Folha de S.Paulo
Depois de liberar manifestações pró-maconha no país, o STF (Supremo Tribunal Federal) pode analisar o uso religioso da droga. A proposta foi defendida pelo ministro Celso de Mello.
Relator da ação que liberou as chamadas marchas da maconha, ele afirmou que "praticamente sugeriu", em seu voto anteontem, que seja proposta uma ação pela legalização do uso da droga por religiões.
Para ele, a Constituição garante a liberdade religiosa, "considerada em suas múltiplas projeções, como aquela que compreende a proteção constitucional das manifestações litúrgicas".
O ministro lembrou que existem resoluções do governo que permitem o uso de substâncias psicotrópicas, como o chá de ayahuasca, por igrejas como Santo Daime e União do Vegetal. A permissão, diz, está vinculada à "liberdade de crença, culto, organização religiosa e a liberdade contra a interferência do Estado".
Fonte: Agora