Antonio Rocha
Foi um jogo de pingue–pongue, uma partida de tênis de mesa que selou a abertura de relações diplomáticas entre os EUA e a China. Depois disso, o então Presidente Nixon visitou Pequim. Contam, não sei se é lenda, que na conversa oficial entre Nixon e Mao Tsé Tung, o chefe do governo norte–americano perguntou:
– Presidente Mao, vocês não tem medo que os Estados Unidos lancem um ataque atômico sobre a China?
A RESPOSTA DE MAO – “Presidente Nixon”, indagou Mao, quantos habitantes tem os Estados Unidos?
Não entendendo o alcance da pergunta, Nixon respondeu: “Mais de 300 milhões, excelência”.
“Pois bem, Presidente Nixon”, prosseguiu Mao. “ Se os Estados Unidos jogarem bombas atômicas sobre a China, vamos considerar que morram aí uns 300 milhões de chineses. Vai ser muito difícil, Excelência, vai ser doloroso. Mas ainda vão sobrar 700 milhões de chineses, pois temos mais de um bilhão de habitantes. Agora, Sr. Presidente Nixon, se a China lançar um ataque atômico sobre o seu país, ele corre o risco de acabar, afundar no oceano, pois os 300 milhões de norte-americanos morrem. Entende? A questão é matemática, e a China vai continuar existindo”.
RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS – Verdade ou não, até hoje os dois países se aceitam, se toleram, mas se vigiam-se 24 horas por dia.
Já foi citado aqui, mais de uma vez, a expressão: “Quando a China despertar, o mundo tremerá”. Não sei se está na hora da China acordar. Aliás, nem sei se já acordou. Mas não podemos prever o desenrolar da crise do coronavírus. Creio que o mundo não vai desaparecer de vez. Antes disso, faço votos, os cientistas devem descobrir a vacina para combater o corona.
Mas que o mundo está tremendo, de fato está. Há uma incógnita no ar. Ainda não conhecemos a amplitude desta pandemia.
SATÉLITE DOS EUA – É natural que o Brasil sofra muito, por ser satélite dos EUA. O atual governo federal não para de afrontar os chineses, apesar da importância das compras que os chineses fazem conosco. O agronegócio já alertou sobre essa situação e outros setores, também, mas a ideologia tem atrapalhado e muito as relações comerciais que eram boas.
Por ser Semana Santa, lembrei de um filme clássico de Hollywood: “Quo Vadis”, um dos raros filmes estrangeiros que teve mantido o título original, que significa “Aonde vais?” E pergunto: “Quo Vadis, Brasil?