maior repercussão foram as declarações do governador Jaques Wagner afirmando que a candidatura de Imbassahy é a mais forte entre os partidos que compõem a sua base para concorrer ao Palácio Thomé de Souza. O elogio surpreendeu os prefeituráveis, muitos dos quais preferiram não fazer qualquer comentário sobre o assunto. “Vejo as declarações como uma demonstração de muita confiança e apreço. Isso estimula a minha provável candidatura à prefeitura de Salvador”, disse Imbassahy, ao ser perguntado sobre o que achava das declarações de Wagner. “Entendo também que aumenta o meu compromisso e a minha responsabilidade nas atividades que venho exercendo”, continuou o ex-prefeito. Para ele, “o que há de mais importante (nas declarações do governador) é que passa uma mensagem clara de que, sendo eleito, terei a imprescindível contribuição do governo do Estado na tarefa complexa de reorganizar Salvador”, avaliou. Atual presidente do PSDB, no próximo sábado os tucanos farão convenção estadual e o nome de Imbassahy deverá ser referendado para mais um mandato. Depois de alguns meses se dedicando a arrumação do partido no interior, Imbassahy agora volta-se para Salvador, onde começará a dar mais atenção à sua pré-candidatura. Nestes dias, o partido tem colocado alguns spots publicitários na propaganda partidária obrigatória do rádio e da TV. As mensagens, com a imagem e a voz de Imbassahy, são mais uma forma dele ocupar espaço na mídia. Aliás, como comunicação é um espaço que proporciona uma grande interação com a população, o ex-prefeito também já vem ensaiando ocupar espaço diário na mídia, já que estaria se acertando com a direção da rádio Piatã FM para ser analista político da emissora. Com curso de radialismo concluído, Imbassahy não teria nenhum problema pela frente. Assim, até meados do próximo ano, ele poderá dar o seu recado, como já vem fazendo outros pretendentes ao Palácio Thomé de Souza. Ainda sobre as declarações de Wagner, alguns políticos e analistas entendem que o governador “jogou com a cabeça. O objetivo dele é não implodir a sua base de sustentação”, disse. A tese defendida é que o governador não assumiria nenhuma candidatura agora, ficaria bem com todos os pré-candidatos da sua base, e, na hora certa, tomaria uma posição. Com o direito de não errar. (Por Evandro Matos)
Jutahy comenta declarações
O deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB), um dos principais articuladores da candidatura Imbassahy à prefeitura de Salvador, concedeu uma entrevista ontem à rádio Nova Salvador FM e comentou as declarações de Jaques Wagner. Para ele, “isto sinaliza que, se Imbassahy ganhar a eleição, ele vai ter no governador um parceiro para reorganizar a cidade. Era uma declaração que esperávamos”, disse. Contudo, acrescenta o tucano, “isso não significa que Wagner vá apoiar Imbassahy”. Ele lembrou ainda que, nacionalmente, PSDB e PT têm projetos diferentes, “mas podem repetir a parceria que fazem no plano estadual em benefício da cidade”. Jutahy destacou ainda o esforço que os tucanos fizeram no plano local para apoiar a candidatura de Wagner ao governo do Estado em 2006. Como integrante desta base de apoio, o deputado Marcelo Nilo foi eleito presidente da Assembléia Legislativa e tem trabalhado em sintonia com o governador. O parlamentar tucano avaliou ainda a importância de um ambiente de convivência entre os partidos aliados em razão da situação em que se encontra a cidade. Para ele, “se o PT lançar candidato, o governador vai apoiar, mas, ainda assim ele poderá ter que conviver com várias candidaturas do campo aliado”, disse. Jutahy citou, entre as opções do governador, os nomes dos deputados Nelson Pelegrino (PT) e Lídice da Mata (PSB), além da vereadora Olívia Santana (PCdoB), como os principais pré-candidatos dos partidos que compõem a base aliada do governo estadual. Entre os postulantes, ele lembrou também o nome do apresentador Raimundo Varela (PRB), classificando a sua candidatura como forte, mas questionou se Varela vai ou não ser candidato. O deputado disse ainda que qualquer pesquisa que se faça hoje sobre a sucessão do prefeito João Henrique, o ex-prefeito Antônio Imbassahy fica em primeiro lugar. Com outras palavras, demonstrando tranqüilidade, Imbassahy disse que viu as declarações do governador Jaques Wagner com simpatia, “que fez uma avaliação qualificada do quadro sucessório”.
Licença-maternidade será de seis meses
A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara Federal aprovou ontem a admissibilidade da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 30/07, que amplia a licença-maternidade de quatro para seis meses. Segundo a PEC, de autoria da deputada Angela Portela (PT-RR), o objetivo é fazer com que o período de licença da mãe seja equivalente ao mínimo de tempo recomendado de aleitamento materno. “O próprio governo faz campanhas ostensivas de estímulo ao aleitamento materno mínimo de seis meses”, lembrou a deputada. “Os conhecimentos científicos há muito informam o valor do aleitamento materno como recurso nutricional insubstituível para a boa formação do lactante.” A relatora da PEC, Maria do Rosário (PR-RS), não fez nenhuma alteração no conteúdo da proposta. Segundo Angela, o argumento de que a medida traz prejuízo aos empregadores é inválido, já que o afastamento é custeado pela Previdência Social. Com a aprovação pela CCJ, a PEC passará agora por uma comissão especial e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário. No mês passado, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado aprovou projeto de lei com o mesmo teor, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE). A principal diferença é que a proposta de Patrícia diz que a adesão é opcional, com incentivos às empresas que aderirem. Já a de Angela torna o afastamento obrigatório. (Por Carolina Parada)
MST ameaçou atear fogo em locomotivas
A Companhia Vale do Rio Doce divulgou nota ontem na qual informa que integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tentaram atear fogo em locomotivas que passam pela EFC (Estrada de Ferro Carajás), no sudeste do Pará, interditada ontem pela manhã. A tentativa de incendiar os vagões consta em boletim de ocorrência registrado pela mineradora com base em relatos de funcionários que foram feitos reféns pelos sem-terra. “Um grupo de aproximadamente 300 pessoas ocupou a linha 1 para impedir que as locomotivas, com 156 vagões, continuassem a viagem. Desse grupo, cerca de 15 pessoas encapuzadas, armadas de foices, picaretas e porretes de madeira tentaram quebrar os vidros das portas e janelas a golpes de picaretas. Um dos invasores deu a ordem para atear fogo nas locomotivas. Os invasores obrigaram o relator [o maquinista] a avisar, via rádio, o controle da ferrovia que o grupo iria armazenar embaixo das locomotivas gasolina, óleo diesel e entulho”, diz o relato de um dos reféns no boletim de ocorrência. Segundo a Vale, o transporte de minério de ferro e de passageiros continua suspenso devido a invasão do MST. Com a interdição, 23 municípios do Pará e do Maranhão estão sem transporte, segundo a mineradora.
O ex-prefeito Antônio Imbassahy tem dito que o processo sucessório de Salvador começou muito cedo. Não resta dúvida de que isso é verdade pois, faltando ainda um ano, o assunto tem ocupado espaço na mídia cada vez mais com mais força. Talvez em decorrência desta antecipação do debate sobre a sucessão do prefeito João Henrique, os políticos não perdem a hora. Esta semana, o fato de maior repercussão foram as declarações do governador Jaques Wagner afirmando que a candidatura de Imbassahy é a mais forte entre os partidos que compõem a sua base para concorrer ao Palácio Thomé de Souza. O elogio surpreendeu os prefeituráveis, muitos dos quais preferiram não fazer qualquer comentário sobre o assunto. “Vejo as declarações como uma demonstração de muita confiança e apreço. Isso estimula a minha provável candidatura à prefeitura de Salvador”, disse Imbassahy, ao ser perguntado sobre o que achava das declarações de Wagner. “Entendo também que aumenta o meu compromisso e a minha responsabilidade nas atividades que venho exercendo”, continuou o ex-prefeito. Para ele, “o que há de mais importante (nas declarações do governador) é que passa uma mensagem clara de que, sendo eleito, terei a imprescindível contribuição do governo do Estado na tarefa complexa de reorganizar Salvador”, avaliou. Atual presidente do PSDB, no próximo sábado os tucanos farão convenção estadual e o nome de Imbassahy deverá ser referendado para mais um mandato. Depois de alguns meses se dedicando a arrumação do partido no interior, Imbassahy agora volta-se para Salvador, onde começará a dar mais atenção à sua pré-candidatura. Nestes dias, o partido tem colocado alguns spots publicitários na propaganda partidária obrigatória do rádio e da TV. As mensagens, com a imagem e a voz de Imbassahy, são mais uma forma dele ocupar espaço na mídia. Aliás, como comunicação é um espaço que proporciona uma grande interação com a população, o ex-prefeito também já vem ensaiando ocupar espaço diário na mídia, já que estaria se acertando com a direção da rádio Piatã FM para ser analista político da emissora. Com curso de radialismo concluído, Imbassahy não teria nenhum problema pela frente. Assim, até meados do próximo ano, ele poderá dar o seu recado, como já vem fazendo outros pretendentes ao Palácio Thomé de Souza. Ainda sobre as declarações de Wagner, alguns políticos e analistas entendem que o governador “jogou com a cabeça. O objetivo dele é não implodir a sua base de sustentação”, disse. A tese defendida é que o governador não assumiria nenhuma candidatura agora, ficaria bem com todos os pré-candidatos da sua base, e, na hora certa, tomaria uma posição. Com o direito de não errar. (Por Evandro Matos)
Jutahy comenta declarações
O deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB), um dos principais articuladores da candidatura Imbassahy à prefeitura de Salvador, concedeu uma entrevista ontem à rádio Nova Salvador FM e comentou as declarações de Jaques Wagner. Para ele, “isto sinaliza que, se Imbassahy ganhar a eleição, ele vai ter no governador um parceiro para reorganizar a cidade. Era uma declaração que esperávamos”, disse. Contudo, acrescenta o tucano, “isso não significa que Wagner vá apoiar Imbassahy”. Ele lembrou ainda que, nacionalmente, PSDB e PT têm projetos diferentes, “mas podem repetir a parceria que fazem no plano estadual em benefício da cidade”. Jutahy destacou ainda o esforço que os tucanos fizeram no plano local para apoiar a candidatura de Wagner ao governo do Estado em 2006. Como integrante desta base de apoio, o deputado Marcelo Nilo foi eleito presidente da Assembléia Legislativa e tem trabalhado em sintonia com o governador. O parlamentar tucano avaliou ainda a importância de um ambiente de convivência entre os partidos aliados em razão da situação em que se encontra a cidade. Para ele, “se o PT lançar candidato, o governador vai apoiar, mas, ainda assim ele poderá ter que conviver com várias candidaturas do campo aliado”, disse. Jutahy citou, entre as opções do governador, os nomes dos deputados Nelson Pelegrino (PT) e Lídice da Mata (PSB), além da vereadora Olívia Santana (PCdoB), como os principais pré-candidatos dos partidos que compõem a base aliada do governo estadual. Entre os postulantes, ele lembrou também o nome do apresentador Raimundo Varela (PRB), classificando a sua candidatura como forte, mas questionou se Varela vai ou não ser candidato. O deputado disse ainda que qualquer pesquisa que se faça hoje sobre a sucessão do prefeito João Henrique, o ex-prefeito Antônio Imbassahy fica em primeiro lugar. Com outras palavras, demonstrando tranqüilidade, Imbassahy disse que viu as declarações do governador Jaques Wagner com simpatia, “que fez uma avaliação qualificada do quadro sucessório”.
