Por: Alan Gripp (GLOBO)
O curto prazo para as investigações no ano eleitoral não livrará os deputados supostamente envolvidos com a máfia dos sanguessugas de um possível processo de cassação. A assessoria da Câmara informou ontem que a próxima legislatura poderá dar continuidade aos procedimentos abertos este ano contra os suspeitos, se eles forem reeleitos. Caso contrário, os processos serão arquivados.
O futuro dos envolvidos deverá ficar nas mãos dos parlamentares que se elegerem em outubro e tomarem posse em janeiro. A dúvida foi levantada pelo presidente da CPI, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), que tem 60 dias para concluir as investigações e solicitar a abertura de processos de cassação.
- É uma questão polêmica que vamos enfrentar. Mas se houve quebra de decoro isso não deve estar preso a uma legislatura - disse Biscaia.
A assessoria jurídica da Câmara informou que, caso algum deputado seja condenado pela Justiça, ele perde automaticamente o mandato, independentemente do andamento de seu processo de cassação. Mas isso só ocorre quando o processo for transitado em julgado, isto é, quando forem esgotadas todas as possibilidades de recursos dadas aos réus.
Comissão fará hoje sua primeira reunião
A CPI dos Sanguessugas se reúne hoje para a primeira reunião de trabalho. Votará os requerimentos de convocações de alguns dos principais personagens do escândalo, mas não dos deputados citados. Biscaia já anunciou que a comissão não ouvirá parlamentares, que terão direito a defesa num possível processo de cassação de mandato no Conselho de Ética.
Hoje, a CPI deve aprovar a convocação do delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura e do procurador da República Mário Lúcio Avellar, responsáveis pelas investigações que desarticularam a organização que vendia ambulâncias e equipamentos hospitalares para prefeituras a preços superfaturados. Escutas telefônicas analisadas por eles indicam que o esquema tinha origem na apresentação de emendas ao Orçamento de deputados que supostamente receberam propina. Pelo menos 45 deputados são investigados.
Serão convocados a depor os empresários Darci e Luiz Antônio, donos da empresa Planam, apontados pela Polícia Federal como os articuladores do esquema; além da ex-assessora do Ministério da Saúde e ex-funcionária da Planam Maria da Penha Lino, que, em depoimento à PF, acusou 81 parlamentares de participar das fraudes. Os depoimentos começam a ser tomados na semana que vem.
Ontem, o presidente da CPI dos Sanguessugas se reuniu com o controlador-geral da União, Jorge Hage, que garantiu que repassará à comissão as provas de fraudes detectadas pelos técnicos da CGU em inspeções realizadas em municípios de todo o país. O trabalho, que teve início em 2004, deu origem às investigações que desarticularam a organização criminosa.
Hoje, Biscaia e o relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), se reunirão com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, responsável pelos inquéritos já abertos contra 15 deputados a pedido do Ministério Público. Eles querem ter acesso aos documentos sigilosos que dão embasamento à denúncia dos procuradores. Esta semana, o Ministério Público deve pedir a abertura de novos inquéritos contra 30 deputados.
Certificado Lei geral de proteção de dados
quarta-feira, junho 28, 2006
Mensaleiros vão concorrer
Por: Diário Catarinense (SC)
Acusados de envolvimento no mensalão, 11 dos 19 deputados federais ligados ao esquema querem ficar na vida política e vão encarar o julgamento das urnas em outubro. Lançam oficialmente, nos próximos dias, suas candidaturas, após o término das convenções.
Dos 19 envolvidos, só três decidiram abandonar a vida pública: Roberto Brant (PFL-MG), Carlos Rodrigues (sem partido-RJ) e Wanderval Santos (PL-SP). Três estão impedidos de concorrer até 2015 por terem sido cassados: José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-PE).
O caso mais peculiar é o de Brant, que entraria na sexta disputa e com chances reais de reeleição. Com uma base de 96 mil votos, decidiu desistir da vida política em protesto às acusações.
- Passei por processo injusto. Havia inocentes e culpados, mas tudo foi tratado como um coletivo. Não me vejo mais útil politicamente, pois em toda discussão polêmica que eu entrar vai ter sempre alguém querendo me desqualificar por ser um dos deputados do mensalão.
Seu caso é uma exceção. A maior parte dos deputados acusados diz não ter constrangimento em pedir voto. O deputado Josias Gomes (PT-BA), que confessou ter recebido R$ 100 mil das contas de Marcos Valério, diz que já começou sua "andança" pelo estado e que não tem sentido tom de reprovação.
José Mentor (PT-SP), acusado de receber R$ 120 mil do esquema, não acredita que o fato inviabilize sua reeleição.
- Vai ser uma ótima oportunidade de apresentar meu trabalho parlamentar - disse.
Alguns até acreditam que terão mais votos desta vez. É o caso de Paulo Rocha (PT-PA), acusado de ter recebido R$ 900 mil do valerioduto. Ele obteve 131 mil votos na última eleição e acredita que obterá 250 mil votos agora.
O ex-deputado José Borba terá que adiar a volta à Câmara: no sábado, o PMDB do Paraná rejeitou seu pedido de candidatura, alegando motivos éticos. Ainda está indefinida a situação de José Janene (PP-PR), único que ainda não foi julgado pela Câmara e tem de esperar para saber se não será cassado.
Acusados de envolvimento no mensalão, 11 dos 19 deputados federais ligados ao esquema querem ficar na vida política e vão encarar o julgamento das urnas em outubro. Lançam oficialmente, nos próximos dias, suas candidaturas, após o término das convenções.
Dos 19 envolvidos, só três decidiram abandonar a vida pública: Roberto Brant (PFL-MG), Carlos Rodrigues (sem partido-RJ) e Wanderval Santos (PL-SP). Três estão impedidos de concorrer até 2015 por terem sido cassados: José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-PE).
O caso mais peculiar é o de Brant, que entraria na sexta disputa e com chances reais de reeleição. Com uma base de 96 mil votos, decidiu desistir da vida política em protesto às acusações.
- Passei por processo injusto. Havia inocentes e culpados, mas tudo foi tratado como um coletivo. Não me vejo mais útil politicamente, pois em toda discussão polêmica que eu entrar vai ter sempre alguém querendo me desqualificar por ser um dos deputados do mensalão.
Seu caso é uma exceção. A maior parte dos deputados acusados diz não ter constrangimento em pedir voto. O deputado Josias Gomes (PT-BA), que confessou ter recebido R$ 100 mil das contas de Marcos Valério, diz que já começou sua "andança" pelo estado e que não tem sentido tom de reprovação.
José Mentor (PT-SP), acusado de receber R$ 120 mil do esquema, não acredita que o fato inviabilize sua reeleição.
- Vai ser uma ótima oportunidade de apresentar meu trabalho parlamentar - disse.
Alguns até acreditam que terão mais votos desta vez. É o caso de Paulo Rocha (PT-PA), acusado de ter recebido R$ 900 mil do valerioduto. Ele obteve 131 mil votos na última eleição e acredita que obterá 250 mil votos agora.
O ex-deputado José Borba terá que adiar a volta à Câmara: no sábado, o PMDB do Paraná rejeitou seu pedido de candidatura, alegando motivos éticos. Ainda está indefinida a situação de José Janene (PP-PR), único que ainda não foi julgado pela Câmara e tem de esperar para saber se não será cassado.
Peres será o vice de Cristovam Buarque
BELO HORIZONTE - O senador Jefferson Peres (PDT-AM) será o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) à Presidência. O acordo foi fechado ontem, em consultas feitas entre os membros da Executiva do partido. A entrada de Peres na chapa reduz as tensões dentro do PDT, pois uma ala se opunha à candidatura de Cristovam.
Ontem, o candidato pedetista voltou a criticar o presidente Lula. Ele disse temer que Lula caia numa "tentação autoritária", caso seja reeleito no primeiro turno com uma grande margem de votos. O "medo" de Buarque é que Lula, num eventual segundo mandato, sem maioria no Congresso, passe a falar "diretamente ao povo", ignorando o Legislativo.
"Esse é meu medo. Porque, se ele for eleito no primeiro turno com uma votação muito expressiva e, ao mesmo tempo, nós tivermos um Congresso em que ele vai ser minoritário, como tudo indica, eu temo pelas instituições democráticas", disse.
Ele afirmou acreditar que, atualmente, a probabilidade maior é que ele seja reeleito. "Eu temo por uma tentação autoritária do presidente Lula, se ele vencer no primeiro turno", insistiu, em entrevista à Rádio Central Brasileira de Notícias (CBN).
"Temo a tentação de qualquer pessoa que tenha 50, 60 milhões de votos, sentindo o povo nas suas mãos e não tem votos no Congresso, de passar por cima do Congresso, de começar a convocar plebiscitos, de falar diretamente ao povo. Sobretudo, quando a gente tem um Congresso desmoralizado, que facilitaria ainda mais o papel dele, um gesto autoritário."
