Posted on by Tribuna da Internet
José Luís Cardoso Zamith
Após 9 meses de governo como Secretário Chefe da Casa Civil e Governança do Estado do Rio de Janeiro, acrescidos de mais dois meses como executivo do período de transição do novo governo, vou em busca de novos desafios.
Durante este período, meu foco foi fazer o que o estado mais precisava: “muito em muito pouco tempo”.
Ao liderar a transição, eu e minha equipe conseguimos diagnosticar, montar um plano de ação e definir metas e objetivos, como nenhum outro estado da federação, e nem mesmo o governo federal fez. Envolvemos 300 pessoas que saiam, chegavam e aprendiam com o trabalho em andamento. Conseguimos. Iniciamos o governo com um norte claro para todos. Acabávamos de quebrar mais um paradigma: é possível criar um bom plano na administração pública.
Nos 9 meses subsequentes, alcançamos resultados fantásticos. Além de escudar o governador, tomei a frente da gestão e coordenei tudo o que devia e podia ser feito: auxiliei a estruturação das polícias em seus novos modelos organizacionais, já que a segurança pública era a prioridade número 1 do Estado; reorganizei a estrutura administrativa do governo como um todo, com definição de cargos, caixinhas funcionais, remuneração padronizada de gratificações entre secretarias e, minimamente, um job description para as funções a serem exercidas na máquina.
Também consegui manter um contingenciamento de orçamento da ordem de 13 bilhões de reais (apesar das pressões naturais vindas de uma máquina em dificuldades financeiras) e, com isso, o Estado conseguirá fechar as contas pagando a todos – fornecedores e pessoal – até o fim do ano.
Reduzi o custo operacional do governo em quase 1 bilhão de reais e identifiquei e suspendi o pagamento de quase 20 mil servidores não existentes.
Além disso, conduzi as ações para solucionar os principais problemas de curto prazo do estado, em situações difíceis, como um grande project manager, como o Maracanã, o Teleférico do Alemão, o Museu da Imagem e do Som e as milhares de crises diárias.
Auxiliei em feridas abertas para que resolvêssemos definitivamente problemas estruturantes como, por exemplo, a contratação de novos fornecedores para as quentinhas dos presos (cujo contrato já estava na quinta renovação emergencial) conseguindo um novo valor, inferior a 50% do que era pago. Também participei no planejamento e execução de uma solução para uma doença crônica do estado: 1.000 vagas novas para o sistema do DEGASE, a fim de atender os menores infratores em processo de ressocialização e cumprimento de medidas judiciais (algo que jamais foi tocado na gestão dos últimos 20 anos).
No campo do empreendedorismo, criei o LAEP, um laboratório de inovação e capacitação intersetorial com a missão de mostrar que na administração pública é possível empreender. Liderei meu time para acreditar que podíamos fazer diferente, criando projetos, motivando, aproximando-me de todos e me colocando como vanguarda das mudanças.
Primeiro, do lado do cidadão fluminense, reativando a visita guiada ao Palácio Guanabara, ampliando o número de turistas e criando o programa ‘Palácio de Portas Abertas’, com a realização da primeira exposição de documentos históricos do Arquivo Público – neste contexto, em pouco tempo, recebemos mais de 6 mil visitantes. E em segundo, ao atender todo o empresariado e o mundo político de forma célere, correta e proativa, no sentido de resolver e aplicar medidas que contribuíssem para o ambiente econômico do Estado.
Porém, mais do que isso, me portei como CEO de um governo con orçamento de R$ 80 bilhões e mais de 140 mil funcionários, atendendo o presidente da organização – o Governador – e buscando maximizar resultados para os grandes acionistas – o povo fluminense.
Dou um até breve ao meu governador e amigo, Wilson Witzel, que tanto fez por mim e sempre terá a gratidão eterna de seu soldado.
Aos meus servidores, meu muito obrigado e saudades.
Missão cumprida!
ADSUMUS!
José Luís Cardoso Zamith