Licença-maternidade será de seis meses
A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara Federal aprovou ontem a admissibilidade da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 30/07, que amplia a licença-maternidade de quatro para seis meses. Segundo a PEC, de autoria da deputada Angela Portela (PT-RR), o objetivo é fazer com que o período de licença da mãe seja equivalente ao mínimo de tempo recomendado de aleitamento materno. “O próprio governo faz campanhas ostensivas de estímulo ao aleitamento materno mínimo de seis meses”, lembrou a deputada. “Os conhecimentos científicos há muito informam o valor do aleitamento materno como recurso nutricional insubstituível para a boa formação do lactante.” A relatora da PEC, Maria do Rosário (PR-RS), não fez nenhuma alteração no conteúdo da proposta. Segundo Angela, o argumento de que a medida traz prejuízo aos empregadores é inválido, já que o afastamento é custeado pela Previdência Social. Com a aprovação pela CCJ, a PEC passará agora por uma comissão especial e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário. No mês passado, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado aprovou projeto de lei com o mesmo teor, de autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE). A principal diferença é que a proposta de Patrícia diz que a adesão é opcional, com incentivos às empresas que aderirem. Já a de Angela torna o afastamento obrigatório. (Por Carolina Parada)
MST ameaçou atear fogo em locomotivas
A Companhia Vale do Rio Doce divulgou nota ontem na qual informa que integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) tentaram atear fogo em locomotivas que passam pela EFC (Estrada de Ferro Carajás), no sudeste do Pará, interditada ontem pela manhã. A tentativa de incendiar os vagões consta em boletim de ocorrência registrado pela mineradora com base em relatos de funcionários que foram feitos reféns pelos sem-terra. “Um grupo de aproximadamente 300 pessoas ocupou a linha 1 para impedir que as locomotivas, com 156 vagões, continuassem a viagem. Desse grupo, cerca de 15 pessoas encapuzadas, armadas de foices, picaretas e porretes de madeira tentaram quebrar os vidros das portas e janelas a golpes de picaretas. Um dos invasores deu a ordem para atear fogo nas locomotivas. Os invasores obrigaram o relator [o maquinista] a avisar, via rádio, o controle da ferrovia que o grupo iria armazenar embaixo das locomotivas gasolina, óleo diesel e entulho”, diz o relato de um dos reféns no boletim de ocorrência. Segundo a Vale, o transporte de minério de ferro e de passageiros continua suspenso devido a invasão do MST. Com a interdição, 23 municípios do Pará e do Maranhão estão sem transporte, segundo a mineradora.
Emenda constitucional propõe extinção do TCM
O deputado Paulo Rangel deverá protocolar na próxima semana, na Assembléia Legislativa, proposta de emenda constitucional para extinguir o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), transferindo para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suas funções de análise e julgamento das contas dos gestores municipais. Rangel já conversou sobre o assunto com todos os integrantes da bancada petista e também com o governador Jaques Wagner, que, segundo ele, “mostrou-se simpático à idéia”. “Não faz sentido manter uma estrutura tão dispendiosa”, disse o parlamentar à Tribuna, argumentando que hoje, em todo o Brasil, somente os Estados do Ceará, Maranhão e Rio de Janeiro têm tribunais dessa natureza. “A Bahia precisa fazer economia para investir em áreas essenciais, como a social”, completou Rangel, que encomendou a economistas de sua equipe os estudos necessários à justificativa da proposta. Como se trata de emenda à Constituição, para apresentá-la ele precisará inicialmente do apoio explícito de pelo menos 21 deputados, cujas assinaturas coletará na terça-feira. Sua idéia é relocar servidores e conselheiros do TCM para o TCE, mas a questão será ainda analisada do ponto de vista jurídico, “pois os conselheiros ocupam cargos vitalícios e é preciso ver como esse aspecto deverá ser tratado”. O certo é que, aprovada a proposta, não mais serão nomeados conselheiros no lugar dos que se aposentarem no TCM. Rangel disse que o município de São Paulo também mantém uma corte de contas própria, mas que o Tribunal de Contas paulista está estudando a absorção de suas atribuições pelas mesmas razões de economia que o movem na Bahia. Nos Estados que já extinguiram seus tribunais municipais, o deputado realizará pesquisa para saber como foi feita a transição. A apreciação de contas governamentais no Brasil foi instituída na primeira Constituição republicana, de 1891, com a criação do Tribunal de Contas da União. O artigo 5º da Carta autorizava “cada Estado a prover, a expensas próprias, as necessidades de seu governo e administração”, tendo sido implantados, a partir daí, os tribunais de contas estaduais. O primeiro a ser criado foi o Tribunal de Contas do Piauí, em 1899, seguido pelo da Bahia, em 1915. Mas, na verdade, desde 1891, na Constituição baiana, existia um órgão destinado a cumprir funções semelhantes, denominado Tribunal de Conflitos e Administrativo. Já o atual Tribunal de Contas dos Municípios, cuja extinção será proposta pelo deputado Rangel, foi criado pela última Constituição estadual, promulgada em 1989. Seu funcionamento e responsabilidade estão definidos nos artigos 91 a 98. (Por Luis Augusto Gomes)
Vereadores se queixam de pouco tempo para discutir
Enganou-se quem achou que o início das audiências públicas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano resolveria o impasse sobre a votação do plano na Câmara Municipal de Salvador (CMS). Após a segunda audiência pública sobre o projeto, realizada na manhã de ontem, a maioria dos vereadores das bancadas de situação e oposição chegou à mesma conclusão: os debates não estão sendo participativos, muito menos elucidativos. Os vereadores continuam se queixando da falta de um calendário amplo que possibilite a discussão e solução dos problemas das regiões administrativas da cidade, bem como um plano de mídia para atrair a população até a CMS e o pouco tempo para a realização das audiências, que deveriam ser no mínimo 30, mas foram enxugadas para 15. “O mínimo que deveria ser feito por essa Casa é discutir o plano com transparência. A decisão do juiz resolveu a parte legal, tudo bem. Mas, e a parte moral? Onde fica nosso compromisso de votar um plano que atenda às necessidades da cidade e que melhore a vida de todos? O prefeito cometeu um grande equívoco ao não retirar o pedido de urgência de votação do plano. Mais vale pequeno acordo do que uma grande batalha”, disse o líder da oposição na Câmara, vereador Téo Senna (PTC). O presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, vereador José Carlos Fernandes (PSDB), afirmou que a segunda audiência apenas reforçou que a discussão sobre o plano não está sendo nem participativa, nem elucidativa. “Em primeiro lugar, é preciso uma participação efetiva dos seguimentos sociais dessa cidade. Depois, é necessário que as pessoas que estão na discussão tenham suas dúvidas esclarecidas e suas solicitações ouvidas. Nada disso está acontecendo. A discussão não está avançando, fala-se apenas da orla e verticalização. E o debate do PDDU se resume a isso”, lamentou. A mesma opinião é compartilhada pela vereadora Maria Aladilce de Souza, líder do PCdoB na Casa. “Eu continuo achando que a maneira como a discussão sobre o plano está sendo conduzida é extremamente prejudicial para Salvador e compromete sim, a legitimidade do projeto. Primeiro tinha que ser feito uma ampla divulgação desse processo, a elaboração de uma cartilha e um plano de mídia que atraísse a população para os debates. Sem a participação efetiva da população, diversos setores estão sendo prejudicados. Temos que ter noção do tamanho da nossa responsabilidade de votar um plano que vai definir o futuro da cidade nos próximos dez anos. Da forma que está sendo feito, o processo está mesmo comprometido”, concluiu.(Por Carolina Parada)
Crea analisa e vê diversas irregularidades
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Jonas Dantas, aponta uma série de irregularidades no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) que vem sendo elaborado e está para ser votado na Câmara dos Vereadores e faz críticas à mudança do gabarito da orla e a proliferação de comércio em bairros residenciais. Sobre o PDDU, Dantas afirma que “entre os meses de maio e agosto deste ano o Crea-BA emitiu dois pareceres sobre os textos de revisão do Projeto de Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município do Salvador (PDDU). No último documento, referente à 2ª minuta do Projeto de Lei n.° 216/07, o Conselho ratificou o posicionamento contrário manifestado anteriormente no parecer enviado ao Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (Condurb) e o prefeito de Salvador, referente a análise da 2ª Minuta”. De acordo com engenheiro, este documento é resultado do trabalho realizado pela equipe técnica do CREA/BA com a colaboração da Câmara Especializada de Arquitetura. No documento foram feitas as seguintes enumerações. “1º Não foi respeitado o decreto 3345/83 que estabelece o rito processual na discussão com o Condurb. 2º Inexistência dos estudos técnicos, iniciados em 1998, que daria subsídios as intervenções propostas. 3º As audiências foram realizadas sem obediência a uma metodologia específica. 4º O texto é pouco claro até para os profissionais. No quinto item, a entidade questiona a mudança do gabarito da orla "sem qualquer estudo de impacto de vizinhança" e apresenta e tece as seguintes perguntas: Qual será o adensamento populacional, a partir dessas mudanças?; Como seria o uso da ocupação do solo na área?: Quais seriam os equipamentos públicos e comentários a serem implantados?; Estudos e projetos de intervenção no sistema viário e de transporte público; o nível de sombreamento e ventilação; Estudos de impactos ambientais e ações mitigadoras em relação aos rios Camurugipe e Manguezal do Rio Passa a Vaca. Ainda no documento enviado, o Crea enfatiza que o gabarito deveria ser tratado através da lei complementar (LOUS) ou “mesmo conforme o Estatuto da Cidade deveria ser acompanhado das diretrizes orçamentárias municipais e do plano orçamentário anual”. Muitos bairros tradicionais da cidade enfrentam a proliferação de estabelecimentos comerciais, o que concorre para a falta de segurança e problemas de transporte. A exemplo do Caminho da Árvores, que através da Associação dos Moradores do Loteamento Caminho das Árvores (Amilca) denuncia as irregularidade do PDDU que irá favorecer a continuidade deste tipo de ação.(Por Noemi Flores)
Imbassahy deve ser reeleito presidente
O ex-prefeito de Salvador e virtual candidato do PSDB à sucessão municipal Antônio Imbassahy deve ser reeleito presidente do partido amanhã, durante a convenção estadual da legenda, programada para começar às 9h, no auditório do Centro Empresarial Iguatemi. A reeleição ao comando tucano segue tradição iniciada com a passagem pela presidência do partido do deputado federal Jutahy Jr., mas ao mesmo tempo aposta num reforço à figura de Imbassahy para a disputa sucessória que se aproxima, dada a visibilidade que a manutenção de seu nome à frente do partido assegura. Exatamente em função do início do período pré-eleitoral, são esperados discursos de forte teor político no encontro, que deve reunir lideranças do partido na capital e no interior, além dos deputados federais e estaduais da legenda. É muito provável que Imbassahy faça uma prestação de contas sobre seu mandato de presidente até agora. Neste período, dando prosseguimento à linha iniciada pelo deputado Jutahy Jr., o partido experimentou um grande crescimento no interior e em Salvador, incorporando prefeitos, vereadores e várias lideranças com chances de se eleger nas próximas eleições. “Cumprimos uma etapa. Agora, a prioridade são as eleições municipais”, diz Imbassahy.
