A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou ontem a primeira morte provocada pela influenza A (H1N1) – gruipe suína este ano. A vítima era uma mulher de 48 anos que morava na cidade de Anta Gorda e que apresentou os primeiros sintomas da doença no fim de maio. A morte foi registrada na segunda-feira (6) no Hospital de Caridade de Três Passos. Até o momento, o estado tem três casos confirmados e 87 suspeitos.
A Secretaria de Sáude do Rio Grande do Sul (RS) informou que, mesmo com a confirmação da primeira morte do ano, a doença está sob controle no estado. Todos os municípios têm em estoque medicamentos antivirais e insumos necessários para enfrentar a circulação do vírus Influenza H1N1.
A secretaria orienta a população para que mantenha medidas de prevenção, como lavar as mãos com água e sabão com frequência e não compartilhar talheres e objetos de uso pessoal. A pessoa que apresentar sintomas de gripe como febre, tosse e dores no corpo deve cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir e espirrar, além de se afastar de suas atividades por uma semana.
Também é importante manter os ambientes limpos e ventilados, sobretudo locais úmidos e frios, que favorecem a multiplicação do vírus. A higienização das mãos com álcool gel é indicada na prevenção em locais públicos e com grande circulação de pessoas.
Pessoas que fazem parte dos chamados grupos de risco (gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos de idade, idosos, indígenas e profissionais de saúde) que ainda não se vacinaram devem procurar os postos de saúde.
Três tipos de gripe ameaçam saúde do brasileiro
Mutante e imprevisível, a gripe invariavelmente volta à cena nas épocas de baixas temperaturas, período em que acumula pacientes nos hospitais do País. Depois da experiência com o rosto inédito e agressivo da gripe A H1N1, especialistas estimam que três tipos estarão circulando no Brasil durante o período de frio.
Além do já famoso e recente H1N1 (causador da chamada gripe suína), os brasileiros enfrentarão os antigos H3N2 e o vírus tipo B da gripe. A epidemia do influenza H1N1 em 2009 e 2010 mostrou a faceta nova do vírus, drástica e perigosa.
Embora o conhecimento adquirido ajude a ampliar a proteção, este ano os brasileiros não estão livres de assistir a um fenômeno parecido com o vivido nos dois últimos anos, alertam especialistas.
O trio de vírus que deve ameaçar a saúde dos brasileiros neste inverno tem comportamento e gravidade semelhantes. Segundo Nancy Ballei, professora, diretora e coordenadora do Setor de Viroses Respiratórias da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o vírus H1N1, com o passar dos anos, vai transformar-se em sazonal, assim como os demais.
“É impossível dizer qual será o mais prevalente. Não sabemos o quanto de cada um irá circular. Os números são extremamente variáveis, mesmo em regiões próximas. O vírus tipo B e H3N2 são perigosos como o H1N1.”
Fonte: Tribuna da Bahia