Por: Tribuna da Imprensa
Ontem, o candidato pedetista voltou a criticar o presidente Lula. Ele disse temer que Lula caia numa "tentação autoritária", caso seja reeleito no primeiro turno com uma grande margem de votos. O "medo" de Buarque é que Lula, num eventual segundo mandato, sem maioria no Congresso, passe a falar "diretamente ao povo", ignorando o Legislativo.
"Esse é meu medo. Porque, se ele for eleito no primeiro turno com uma votação muito expressiva e, ao mesmo tempo, nós tivermos um Congresso em que ele vai ser minoritário, como tudo indica, eu temo pelas instituições democráticas", disse.
Ele afirmou acreditar que, atualmente, a probabilidade maior é que ele seja reeleito. "Eu temo por uma tentação autoritária do presidente Lula, se ele vencer no primeiro turno", insistiu, em entrevista à Rádio Central Brasileira de Notícias (CBN).
"Temo a tentação de qualquer pessoa que tenha 50, 60 milhões de votos, sentindo o povo nas suas mãos e não tem votos no Congresso, de passar por cima do Congresso, de começar a convocar plebiscitos, de falar diretamente ao povo. Sobretudo, quando a gente tem um Congresso desmoralizado, que facilitaria ainda mais o papel dele, um gesto autoritário."
Por: Tribuna da Imprensa
As galinhas da República Velha
Por: Carlos Chagas
BRASÍLIA - O erro se repete. Com todo o respeito, parece burrice. Lula levanta a voz para demonstrar que seu governo fez mais do que o anterior. Desce tacape e borduna nos oito anos do antecessor. Já o sociólogo, que parece estar em campanha, acima de Geraldo Alckmin, não perde oportunidade para avançar baixarias, como a de que Lula é uma galinha cacarejando ao chocar ovos alheios.
Só não referem planos de que dispõem para os próximos quatro anos. Ou não dispõem. Tucanos ficam na necessidade de o Brasil receber um choque de gestão. Petistas, de que vão manter a política econômica e aprimorar o Bolsa-Família. Convenhamos, é pouco. Para o eleitor, importa menos saber quem fez mais, em oito ou em três anos e meio. Queremos ouvir o que farão nos próximos quatro anos. E detalhadamente.
Em termos de reaparelhamento dos portos e da malha rodoviária, por exemplo. De ocupação da Amazônia. De ampliação da produção agrícola. De habitação popular, para reduzir o vergonhoso número de 55 milhões de brasileiros morando em favelas. De combate ao narcotráfico, ao contrabando e ao crime organizado.
Na República Velha, os escolhidos limitavam-se a anunciar sua "plataforma", em banquete no Automóvel Clube. Por incrível que pareça, faziam mais do que os de hoje. Diziam a que vinham. E costumavam cumprir o que prometiam. Nenhum falava de galinhas cacarejando e de ovos sendo chocados. Seria um escândalo, se falassem. É triste lembrar exemplos do tempo em que as eleições eram fraudadas, mas os governos, voltados para o futuro...
Nada mudou
Segunda-feira, diante da nata do empresariado, na Anfavea, em São Paulo. Hoje, em Minas, comemorando onze milhões de desempregados aquinhoados com o Bolsa-Família. Depois, junto a líderes da siderurgia nacional. Ontem, nada, pois foi dia de jogo da seleção de futebol. Amanhã, porém, retoma-se a campanha pelo Nordeste. Mudou alguma coisa?
Nem pensar. A bordo do Aerolula, S. Exa. continua em campanha. Formalizada a candidatura, não inaugura mais obras, porém "vistoria" realizações. Tudo sob o aparato do poder que exerce. Não se defenderá a necessidade de um presidente-candidato imobilizar-se no Palácio do Planalto.
Tem direito de percorrer os Estados, utilizando as estruturas a seu dispor. O erro está na reeleição, menos do que na ausência de prazos para a desincompatibilização dos candidatos.
Admite-se que o próximo Congresso discutirá a revogação desse monstrengo contrário à nossa tradição republicana. Parece mais provável a criação da possibilidade de um terceiro mandato para os presidentes reeleitos. Ou alguém pensa estarmos falando bobagens?Sugestões cíclicas
À maneira do iô-iô, que ressurgiu e desapareceu pelo menos três vezes na atual geração, certas propostas costumam ciclicamente dar o ar de sua graça. O parlamentarismo, apesar de rejeitado em dois plebiscitos mais ou menos recentes. A revogação do diploma para o exercício do jornalismo. A convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva, para aprimorar nossa lei maior. A reformulação partidária, com a criação de ampla legenda de centro-esquerda englobando diversas outras.
Como o brinquedinho infantil extensivo a jovens e velhos, tudo passa sem deixar conseqüências. A moda, agora, é propagar a união entre o PT, o PSDB, parte do PMDB e penduricalhos possivelmente atingidos pela cláusula de barreira. Na teoria, uma aventura doutrinária inviável. Na prática, uma bobagem.
Como imaginar o comando petista abrindo os braços para o "alto tucanato", ou seja, o presidente Lula coligando-se ao ex-presidente Fernando Henrique, sob os aplausos do senador Pedro Simon e o beneplácito de Ciro Gomes?
Nem mesmo a união dos nanicos de esquerda mostra-se viável, apesar da evidência de que PPS, PC do B, PSB, PV, Psol e talvez o PDT não escaparão da guilhotina, para não falar nos outros partidos de aluguel. Caso não ultrapassem a cláusula de barreira, de 5% dos votos dados para a Câmara dos Deputados, em outubro, espalhados em pelo menos nove Estados, esses partidos terão como saída aglutinarem-se numa federação - eufemismo para uma inviável legenda única onde estariam reunidos desafetos e adversários de toda espécie.
Fonte: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - O erro se repete. Com todo o respeito, parece burrice. Lula levanta a voz para demonstrar que seu governo fez mais do que o anterior. Desce tacape e borduna nos oito anos do antecessor. Já o sociólogo, que parece estar em campanha, acima de Geraldo Alckmin, não perde oportunidade para avançar baixarias, como a de que Lula é uma galinha cacarejando ao chocar ovos alheios.
Só não referem planos de que dispõem para os próximos quatro anos. Ou não dispõem. Tucanos ficam na necessidade de o Brasil receber um choque de gestão. Petistas, de que vão manter a política econômica e aprimorar o Bolsa-Família. Convenhamos, é pouco. Para o eleitor, importa menos saber quem fez mais, em oito ou em três anos e meio. Queremos ouvir o que farão nos próximos quatro anos. E detalhadamente.
Em termos de reaparelhamento dos portos e da malha rodoviária, por exemplo. De ocupação da Amazônia. De ampliação da produção agrícola. De habitação popular, para reduzir o vergonhoso número de 55 milhões de brasileiros morando em favelas. De combate ao narcotráfico, ao contrabando e ao crime organizado.
Na República Velha, os escolhidos limitavam-se a anunciar sua "plataforma", em banquete no Automóvel Clube. Por incrível que pareça, faziam mais do que os de hoje. Diziam a que vinham. E costumavam cumprir o que prometiam. Nenhum falava de galinhas cacarejando e de ovos sendo chocados. Seria um escândalo, se falassem. É triste lembrar exemplos do tempo em que as eleições eram fraudadas, mas os governos, voltados para o futuro...
Nada mudou
Segunda-feira, diante da nata do empresariado, na Anfavea, em São Paulo. Hoje, em Minas, comemorando onze milhões de desempregados aquinhoados com o Bolsa-Família. Depois, junto a líderes da siderurgia nacional. Ontem, nada, pois foi dia de jogo da seleção de futebol. Amanhã, porém, retoma-se a campanha pelo Nordeste. Mudou alguma coisa?
Nem pensar. A bordo do Aerolula, S. Exa. continua em campanha. Formalizada a candidatura, não inaugura mais obras, porém "vistoria" realizações. Tudo sob o aparato do poder que exerce. Não se defenderá a necessidade de um presidente-candidato imobilizar-se no Palácio do Planalto.
Tem direito de percorrer os Estados, utilizando as estruturas a seu dispor. O erro está na reeleição, menos do que na ausência de prazos para a desincompatibilização dos candidatos.
Admite-se que o próximo Congresso discutirá a revogação desse monstrengo contrário à nossa tradição republicana. Parece mais provável a criação da possibilidade de um terceiro mandato para os presidentes reeleitos. Ou alguém pensa estarmos falando bobagens?Sugestões cíclicas
À maneira do iô-iô, que ressurgiu e desapareceu pelo menos três vezes na atual geração, certas propostas costumam ciclicamente dar o ar de sua graça. O parlamentarismo, apesar de rejeitado em dois plebiscitos mais ou menos recentes. A revogação do diploma para o exercício do jornalismo. A convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva, para aprimorar nossa lei maior. A reformulação partidária, com a criação de ampla legenda de centro-esquerda englobando diversas outras.
Como o brinquedinho infantil extensivo a jovens e velhos, tudo passa sem deixar conseqüências. A moda, agora, é propagar a união entre o PT, o PSDB, parte do PMDB e penduricalhos possivelmente atingidos pela cláusula de barreira. Na teoria, uma aventura doutrinária inviável. Na prática, uma bobagem.