Fonte: Tribuna da Bahia
Vereadores se queixam de pouco tempo para discutir
Enganou-se quem achou que o início das audiências públicas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano resolveria o impasse sobre a votação do plano na Câmara Municipal de Salvador (CMS). Após a segunda audiência pública sobre o projeto, realizada na manhã de ontem, a maioria dos vereadores das bancadas de situação e oposição chegou à mesma conclusão: os debates não estão sendo participativos, muito menos elucidativos. Os vereadores continuam se queixando da falta de um calendário amplo que possibilite a discussão e solução dos problemas das regiões administrativas da cidade, bem como um plano de mídia para atrair a população até a CMS e o pouco tempo para a realização das audiências, que deveriam ser no mínimo 30, mas foram enxugadas para 15. “O mínimo que deveria ser feito por essa Casa é discutir o plano com transparência. A decisão do juiz resolveu a parte legal, tudo bem. Mas, e a parte moral? Onde fica nosso compromisso de votar um plano que atenda às necessidades da cidade e que melhore a vida de todos? O prefeito cometeu um grande equívoco ao não retirar o pedido de urgência de votação do plano. Mais vale pequeno acordo do que uma grande batalha”, disse o líder da oposição na Câmara, vereador Téo Senna (PTC). O presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, vereador José Carlos Fernandes (PSDB), afirmou que a segunda audiência apenas reforçou que a discussão sobre o plano não está sendo nem participativa, nem elucidativa. “Em primeiro lugar, é preciso uma participação efetiva dos seguimentos sociais dessa cidade. Depois, é necessário que as pessoas que estão na discussão tenham suas dúvidas esclarecidas e suas solicitações ouvidas. Nada disso está acontecendo. A discussão não está avançando, fala-se apenas da orla e verticalização. E o debate do PDDU se resume a isso”, lamentou. A mesma opinião é compartilhada pela vereadora Maria Aladilce de Souza, líder do PCdoB na Casa. “Eu continuo achando que a maneira como a discussão sobre o plano está sendo conduzida é extremamente prejudicial para Salvador e compromete sim, a legitimidade do projeto. Primeiro tinha que ser feito uma ampla divulgação desse processo, a elaboração de uma cartilha e um plano de mídia que atraísse a população para os debates. Sem a participação efetiva da população, diversos setores estão sendo prejudicados. Temos que ter noção do tamanho da nossa responsabilidade de votar um plano que vai definir o futuro da cidade nos próximos dez anos. Da forma que está sendo feito, o processo está mesmo comprometido”, concluiu.(Por Carolina Parada)
Crea analisa e vê diversas irregularidades
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Jonas Dantas, aponta uma série de irregularidades no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) que vem sendo elaborado e está para ser votado na Câmara dos Vereadores e faz críticas à mudança do gabarito da orla e a proliferação de comércio em bairros residenciais. Sobre o PDDU, Dantas afirma que “entre os meses de maio e agosto deste ano o Crea-BA emitiu dois pareceres sobre os textos de revisão do Projeto de Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município do Salvador (PDDU). No último documento, referente à 2ª minuta do Projeto de Lei n.° 216/07, o Conselho ratificou o posicionamento contrário manifestado anteriormente no parecer enviado ao Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (Condurb) e o prefeito de Salvador, referente a análise da 2ª Minuta”. De acordo com engenheiro, este documento é resultado do trabalho realizado pela equipe técnica do CREA/BA com a colaboração da Câmara Especializada de Arquitetura. No documento foram feitas as seguintes enumerações. “1º Não foi respeitado o decreto 3345/83 que estabelece o rito processual na discussão com o Condurb. 2º Inexistência dos estudos técnicos, iniciados em 1998, que daria subsídios as intervenções propostas. 3º As audiências foram realizadas sem obediência a uma metodologia específica. 4º O texto é pouco claro até para os profissionais. No quinto item, a entidade questiona a mudança do gabarito da orla "sem qualquer estudo de impacto de vizinhança" e apresenta e tece as seguintes perguntas: Qual será o adensamento populacional, a partir dessas mudanças?; Como seria o uso da ocupação do solo na área?: Quais seriam os equipamentos públicos e comentários a serem implantados?; Estudos e projetos de intervenção no sistema viário e de transporte público; o nível de sombreamento e ventilação; Estudos de impactos ambientais e ações mitigadoras em relação aos rios Camurugipe e Manguezal do Rio Passa a Vaca. Ainda no documento enviado, o Crea enfatiza que o gabarito deveria ser tratado através da lei complementar (LOUS) ou “mesmo conforme o Estatuto da Cidade deveria ser acompanhado das diretrizes orçamentárias municipais e do plano orçamentário anual”. Muitos bairros tradicionais da cidade enfrentam a proliferação de estabelecimentos comerciais, o que concorre para a falta de segurança e problemas de transporte. A exemplo do Caminho da Árvores, que através da Associação dos Moradores do Loteamento Caminho das Árvores (Amilca) denuncia as irregularidade do PDDU que irá favorecer a continuidade deste tipo de ação.(Por Noemi Flores)
Imbassahy deve ser reeleito presidente
O ex-prefeito de Salvador e virtual candidato do PSDB à sucessão municipal Antônio Imbassahy deve ser reeleito presidente do partido amanhã, durante a convenção estadual da legenda, programada para começar às 9h, no auditório do Centro Empresarial Iguatemi. A reeleição ao comando tucano segue tradição iniciada com a passagem pela presidência do partido do deputado federal Jutahy Jr., mas ao mesmo tempo aposta num reforço à figura de Imbassahy para a disputa sucessória que se aproxima, dada a visibilidade que a manutenção de seu nome à frente do partido assegura. Exatamente em função do início do período pré-eleitoral, são esperados discursos de forte teor político no encontro, que deve reunir lideranças do partido na capital e no interior, além dos deputados federais e estaduais da legenda. É muito provável que Imbassahy faça uma prestação de contas sobre seu mandato de presidente até agora. Neste período, dando prosseguimento à linha iniciada pelo deputado Jutahy Jr., o partido experimentou um grande crescimento no interior e em Salvador, incorporando prefeitos, vereadores e várias lideranças com chances de se eleger nas próximas eleições. “Cumprimos uma etapa. Agora, a prioridade são as eleições municipais”, diz Imbassahy.
Fonte: Tribuna da Bahia
Prefeito acusado de desviar recursos do Fundef
O prefeito do município de Pedro Alexandre, Salorylton de Oliveira (PSDB), está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por aplicação irregular de recursos do Fundef, o fundo para a educação fundamental. Além disso, ele é acusado de superfaturar a folha de pagamento dos servidores municipais e de fraudar pagamentos dos valores oriundos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PET) e licitações. Pelas mesmas denúncias, formuladas pelo vereador Noé Gomes de Souza (PP), o prefeito também já está sendo investigado pelo Ministério Público da Bahia.
De acordo com a denúncia, o prefeito utilizou recursos do Fundef para fazer compras numa loja de produtos agrope-cuários. O mais grave é que o prefeito é acusado de supertaturar o pagamento de servidores que recebem do Fundef. O servidor João Paulo Pessoa de Araújo, por exemplo, teria recebido R$1.004,31, segundo a prefeitura, enquanto foi creditado na conta bancária dele o valor de apenas R$372,63, referente ao mês de setembro de 2006.
Já a servidora Janicléia de Jesus Santos teria recebido, em outubro de 2006, R$972,90, enquanto foi creditado apenas R$290,90 na conta bancária dela. No caso da servidora Edivânia Nunes Celestino, consta na folha de pagamento da prefeitura, referente ao mesmo mês, o valor de R$1.012,98, enquanto somente foi lhe creditado o valor de R$794,74.
“Acreditamos que isso continua acontecendo na prefeitura”, disse o vereador Nóe Gomes de Souza. Ele disse que o mesmo ocorre com o pagamento de outros servidores da administração municipal, como é o caso de Manoel Guedes do Nascimento, constando na folha como assessor do gabinete do prefeito. Segundo o Processo de Pagamento de no 1808, de 13 de novembro de 2006, o servidor teria recebido, como remuneração, o valor líquido de R$1.111,11. Todavia, foi constatado no extrato bancário anexado à denúncia que somente foi pago R$480,22, no mês de dezembro de 2006. Salorylton de Oliveira é acusado ainda de manter servidores fantasmas na prefeitura. Maria Ruth Soares Silva, por exemplo, teria recebido o valor de R$350 quando já tinha falecido.
Licitações – O prefeito de Pedro Alexandre é acusado ainda de simular licitações no município. “Todas as licitações para aquisição de alimentos, material escolar e construção civil jamais existiram, visto que foram simuladas e feitas de maneira fraudulenta”, disse o vereador na denúncia. Isso porque, os processos licitatórios já chegavam à comissão de licitação com as atas prontas, sem que houvesse participação dos membros do colegiado, que apenas assinavam os documentos.
O prefeito é acusado de pagar por obras que jamais foram feitas – como o contrato com a AMP Construções e Serviços Gerais Ltda., para encascalhamento e conservação de estradas. Quanto à aquisição de carne e de frango, consta dos processos de pagamento enviados ao Tribunal de Contas dos Municípios como fornecedora Jusilene Leite Ferreira, que, no entanto, deixou de vender à prefeitura em 2005. Ainda assim, consta dos processos de pagamento do ano de 2006, como se ela tivesse fornecido.
Em relação ao PET, o município recebia verbas do governo federal para o programa. Ocorre que as folhas de pagamento de tais valores, enviadas ao TCM e referentes aos meses de julho a outubro de 2006, não condizem com a verdade, segundo a denúncia, pois foram fruto de falsificação. “Os funcionários da contabilidade, por ordem do prefeito, colocavam tarjas para alterar a data das folhas originais, tirando cópias em seguida”, disse o vereador, autor da denúncia.
A denúncia lembra que o prefeito foi pego na operação Fox, da Polícia Federal, em julho de 2006, por ter comprado dois veículos com dinheiro público federal destinado à área da saúde. “Ainda não se entende como o prefeito, que há pouco tempo era uma pessoa pobre, exterioriza, hoje, um patrimônio invejável, constituído, além dos referidos veículos, por uma enorme casa, ainda não concluída, que hoje é avaliada em torno de R$180 mil”, afirmou o vereador.
Fonte; Correio da Bahia
Comentando:
Pedro Alexandre já foi distrito de Jeremoabo/Bahia, se emancipou e hoje é digno de elogios.
por saber usufruir dos seus direitos de cidadania, palavra obscena aqui em Jeremoabo, tendo em vista que o ex-Prefeito de Jeremoabo praticou todas essas improbidades e muito mais coisas, e não teve nenhum vereador ou cidadão que se deslocasse para colocar qualquer matéria na imprensa; no entanto, a turma que mamava aplaudia tal ato de desonestidade.
De acordo com a denúncia, o prefeito utilizou recursos do Fundef para fazer compras numa loja de produtos agrope-cuários. O mais grave é que o prefeito é acusado de supertaturar o pagamento de servidores que recebem do Fundef. O servidor João Paulo Pessoa de Araújo, por exemplo, teria recebido R$1.004,31, segundo a prefeitura, enquanto foi creditado na conta bancária dele o valor de apenas R$372,63, referente ao mês de setembro de 2006.
Já a servidora Janicléia de Jesus Santos teria recebido, em outubro de 2006, R$972,90, enquanto foi creditado apenas R$290,90 na conta bancária dela. No caso da servidora Edivânia Nunes Celestino, consta na folha de pagamento da prefeitura, referente ao mesmo mês, o valor de R$1.012,98, enquanto somente foi lhe creditado o valor de R$794,74.
