Emilly Behnke
Estadão
Estadão
A viagem do presidente Jair Bolsonaro para o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), foi cancelada. A informação é do porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros. Segundo ele, a questão entre Estados Unidos e Irã não tem relação com o cancelamento.
“Não há absolutamente qualquer ligação ruim com o fato que ocorreu há pouco no Irã e Iraque envolvendo os Estados Unidos”, disse. Barros afirmou, contudo, que a questão da segurança é um dos aspectos analisados pela assessoria, mas que não é um ponto “nem prioritário, nem minoritário”.
“SOMATÓRIO” – “O presidente e equipe de assessores analisa uma série de aspectos (para o cancelamento): aspectos econômicos, de segurança, políticos”, disse. De acordo com o porta-voz, a segurança faz parte de um contexto e não é razão principal para o cancelamento, mas sim o “somatório” de pontos analisados.
O Fórum Econômico é realizado há quase 50 anos e, no encontro, líderes mundiais e chefes das maiores empresas do mundo discutem medidas para o aquecimento da economia global. A reunião deste ano acontecerá entre os dias 21 e 24 deste mês.
VIAGEM PARA ÍNDIA – A viagem para Índia está mantida, mas segue sem previsão de data. “É uma programação praticamente confirmada, onde o presidente participará do aniversário daquela República”, afirmou.
O porta-voz informou, ainda, que a viagem de Bolsonaro para o Guarujá (SP) está prevista para esta quinta-feira, dia 9, às 9h. O presidente viajará na companhia da filha, Laura, de 9 anos. A previsão de retorno é 14 de janeiro, dia em que deverá também participar da reunião do Conselho de Governo.
CHECK UP – Rêgo Barros afirmou ainda o presidente Bolsonaro passou por check up geral pela manhã desta quarta-feira no Hospital da Força Aérea de Brasília (HFAB) e que os resultados foram normais.
Bolsonaro fez exames nas áreas de dermatologia, cardiologia e gastroenterologia, de acordo com o porta-voz, e os resultados disponíveis foram “completamente normais”. É a segunda vez em um mês que Bolsonaro passa por exames desse tipo no local.
BIÓPSIA – No dia 11 de dezembro, Bolsonaro também esteve no HFAB. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), ele retirou lesões no rosto e na orelha e realizou uma cauterização de sinais no tórax e no antebraço. No mesmo dia, o presidente informou que três meses antes havia realizado uma biópsia, para investigar um possível câncer de pele, mas disse que não foram encontradas lesões cancerosas.
Além disso, no dia 23 de dezembro, Bolsonaro foi internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), após levar um tombo no banheiro e bater a cabeça. Lá, ele passou por exames, que não detectaram alterações no cérebro, e recebeu alta no dia seguinte.
“ROINA” – Na terça-feira, Bolsonaro comentou que havia acabado de tomar “três comprimidos”, ao responder uma pergunta sobre a viabilidade de privatizar os Correios até o final do seu mandato, mas disse que se tratava de “rotina”. Ele também lembrou as quatro cirurgias a que foi submetido depois de ter sido esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, durante a campanha eleitoral de 2018.
“É o tal negócio médico, você vai curar? O cara deu remédio. Acabei de tomar três comprimidos em casa. Vou ser curado? Não sei”, disse, acrescentando depois, ao ser perguntado se estava bem: “É rotina. Fiz quatro cesarianas, de 2018 para cá. Quatro cesarianas enormes. Filhos do Adélio”.