Como imaginar o comando petista abrindo os braços para o "alto tucanato", ou seja, o presidente Lula coligando-se ao ex-presidente Fernando Henrique, sob os aplausos do senador Pedro Simon e o beneplácito de Ciro Gomes?
Nem mesmo a união dos nanicos de esquerda mostra-se viável, apesar da evidência de que PPS, PC do B, PSB, PV, Psol e talvez o PDT não escaparão da guilhotina, para não falar nos outros partidos de aluguel. Caso não ultrapassem a cláusula de barreira, de 5% dos votos dados para a Câmara dos Deputados, em outubro, espalhados em pelo menos nove Estados, esses partidos terão como saída aglutinarem-se numa federação - eufemismo para uma inviável legenda única onde estariam reunidos desafetos e adversários de toda espécie.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Servidora coloca companheira como dependente
BRASÍLIA - O Senado reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo ao aceitar como dependente - para efeitos de assistência à saúde e como beneficiária de pensão - a companheira da servidora Silvia Del Valle Gomide, Claudia de Oliveira. Jornalista da Casa, Silvia disse que a resposta da primeira secretaria demorou pouco mais de um ano.
"Entramos com o processo pedindo reconhecimento em 8 de março do ano passado", lembrou. Ela contou ter sido orientada a seguir o procedimento padrão, "como se fôssemos um casal heterossexual". "Em um ano e quatro meses de tramitação, houve muitas idas e vindas, mas prevaleceu a interpretação de que não há o que questionar no mérito", afirmou.
Para a jornalista, embora a legislação do País não reconheça a união estável entre pessoas do mesmo sexo, a Constituição quando trata dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo, fala de igualdade e proíbe qualquer tipo de discriminação. A Advocacia do Senado se baseou neste artigo ao fundamentar a decisão.
Diz o parecer endossado pela primeira secretaria: "Não se trata de discutir a natureza da relação homossexual, suas implicações morais e sua correlação com o conceito de casamento ou se união estável reconhecida em lei e, sim, a equivalência dessa relação para efeitos de reconhecimento de direitos próprios da pessoa humana e do cidadão".
Outros órgãos da administração pública já reconheceram parceiros homossexuais dos servidores como dependentes, como a Radiobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência a respeito da sociedade de fato entre pessoas do mesmo sexo, mas não existe legislação endossando esta posição. "Daí porque, para conseguir as coisas, é preciso batalhar caso a caso", disse a jornalista.
Fonte: Tribuna da Imprensa
"Entramos com o processo pedindo reconhecimento em 8 de março do ano passado", lembrou. Ela contou ter sido orientada a seguir o procedimento padrão, "como se fôssemos um casal heterossexual". "Em um ano e quatro meses de tramitação, houve muitas idas e vindas, mas prevaleceu a interpretação de que não há o que questionar no mérito", afirmou.
Para a jornalista, embora a legislação do País não reconheça a união estável entre pessoas do mesmo sexo, a Constituição quando trata dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo, fala de igualdade e proíbe qualquer tipo de discriminação. A Advocacia do Senado se baseou neste artigo ao fundamentar a decisão.
Diz o parecer endossado pela primeira secretaria: "Não se trata de discutir a natureza da relação homossexual, suas implicações morais e sua correlação com o conceito de casamento ou se união estável reconhecida em lei e, sim, a equivalência dessa relação para efeitos de reconhecimento de direitos próprios da pessoa humana e do cidadão".
Outros órgãos da administração pública já reconheceram parceiros homossexuais dos servidores como dependentes, como a Radiobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem jurisprudência a respeito da sociedade de fato entre pessoas do mesmo sexo, mas não existe legislação endossando esta posição. "Daí porque, para conseguir as coisas, é preciso batalhar caso a caso", disse a jornalista.
Fonte: Tribuna da Imprensa
Polícia teme reação do PCC
Unidades civis e militares estão em alerta para evitar novo ataque após a morte de 13 criminosos
SOROCABA (SP) - Os comandos das polícias Civil e Militar reforçaram ontem o alerta total nas unidades policiais da capital e do interior do Estado de São Paulo para prevenir uma possível reação do crime organizado à morte de 13 supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), na segunda-feira. A Polícia Civil surpreendeu um grupo de criminosos que teria sido incumbido de matar agentes penitenciários na Grande São Paulo e na ação morreram 10 suspeitos em São Bernardo do Campo e três em Diadema.
Os policiais foram alertados para o risco de retaliação, com novos ataques a unidades policiais, como as que ocorreram em maio. A recomendação reforça os cuidados com a segurança individual, como o porte de armas e munição, coletes à prova de bala e de outros equipamentos de proteção.
Também pede que seja evitado o uso de celular para comunicação estratégica, pois os bandidos estariam usando a mesma arma da polícia - a interceptação de conversas telefônicas - para programar ações. Nas bases operacionais, a orientação é para que a segurança seja feita de forma pouco ostensiva para não alarmar a população.
"Interdição de acessos, como houve naquele período, só em último caso", disse um oficial da PM que pediu para não ser identificado. Segundo ele, apesar da operação na Grande São Paulo ter sido feita pela Polícia Civil, os policiais militares também seriam alvos de uma possível vingança. "Se houver, nossos homens estarão preparados", disse.
Na série de ataques de maio, segundo ele, a polícia foi surpreendida, pois jamais havia sido enfrentada daquela forma. O oficial revelou que os comandos têm estimulado os policiais a não deixarem de usar a farda no trajeto para casa ou a caminho do trabalho, apesar de eventual risco. Seria uma forma de mostrar destemor e ganhar a confiança da população.
As novas ordens incluíram um reforço no patrulhamento noturno, principalmente nas imediações de presídios. A Polícia Civil foi incumbida de monitorar autores de homicídios eventualmente em liberdade, pois muitos estariam em dívida com o PCC.
Pelas normas da organização, o "filiado" que pratica crimes sem ser autorizado fica em dívida com a facção. No caso de homicídio, a dívida é de R$ 200 mil. A forma de pagamento mais usual é cumprir uma "missão", que pode ser um ataque à polícia.
Denúncias
Segundo o oficial, outra ordem diz respeito às denúncias que chegam da população. "É para verificar tudo, com cuidado para não cair em armadilhas." Na segunda-feira à tarde, por exemplo, uma base da PM de Osasco, na Grande São Paulo, recebeu a informação sobre a movimentação de cargas num depósito em área comercial.
"Parecia algo improvável, pois era horário comercial e os veículos estavam na rua", contou o policial. Na abordagem, a polícia descobriu que as cargas de pneus e açúcar de três caminhões eram roubadas e seis pessoas foram presas.
Por: Tribuna da Imprensa
SOROCABA (SP) - Os comandos das polícias Civil e Militar reforçaram ontem o alerta total nas unidades policiais da capital e do interior do Estado de São Paulo para prevenir uma possível reação do crime organizado à morte de 13 supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), na segunda-feira. A Polícia Civil surpreendeu um grupo de criminosos que teria sido incumbido de matar agentes penitenciários na Grande São Paulo e na ação morreram 10 suspeitos em São Bernardo do Campo e três em Diadema.
Os policiais foram alertados para o risco de retaliação, com novos ataques a unidades policiais, como as que ocorreram em maio. A recomendação reforça os cuidados com a segurança individual, como o porte de armas e munição, coletes à prova de bala e de outros equipamentos de proteção.
Também pede que seja evitado o uso de celular para comunicação estratégica, pois os bandidos estariam usando a mesma arma da polícia - a interceptação de conversas telefônicas - para programar ações. Nas bases operacionais, a orientação é para que a segurança seja feita de forma pouco ostensiva para não alarmar a população.
"Interdição de acessos, como houve naquele período, só em último caso", disse um oficial da PM que pediu para não ser identificado. Segundo ele, apesar da operação na Grande São Paulo ter sido feita pela Polícia Civil, os policiais militares também seriam alvos de uma possível vingança. "Se houver, nossos homens estarão preparados", disse.
Na série de ataques de maio, segundo ele, a polícia foi surpreendida, pois jamais havia sido enfrentada daquela forma. O oficial revelou que os comandos têm estimulado os policiais a não deixarem de usar a farda no trajeto para casa ou a caminho do trabalho, apesar de eventual risco. Seria uma forma de mostrar destemor e ganhar a confiança da população.
As novas ordens incluíram um reforço no patrulhamento noturno, principalmente nas imediações de presídios. A Polícia Civil foi incumbida de monitorar autores de homicídios eventualmente em liberdade, pois muitos estariam em dívida com o PCC.
Pelas normas da organização, o "filiado" que pratica crimes sem ser autorizado fica em dívida com a facção. No caso de homicídio, a dívida é de R$ 200 mil. A forma de pagamento mais usual é cumprir uma "missão", que pode ser um ataque à polícia.