“Acreditamos que isso continua acontecendo na prefeitura”, disse o vereador Nóe Gomes de Souza. Ele disse que o mesmo ocorre com o pagamento de outros servidores da administração municipal, como é o caso de Manoel Guedes do Nascimento, constando na folha como assessor do gabinete do prefeito. Segundo o Processo de Pagamento de no 1808, de 13 de novembro de 2006, o servidor teria recebido, como remuneração, o valor líquido de R$1.111,11. Todavia, foi constatado no extrato bancário anexado à denúncia que somente foi pago R$480,22, no mês de dezembro de 2006. Salorylton de Oliveira é acusado ainda de manter servidores fantasmas na prefeitura. Maria Ruth Soares Silva, por exemplo, teria recebido o valor de R$350 quando já tinha falecido.
Licitações – O prefeito de Pedro Alexandre é acusado ainda de simular licitações no município. “Todas as licitações para aquisição de alimentos, material escolar e construção civil jamais existiram, visto que foram simuladas e feitas de maneira fraudulenta”, disse o vereador na denúncia. Isso porque, os processos licitatórios já chegavam à comissão de licitação com as atas prontas, sem que houvesse participação dos membros do colegiado, que apenas assinavam os documentos.
O prefeito é acusado de pagar por obras que jamais foram feitas – como o contrato com a AMP Construções e Serviços Gerais Ltda., para encascalhamento e conservação de estradas. Quanto à aquisição de carne e de frango, consta dos processos de pagamento enviados ao Tribunal de Contas dos Municípios como fornecedora Jusilene Leite Ferreira, que, no entanto, deixou de vender à prefeitura em 2005. Ainda assim, consta dos processos de pagamento do ano de 2006, como se ela tivesse fornecido.
Em relação ao PET, o município recebia verbas do governo federal para o programa. Ocorre que as folhas de pagamento de tais valores, enviadas ao TCM e referentes aos meses de julho a outubro de 2006, não condizem com a verdade, segundo a denúncia, pois foram fruto de falsificação. “Os funcionários da contabilidade, por ordem do prefeito, colocavam tarjas para alterar a data das folhas originais, tirando cópias em seguida”, disse o vereador, autor da denúncia.
A denúncia lembra que o prefeito foi pego na operação Fox, da Polícia Federal, em julho de 2006, por ter comprado dois veículos com dinheiro público federal destinado à área da saúde. “Ainda não se entende como o prefeito, que há pouco tempo era uma pessoa pobre, exterioriza, hoje, um patrimônio invejável, constituído, além dos referidos veículos, por uma enorme casa, ainda não concluída, que hoje é avaliada em torno de R$180 mil”, afirmou o vereador.
Fonte; Correio da Bahia
Comentando:
Pedro Alexandre já foi distrito de Jeremoabo/Bahia, se emancipou e hoje é digno de elogios.
por saber usufruir dos seus direitos de cidadania, palavra obscena aqui em Jeremoabo, tendo em vista que o ex-Prefeito de Jeremoabo praticou todas essas improbidades e muito mais coisas, e não teve nenhum vereador ou cidadão que se deslocasse para colocar qualquer matéria na imprensa; no entanto, a turma que mamava aplaudia tal ato de desonestidade.
Governador admite pressão para criticar antecessor
Jaques Wagner destaca ser impossível deixar de reconhecer avanços proporcionados pelos governos do PFL
SÃO PAULO - Após a vitória nas eleições do ano passado, o PT – cujo grupo político estava na oposição há 16 anos – passou a fazer gestões junto ao atual governador da Bahia, Jaques Wagner, para que ele não reconhecesse qualquer mérito vindo do seu antecessor. Já percebido pelos observadores da cena política baiana, o hábito de “olhar para o retrovisor” de forma sectária foi admitido por Jaques Wagner em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, em entrevista publicada na edição de ontem.
“Quando ganhei a eleição, pessoas do PT me diziam: ‘Bota para quebrar em cima dos caras’. Não é fácil mudar esse comportamento. É evidente que meu projeto é diferente do dele, mas não posso dizer que o ex-governador Paulo Souto não fez nada”, afirmou o governador. Na mesma entrevista, feita no começo da semana, Wagner identifica o plano Real como ação positiva do governo Fernando Henrique Cardoso aproveitada nas duas gestões de Lula. “Não dá para negar que PSDB e PMDB deram uma contribuição ao país”.
As declarações do governador repercutiram entre os deputados da bancada de oposição. “É um momento de lucidez, que vai de encontro com a campanha do governo, que tenta mostrar que tudo de positivo está começando agora”, afirmou Sandro Régis (PR). O parlamentar fez alusão à campanha do governo estadual que usa a expressão “pela primeira vez na Bahia” para falar de ações da administração petistas – versão regional do “nunca na história desse país” do presidente Lula que atinge até gestões de aliados, como os senadores João Durval Carneiro (PDT) e César Borges (PR).
Para Régis, o PT trouxe o estilo da época que era oposição e faz hoje um governo sectário. “O governo Paulo Souto sempre foi voltado para o desenvolvimento do estado e para a melhoria de vida da população baiana, nunca para a politicagem”, observou. “O PT pegou um estado redondo”, concluiu Régis.
O líder da minoria na Assembléia, Gildásio Penedo (DEM), avaliou que “não dava para (o PT) fugir da realidade, tanto que a Bahia crescia o dobro da média nacional”. O deputado democrata destacou que as inaugurações que Lula participou na Bahia neste ano refletem o trabalho dos governos passados. Em fevereiro, o presidente participou das inaugurações da fábrica de pneus Continental, em Feira de Santana, e da Brasil Ecodiesel.
No mês passado, Lula e Wagner comemoraram o milionésimo carro da Ford – fábrica que se instalou na Bahia após grande resistência do PT e partidos aliados – e assistiram à abertura da segunda unidade do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), iniciativa do Senai fomentada pela chegada da montadora americana. Penedo assinalou que falta agora Jaques Wagner “ter humildade” para assumir o que disse ao Estadão em público e na Bahia. O ex-go-vernador Paulo Souto estava ontem em Belo Horizonte e, conforme sua assessoria, não quis comentar as declarações do sucessor.
Sobre as próximas eleições para presidente, Jaques Wagner afirmou que “o fundamental é ter regras claras. Devemos acabar com a reeleição e criar mandatos de cinco anos para os eleitos em 2010, sem prorrogação dos atuais mandatos”. A seu ver, “a alternância de idéias é a riqueza da sociedade e no Brasil, ela será mais fácil porque as forças políticas mais importantes já foram oposição e passaram pelo governo. Depois que você governa e conhece as dificuldades terá passado por um processo de aprendizado para quando estiver de novo na oposição”.
Fonte: Correio da Bahia
SÃO PAULO - Após a vitória nas eleições do ano passado, o PT – cujo grupo político estava na oposição há 16 anos – passou a fazer gestões junto ao atual governador da Bahia, Jaques Wagner, para que ele não reconhecesse qualquer mérito vindo do seu antecessor. Já percebido pelos observadores da cena política baiana, o hábito de “olhar para o retrovisor” de forma sectária foi admitido por Jaques Wagner em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, em entrevista publicada na edição de ontem.
“Quando ganhei a eleição, pessoas do PT me diziam: ‘Bota para quebrar em cima dos caras’. Não é fácil mudar esse comportamento. É evidente que meu projeto é diferente do dele, mas não posso dizer que o ex-governador Paulo Souto não fez nada”, afirmou o governador. Na mesma entrevista, feita no começo da semana, Wagner identifica o plano Real como ação positiva do governo Fernando Henrique Cardoso aproveitada nas duas gestões de Lula. “Não dá para negar que PSDB e PMDB deram uma contribuição ao país”.
As declarações do governador repercutiram entre os deputados da bancada de oposição. “É um momento de lucidez, que vai de encontro com a campanha do governo, que tenta mostrar que tudo de positivo está começando agora”, afirmou Sandro Régis (PR). O parlamentar fez alusão à campanha do governo estadual que usa a expressão “pela primeira vez na Bahia” para falar de ações da administração petistas – versão regional do “nunca na história desse país” do presidente Lula que atinge até gestões de aliados, como os senadores João Durval Carneiro (PDT) e César Borges (PR).
Para Régis, o PT trouxe o estilo da época que era oposição e faz hoje um governo sectário. “O governo Paulo Souto sempre foi voltado para o desenvolvimento do estado e para a melhoria de vida da população baiana, nunca para a politicagem”, observou. “O PT pegou um estado redondo”, concluiu Régis.
O líder da minoria na Assembléia, Gildásio Penedo (DEM), avaliou que “não dava para (o PT) fugir da realidade, tanto que a Bahia crescia o dobro da média nacional”. O deputado democrata destacou que as inaugurações que Lula participou na Bahia neste ano refletem o trabalho dos governos passados. Em fevereiro, o presidente participou das inaugurações da fábrica de pneus Continental, em Feira de Santana, e da Brasil Ecodiesel.
No mês passado, Lula e Wagner comemoraram o milionésimo carro da Ford – fábrica que se instalou na Bahia após grande resistência do PT e partidos aliados – e assistiram à abertura da segunda unidade do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), iniciativa do Senai fomentada pela chegada da montadora americana. Penedo assinalou que falta agora Jaques Wagner “ter humildade” para assumir o que disse ao Estadão em público e na Bahia. O ex-go-vernador Paulo Souto estava ontem em Belo Horizonte e, conforme sua assessoria, não quis comentar as declarações do sucessor.
Sobre as próximas eleições para presidente, Jaques Wagner afirmou que “o fundamental é ter regras claras. Devemos acabar com a reeleição e criar mandatos de cinco anos para os eleitos em 2010, sem prorrogação dos atuais mandatos”. A seu ver, “a alternância de idéias é a riqueza da sociedade e no Brasil, ela será mais fácil porque as forças políticas mais importantes já foram oposição e passaram pelo governo. Depois que você governa e conhece as dificuldades terá passado por um processo de aprendizado para quando estiver de novo na oposição”.
Fonte: Correio da Bahia
Economia coloca Brasil na liderança da AL
SÃO PAULO, 9 de novembro de 2007 - O crescimento sustentado e a estabilidade macroeconômica coloracaram o Brasil na liderança dos países da América Latina e dos mercados emergentes, afirmou hoje o diretor do departamento do hemisfério ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anoop Singh, durante a divulgação do relatório Perspectivas Econômicas das Américas, lançado hoje no seminário realizado na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
Singh destacou que houve uma mudança histórica nas condições econômicas da América Latina em relação ao quadro encontrado em 1990 com a maior sólidez dessas economias, mas que uma possível piora do cenário externo poderá impactar negativamente o crescimento da região. 'O choque na América Latina com uma possível desaceleração da economia dos Estados Unidos será muito limitado, entretanto, se as condições do mercado financeiro piorarem o choque será mais acentuado', diz.
Singh afirmou que acredita na capacidade do Brasil de manter um crescimento sustentável, mas para que o País atinja a consolidação econômica deve evitar a repetição de episódios de crescimento cíclico.
O diretor do FMI destacou o aumento do investimento no Brasil, impulsionado pelo crescimento do investimento estrangeiro direto e pelo boom no mercado de capitais, e enfatizou que para o Brasil crescer no longo prazo deve continuar a atrair recursos e manter a solidez fiscal.
No entanto, o aumento do preço dos alimentos e do petróleo no mercado internacional pode trazer riscos de pressões inflacionárias, mas que as autoridades monetárias devem buscar minimizar esses choques.
Na avaliação de Singh, o Brasil apresentou uma melhora nos fundamentos macroeconômicos, com o aumento das reservas internacionais e a redução da dívida pública. No entanto, os gastos ainda são insuficientes para o investimento em infra-estrutura e redução da pobreza. 'A redução da pobreza é um processo que leva tempo, mas o mais importante é reduzir os choques de volatilidade do crescimento', afirma.
