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quarta-feira, junho 15, 2011

Alguns filósofos políticos e suas lições

Sebastião Nery

Do ventre das mulheres, de cabeça de juiz e da boca das urnas nunca se sabe o que vai sair. (Bias Fortes – MG).

Prefiro dormir no chão a cair da cama. (Idem).

Lá em Minas reflorestamento a gente faz com eucalipto, porque em dez anos já é uma árvore secular. (Benedito Valadares – MG).

Conversa de mais de dois é comício. (Idem).

Reunião, só depois do assunto resolvido. (Idem).

Povo é bom visto do palanque. (José Maria Alkmin – MG).

Bom não é ser governo. É ser amigo do governo. (Idem).

Meu filho, eu sou tão velho, tão antigo, que sou de um tempo em que calcinha era peça íntima. (Marcial Dias Pequeno – RJ).

Falar não sei, mas sei dizer. (Domingos – BA).

Opinião pública é cheque sem fundo. (José Abílio – PE).

Prestígio de coronel é como grama: quanto mais corta mais ele cresce. (Idem).

Quando o pasto pega fogo, preá cai no brejo. (Vitorino Freire – MA).

O risco que corre o pau corre o machado. (Idem).

Eu não sou Zagallo. Não jogo para empate. (Idem).

A luz que vai na frente é a que clareia mais. (Teodorico Bezerra – RN).

A política é feita de tudo que é bom: música, foguetão, baile, passeata, dança, flores e aplausos. (Idem).

O adiamento de uma luta incerta é sempre uma vitória. (Pinheiro Machado – RS).

***

DUAS HISTÓRIAS

1) 0 major João José, da PM, era muito popular em Aracaju. Foi dar uma aula aos soldados:

— Vocês sabem o nome desse aparelho? É búscola. Serve para dar a direção. No meu tempo não tinha nada disso não. Era norte pra frente e sul pra trás.

***

2) José Maria Alkmin encontra-se com dona Lia Salgado, famosa soprano mineira:

— Mas como a senhora está jovem, dona Lia.

— Qual o quê, dr. Alkmin, já sou até avó.

— A senhora pode ser avó por merecimento. Jamais por antiguidade.

***

FRASES DE AGRIPINO GRIECO

1 – Mineiro dá bom dia. porque bom dia volta logo. É a terra onde olho vê, mão tira e pé corre. Por isso dá tanto banqueiro lá. O que é o batedor de carteira senão um banqueiro apressado?

2 – O primeiro artigo sobre o Gilberto Freire quem escreveu fui eu. Casa Grande e Senzala é um livro bem pensado e mal escrito. Pensado na casa-grande e escrito na senzala.

3 – O Ataulfo de Paiva era tão medíocre, cabeça tão vazia, que quem comesse os miolos dele podia comungar.

4 – Em Campinas, um professor me saudou dizendo: “Desta cidade saíram muitos homens de talento”. Aparteei: “Saíram todos”. Ficaram furiosos comigo.

5 – Em Campos, acabei minha conferência dizendo: “O Rio Paraíba passa por aqui e fica tão envergonhado que se joga no mar”. Também não gostaram.

6 – Em Feira de Santana, no hotel, uma velha professora estava em prantos porque seu marido, um português, fugiu levando tudo dela. Perguntei-lhe: “A senhora, tanto tempo professora, e não conhecia o português?”

terça-feira, 14 de junho de 2011 | 18:18

Sindicalistas advertem: demissões em Furnas podem causar apagão

Carlos Newton

Se não houver uma solução positiva para o problema dos contratados e servidores absorvidos por Furnas, que se encontram há mais de 10 anos trabalhando na empresa, o fornecimento de energia elétrica no país corre o risco de sofrer interrupção, repetindo o apagão de 2001 no governo FHC. A advertência é do secretário-geral do Sintergia, Luiz Fernando Souza, e do diretor da Associação dos Empregados de Furnas, Jordan Drumond Pimenta.

A empresa possui 6.586 empregados e não tem condições de funcionar com apenas 3.786, exatamente os mais antigos, a maioria já completando o tempo para aposentadoria. Furnas produz e transmite 41% da energia consumida no país e abastece áreas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, responsáveis por 63 por cento do PIB nacional.

A questão – frisaram os dois sindicalistas – vem se arrastando na Justiça, enquanto se espera uma decisão da presidente Dilma Rousseff, criando um estatuto com base no art. 173 da Constituição. Não só em relação a Furnas, que possui 2,8 mil contratados, mas incluindo a Petrobras, que tem 291 mil, e o Banco do Brasil com mais de 30 mil, além dos contratados da Caixa Econômica Federal e dos Correios.

No setor elétrico, se houver demissões ou greve, a primeira cidade atingida será Brasília. Pois dos 156 trabalhadores que operam a subestação de Samambaia, responsável pelo abastecimento da capital, 147 são contratados.

No final da tarde de terça-feira, houve uma reunião dos contratados, nas dependências de Furnas, que contou inclusive com a presença e o apoio do engenheiro Flavio Decat, presidente da estatal, e que acentuou seu empenho em resolver o problema.

Luiz Fernando Souza e Jordan Drumond Pimenta destacaram a importância, para Furnas, de todos os empregados, de forma geral, agirem para fortalecer Flavio Decat. Lembraram que antes do governo Collor, Furnas possuía em seus quadros 12.500 servidores. Mas com o programa de demissões incentivadas de então, que visava privatizá-la, esse número recuou para apenas 2.400. A empresa estava para ser vendida com um passivo muito pequeno, como convém aos compradores.

Hoje, reúne 6.586, quadro reduzido, sobretudo levando-se em conta sua expansão nos setores de geração e transmissão dentro do PAC. Além das hidrelétricas de Santo Antonio, Simplício e Batalha, Furnas comanda a construção da maior linha de transmissão de energia do mundo, de Porto Velho, em Rondônia, até Araraquara, em São Paulo. Essa linha vai do Rio Madeira até o maior centro de produção industrial brasileiro.

Fonte: Tribuna da Imprensa

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