Denúncias
Segundo o oficial, outra ordem diz respeito às denúncias que chegam da população. "É para verificar tudo, com cuidado para não cair em armadilhas." Na segunda-feira à tarde, por exemplo, uma base da PM de Osasco, na Grande São Paulo, recebeu a informação sobre a movimentação de cargas num depósito em área comercial.
"Parecia algo improvável, pois era horário comercial e os veículos estavam na rua", contou o policial. Na abordagem, a polícia descobriu que as cargas de pneus e açúcar de três caminhões eram roubadas e seis pessoas foram presas.
Por: Tribuna da Imprensa
Brasileiro ganha na Espanha status de mulher
LOGROÑO (Espanha) - Um tribunal espanhol autorizou ontem a mudança de sexo e de nome de um brasileiro de 30 anos, que será considerado mulher em todos os registros oficiais sem que tenha se submetido a uma intervenção cirúrgica para sua total transformação sexual. O jovem, que nasceu em Belém do Pará, vive na província espanhola de La Rioja há anos e está em processo de aquisição da nacionalidade espanhola.
A decisão judicial lembra que "a mudança de sexo de um estrangeiro não está especificamente regulada em nenhuma norma jurídica do direito espanhol", mas, apesar desta "lacuna legal", admitiu-se essa "competência judicial internacional" por parte dos tribunais espanhóis.
Embora a litigante tenha nascido com sexo masculino e tenha sido educada como homem, sempre se considerou uma mulher, e assim compreenderam seus pais e parentes. Já aos 11 anos, manifestou seu desejo de ser mulher, e desde a puberdade aumentou sua feminilidade através de um tratamento hormonal e cirurgias plásticas, o que provocou uma mudança física gradual.
O/a litigante "descartou a cirurgia de mudança de sexo, já que pensa que ser mulher é algo que se identifica com suas próprias convicções e comportamento", segundo a sentença. A decisão acrescenta que "sua trajetória formativa e profissional foi ligada claramente à sua faceta feminina", pois trabalha no ramo da estética, depois de ter feito cursos de turismo e marketing.
Hoje, tem um relacionamento estável e, entre amigos e colegas de trabalho, é conhecida por seu nome feminino, já que seu aspecto externo é o de uma mulher, e "se sente presa em um sexo que não é o seu", como justificou em sua reivindicação. Além disso, considerou que a mudança de sexo que solicitava "não tem qualquer fim ilícito nem implica em prejuízo a terceiros".
Fonte: Tribuna da Imprensa
A decisão judicial lembra que "a mudança de sexo de um estrangeiro não está especificamente regulada em nenhuma norma jurídica do direito espanhol", mas, apesar desta "lacuna legal", admitiu-se essa "competência judicial internacional" por parte dos tribunais espanhóis.
Embora a litigante tenha nascido com sexo masculino e tenha sido educada como homem, sempre se considerou uma mulher, e assim compreenderam seus pais e parentes. Já aos 11 anos, manifestou seu desejo de ser mulher, e desde a puberdade aumentou sua feminilidade através de um tratamento hormonal e cirurgias plásticas, o que provocou uma mudança física gradual.
O/a litigante "descartou a cirurgia de mudança de sexo, já que pensa que ser mulher é algo que se identifica com suas próprias convicções e comportamento", segundo a sentença. A decisão acrescenta que "sua trajetória formativa e profissional foi ligada claramente à sua faceta feminina", pois trabalha no ramo da estética, depois de ter feito cursos de turismo e marketing.
Hoje, tem um relacionamento estável e, entre amigos e colegas de trabalho, é conhecida por seu nome feminino, já que seu aspecto externo é o de uma mulher, e "se sente presa em um sexo que não é o seu", como justificou em sua reivindicação. Além disso, considerou que a mudança de sexo que solicitava "não tem qualquer fim ilícito nem implica em prejuízo a terceiros".
Fonte: Tribuna da Imprensa
sábado, junho 24, 2006
Sete Lagoas (MG): Prefeito é cassado duas vezes
O ex-prefeito Ronaldo Canabrava entrou para a história política de Sete Lagoas. Não por suas obras ou projetos, mas por ter sido cassado pela Câmara Municipal duas vezes, em menos de quatro meses. Eleito pelo PMDB em 2000 e reeleito em 2004, Canabrava, que agora está sem partido, foi julgado e condenado na manhã de ontem. Mesmo sem efeitos práticos, a segunda condenação pode piorar a situação do ex-prefeito na Justiça. A sessão de julgamento durou quatro horas e meia. No fim, foram 10 votos a favor da condenação, contra três abstenções.
O ex-prefeito é acusado de desviar combustível da frota municipal para abastecer automóveis particulares. Segundo investigações do Ministério Público, Canabrava usava carros sucateados para legitimar os abastecimentos ilícitos em veículos particulares. Foram usadas placas e registros de cerca de 20 veículos e máquinas sucateados da prefeitura no esquema. O MP descobriu que, pelo menos três vezes por semana, uma caminhonete D-20, de propriedade do ex-prefeito, levava aos postos conveniados com a prefeitura três tambores de 200 litros para serem enchidos.
Assim como na sessão que culminou com sua cassação, Canabrava não compareceu ao plenário da Câmara ontem. Ele foi representado pelo advogado José Antônio Figueiredo Júnior, que usou pouco mais de um minuto, das duas horas previstas, para a defesa. No seu entender, não se pode cassar alguém que já está cassado. Ele garante que cabem recursos na Justiça contra a decisão da Câmara.
Fonte: Estado de Minas
O ex-prefeito é acusado de desviar combustível da frota municipal para abastecer automóveis particulares. Segundo investigações do Ministério Público, Canabrava usava carros sucateados para legitimar os abastecimentos ilícitos em veículos particulares. Foram usadas placas e registros de cerca de 20 veículos e máquinas sucateados da prefeitura no esquema. O MP descobriu que, pelo menos três vezes por semana, uma caminhonete D-20, de propriedade do ex-prefeito, levava aos postos conveniados com a prefeitura três tambores de 200 litros para serem enchidos.
Assim como na sessão que culminou com sua cassação, Canabrava não compareceu ao plenário da Câmara ontem. Ele foi representado pelo advogado José Antônio Figueiredo Júnior, que usou pouco mais de um minuto, das duas horas previstas, para a defesa. No seu entender, não se pode cassar alguém que já está cassado. Ele garante que cabem recursos na Justiça contra a decisão da Câmara.
Fonte: Estado de Minas
A censura está de volta, discreta
Por Carlos Brickmann em 20/6/2006
O PFL não pode, em seu site ou fora dele, usar a expressão "Lula e os 40 ladrões" (a expressão, aliás, é pouco eufônica; muito melhor seria "Lula-lá e os 40 ladrões"). O jornal Correio do Estado, de Campo Grande (MS), não pode publicar nada sobre investigações que envolvam o ex-prefeito (e candidato a governador) André Puccinelli. O colunista Ucho Haddad (www.ucho.info) não pode citar o nome do banqueiro Daniel Dantas. E tudo, note-se, por ordem judicial.
Tudo o que este colunista sabe de Direito é o endereço da Faculdade do Largo de São Francisco. Mas certas coisas são esquisitas: se a Constituição proíbe a censura, como é que as pessoas e órgãos acima citados sofrem proibições? Deve haver algum dispositivo legal que permita esse tipo de decisão, ou a Justiça não a tomaria; mas, se isso não se chama censura, qual o nome que terá?
Imprensa, às vezes, é fogo: toma assinatura com alguém e o persegue até o final dos tempos. Mas o remédio mais democrático para isso é a lei, não a proibição prévia; é o processo judicial, que pune os excessos. Imagine que um personagem, protegido de citação, faça alguma coisa memorável – invada, por exemplo, um campo de futebol, com nariz postiço e cuecas impressas com o rosto do Cafu. Quem estiver proibido de citá-lo não poderá dar nem essa notícia?
Na ditadura, o Jornal da Tarde, de São Paulo, era censurado pelo agente Leonardo. Temeroso de alguma brincadeira desmoralizante, vetou a publicação do nome Leonardo. Até o gênio renascentista (fizemos o teste) virou só "da Vinci". Não há uma perturbadora semelhança entre o que ocorreu e o que está ocorrendo?
Fonte: Observatório da Imprensa
O PFL não pode, em seu site ou fora dele, usar a expressão "Lula e os 40 ladrões" (a expressão, aliás, é pouco eufônica; muito melhor seria "Lula-lá e os 40 ladrões"). O jornal Correio do Estado, de Campo Grande (MS), não pode publicar nada sobre investigações que envolvam o ex-prefeito (e candidato a governador) André Puccinelli. O colunista Ucho Haddad (www.ucho.info) não pode citar o nome do banqueiro Daniel Dantas. E tudo, note-se, por ordem judicial.
Tudo o que este colunista sabe de Direito é o endereço da Faculdade do Largo de São Francisco. Mas certas coisas são esquisitas: se a Constituição proíbe a censura, como é que as pessoas e órgãos acima citados sofrem proibições? Deve haver algum dispositivo legal que permita esse tipo de decisão, ou a Justiça não a tomaria; mas, se isso não se chama censura, qual o nome que terá?