Para isso, segundo Singh, o governo deve promover esforços para reduzir o ritmo de crescimento das despesas públicas correntes. (Silvia Regina Rosa - InvestNews)
Fonte: Gazeta Mercantil
Singh destacou que houve uma mudança histórica nas condições econômicas da América Latina em relação ao quadro encontrado em 1990 com a maior sólidez dessas economias, mas que uma possível piora do cenário externo poderá impactar negativamente o crescimento da região. 'O choque na América Latina com uma possível desaceleração da economia dos Estados Unidos será muito limitado, entretanto, se as condições do mercado financeiro piorarem o choque será mais acentuado', diz.
Singh afirmou que acredita na capacidade do Brasil de manter um crescimento sustentável, mas para que o País atinja a consolidação econômica deve evitar a repetição de episódios de crescimento cíclico.
O diretor do FMI destacou o aumento do investimento no Brasil, impulsionado pelo crescimento do investimento estrangeiro direto e pelo boom no mercado de capitais, e enfatizou que para o Brasil crescer no longo prazo deve continuar a atrair recursos e manter a solidez fiscal.
No entanto, o aumento do preço dos alimentos e do petróleo no mercado internacional pode trazer riscos de pressões inflacionárias, mas que as autoridades monetárias devem buscar minimizar esses choques.
Na avaliação de Singh, o Brasil apresentou uma melhora nos fundamentos macroeconômicos, com o aumento das reservas internacionais e a redução da dívida pública. No entanto, os gastos ainda são insuficientes para o investimento em infra-estrutura e redução da pobreza. 'A redução da pobreza é um processo que leva tempo, mas o mais importante é reduzir os choques de volatilidade do crescimento', afirma.
Para isso, segundo Singh, o governo deve promover esforços para reduzir o ritmo de crescimento das despesas públicas correntes. (Silvia Regina Rosa - InvestNews)
Fonte: Gazeta Mercantil
Marca de pílula injetável é acusada de não prevenir gravidez
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou ontem uma notificação para que a EMS Sigma Pharma anuncie imediatamente o recall de lotes do anticoncepcional injetável Contracep. O requerimento aconteceu depois da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo proibir a comercialização e o uso de três lotes do produto sob alegação de que tinham menor quantidade hormonal do que o previsto, o que coloca em risco a eficácia do medicamento na prevenção da gravidez.
Pelo menos 200 mil mulheres no Brasil podem ter usado ou estão usando o anticoncepcional interditado e as doses foram distribuídas para outros Estados. A advogada do Idec Mariana Alves ressaltou que "segundo o Código de Defesa do Consumidor, a não realização do recall é crime contra a relação de consumo, e aplica pena de seis meses de detenção a dois anos, além de multa".
Para as mulheres que usaram o anticoncepcional e estejam desconfiadas de seu funcionamento, a orientação do Idec é que procurem a farmacêutica para realizarem o exame de gravidez sem custo. As usuárias em geral também são aconselhadas a usarem preservativo e consultar um médico.
Fonte: JB Oline
Pelo menos 200 mil mulheres no Brasil podem ter usado ou estão usando o anticoncepcional interditado e as doses foram distribuídas para outros Estados. A advogada do Idec Mariana Alves ressaltou que "segundo o Código de Defesa do Consumidor, a não realização do recall é crime contra a relação de consumo, e aplica pena de seis meses de detenção a dois anos, além de multa".
Para as mulheres que usaram o anticoncepcional e estejam desconfiadas de seu funcionamento, a orientação do Idec é que procurem a farmacêutica para realizarem o exame de gravidez sem custo. As usuárias em geral também são aconselhadas a usarem preservativo e consultar um médico.
Fonte: JB Oline
A hora da fatura do PMDB
Weiller Diniz
Como antecipou o Informe JB ontem, o próprio presidente Lula vai conversar na segunda-feira com os aliados e entrar pessoalmente na garimpagem dos votos que faltam para prorrogar a CPMF até 2011. A bateia governista está rala e qualquer pepita que entre pode ser decisiva. O problema é que a garimpagem palaciana promete reabrir a mineração para postos-chave da cobiçada jazida da Esplanada dos Ministérios. Elogiado pelo ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, por ter fechado a favor do imposto do cheque, o PMDB brilha os olhos para a lavra que se abre.
Os calejados mineradores da sigla cobiçam de volta para Silas Rondeau - apadrinhado de José Sarney (PMDB-AP) - o Ministério das Minas e Energia, já que a investigação sobre irregularidades com a empreiteira Gautama nada confirmou. Desta vez, o partido não se contentará com a exploração de aluvião, restrita à superfície do ministério. Quer explorar todo o veio onde hoje estão os arrieiros de Dilma Roussef. O PMDB espera nomear três presidentes de estatais e uma diretoria da Petrobras, todas em poder da dona da mina: a chefe da Casa Civil.
Na Eletrobras, o interino é Valter Cardeal, mas Sarney quer outro cardeal no posto. Na Eletrosul dá as cartas o diretor Ronaldo dos Santos, mas a direção do PMDB quer a vaga para o ex-governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira.
Já na Eletronorte, o grupo ligado ao deputado Jader Barbalho deseja tomar o cargo de Carlos Nascimento. O caso mais complicado envolve os mineiros - de Minas Gerais: é a diretoria internacional da Petrobras, cuja atuação externa em crises, como a do gás atual, é vital para o abastecimento. O partido já havia indicado o técnico João Augusto Fernandes. Foi vetado pelo petista Sérgio Gabrieli. A nova sugestão é Jorge Luiz Zelada, gerente de engenharia da empresa. É esperar e ver se o PT, desta vez, vai deixar o PMDB bamburrar.
Vale ouro
Não é à toa que o PMDB cresce os olhos para a estratégica área de Minas e Energia do governo federal. Os investimentos previstos para o setor no ano que vem são mesmo de encher os olhos. Nem a ameaça de escassez de energia espanta os candidatos. As elétricas, somadas, deverão investir perto de R$ 50 bilhões para afugentar o fantasma do apagão. Já os investimentos da próspera Petrobras deverão ultrapassar os R$ 40 bilhões em 2008. Com este ouro nas mãos, o PMDB espera se tornar Midas no futuro.
Disputa acirrada
A nova e poderosa vaga de conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além de muito ruído, é alvo de uma pesada disputa entre pesos-pesados da política. O ministro da área, Hélio Costa - que já emplacou um conselheiro - quer o amigo Jarbas Valente no cargo. O ex-presidente José Sarney comprou a briga com o ministro e bancou a servidora Emília Curi em uma carta ao presidente Lula. Vendo tudo de longe, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, vai incensando, discretamente, o nome de Murilo Ramos, co-autor de um livro sobre o tema com o professor André Barbosa, que trabalha ao lado de Dilma no Palácio.
Disputa acirrada 2
A assessoria do ex-presidente José Sarney procurou o Informe JB para informar que Sarney havia trocado de candidato e passara a apoiar o nome indicado por Hélio Costa, Jarbas Valente. A coluna procurou o ex-presidente José Sarney que foi categórico: "Minha candidata é e continua sendo Emília Curi, mas a decisão é do presidente Lula. Mas não tem assessor que fale por mim sobre este assunto".
Infração média
A TV brasileira não é de alta definição, por isso ninguém viu o governador de Brasília com cinto de segurança no programa dos Democratas semana passada. A assessoria de José Roberto Arruda explicou que a camisa era da mesma cor do cinto e a incidência do sol dificultou ver o cinto sob a camisa dobrada. A assessoria enviou o vídeo que está no site Youtube. O vídeo dura um minuto e 15 segundos, dos quais em mais de 40 segundos Arruda dirige com apenas uma das mãos. Pelo Código de trânsito é falta média, punida com quatro pontos na carteira e multa de R$ 85,13. O Detran querendo, é só punir. A prova, caso não tirem, está na rede.
Troca de prioridade
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já mandou recados aos responsáveis pelas obras contempladas com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento. Os projetos que estiverem com os cronogramas atrasados terão seus recursos redirecionados para os empreendimentos que estão cumprindo o calendário. O remanejamento de recursos, adverte o ministro, começa já no início de 2008.
Fora da questão
Ontem todo o governo saltitava de alegria com o anúncio do campo de petróleo e gás encontrado na Bacia de Santos. Com ele o Brasil eleva suas reservas em 50% e pode se tornar um gigante do petróleo daqui a quatro anos. O Boletim Em questão, elaborado pela Presidência da República e distribuído fartamente na Esplanada e no Congresso, simplesmente ignorou o assunto. Criado para badalar ações do governo, até fala de investimento no setor, mas desprezou a nova reserva. É o chamado fogo amigo do PT.
Fonte: JB Online
Como antecipou o Informe JB ontem, o próprio presidente Lula vai conversar na segunda-feira com os aliados e entrar pessoalmente na garimpagem dos votos que faltam para prorrogar a CPMF até 2011. A bateia governista está rala e qualquer pepita que entre pode ser decisiva. O problema é que a garimpagem palaciana promete reabrir a mineração para postos-chave da cobiçada jazida da Esplanada dos Ministérios. Elogiado pelo ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, por ter fechado a favor do imposto do cheque, o PMDB brilha os olhos para a lavra que se abre.
Os calejados mineradores da sigla cobiçam de volta para Silas Rondeau - apadrinhado de José Sarney (PMDB-AP) - o Ministério das Minas e Energia, já que a investigação sobre irregularidades com a empreiteira Gautama nada confirmou. Desta vez, o partido não se contentará com a exploração de aluvião, restrita à superfície do ministério. Quer explorar todo o veio onde hoje estão os arrieiros de Dilma Roussef. O PMDB espera nomear três presidentes de estatais e uma diretoria da Petrobras, todas em poder da dona da mina: a chefe da Casa Civil.
Na Eletrobras, o interino é Valter Cardeal, mas Sarney quer outro cardeal no posto. Na Eletrosul dá as cartas o diretor Ronaldo dos Santos, mas a direção do PMDB quer a vaga para o ex-governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira.
Já na Eletronorte, o grupo ligado ao deputado Jader Barbalho deseja tomar o cargo de Carlos Nascimento. O caso mais complicado envolve os mineiros - de Minas Gerais: é a diretoria internacional da Petrobras, cuja atuação externa em crises, como a do gás atual, é vital para o abastecimento. O partido já havia indicado o técnico João Augusto Fernandes. Foi vetado pelo petista Sérgio Gabrieli. A nova sugestão é Jorge Luiz Zelada, gerente de engenharia da empresa. É esperar e ver se o PT, desta vez, vai deixar o PMDB bamburrar.
Vale ouro
Não é à toa que o PMDB cresce os olhos para a estratégica área de Minas e Energia do governo federal. Os investimentos previstos para o setor no ano que vem são mesmo de encher os olhos. Nem a ameaça de escassez de energia espanta os candidatos. As elétricas, somadas, deverão investir perto de R$ 50 bilhões para afugentar o fantasma do apagão. Já os investimentos da próspera Petrobras deverão ultrapassar os R$ 40 bilhões em 2008. Com este ouro nas mãos, o PMDB espera se tornar Midas no futuro.
Disputa acirrada
A nova e poderosa vaga de conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além de muito ruído, é alvo de uma pesada disputa entre pesos-pesados da política. O ministro da área, Hélio Costa - que já emplacou um conselheiro - quer o amigo Jarbas Valente no cargo. O ex-presidente José Sarney comprou a briga com o ministro e bancou a servidora Emília Curi em uma carta ao presidente Lula. Vendo tudo de longe, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, vai incensando, discretamente, o nome de Murilo Ramos, co-autor de um livro sobre o tema com o professor André Barbosa, que trabalha ao lado de Dilma no Palácio.
