Paulo Afonso - Bahia - 01/09/2025
O Silêncio Que Fala Alto
Por: Itaíbes Paiva
Durante a sessão da Câmara Municipal de Paulo Afonso, o vereador Jailson Oliveira fez uma declaração que, no mínimo, merece atenção e cobrança. Ao se referir ao prefeito e seu irmão, afirmou:
“Sei de todo o seu interesse e do seu irmão em festas, mas não posso dizer aqui, das suas artimanhas quem mais sabe sou eu.”
A frase, dita em plenário, levanta um questionamento inevitável: se o vereador afirma saber de algo grave ou comprometedor sobre o chefe do Executivo, por que não pode dizer ali justamente no espaço institucional onde a verdade deve ser dita com responsabilidade?
A tribuna da Câmara não é lugar para insinuações vazias. É um espaço de representação popular, onde cada palavra tem peso e consequência. Se há algo a ser denunciado, que se faça com clareza, provas e coragem. Se não há, que se evite alimentar o jogo da ambiguidade, que apenas enfraquece o debate público e confunde a população.
O silêncio, nesse caso, fala alto. E a dúvida que fica é: o que está sendo escondido e por quê?
Se um vereador tem conhecimento de condutas ilícitas e se abstém de denunciá-las por conveniência política ou pessoal, pode sim ser questionado por omissão dolosa.
A sociedade não pode ser refém de frases soltas e meias verdades. O papel do vereador é fiscalizar, denunciar quando necessário, e sobretudo, respeitar o povo que o elegeu. Se há artimanhas, que sejam reveladas. Se há apenas retórica, que se assuma a responsabilidade pelo que se diz.
Porque a política precisa de transparência, não de mistério. E o povo de Paulo Afonso merece respostas não enigmas.
Nota da Redação Deste Blog - A Declaração do Vereador e o Silêncio em Paulo Afonso
A declaração do vereador Jailson Oliveira na Câmara Municipal de Paulo Afonso levanta sérios questionamentos. Ao afirmar que o prefeito e seu irmão têm "artimanhas" relacionadas a festas e que "quem mais sabe sou eu", o vereador coloca em xeque a transparência da gestão municipal.
Essa acusação, feita em um espaço público, não pode ser ignorada. É o papel de um vereador fiscalizar o Executivo e, quando há indícios de irregularidades, denunciá-las. A omissão ou a falta de ação por parte de Jailson Oliveira, após a sua própria fala, seria um ato grave que pode ser interpretado como prevaricação.
O silêncio sobre as supostas "artimanhas" levanta uma questão crucial: por que o vereador não revelou o que sabe? Se a declaração for apenas uma manobra política, ela é irresponsável. Se a acusação tiver fundamento, a falta de denúncia pode ser considerada uma omissão que prejudica toda a população de Paulo Afonso.