Imprensa, às vezes, é fogo: toma assinatura com alguém e o persegue até o final dos tempos. Mas o remédio mais democrático para isso é a lei, não a proibição prévia; é o processo judicial, que pune os excessos. Imagine que um personagem, protegido de citação, faça alguma coisa memorável – invada, por exemplo, um campo de futebol, com nariz postiço e cuecas impressas com o rosto do Cafu. Quem estiver proibido de citá-lo não poderá dar nem essa notícia?
Na ditadura, o Jornal da Tarde, de São Paulo, era censurado pelo agente Leonardo. Temeroso de alguma brincadeira desmoralizante, vetou a publicação do nome Leonardo. Até o gênio renascentista (fizemos o teste) virou só "da Vinci". Não há uma perturbadora semelhança entre o que ocorreu e o que está ocorrendo?
Fonte: Observatório da Imprensa
sexta-feira, junho 23, 2006
Exército pode conter protesto de policiais no DF
Por: Tribuna da Imprensa
Policiais armados fazem carreata em frente ao Planalto e xingam o presidente Lula
BRASÍLIA - Se os policiais civis, militares e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal tentarem repetir a manifestação por aumento de salários na frente do Planalto, como fizeram na noite de quarta-feira, amanhã, como prometeram, desta vez, encontrarão resistência do Exército, que promove a segurança externa do palácio.
A cena protagonizada por cerca de três mil policiais do DF, quase todos armados, que estacionaram viaturas oficiais e carros com sirenes ligadas, desceram delas, paralisando as duas mãos da via em frente ao Planalto, durante meia hora, assustou assessores palacianos e foi considerada uma afronta. Os policiais chegaram a fechar a rua que dá acesso à sede do governo federal, sempre usada para chegada e saída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A segurança do Planalto tinha sido informada da carreata de protesto há alguns dias. Só não imaginava que ele fosse ter cenas inusitadas, como o estacionamento de viaturas do poder público na via em frente ao palácio, com interrupção do trânsito. Imaginava ser uma manifestação como tantas outras que acontecem ali diariamente. Só que o protesto, batizado no palácio como "sirenaço", dado o enorme barulho que provocaram com as sirenes dos carros e motos ligadas, ultrapassou os limites, na avaliação de auxiliares do presidente.
Portanto, não só o Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército, como a Polícia do Exército ficarão alertas para a próxima manifestação da categoria, que reivindica aumentos que variam de 18% a 30%.
Presidente é xingado - Muitos dos veículos usados na carreta eram viaturas da polícia. Exaltados, os manifestantes, em coro, chegaram a xingar o presidente Lula de "filho da puta". Junto com o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, o presidente Lula viu a manifestação de seu gabinete, no terceiro andar do Palácio do Planalto.
A persiana de seu gabinete ficou aberta durante todo o período que durou a carreata. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, também assistiu à carreata ao lado de assessores de uma janela do quarto andar do Planalto.
Depois de meia hora de buzinaço em frente ao Palácio do Planalto, os policiais foram embora. Ficaram em vigília cerca de 50 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com velas na mão. Assim como os policiais, os servidores do Incra também reivindicam aumento salarial.
"Esse aumento era para ter sido pago em janeiro. A medida provisória deveria ter sido assinada no dia 17 de fevereiro", reclamou Wellington Luiz Antunes, diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal.
Segundo ele, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia dito, em encontro com a categoria, que o presidente Lula iria assinar a medida provisória com o aumento entre os dias 15 e 20 de junho. "Mas não saiu nada até agora. E o presidente precisa assinar essa medida provisória até o dia 30 de junho", afirmou Wellington.
A Polícia Civil tem cerca de seis mil homens no Distrito Federal. A Polícia Militar conta com um contingente de 20 mil policiais. O Corpo de Bombeiros tem cerca de quatro mil homens.
Policiais armados fazem carreata em frente ao Planalto e xingam o presidente Lula
BRASÍLIA - Se os policiais civis, militares e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal tentarem repetir a manifestação por aumento de salários na frente do Planalto, como fizeram na noite de quarta-feira, amanhã, como prometeram, desta vez, encontrarão resistência do Exército, que promove a segurança externa do palácio.
A cena protagonizada por cerca de três mil policiais do DF, quase todos armados, que estacionaram viaturas oficiais e carros com sirenes ligadas, desceram delas, paralisando as duas mãos da via em frente ao Planalto, durante meia hora, assustou assessores palacianos e foi considerada uma afronta. Os policiais chegaram a fechar a rua que dá acesso à sede do governo federal, sempre usada para chegada e saída pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A segurança do Planalto tinha sido informada da carreata de protesto há alguns dias. Só não imaginava que ele fosse ter cenas inusitadas, como o estacionamento de viaturas do poder público na via em frente ao palácio, com interrupção do trânsito. Imaginava ser uma manifestação como tantas outras que acontecem ali diariamente. Só que o protesto, batizado no palácio como "sirenaço", dado o enorme barulho que provocaram com as sirenes dos carros e motos ligadas, ultrapassou os limites, na avaliação de auxiliares do presidente.
Portanto, não só o Regimento de Cavalaria de Guardas do Exército, como a Polícia do Exército ficarão alertas para a próxima manifestação da categoria, que reivindica aumentos que variam de 18% a 30%.
Presidente é xingado - Muitos dos veículos usados na carreta eram viaturas da polícia. Exaltados, os manifestantes, em coro, chegaram a xingar o presidente Lula de "filho da puta". Junto com o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, o presidente Lula viu a manifestação de seu gabinete, no terceiro andar do Palácio do Planalto.
A persiana de seu gabinete ficou aberta durante todo o período que durou a carreata. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix, também assistiu à carreata ao lado de assessores de uma janela do quarto andar do Planalto.
Depois de meia hora de buzinaço em frente ao Palácio do Planalto, os policiais foram embora. Ficaram em vigília cerca de 50 servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com velas na mão. Assim como os policiais, os servidores do Incra também reivindicam aumento salarial.
"Esse aumento era para ter sido pago em janeiro. A medida provisória deveria ter sido assinada no dia 17 de fevereiro", reclamou Wellington Luiz Antunes, diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal.
Segundo ele, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, havia dito, em encontro com a categoria, que o presidente Lula iria assinar a medida provisória com o aumento entre os dias 15 e 20 de junho. "Mas não saiu nada até agora. E o presidente precisa assinar essa medida provisória até o dia 30 de junho", afirmou Wellington.
A Polícia Civil tem cerca de seis mil homens no Distrito Federal. A Polícia Militar conta com um contingente de 20 mil policiais. O Corpo de Bombeiros tem cerca de quatro mil homens.
Paciência foi decisiva na volta por cima
Por: Tribuna da Imprensa
Pesado, fora de forma, sem ritmo de jogo? Ronaldo não se preocupa mais com os questionamentos. O atacante desencantou na Copa ao marcar dois gols contra o Japão e se igualou ao alemão Gerd Müller como maior artilheiro dos Mundiais, com 14 gols. De quebra, ainda foi eleito pela Fifa o melhor da partida em Dortmund. "Soube sair de um momento difícil, marquei dois gols num jogo importante, que vai me dar muita confiança", comemorou.
A volta por cima foi fruto, segundo o atacante, da tranqüilidade com que enfrentou as críticas sobre seu desempenho nos dois primeiros jogos. "Paciência é a palavra-chave na minha vida. Tive paciência nos momentos difíceis e maravilhosos. Não tem que ter euforia quando as coisas dão certo ou desespero quando dá errado", analisou, sorridente, já no vestiário do Westfalenstadion. Vale lembrar que, depois das partidas contra Croácia e Austrália, o jogador negou-se a dar entrevistas e saiu praticamente escondido dos estádios.
Além da confiança, Ronaldo sabe que a seleção brasileira pegou embalo no Mundial. E o atacante acredita que ele e o próprio time ainda tem muito a mostrar. "Ainda tenho muita coisa para melhorar. Espero voltar a fazer gols e ajudar o Brasil a passar de fase. O trabalho está sendo bem realizado e O time está mostrando que tem toda condição de ser campeão."
Amuleto
Ronaldo também contou que teve um estímulo a mais no jogo contra o Japão: a presença do filho Ronald, que assistiu à partida nas arquibancadas do Westfalenstadion. "Meu filho veio ver o jogo, é o primeiro que ele vê. Quero dedicar os gols a ele."
Pesado, fora de forma, sem ritmo de jogo? Ronaldo não se preocupa mais com os questionamentos. O atacante desencantou na Copa ao marcar dois gols contra o Japão e se igualou ao alemão Gerd Müller como maior artilheiro dos Mundiais, com 14 gols. De quebra, ainda foi eleito pela Fifa o melhor da partida em Dortmund. "Soube sair de um momento difícil, marquei dois gols num jogo importante, que vai me dar muita confiança", comemorou.