Disputa acirrada 2
A assessoria do ex-presidente José Sarney procurou o Informe JB para informar que Sarney havia trocado de candidato e passara a apoiar o nome indicado por Hélio Costa, Jarbas Valente. A coluna procurou o ex-presidente José Sarney que foi categórico: "Minha candidata é e continua sendo Emília Curi, mas a decisão é do presidente Lula. Mas não tem assessor que fale por mim sobre este assunto".
Infração média
A TV brasileira não é de alta definição, por isso ninguém viu o governador de Brasília com cinto de segurança no programa dos Democratas semana passada. A assessoria de José Roberto Arruda explicou que a camisa era da mesma cor do cinto e a incidência do sol dificultou ver o cinto sob a camisa dobrada. A assessoria enviou o vídeo que está no site Youtube. O vídeo dura um minuto e 15 segundos, dos quais em mais de 40 segundos Arruda dirige com apenas uma das mãos. Pelo Código de trânsito é falta média, punida com quatro pontos na carteira e multa de R$ 85,13. O Detran querendo, é só punir. A prova, caso não tirem, está na rede.
Troca de prioridade
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já mandou recados aos responsáveis pelas obras contempladas com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento. Os projetos que estiverem com os cronogramas atrasados terão seus recursos redirecionados para os empreendimentos que estão cumprindo o calendário. O remanejamento de recursos, adverte o ministro, começa já no início de 2008.
Fora da questão
Ontem todo o governo saltitava de alegria com o anúncio do campo de petróleo e gás encontrado na Bacia de Santos. Com ele o Brasil eleva suas reservas em 50% e pode se tornar um gigante do petróleo daqui a quatro anos. O Boletim Em questão, elaborado pela Presidência da República e distribuído fartamente na Esplanada e no Congresso, simplesmente ignorou o assunto. Criado para badalar ações do governo, até fala de investimento no setor, mas desprezou a nova reserva. É o chamado fogo amigo do PT.
Fonte: JB Online
Relatório Péres tira o sossego de Renan
Brasília. A condenação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) vai depender do senador Jefferson Péres (PDT-AM). Enquanto Péres mantém o suspense sobre sua posição, os relatores dos outros dois processos contra Renan no Conselho de Ética já avisaram a senadores que não irão propor punição ao colega.
O senador Almeida Lima (PMDB-SE), relator de denúncia de que Renan montou esquema de corrupção em ministérios do PMDB por meio de um lobista, tem dito que pedirá o arquivamento do processo por falta de fatos que justifiquem a representação:
- Já poderia ter considerado o processo inepto. Não há acusação contra Renan - repete a todos que lhe perguntam.
O senador João Pedro (PT-AM) também sinalizou que irá manter sua posição de que não há provas para condenar Renan. Ele relatou denúncia de que o senador teria trabalhado para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol junto ao INSS depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão a preço superfaturado.
Valdir Raupp (RO), líder do PMDB no Senado, disse que há um esforço para que os processos sejam votados no dia 22, antes do prazo dado por Renan para voltar à presidência - a licença se encerra dia 25:
- Se puder resolver isso até o dia 22, será muito bom para todos. Pelo menos já resolve o problema da sucessão, se é que o senador Renan vai se afastar definitivamente da presidência - comenta o líder.
Os processos contra Renan Calheiros só vão chegar ao plenário se um dos três relatores recomendar a cassação e o texto passar no plenário do conselho. Renan já teria sido informado por interlocutores que Péres irá pedir sua cassação.
O pedetista diz que não irá adiantar sua posição, mas que vai considerar no relatório que "tudo o que arranha a honra e a reputação de alguém é falta de decoro".
- Você precisa estar convicto para concluir, com base em fatos ou ausência de fatos. Eu já tenho elementos para apresentar o meu relatório - afirma.
Péres promete apresentar o texto na próxima quarta-feira ao plenário do conselho. Se pedir a cassação de Renan, o relator admite que poderá haver pedido de vista para adiar a votação do texto para o dia 20. Antes da leitura, no entanto, ele ainda pretende concluir as investigações contra o peemedebista.
O relator vai ouvir, na próxima terça-feira, os depoimentos do governador de Alagoas, Teotônio Vilella Filho (PSDB), e de outras duas testemunhas do caso - Carlos Santa Rita e Nazário Pimentel.
Santa Rita é apontado como um dos laranjas que teria sido usado por Renan para a compra das rádios em Alagoas, enquanto Pimentel teria vendido as emissoras ao presidente licenciado do Senado.
(Com Folhapress)
O senador Almeida Lima (PMDB-SE), relator de denúncia de que Renan montou esquema de corrupção em ministérios do PMDB por meio de um lobista, tem dito que pedirá o arquivamento do processo por falta de fatos que justifiquem a representação:
- Já poderia ter considerado o processo inepto. Não há acusação contra Renan - repete a todos que lhe perguntam.
O senador João Pedro (PT-AM) também sinalizou que irá manter sua posição de que não há provas para condenar Renan. Ele relatou denúncia de que o senador teria trabalhado para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol junto ao INSS depois que a empresa comprou uma fábrica de seu irmão a preço superfaturado.
Valdir Raupp (RO), líder do PMDB no Senado, disse que há um esforço para que os processos sejam votados no dia 22, antes do prazo dado por Renan para voltar à presidência - a licença se encerra dia 25:
- Se puder resolver isso até o dia 22, será muito bom para todos. Pelo menos já resolve o problema da sucessão, se é que o senador Renan vai se afastar definitivamente da presidência - comenta o líder.
Os processos contra Renan Calheiros só vão chegar ao plenário se um dos três relatores recomendar a cassação e o texto passar no plenário do conselho. Renan já teria sido informado por interlocutores que Péres irá pedir sua cassação.
O pedetista diz que não irá adiantar sua posição, mas que vai considerar no relatório que "tudo o que arranha a honra e a reputação de alguém é falta de decoro".
- Você precisa estar convicto para concluir, com base em fatos ou ausência de fatos. Eu já tenho elementos para apresentar o meu relatório - afirma.
Péres promete apresentar o texto na próxima quarta-feira ao plenário do conselho. Se pedir a cassação de Renan, o relator admite que poderá haver pedido de vista para adiar a votação do texto para o dia 20. Antes da leitura, no entanto, ele ainda pretende concluir as investigações contra o peemedebista.
O relator vai ouvir, na próxima terça-feira, os depoimentos do governador de Alagoas, Teotônio Vilella Filho (PSDB), e de outras duas testemunhas do caso - Carlos Santa Rita e Nazário Pimentel.
Santa Rita é apontado como um dos laranjas que teria sido usado por Renan para a compra das rádios em Alagoas, enquanto Pimentel teria vendido as emissoras ao presidente licenciado do Senado.
(Com Folhapress)
Coisas da Política - Candidata de múltipla utilidade
Desta vez não há como negar a evidência: o lançamento virtual da candidatura da toda-poderosa ministra Dilma Rousseff, chefe do Gabinete Civi,l foi uma jogada de mestre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, planejada com a frieza de estrategista e que carambola nas tabelas da mesa de sinuca para facilitar a seqüência de tacadas e encaçapar as bolas da vez que liquidem a parada.
Adiante, e numerando para organizar a lógica da manobra:
1) A ministra Dilma Rousseff não é apenas uma candidata-tampão para uso imediato de mesinha que acalme os nervos e facilite a retomada de entendimento com os aliados e a oposição. Esta a sua primeira virtude.
2) Os muitos candidatos do excitado PT, cada vez mais murcho e chocho como saco vazio foram simplesmente riscados do mapa e jogados na cesta de lixo.
3) Lula amortece as suspeitas de joga com pau de dois bicos para tapear a oposição e aprovar a prorrogação do imposto do cheque até 2011.
4) Coloca uma pedra em cima da sepultura da falecida aliança com o PSDB para o lançamento de um candidato de consenso, como os governadores Aécio Neves, de Minas e José Serra, de São Paulo. E, de lambuja, descarta as esperanças do tertius Ciro Gomes.
5) Se lá para o longínquo 2009, quando a sucessão presidencial estiver fervendo, o terceiro mandato ressuscitar como a única possibilidade de vitória do insaciável esquema governista, sob pressão popular o presidente Lula mandará às urtigas o seu constrangimento para curvar-se à imposição do clamor da massa.
6) A importância da manobra pode ser avaliada na sua justa medida, com a penosa decisão presidencial de passar à ministra Dilma o anúncio da nova descoberta da Petrobrás na Bacia de Santos, qualificada como a mais importante da série de êxitos da empresa e que abre a perspectiva de aumentar em 50% as nossas reservas de petróleo e gás, alçando o Brasil ao topo de um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Pois, o presidente que não costuma perder inauguração de gabinete dentário nos confins do agreste, bateu o martelo para marcar o grande feito da Petrobrás para o dia em que viajou para o Chile não se sabe para quê.
Bem, e agora? É só aguardar para conferir. O terceiro mandato foi escondido no armário, como terno de casimira no verão, para a provável serventia nos dias frios do nosso inverno suportável.
O governo espera e confia, com os dedos cruzados, que a ressaca de otimismo facilite os acertos para garantir os 12 votos de senadores na Comissão de Constituição e Justiça para aprovar a cobrança da CPMF até 2011. E, para fechar o espetáculo, os 49 votos para a batalha campal no plenário.
Mas, a crise ética do Congresso está longe de ser resolvida. Basta um cochilo para a turma se alvoroçar e tramar novos saques aos cofres da viúva. Nos amplos esconsos do majoritário baixo clero brotou a tiririca da incorporação aos subsídios dos R$ 15 mil mensais da inqualificável verba indenizatória, à disposição de suas excelências para ressarcir as despesas dos fins de semana nas bases eleitorais com passagens aéreas pagas com o dinheiro público.
E, na mesma toada, e com amplas probabilidades de aprovação, nas horas tardias do plenário sonolento, da emenda constitucional que recria as 8 mil vagas de vereadores extintas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Parece que o Congresso quer liquidar dúvidas e responder à pergunta que se repete em todas as conversas da permuta das angústias da decepção: o Brasil tem jeito?
Fonte: JB Online
Adiante, e numerando para organizar a lógica da manobra:
1) A ministra Dilma Rousseff não é apenas uma candidata-tampão para uso imediato de mesinha que acalme os nervos e facilite a retomada de entendimento com os aliados e a oposição. Esta a sua primeira virtude.
2) Os muitos candidatos do excitado PT, cada vez mais murcho e chocho como saco vazio foram simplesmente riscados do mapa e jogados na cesta de lixo.
3) Lula amortece as suspeitas de joga com pau de dois bicos para tapear a oposição e aprovar a prorrogação do imposto do cheque até 2011.
4) Coloca uma pedra em cima da sepultura da falecida aliança com o PSDB para o lançamento de um candidato de consenso, como os governadores Aécio Neves, de Minas e José Serra, de São Paulo. E, de lambuja, descarta as esperanças do tertius Ciro Gomes.
5) Se lá para o longínquo 2009, quando a sucessão presidencial estiver fervendo, o terceiro mandato ressuscitar como a única possibilidade de vitória do insaciável esquema governista, sob pressão popular o presidente Lula mandará às urtigas o seu constrangimento para curvar-se à imposição do clamor da massa.
