Publicado em 6 de fevereiro de 2025 por Tribuna da Internet
![Marconi Perillo (PSDB) foto do dia 12 de março de 2023 em Goiânia Goiás — Foto: Diomício Gomes/O Popular](https://s2-g1.glbimg.com/QbmCBDT6yzn7LBman8ZOHHbgHQM=/0x0:1700x1065/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/N/D/taHqvtTxGfd7rle3RnFw/marconi.jpg)
Marconi Perillo é investigado por fatos ocorridos há 13 anos
Honório Jacometto e Gabriela Macêdo
g1 Goiás
O ex-governador Marconi Perillo, que é presidente nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), é um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga suspeitos de desviar recursos da Saúde de Goiás. A informação foi apurada pelo repórter da TV Anhanguera, Honório Jacometto. Os crimes ocorreram durante os anos de 2012 a 2018. Em nota, Marconi Perillo disse que é inocente.
“Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Não encontraram e não encontrarão nada contra mim. Nunca fiz o que narram. Só se fabricarem. Criarem factoides. Mas agora extrapolaram todos os limites e com extrema crueldade. Estão fazendo uma operação por supostos “fatos” acontecidos há 13 anos”, escreveu Marconi.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL – Segundo a investigação, os desvios ocorreram por meio de uma Organização Social (OS) em contratos com o governo estadual da época. A operação Panaceia foi realizada na manhã desta quinta-feira (6) e sequestrou mais de R$ 28 milhões dos investigados.
O sequestro de bens é um mecanismo jurídico que congela recursos de investigados em um processo até que se tenha certeza se foi adquirido com dinheiro do crime.
Ao g1, a OS Gerir repudiou a operação e a considerou como um “ato de retaliação política”. Disse ainda que, como as investigações foram iniciadas há mais de cinco anos, “violaram o princípio constitucional da duração razoável do processo, expondo os investigados a um constrangimento ilegal e injustificado.
CONTROLE INTERNO – O Governo de Goiás informou que a Organização Social em questão nunca prestou serviços à atual gestão e que, a partir de 2019, “foram implementados controles internos para garantir a transparência na aplicação dos recursos públicos”.
A operação cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Goiânia e um em Brasília. Segundo a Polícia Federal, o desvio de dinheiro acontecia por meio de contratos de uma OS com o governo estadual.
A OS firmava contratos com o Governo de Goiás para administrar alguns serviços. Para a execução desses serviços, a OS subcontratava empresas ligadas a políticos e até a administradores da OS. Com a subcontratação, parte do dinheiro recebido por essas empresas retornava aos políticos e aos administradores da OS.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se a moda pega, não fica um, meu irmão… Mas como explicar uma investigação que já dura mais de cinco anos? Se bobear, os crimes estão quase prescrevendo. (C.N.)