Carlos Newton
No mandato anterior, durante mais de cinco anos, o senador Magno Malta (PR/ES), lutou contra o projeto de lei 122/06, de autoria da ex-senadora Fátima Cleide (PT/RO), que transformava homofobia em crime, conseguindo apoio para arquivá-lo no final da legislatura. Mas o projeto foi restabelecido pela senadora Marta Suplicy (PT/SP) e vai entrar novamente em votação.
Magno Malta não acredita na aprovação, dizendo que “o PL 122 já voltou morto e sepultado”, e até ameaça renunciar ao mandato, em caso contrário. “Se o Projeto de Lei 122, que excita a criação de um terceiro sexo, for aprovado, com dignidade de cristão, renuncio do mandato de senador da República”.
A posição do senador, que é pastor evangélico e preside a Frente Parlamentar Mista Permanente em Defesa da Família Brasileira, baseia-se em pesquisa encomendada recentemente pelo Ministério da Educação, indicando que a polêmica da homossexualidade incomoda 87% da população.
“A grande maioria não aceita mudanças radicais no comportamento social. A pauta hoje ficou restrita aos interessados e ao parlamento, a sociedade não foi ouvida e prefere manter o assunto também sepultado. Por isso, em defesa dos verdadeiros valores agregados no coração da família brasileira, renunciarei meu mandato, se o PL 122 for aprovado”, insiste Magno Malta.
BRIGANDO COM JEAN WILLIS
Magno Malta afirma que “criar castas, mudar costumes enraizados pela própria natureza e proteger a minoria com privilégios são fatos reais que ferem a justiça social em toda conjuntura. Preconceito é cegueira moral, não aceito nem a intolerância e conceito imparcial. Não estou legislando em causa própria, mas no mais legitimo dever de defender a família estruturada, o futuro de uma geração e de forma geral a vida na sua essência divina”. E prossegue:
“Legislar em causa própria, com preconceito e calúnia, é grave. Não faço e nem aceito. Vou interpelar judicialmente o deputado federal Jean Willis (PSOL/RJ) que tem declarado para a imprensa que sou de má fé ao relacionar homossexualismo com pedofilia. Nunca afirmei isso. Pelo contrário, defendi o Vaticano mostrando a realidade dos fatos como comportamentos distintos e sem relação na grande maioria das vezes”, revelou Magno Malta, que presidiu a CPI da Pedofilia.
Por várias vezes na imprensa nacional e também durante o Seminário do Direito Homoafetivo, realizado na UFES, em Vitória, Jean Willis fez tal denúncia e foi imediatamente repudiado pelo senador Magno Malta. “Nunca afirmei tal relação. De minha boca não saiu tal declaração. Eu respeito à opção sexual de cada cidadão. No meu partido, temos o vereador Moacir Sélia, o Moa, um travesti de muito respeito. Fizemos campanha juntos, lado a lado. É meu amigo. Por isso, não fico calado só escutando sem agir olhando nos olhos da pessoa. É o que vou fazer com o Deputado Jean, quero saber dele qual comprovação ele tem para afirmar que estou agindo de má fé”, concluiu Magno Malta.
Fonte: Tribuna da Imprensa