6) A importância da manobra pode ser avaliada na sua justa medida, com a penosa decisão presidencial de passar à ministra Dilma o anúncio da nova descoberta da Petrobrás na Bacia de Santos, qualificada como a mais importante da série de êxitos da empresa e que abre a perspectiva de aumentar em 50% as nossas reservas de petróleo e gás, alçando o Brasil ao topo de um dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Pois, o presidente que não costuma perder inauguração de gabinete dentário nos confins do agreste, bateu o martelo para marcar o grande feito da Petrobrás para o dia em que viajou para o Chile não se sabe para quê.
Bem, e agora? É só aguardar para conferir. O terceiro mandato foi escondido no armário, como terno de casimira no verão, para a provável serventia nos dias frios do nosso inverno suportável.
O governo espera e confia, com os dedos cruzados, que a ressaca de otimismo facilite os acertos para garantir os 12 votos de senadores na Comissão de Constituição e Justiça para aprovar a cobrança da CPMF até 2011. E, para fechar o espetáculo, os 49 votos para a batalha campal no plenário.
Mas, a crise ética do Congresso está longe de ser resolvida. Basta um cochilo para a turma se alvoroçar e tramar novos saques aos cofres da viúva. Nos amplos esconsos do majoritário baixo clero brotou a tiririca da incorporação aos subsídios dos R$ 15 mil mensais da inqualificável verba indenizatória, à disposição de suas excelências para ressarcir as despesas dos fins de semana nas bases eleitorais com passagens aéreas pagas com o dinheiro público.
E, na mesma toada, e com amplas probabilidades de aprovação, nas horas tardias do plenário sonolento, da emenda constitucional que recria as 8 mil vagas de vereadores extintas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Parece que o Congresso quer liquidar dúvidas e responder à pergunta que se repete em todas as conversas da permuta das angústias da decepção: o Brasil tem jeito?
Fonte: JB Online
Nova humilhação do Brasil
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - Uma coisa é o fato. Outra, a versão. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, foi esta semana à Bolívia, deixando-se fotografar às gargalhadas junto com o ministro boliviano de Energia. Ao mesmo tempo, fez divulgar o sucesso de sua missão, que precede a visita do presidente Lula ao presidente Evo Morales, daqui a um mês.
Anunciou que a Petrobras vai investir mais centenas de milhões na produção de gás na Bolívia, aliás, uma atividade que praticamos há muitos anos, ou seja, o gás que aquele país exporta para o Brasil é extraído, comercializado e transportado com dinheiro brasileiro.
É preciso prospectar a versão. Não faz muito a Petrobras foi espoliada pelo governo boliviano, que nacionalizou duas refinarias lá implantadas por nós, e ofereceu uma merreca de indenização. Semanas atrás, o presidente Evo Morales foi grosseiro com o embaixador do Brasil em La Paz, ameaçando botar a Petrobras para fora de seu território se ela não investisse maciçamente. Disse que poderia, também, aumentar o preço e reduzir o volume do gás que nos exporta.
Resultado: Gabrielli foi à Bolívia de chapéu na mão, em meio à crise de falta de gás agora aqui verificada, comprometendo-se a multiplicar os investimentos da Petrobras no país vizinho. Humilhou-se mais ainda ao declarar que a ampliação da produção do gás boliviano, com dinheiro brasileiro, não significa necessariamente a exportação desse gás para o Brasil.
A Bolívia não garante nada. Certamente fará outras exigências que, salvo engano, o presidente Lula não terá como contraditar. Afinal, precisamos de gás. O diabo é se eles reivindicarem o Acre, que compramos deles nos tempos do Barão do Rio Branco...
Convenhamos, eles fazem o que querem. Nós baixamos a cabeça. Tudo porque a Petrobras, em vez de investir no Brasil, para produzir gás brasileiro, que temos em profusão, enterrado, preferiu investir na Bolívia. Está aí o resultado.
Fosse necessário e essa situação, cômica e trágica, mostraria outra vez os abomináveis resultados da política econômica neoliberal praticada desde os tempos de Don Fernando I, multiplicada nos dois períodos de Don Fernando II.
Não temos condições de reagir às agressões dos países ricos, mas, quando vamos aplicar o modelo sobre países mais pobres do que nós, o resultado é esse: humilhações de cima e de baixo. E mais do que humilhações, prejuízos permanentes. Só para não esquecer, o que dizer da carta do presidente George Bush (pai) exigindo que Fernando Collor abrisse mão de pesquisas nucleares que desenvolvíamos e, mais ainda, cimentasse o poço de Cachimbo, uma chaminé natural na serra do mesmo nome, capaz de ser utilizada para experiências atômicas subterrâneas. O jovem presidente cedeu, cimentou e, agora, sabemos dos verdadeiros motivos de porque jamais seremos aceitos como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Carecemos do cacife necessário, sequer convidados para a sobremesa do banquete de que participam Estados Unidos, Rússia, China, França, Inglaterra, Israel, Índia, Paquistão e África do Sul, com lugares reservados para Alemanha e Japão, se quiserem, mas com o salão barrado para Coréia do Norte e Irã.
Fernando Henrique Cardoso fez muito pior, em matéria de prejuízo para nossa soberania e nosso orgulho. "Flexibilizou" postulados constitucionais inerentes à nossa afirmação, dando a empresas estrangeiras as mesmas prerrogativas das empresas nacionais, destroçando a navegação de cabotagem, abrindo as portas ao lucro abusivo dos bancos internacionais, curvando-se às imposições do FMI, sucateando nossas forças armadas, revogando direitos sociais e, mais do que em qualquer outro período de nossa História, desmanchando a nacionalidade. Pois é. O eleitorado imaginou que o Lula desfaria ao menos uma parte da obra do sociólogo. Fomos enganados?...
Com os pés de barro
Não deixa de ser doloroso a gente criticar a Petrobras, aquela empresa outrora motivo de orgulho nacional, nascida de luta monumental onde até milagres aconteceram, como o de a UDN, partido conservador, haver proposto e aprovado aquilo que nem Getúlio Vargas ousara, ou seja, o monopólio estatal do petróleo. Como prêmio, os udenistas ocuparam a primeira presidência da empresa, na pessoa do general Juracy Magalhães.
Mesmo assim... Mesmo assim, é dever de todos constatar haver-se a Petrobras se transformado no ídolo dos pés de barro. Porque investir no exterior pode ter-se constituído numa política eficaz, em alguns casos, mas, quando feitos investimentos em detrimento de aplicação em nosso próprio território, tratou-se no mínimo de uma bobagem.
Nos tempos do sociólogo o delírio alcançou a estratosfera. Foi quando mais se investiu na Bolívia. A Petrobras implantou naquele país duas imensas refinarias de petróleo. Assim como, entre outras aventuras, ofereceu-se para prospectar, extrair e distribuir gás. Centenas de milhões foram gastos naquilo que parecia garantir nossas necessidades.
Parecia, porque Evo Morales, depois de nacionalizar e estatizar as duas refinarias, ameaçou botar a Petrobras para fora de seu território se a empresa não investisse, de imediato, muito mais do que havia investido. Assim, continuamos a furar poços na Bolívia, para obter gás, mas com uma peculiaridade que o presidente Gabrielli saudou como grande vitória: sem a garantia de ser exportado para o Brasil sequer um galão da nova e promissora produção. E sem a certeza de preços estáveis.
A pergunta já foi feita mas merece repetição: por que não tratamos de viabilizar o gás existente aos montes em território nacional? De Getúlio Vargas a Juracy Magalhães, os fundadores da Petrobras devem estar de luto, lá em cima.
Humor (2)
Dias atrás relacionamos alguns apelidos que circulam nos corredores do Senado, relativos a Suas Excelências e inventados por eles mesmos, ou melhor, pelos adversários. É claro que dando os apelidos, esquivamo-nos de avançar os personagens a que cada um se referia. O leitor que tire suas conclusões, se quiser.
De lá para cá temos recebido numerosos outros exemplos de como o humor ainda consegue transitar pelo Senado. Por exemplo:
Quem será o "Mapa do Chile"? E o "Minhocão - O Verdadeiro Filho da Terra"? Não parece difícil identificar o "Joãozinho - Aquele que só Pensa Naquilo", nem a "Boneca Barbie Morena".
Há também o "Boxeur que Nocauteou a Si Mesmo", além do "Filho Único do Gepeto". Constituem, essas brincadeiras, sinal de que nem tudo está perdido no Senado.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - Uma coisa é o fato. Outra, a versão. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, foi esta semana à Bolívia, deixando-se fotografar às gargalhadas junto com o ministro boliviano de Energia. Ao mesmo tempo, fez divulgar o sucesso de sua missão, que precede a visita do presidente Lula ao presidente Evo Morales, daqui a um mês.
Anunciou que a Petrobras vai investir mais centenas de milhões na produção de gás na Bolívia, aliás, uma atividade que praticamos há muitos anos, ou seja, o gás que aquele país exporta para o Brasil é extraído, comercializado e transportado com dinheiro brasileiro.
É preciso prospectar a versão. Não faz muito a Petrobras foi espoliada pelo governo boliviano, que nacionalizou duas refinarias lá implantadas por nós, e ofereceu uma merreca de indenização. Semanas atrás, o presidente Evo Morales foi grosseiro com o embaixador do Brasil em La Paz, ameaçando botar a Petrobras para fora de seu território se ela não investisse maciçamente. Disse que poderia, também, aumentar o preço e reduzir o volume do gás que nos exporta.
Resultado: Gabrielli foi à Bolívia de chapéu na mão, em meio à crise de falta de gás agora aqui verificada, comprometendo-se a multiplicar os investimentos da Petrobras no país vizinho. Humilhou-se mais ainda ao declarar que a ampliação da produção do gás boliviano, com dinheiro brasileiro, não significa necessariamente a exportação desse gás para o Brasil.
A Bolívia não garante nada. Certamente fará outras exigências que, salvo engano, o presidente Lula não terá como contraditar. Afinal, precisamos de gás. O diabo é se eles reivindicarem o Acre, que compramos deles nos tempos do Barão do Rio Branco...
Convenhamos, eles fazem o que querem. Nós baixamos a cabeça. Tudo porque a Petrobras, em vez de investir no Brasil, para produzir gás brasileiro, que temos em profusão, enterrado, preferiu investir na Bolívia. Está aí o resultado.
Fosse necessário e essa situação, cômica e trágica, mostraria outra vez os abomináveis resultados da política econômica neoliberal praticada desde os tempos de Don Fernando I, multiplicada nos dois períodos de Don Fernando II.
Não temos condições de reagir às agressões dos países ricos, mas, quando vamos aplicar o modelo sobre países mais pobres do que nós, o resultado é esse: humilhações de cima e de baixo. E mais do que humilhações, prejuízos permanentes. Só para não esquecer, o que dizer da carta do presidente George Bush (pai) exigindo que Fernando Collor abrisse mão de pesquisas nucleares que desenvolvíamos e, mais ainda, cimentasse o poço de Cachimbo, uma chaminé natural na serra do mesmo nome, capaz de ser utilizada para experiências atômicas subterrâneas. O jovem presidente cedeu, cimentou e, agora, sabemos dos verdadeiros motivos de porque jamais seremos aceitos como membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Carecemos do cacife necessário, sequer convidados para a sobremesa do banquete de que participam Estados Unidos, Rússia, China, França, Inglaterra, Israel, Índia, Paquistão e África do Sul, com lugares reservados para Alemanha e Japão, se quiserem, mas com o salão barrado para Coréia do Norte e Irã.