A volta por cima foi fruto, segundo o atacante, da tranqüilidade com que enfrentou as críticas sobre seu desempenho nos dois primeiros jogos. "Paciência é a palavra-chave na minha vida. Tive paciência nos momentos difíceis e maravilhosos. Não tem que ter euforia quando as coisas dão certo ou desespero quando dá errado", analisou, sorridente, já no vestiário do Westfalenstadion. Vale lembrar que, depois das partidas contra Croácia e Austrália, o jogador negou-se a dar entrevistas e saiu praticamente escondido dos estádios.
Além da confiança, Ronaldo sabe que a seleção brasileira pegou embalo no Mundial. E o atacante acredita que ele e o próprio time ainda tem muito a mostrar. "Ainda tenho muita coisa para melhorar. Espero voltar a fazer gols e ajudar o Brasil a passar de fase. O trabalho está sendo bem realizado e O time está mostrando que tem toda condição de ser campeão."
Amuleto
Ronaldo também contou que teve um estímulo a mais no jogo contra o Japão: a presença do filho Ronald, que assistiu à partida nas arquibancadas do Westfalenstadion. "Meu filho veio ver o jogo, é o primeiro que ele vê. Quero dedicar os gols a ele."
Pacote beneficiará 1,78 milhão de servidores
Por: Tribuna da Imprensa
BRASÍLIA - O pacote de bondades preparado pelo presidente Lula para as vésperas das eleições beneficia cerca de 95% dos 1.780.516 servidores civis e militares do Executivo federal com um aumento médio de 12,5%, mais do que o dobro da inflação prevista para 2006. Esse incremento generalizado de salários, proibido pela lei eleitoral nos seis meses anteriores às eleições, foi disfarçado por uma série de medidas que alteram a estrutura de remuneração dos funcionários públicos e custará R$ 7,7 bilhões ao governo que tomar posse em 2007.
Em vez de um reajuste linear no vencimento, igual para todos, o Palácio do Planalto decidiu promover alterações nas gratificações e, apenas em alguns casos, mexer no salário básico. Todo o ajuste foi feito de modo a garantir que nenhum servidor termine a administração petista sem receber, no mínimo, a inflação acumulada no período de quatro anos - estimada em 29%.
Apenas algumas categorias, que já tinham feito negociações anteriores, garantindo reajustes superiores à inflação, estão ficando de fora da atual rodada de concessões. É o caso, por exemplo, dos servidores do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que foram beneficiados no ano passado com mudanças generosas em seus planos de carreira.
Ao todo, cinco medidas provisórias poderão ser editadas agora, além da MP 295, lançada no dia 29 de maio, em favor de 170 mil servidores do Banco Central, do Magistério e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Entre os servidores que estão sendo beneficiados, os aumentos são muito diferentes, mesmo dentro de uma mesma categoria. No magistério superior, por exemplo, os professores que possuem título de doutor terão aumento de até 20% - cinco vezes a inflação projetada para o ano. Já os que não possuem especialização (como aposentados) ou estão em início de carreira vão receber apenas 5,2%.
De acordo com as projeções do Ministério do Planejamento, o custo total dos ajustes deve somar R$ 4,3 bilhões em 2006 e R$ 7,7 bilhões em 2007. Isso porque, na maioria dos casos, os novos salários entram em vigor em junho ou agosto. Em outros casos, o custo pleno das concessões vai levar seis anos para se sentir integralmente, como no caso da incorporação de um passivo de 47% ao salários dos 221 trabalhadores da carreira da seguridade social, que reúne os servidores da Previdência e do Ministério do Trabalho.
Do lote de cinco MPs, apenas uma já está pronta e deveria ter sido publicada ontem no "Diário Oficial", se não fosse a decisão do presidente do TSE, Marco Aurélio Melo, que fez o Planalto suspender provisoriamente o anúncio para traçar uma estratégica jurídica.
Na prática, o presidente Lula está gastando em 2006 a gordura que acumulou nos primeiros anos de mandato. Em 2003, por exemplo, os servidores do Executivo receberam apenas um abono R$ 59,87. Em 2004, o reajuste foi de 1%. Só em 2005 é que começaram a ocorrer reajustes mais expressivos, repondo a inflação perdida.
Em valores monetários, o presidente Lula conseguiu economizar R$ 14,2 bilhões desde 2003 por não corrigir os salários dos servidores de acordo com a inflação nos três primeiros anos de mandato. Com os gastos de agora, a folha salarial do Executivo deve subir pelo menos 2%, em termos reais, acima do patamar herdado da administração de Fernando Henrique Cardoso.
BRASÍLIA - O pacote de bondades preparado pelo presidente Lula para as vésperas das eleições beneficia cerca de 95% dos 1.780.516 servidores civis e militares do Executivo federal com um aumento médio de 12,5%, mais do que o dobro da inflação prevista para 2006. Esse incremento generalizado de salários, proibido pela lei eleitoral nos seis meses anteriores às eleições, foi disfarçado por uma série de medidas que alteram a estrutura de remuneração dos funcionários públicos e custará R$ 7,7 bilhões ao governo que tomar posse em 2007.
Em vez de um reajuste linear no vencimento, igual para todos, o Palácio do Planalto decidiu promover alterações nas gratificações e, apenas em alguns casos, mexer no salário básico. Todo o ajuste foi feito de modo a garantir que nenhum servidor termine a administração petista sem receber, no mínimo, a inflação acumulada no período de quatro anos - estimada em 29%.
Apenas algumas categorias, que já tinham feito negociações anteriores, garantindo reajustes superiores à inflação, estão ficando de fora da atual rodada de concessões. É o caso, por exemplo, dos servidores do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que foram beneficiados no ano passado com mudanças generosas em seus planos de carreira.
Ao todo, cinco medidas provisórias poderão ser editadas agora, além da MP 295, lançada no dia 29 de maio, em favor de 170 mil servidores do Banco Central, do Magistério e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Entre os servidores que estão sendo beneficiados, os aumentos são muito diferentes, mesmo dentro de uma mesma categoria. No magistério superior, por exemplo, os professores que possuem título de doutor terão aumento de até 20% - cinco vezes a inflação projetada para o ano. Já os que não possuem especialização (como aposentados) ou estão em início de carreira vão receber apenas 5,2%.
De acordo com as projeções do Ministério do Planejamento, o custo total dos ajustes deve somar R$ 4,3 bilhões em 2006 e R$ 7,7 bilhões em 2007. Isso porque, na maioria dos casos, os novos salários entram em vigor em junho ou agosto. Em outros casos, o custo pleno das concessões vai levar seis anos para se sentir integralmente, como no caso da incorporação de um passivo de 47% ao salários dos 221 trabalhadores da carreira da seguridade social, que reúne os servidores da Previdência e do Ministério do Trabalho.
Do lote de cinco MPs, apenas uma já está pronta e deveria ter sido publicada ontem no "Diário Oficial", se não fosse a decisão do presidente do TSE, Marco Aurélio Melo, que fez o Planalto suspender provisoriamente o anúncio para traçar uma estratégica jurídica.
Na prática, o presidente Lula está gastando em 2006 a gordura que acumulou nos primeiros anos de mandato. Em 2003, por exemplo, os servidores do Executivo receberam apenas um abono R$ 59,87. Em 2004, o reajuste foi de 1%. Só em 2005 é que começaram a ocorrer reajustes mais expressivos, repondo a inflação perdida.
Em valores monetários, o presidente Lula conseguiu economizar R$ 14,2 bilhões desde 2003 por não corrigir os salários dos servidores de acordo com a inflação nos três primeiros anos de mandato. Com os gastos de agora, a folha salarial do Executivo deve subir pelo menos 2%, em termos reais, acima do patamar herdado da administração de Fernando Henrique Cardoso.
Nunca compartilhe segredos com os poderosos
Compartilhar informações secretas em política não é uma atitude aconselhada
Compartilhar segredos é um sinal de amizade, de intimidade e de confiança. Certo? Nem sempre, e na política seguramente trata-se de uma atitude desaconselhada. Um assunto não se torna segredo por pouco. Segredo, é muito mais que reserva. Segredo significa ser zeloso em esconder o assunto em manter um selo de proibição de falar sobre o mesmo.
O segredo protege revelações que seriam muito prejudiciais se se tornassem de conhecimento de outNunca compartilhe segredos com os poderosos (pág. 2)
Se o segredo nunca vier a público, você está protegido. Se ele acabar vindo a público ( por outra via que não você mesmo) então torna-se um problema objetivo, de conhecimento público, que você terá que enfrentar, e, como tornou-se publicamente conhecido,você poderá apoiar-se em amigos para consolo e conselho.
Nem você deve "abrir" seus segredos, nem deve sentir-se honrado e valorizado por tornar-se confidente de outrém, mormente se for um poderoso, um superior na hierarquia da política ou do governo.
