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domingo, abril 12, 2020

Nas urnas de 2022, Jair Bolsonaro enfrentará a si mesmo, além dos outros candidatos


Miguel Paiva | Brasil 247
Charge do Miguel Paiva (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
O presidente Jair Bolsonaro, na minha opinião, iniciou sua campanha eleitoral para as urnas de 2022 adotando o caminho errado de fazer questão de colidir com o ministro Henrique Mandetta e com os governadores estaduais que recomendam o isolamento como etapa decisiva para conter a contaminação acelerada como se verifica nos últimos dias.
O risco de quebrar o isolamento já foi colocado pelo ministro Mandetta, alertando a população quanto a hipótese de um colapso na rede de saúde. Tal situação poderá ocorrer somando-se as pessoas contaminadas com os atendimentos de outras moléstias, como já começa a acontecer no Amazonas.
NÃO ESTÁ NEM AÍ... – Jair Bolsonaro, entretanto, decidiu não levar a sério as recomendações e partiu para uma ofensiva estranha, ao fazer questão de ir as ruas e promover aglomerações nas quais deixa-se fotografar ao lado de populares e apertar as mãos de muitos que o apoiam.
Como se verifica, tudo exatamente ao contrário das determinações não só de Mandetta, mas também por todas as autoridades no assunto. Incrível esse seu posicionamento.
Com tal atitude Bolsonaro comete um segundo equívoco.  Juntar-se a grupos populares nas ruas não vai acrescentar votos na sucessão presidencial, uma vez que o Datafolha já apontou uma perda de 17 pontos percentuais exatamente pelo comportamento que colocou e está colocando em prática.
UM DESSERVIÇO AO POVO – O presidente da República está simplesmente fazendo um desserviço para com a população brasileira. Em função de tudo isso, perde espaço junto aos eleitores de hoje e também aqueles que vão se inscrever na Justiça Eleitoral ao longo dos dois próximos anos. Por isso, o maior adversário de Bolsonaro nas urnas é ele próprio.
Seu maior adversário em matéria de voto sem dúvida é o governador de São Paulo, João Doria, que inclusive já tornou públicas as restrições lançadas sobre a imagem de Bolsonaro. Transportando a realidade de hoje com o que pode ocorrer no futuro, cito João Doria porque todo governador de São Paulo é sempre um candidato em potencial à presidência da República.
UMA DISPUTA EM ABERTO – Além disso, Doria tem trabalhado sua imagem de forma eficiente, assim como Wilson Witzel, no Rio de Janeiro. Mas fiz a ressalva de que essa é uma hipótese com a qual se defronta o presidente da República.
Jair Bolsonaro chegou ao poder combatendo o lulismo, o petismo e a corrupção, fazendo um contraponto que o levou a vitória por larga margem nas urnas. Mas uma parte desse eleitorado hoje tem o impulso impossível de pegar seu voto de volta. Isso é uma coisa. Outra as perspectivas da economia. Não são boas. Como admitiu o próprio ministro Paulo Guedes, o PIB poderá cair atém 4%. Seria um desastre para todos nós.

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