Fernando Henrique Cardoso fez muito pior, em matéria de prejuízo para nossa soberania e nosso orgulho. "Flexibilizou" postulados constitucionais inerentes à nossa afirmação, dando a empresas estrangeiras as mesmas prerrogativas das empresas nacionais, destroçando a navegação de cabotagem, abrindo as portas ao lucro abusivo dos bancos internacionais, curvando-se às imposições do FMI, sucateando nossas forças armadas, revogando direitos sociais e, mais do que em qualquer outro período de nossa História, desmanchando a nacionalidade. Pois é. O eleitorado imaginou que o Lula desfaria ao menos uma parte da obra do sociólogo. Fomos enganados?...
Com os pés de barro
Não deixa de ser doloroso a gente criticar a Petrobras, aquela empresa outrora motivo de orgulho nacional, nascida de luta monumental onde até milagres aconteceram, como o de a UDN, partido conservador, haver proposto e aprovado aquilo que nem Getúlio Vargas ousara, ou seja, o monopólio estatal do petróleo. Como prêmio, os udenistas ocuparam a primeira presidência da empresa, na pessoa do general Juracy Magalhães.
Mesmo assim... Mesmo assim, é dever de todos constatar haver-se a Petrobras se transformado no ídolo dos pés de barro. Porque investir no exterior pode ter-se constituído numa política eficaz, em alguns casos, mas, quando feitos investimentos em detrimento de aplicação em nosso próprio território, tratou-se no mínimo de uma bobagem.
Nos tempos do sociólogo o delírio alcançou a estratosfera. Foi quando mais se investiu na Bolívia. A Petrobras implantou naquele país duas imensas refinarias de petróleo. Assim como, entre outras aventuras, ofereceu-se para prospectar, extrair e distribuir gás. Centenas de milhões foram gastos naquilo que parecia garantir nossas necessidades.
Parecia, porque Evo Morales, depois de nacionalizar e estatizar as duas refinarias, ameaçou botar a Petrobras para fora de seu território se a empresa não investisse, de imediato, muito mais do que havia investido. Assim, continuamos a furar poços na Bolívia, para obter gás, mas com uma peculiaridade que o presidente Gabrielli saudou como grande vitória: sem a garantia de ser exportado para o Brasil sequer um galão da nova e promissora produção. E sem a certeza de preços estáveis.
A pergunta já foi feita mas merece repetição: por que não tratamos de viabilizar o gás existente aos montes em território nacional? De Getúlio Vargas a Juracy Magalhães, os fundadores da Petrobras devem estar de luto, lá em cima.
Humor (2)
Dias atrás relacionamos alguns apelidos que circulam nos corredores do Senado, relativos a Suas Excelências e inventados por eles mesmos, ou melhor, pelos adversários. É claro que dando os apelidos, esquivamo-nos de avançar os personagens a que cada um se referia. O leitor que tire suas conclusões, se quiser.
De lá para cá temos recebido numerosos outros exemplos de como o humor ainda consegue transitar pelo Senado. Por exemplo:
Quem será o "Mapa do Chile"? E o "Minhocão - O Verdadeiro Filho da Terra"? Não parece difícil identificar o "Joãozinho - Aquele que só Pensa Naquilo", nem a "Boneca Barbie Morena".
Há também o "Boxeur que Nocauteou a Si Mesmo", além do "Filho Único do Gepeto". Constituem, essas brincadeiras, sinal de que nem tudo está perdido no Senado.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Chávez chama Lula de "magnata petroleiro"
Presidente da Venezuela propõe a brasileiro esforço para fornecer combustível mais barato a países pobres
SANTIAGO - Ainda sob o impacto da notícia que o Brasil ampliou em 50% suas reservas de petróleo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um esforço conjunto para fornecer combustível mais barato aos países pobres. "Lula, agora que você tem tanto petróleo, poderíamos criar a Petroamazônia", disse o venezuelano, durante a cerimônia de abertura da 17ª Cúpula Ibero-americana.
Propôs, ainda, que os dois países forneçam petróleo à Argentina em troca de tratores e vacas prenhes. Em seu longo discurso, mencionou cinco vezes a nova condição do Brasil e chamou Lula de "magnata petroleiro". Disse também que agora o Brasil poderia ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Lula não pôde responder a Chávez em público, pois a série de discursos foi interrompida para não atrasar a programação, que incluiu pose para uma foto oficial, o plantio de árvores nativas chilenas e almoço. À tarde, os debates foram fechados à imprensa.
A proposta de vender petróleo abaixo do preço de mercado, porém, foi rechaçada pelo assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "A empresa (Petrobras) tem de ter sua autonomia de operação", disse. "Essa questão não está em discussão". Sobre a criação da Petroamazônia, ele comentou que o petróleo recém-descoberto no Brasil não está na Amazônia. Há discussões para se formar a "Petrosur" mas, segundo Garcia, não se trata de unificar as petrolíferas da região.
As receitas com a exportação de petróleo têm sido o principal instrumento de Hugo Chávez para expandir sua influência sobre os países da América do Sul. As novas reservas brasileiras, em teoria, dão ao Brasil um novo peso na disputa pela liderança regional.
Marco Aurélio Garcia, porém, não quis confirmar essa tese. Ele contou que conversou privadamente com Chávez, e este lhe disse que a descoberta de mais petróleo no Brasil é ótima notícia, pois ajuda a fortalecer a América do Sul. Na avaliação do assessor de Lula, as repetidas menções do venezuelano ao "petróleo de Lula" não foram fruto de ciúmes. "Que ponta de inveja a Venezuela pode ter, sendo a maior potência petrolífera da região?" questionou.
Longe de estar irritado, Chávez fez brincadeiras, segundo relatou Garcia. Disse a Lula que começará a produzir biocombustíveis, já que o Brasil está produzindo tanto petróleo. Também teria se oferecido para propor o ingresso do País na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na reunião que se realiza semana que vem.
O ingresso na Opep, disse Garcia, é "uma bobagem". Ele explicou que o Brasil precisa primeiro extrair o petróleo recém-encontrado. De acordo com a Petrobras, isso só será possível a partir de 2013.
Fonte: Tribuna da Imprensa
SANTIAGO - Ainda sob o impacto da notícia que o Brasil ampliou em 50% suas reservas de petróleo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, propôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um esforço conjunto para fornecer combustível mais barato aos países pobres. "Lula, agora que você tem tanto petróleo, poderíamos criar a Petroamazônia", disse o venezuelano, durante a cerimônia de abertura da 17ª Cúpula Ibero-americana.
Propôs, ainda, que os dois países forneçam petróleo à Argentina em troca de tratores e vacas prenhes. Em seu longo discurso, mencionou cinco vezes a nova condição do Brasil e chamou Lula de "magnata petroleiro". Disse também que agora o Brasil poderia ingressar na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Lula não pôde responder a Chávez em público, pois a série de discursos foi interrompida para não atrasar a programação, que incluiu pose para uma foto oficial, o plantio de árvores nativas chilenas e almoço. À tarde, os debates foram fechados à imprensa.
A proposta de vender petróleo abaixo do preço de mercado, porém, foi rechaçada pelo assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "A empresa (Petrobras) tem de ter sua autonomia de operação", disse. "Essa questão não está em discussão". Sobre a criação da Petroamazônia, ele comentou que o petróleo recém-descoberto no Brasil não está na Amazônia. Há discussões para se formar a "Petrosur" mas, segundo Garcia, não se trata de unificar as petrolíferas da região.
As receitas com a exportação de petróleo têm sido o principal instrumento de Hugo Chávez para expandir sua influência sobre os países da América do Sul. As novas reservas brasileiras, em teoria, dão ao Brasil um novo peso na disputa pela liderança regional.
Marco Aurélio Garcia, porém, não quis confirmar essa tese. Ele contou que conversou privadamente com Chávez, e este lhe disse que a descoberta de mais petróleo no Brasil é ótima notícia, pois ajuda a fortalecer a América do Sul. Na avaliação do assessor de Lula, as repetidas menções do venezuelano ao "petróleo de Lula" não foram fruto de ciúmes. "Que ponta de inveja a Venezuela pode ter, sendo a maior potência petrolífera da região?" questionou.
Longe de estar irritado, Chávez fez brincadeiras, segundo relatou Garcia. Disse a Lula que começará a produzir biocombustíveis, já que o Brasil está produzindo tanto petróleo. Também teria se oferecido para propor o ingresso do País na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na reunião que se realiza semana que vem.
O ingresso na Opep, disse Garcia, é "uma bobagem". Ele explicou que o Brasil precisa primeiro extrair o petróleo recém-encontrado. De acordo com a Petrobras, isso só será possível a partir de 2013.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Violência: intervenção militar é inevitável, diz Jobim
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que será inevitável a intervenção das Forças Armadas para garantir a lei e a ordem em ambientes urbanos, por causa do clamor popular. De acordo com ele, um grupo do ministério está trabalhando na elaboração de um estatuto para definir um comando único quando as tropas do Exército e a Polícia Militar precisarem trabalhar juntas.
"Não adianta pensar que não vai ter de intervir. Vai. O que nós não podemos é deixar que os fatos nos atropelem. De repente tem um conflito enorme numa região do País que vai clamar a intervenção das Forças Armadas. E nós não temos como deixar de fazê-lo", afirmou Jobim, durante palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio.
O ministro acrescentou que já conversou com o alto comando do Exército para avisar dessa possibilidade. "Não se iludam. Num determinado momento, vai haver clamor no sentido de em algumas circunstâncias usar as Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica para operações de garantia da lei e da ordem", disse.
Jobim afirmou que o problema de unir as Forças Armadas e a Polícia Militar em intervenções em áreas urbanas não é tático nem logístico. De acordo com ele, o empecilho é jurídico. E citou o expertise da experiência brasileira no Haiti, onde "gangues" controlavam territórios em Porto Príncipe, capital daquele país.
"Agora, você colocar a tropa brasileira numa intervenção numa favela do Rio qual é o estatuto da tropa? Qual é o comando que teria a tropa sobre a força da Polícia Militar? Nós sabemos perfeitamente, se quisermos falar claro, que no momento em que se fizer isso a Polícia Militar ou a própria tropa vão se conflitar. Não vai fluir informações. Vai fluir casca de banana" disse Jobim.
Fonte: Tribuna da Imprensa
"Não adianta pensar que não vai ter de intervir. Vai. O que nós não podemos é deixar que os fatos nos atropelem. De repente tem um conflito enorme numa região do País que vai clamar a intervenção das Forças Armadas. E nós não temos como deixar de fazê-lo", afirmou Jobim, durante palestra na Escola Superior de Guerra, no Rio.
O ministro acrescentou que já conversou com o alto comando do Exército para avisar dessa possibilidade. "Não se iludam. Num determinado momento, vai haver clamor no sentido de em algumas circunstâncias usar as Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica para operações de garantia da lei e da ordem", disse.
Jobim afirmou que o problema de unir as Forças Armadas e a Polícia Militar em intervenções em áreas urbanas não é tático nem logístico. De acordo com ele, o empecilho é jurídico. E citou o expertise da experiência brasileira no Haiti, onde "gangues" controlavam territórios em Porto Príncipe, capital daquele país.
"Agora, você colocar a tropa brasileira numa intervenção numa favela do Rio qual é o estatuto da tropa? Qual é o comando que teria a tropa sobre a força da Polícia Militar? Nós sabemos perfeitamente, se quisermos falar claro, que no momento em que se fizer isso a Polícia Militar ou a própria tropa vão se conflitar. Não vai fluir informações. Vai fluir casca de banana" disse Jobim.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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