"Ouvir os segredos de um príncipe não é um privilégio, e sim uma carga. Muitos poderosos costumam quebrar o espelho que os lembra sua feiura. Eles, passam a não suportar aqueles que viram aquela imagem. Você não será bem visto, se viu alguma coisa desfavorável. E, sobretudo, não é bom ter alguém lhe devendo tanto, principalmente se é uma pessoa poderosa. Quem conta seus segredos para outro, faz de si mesmo um escravo do seu confidente, e esta é uma situação que nenhum líder ou governante pode suportar. Para recuperar a liberdade perdida ele atropelará qualquer coisa, até mesmo a razão." (Baltasar Gracián - O Oráculo - No. 237)
Em hipótese alguma o assessor pode abrir seus segredos para um poderoso. É melhor eles ficarem bem guardados
A pessoa poderosa que, num momento de fraqueza, revelou seu segredo a um subordinado de sua grande confiança, entregou muito mais de si mesmo do que a pessoa comum ao compartilhar uma revelação de ordem estritamente pessoal.
Líderes, ocupam esta posição porque são diferentes dos que lideram. De um líder espera-se exemplos. Exemplo de firmeza, capacidade de agüentar os golpes da luta política, serenidade nos momentos em que todos se perturbam, lucidez diante da confusão, e força moral para enfrentar o isolamento que o poder lhe impõe.
Confidenciar segredos para aliviar a pressão diminui o líder, põe em questão suas qualificações. O confidente que, no momento de fraqueza do líder, ouviu os seus segredos, é uma "vítima anunciada". Ele é o testemunho vivo da fraqueza do líder, da sua fragilidade, e ainda é possuidor de um conhecimento que pode prejudicá-lo.
Passado o momento de fraqueza, recuperado o equilíbrio, restaurada a normalidade, haverá uma pessoa e somente uma, perante qual o líder sentir-se-á desnudo, exposto no que tem de mais constrangedor, humilhante ou politicamente desfavorável. Perante esta pessoa que, no momento de fraqueza, foi tão próxima, ele agora sente-se inconfortável, desconfiado e quer manter distância. Perante ela, sente-se refém.
Não caia pois na ingênua convicção de que você ganha em importância, amizade e poder, por ser confidente de seu chefe. Muito ao contrário. Você ganha um estigma que seguramente vai afastá-los. Gracián resume esta advertência de forma lapidar: "Segredos? Nem conte, nem ouça."
Francisco Ferraros. (Política para políticos)
Ter reserva significa ser discreto quando falar sobre ele. O segredo protege revelações que seriam muito prejudiciais se se tornassem de conhecimento de outros. Prejudiciais por várias razões: por causar vergonha, por expor fraquezas, por oferecer material para uso dos inimigos e adversários, por revelar uma estratégia, por criar constrangimentos, por exigir explicações defensivas, etc Por isso, como diria Lupicínio Rodrigues: O peixe é pro fundo da rede, segredo é pra quatro paredes...
Assim, se o segredo se refere a revelações constrangedoras, que causam vergonha, ou que são prejudiciais por outras razões, em condições normais, uma pessoa jamais revelaria a outro seu segredo. Ocorre que, exatamente por possuir estas características, o segredo isola o indivíduo, deixa-o solitário, inseguro e ansioso. Desta condição psicológica é que brota a tentação de compartilhá-lo com alguém de confiança.
A quem o carrega, compartilhar o segredo parece uma forma de aliviar o seu peso, conquistar uma solidariedade, encontrar um amparo. Mais ainda: se o segredo trata de assunto que está a exigir uma decisão pessoal, compartilhá-lo é uma forma de buscar um conselho, discutir alternativas, encaminhar a melhor solução.
Compartilhar o segredo com outra pessoa, entretanto, implica cruzar uma linha protegida pelo pudor e pela prudência. Significa por-se nas mãos de outra pessoa, equivale a "pagar" o alívio/conselho com a moeda da fragilização pessoal. Como diz Baltasar Gracián: "A pessoa que conta seu segredo para outro, faz de si mesmo um escravo do seu confidente."
Se estas observações são válidas para situações pessoais, sociais e familiares, o são muito mais para as relações políticas. A questão crucial é que somente se compartilha um segredo, em momento de muita fraqueza, angústia, e insegurança. É neste ponto que se encontra a armadilha que o confidente arma contra si mesmo sem perceber.
O momento de fraqueza passa, a necessidade de alívio diminui, e o arrependimento pelo ato praticado, aparece com toda a sua força. Os temores e a insegurança então, não se referem mais ao conteúdo do segredo (como era antes) mas, sobre o comportamento do confidente escolhido: ele será fiel à confiança que nele foi depositada?
Se no futuro a amizade se romper, ou enfraquecer, ele manterá o segredo em reserva? Se ele tornar-se inimigo, usará o segredo contra você? Se ele contar para a mulher, ela levará adiante?
Em outras palavras, a constelação de sentimentos que o dominava no momento em que decidiu compartilhar o segredo, é totalmente diferente, e até oposta, àquela que o domina, no momento em que sua insegurança, angústia e ansiedade diminuiram. Compartilhar segredos desta natureza na vida política nunca é recomendável. Aliás, nem é nem prudente nem sábio agir assim.
Compartilhar segredos é um sinal de amizade, de intimidade e de confiança. Certo? Nem sempre, e na política seguramente trata-se de uma atitude desaconselhada. Um assunto não se torna segredo por pouco. Segredo, é muito mais que reserva. Segredo significa ser zeloso em esconder o assunto em manter um selo de proibição de falar sobre o mesmo.
O segredo protege revelações que seriam muito prejudiciais se se tornassem de conhecimento de outNunca compartilhe segredos com os poderosos (pág. 2)
Se o segredo nunca vier a público, você está protegido. Se ele acabar vindo a público ( por outra via que não você mesmo) então torna-se um problema objetivo, de conhecimento público, que você terá que enfrentar, e, como tornou-se publicamente conhecido,você poderá apoiar-se em amigos para consolo e conselho.
Nem você deve "abrir" seus segredos, nem deve sentir-se honrado e valorizado por tornar-se confidente de outrém, mormente se for um poderoso, um superior na hierarquia da política ou do governo.
"Ouvir os segredos de um príncipe não é um privilégio, e sim uma carga. Muitos poderosos costumam quebrar o espelho que os lembra sua feiura. Eles, passam a não suportar aqueles que viram aquela imagem. Você não será bem visto, se viu alguma coisa desfavorável. E, sobretudo, não é bom ter alguém lhe devendo tanto, principalmente se é uma pessoa poderosa. Quem conta seus segredos para outro, faz de si mesmo um escravo do seu confidente, e esta é uma situação que nenhum líder ou governante pode suportar. Para recuperar a liberdade perdida ele atropelará qualquer coisa, até mesmo a razão." (Baltasar Gracián - O Oráculo - No. 237)
Em hipótese alguma o assessor pode abrir seus segredos para um poderoso. É melhor eles ficarem bem guardados
A pessoa poderosa que, num momento de fraqueza, revelou seu segredo a um subordinado de sua grande confiança, entregou muito mais de si mesmo do que a pessoa comum ao compartilhar uma revelação de ordem estritamente pessoal.
Líderes, ocupam esta posição porque são diferentes dos que lideram. De um líder espera-se exemplos. Exemplo de firmeza, capacidade de agüentar os golpes da luta política, serenidade nos momentos em que todos se perturbam, lucidez diante da confusão, e força moral para enfrentar o isolamento que o poder lhe impõe.
Confidenciar segredos para aliviar a pressão diminui o líder, põe em questão suas qualificações. O confidente que, no momento de fraqueza do líder, ouviu os seus segredos, é uma "vítima anunciada". Ele é o testemunho vivo da fraqueza do líder, da sua fragilidade, e ainda é possuidor de um conhecimento que pode prejudicá-lo.
Passado o momento de fraqueza, recuperado o equilíbrio, restaurada a normalidade, haverá uma pessoa e somente uma, perante qual o líder sentir-se-á desnudo, exposto no que tem de mais constrangedor, humilhante ou politicamente desfavorável. Perante esta pessoa que, no momento de fraqueza, foi tão próxima, ele agora sente-se inconfortável, desconfiado e quer manter distância. Perante ela, sente-se refém.
Não caia pois na ingênua convicção de que você ganha em importância, amizade e poder, por ser confidente de seu chefe. Muito ao contrário. Você ganha um estigma que seguramente vai afastá-los. Gracián resume esta advertência de forma lapidar: "Segredos? Nem conte, nem ouça."
Francisco Ferraros. (Política para políticos)
Ter reserva significa ser discreto quando falar sobre ele. O segredo protege revelações que seriam muito prejudiciais se se tornassem de conhecimento de outros. Prejudiciais por várias razões: por causar vergonha, por expor fraquezas, por oferecer material para uso dos inimigos e adversários, por revelar uma estratégia, por criar constrangimentos, por exigir explicações defensivas, etc Por isso, como diria Lupicínio Rodrigues: O peixe é pro fundo da rede, segredo é pra quatro paredes...
Assim, se o segredo se refere a revelações constrangedoras, que causam vergonha, ou que são prejudiciais por outras razões, em condições normais, uma pessoa jamais revelaria a outro seu segredo. Ocorre que, exatamente por possuir estas características, o segredo isola o indivíduo, deixa-o solitário, inseguro e ansioso. Desta condição psicológica é que brota a tentação de compartilhá-lo com alguém de confiança.
A quem o carrega, compartilhar o segredo parece uma forma de aliviar o seu peso, conquistar uma solidariedade, encontrar um amparo. Mais ainda: se o segredo trata de assunto que está a exigir uma decisão pessoal, compartilhá-lo é uma forma de buscar um conselho, discutir alternativas, encaminhar a melhor solução.
Compartilhar o segredo com outra pessoa, entretanto, implica cruzar uma linha protegida pelo pudor e pela prudência. Significa por-se nas mãos de outra pessoa, equivale a "pagar" o alívio/conselho com a moeda da fragilização pessoal. Como diz Baltasar Gracián: "A pessoa que conta seu segredo para outro, faz de si mesmo um escravo do seu confidente."
Se estas observações são válidas para situações pessoais, sociais e familiares, o são muito mais para as relações políticas. A questão crucial é que somente se compartilha um segredo, em momento de muita fraqueza, angústia, e insegurança. É neste ponto que se encontra a armadilha que o confidente arma contra si mesmo sem perceber.
O momento de fraqueza passa, a necessidade de alívio diminui, e o arrependimento pelo ato praticado, aparece com toda a sua força. Os temores e a insegurança então, não se referem mais ao conteúdo do segredo (como era antes) mas, sobre o comportamento do confidente escolhido: ele será fiel à confiança que nele foi depositada?
Se no futuro a amizade se romper, ou enfraquecer, ele manterá o segredo em reserva? Se ele tornar-se inimigo, usará o segredo contra você? Se ele contar para a mulher, ela levará adiante?
Em outras palavras, a constelação de sentimentos que o dominava no momento em que decidiu compartilhar o segredo, é totalmente diferente, e até oposta, àquela que o domina, no momento em que sua insegurança, angústia e ansiedade diminuiram. Compartilhar segredos desta natureza na vida política nunca é recomendável. Aliás, nem é nem prudente nem sábio agir assim.
A vaca era a outra...
Por: Marcos Coutinho Loures
sobre os perigos de uma cantada mal feita
Quando Margaret ficou viúva, todos garantiram que, fogosa do jeito que ela era, em menos de seis meses ela estaria casada de novo. Para dizer a verdade, candidatos não faltavam e, um deles, era o Virgilio que nutria pela mulher uma paixão secreta... Um dia, com a desculpa de querer melhorar a raça dos animais de sua propriedade, Virgilio pediu autorização à viúva para cruzar o belo touro que ela havia herdado com uma vaquinha que ele havia comprado em um leilão. Margaret não se opôs e até ajudou na “cerimônia” de casamento que, a bem da verdade, foi despertando o desejo de Virgilio, como aconteceu num dos mais comentados romances de todos os tempos, “A Carne” que, nos dias atuais, seria uma obra infanto-juvenil... Com o desejo à flor da pele, Virgilio perdeu o controle e foi dando uma “indireta” para a dona do touro de raça: -Esse touro é que é feliz, não acha Margaret? - E muito! Desde que meu marido morreu não faço mais essas coisas... -Que pena! Mas não vou te enganar: estou com uma vontade louca de fazer isso que o seu touro está fazendo –completou Virgilio. Ao notar a malícia estampada nos olhos do interlocutor, Margaret que era uma mulher séria, arrematou na conversa: -Mas não tem problema não compadre! Afinal de contas, a vaca é sua... E, pedindo licença, entrou em casa e foi, calmamente fazer o almoço, depois de fechar a porta do quintal...
URL:: http://acordesdocoracao.blogspot.com/
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.
sobre os perigos de uma cantada mal feita
Quando Margaret ficou viúva, todos garantiram que, fogosa do jeito que ela era, em menos de seis meses ela estaria casada de novo. Para dizer a verdade, candidatos não faltavam e, um deles, era o Virgilio que nutria pela mulher uma paixão secreta... Um dia, com a desculpa de querer melhorar a raça dos animais de sua propriedade, Virgilio pediu autorização à viúva para cruzar o belo touro que ela havia herdado com uma vaquinha que ele havia comprado em um leilão. Margaret não se opôs e até ajudou na “cerimônia” de casamento que, a bem da verdade, foi despertando o desejo de Virgilio, como aconteceu num dos mais comentados romances de todos os tempos, “A Carne” que, nos dias atuais, seria uma obra infanto-juvenil... Com o desejo à flor da pele, Virgilio perdeu o controle e foi dando uma “indireta” para a dona do touro de raça: -Esse touro é que é feliz, não acha Margaret? - E muito! Desde que meu marido morreu não faço mais essas coisas... -Que pena! Mas não vou te enganar: estou com uma vontade louca de fazer isso que o seu touro está fazendo –completou Virgilio. Ao notar a malícia estampada nos olhos do interlocutor, Margaret que era uma mulher séria, arrematou na conversa: -Mas não tem problema não compadre! Afinal de contas, a vaca é sua... E, pedindo licença, entrou em casa e foi, calmamente fazer o almoço, depois de fechar a porta do quintal...
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Histórias do meu sertão - guinorréia
Por: Marcos Coutinho Loures
histórias de Alcebíades, o ingênuo
Histórias do meu sertão Alcebíades, o Bide, a figura miais conhecida do povoado, considerava-se um felizardo! Além de ter-se casado com a mulher mais bonita das redondezas, tinha a plena liberdade de ir, todos os sábados, para o bar do Zé , onde ficava, por longas horas, discutindo futebol e tomando umas pinguinhas... Acontece que Marilda, sua mulher, cansada de tanto ficar sozinha, acabou arranjando várias companhias, que se revezavam, enquanto seu marido se divertia no bar. Para que Bide não desconfiasse de nada, ela exigia que os parceiros fizessem parte da turma do bar, dos amigos do esposo. O negócio funciona mais ou menos assim: Quando Bide chegava, um dos amigos saía, ia até a casa do esposo traído, encontrava-se com Marilda e voltava, dando vez a outro, num rodízio que só terminava quando todos já estavam de “cara cheia”, altas horas da noite... Mas, naquele sábado, exatamente no dia em que o Brasil iria jogar uma partida decisiva, tudo começou a mudar. Alcebíades chegou e os nove amigos, já com o copo de pinga sobre o balcão, ofereceram a ele a dose inicial e ficaram assustados quando Bide pediu desculpas e falou que, a conselho do farmacêutico não iria mais beber, pois cachaça não combinava com os tais antibióticos que estava tomando. -Mas o que é que você tem? Perguntaram todos. -O farmacêutico disse que é uma tal blenorragia – respondeu o bom homem. “E o pior é que passei a doença para a minha santa mulher”... -Blenorragia? Mas que diabo é isso? – perguntou um mais afoito. Um terceiro, mais entendido explicou: “É a tal da guinorréia”! Um por um, todos se retiraram do bar, metade atrás de Marilda pedindo explicações e a outra metade atrás do farmacêutico. Mal sabiam que o “pai da criança” era o próprio...
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histórias de Alcebíades, o ingênuo
Histórias do meu sertão Alcebíades, o Bide, a figura miais conhecida do povoado, considerava-se um felizardo! Além de ter-se casado com a mulher mais bonita das redondezas, tinha a plena liberdade de ir, todos os sábados, para o bar do Zé , onde ficava, por longas horas, discutindo futebol e tomando umas pinguinhas... Acontece que Marilda, sua mulher, cansada de tanto ficar sozinha, acabou arranjando várias companhias, que se revezavam, enquanto seu marido se divertia no bar. Para que Bide não desconfiasse de nada, ela exigia que os parceiros fizessem parte da turma do bar, dos amigos do esposo. O negócio funciona mais ou menos assim: Quando Bide chegava, um dos amigos saía, ia até a casa do esposo traído, encontrava-se com Marilda e voltava, dando vez a outro, num rodízio que só terminava quando todos já estavam de “cara cheia”, altas horas da noite... Mas, naquele sábado, exatamente no dia em que o Brasil iria jogar uma partida decisiva, tudo começou a mudar. Alcebíades chegou e os nove amigos, já com o copo de pinga sobre o balcão, ofereceram a ele a dose inicial e ficaram assustados quando Bide pediu desculpas e falou que, a conselho do farmacêutico não iria mais beber, pois cachaça não combinava com os tais antibióticos que estava tomando. -Mas o que é que você tem? Perguntaram todos. -O farmacêutico disse que é uma tal blenorragia – respondeu o bom homem. “E o pior é que passei a doença para a minha santa mulher”... -Blenorragia? Mas que diabo é isso? – perguntou um mais afoito. Um terceiro, mais entendido explicou: “É a tal da guinorréia”! Um por um, todos se retiraram do bar, metade atrás de Marilda pedindo explicações e a outra metade atrás do farmacêutico. Mal sabiam que o “pai da criança” era o próprio...
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