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quarta-feira, junho 02, 2010

Policiais obrigam jovens a dançar 'Rebolation' no Pará

Léo Arcoverde e Folha de S.Paulo
do Agora

A Polícia Militar do Pará instaurou um procedimento administrativo para identificar os supostos policiais que aparecem em um vídeo obrigando três jovens a dançarem uma versão do hit "Rebolation", do grupo de axé Parangolé. As imagens foram postadas no YouTube no último sábado. Nelas, três jovens dançam, próximos a uma parede, enquanto um suposto policial canta. Pouco antes de ele começar a cantar, um outro homem, que não aparece, chama os garotos de "trio do baculejo".

O termo é usado nas regiões Norte e Nordeste para descrever o ato de busca pessoal feito por policiais. Por esse motivo, no refrão, o suposto PM canta "baculation", em vez de "rebolation".

Segundo o major Jorge Vasconcelos, da assessoria de comunicação da PM, a Corregedoria já sabe quem postou o vídeo. "As mães dos adolescentes que aparecem no vídeo foram à Defensoria Pública. Elas vão dizer o local no qual ocorreu a gravação. Com essa informação, vamos poder identificar qual era a equipe que estava lá", disse.

A PM informou que, pelas imagens, ainda não foi possível identificar os PMs, pois aparece apenas o braço de um deles. A assessoria da corporação não disse quais punições podem ser aplicadas aos policiais.

Brasileira relata violência em ação israelense

Folha de S.Paulo

JERUSALÉM -- A cineasta brasileira Iara Lee, que estava a bordo de um dos navios interceptados na madrugada de segunda-feira, contou que Israel usou força "indiscriminada" na ação que resultou na morte de nove ativistas e deixou dezenas de feridos.

Iara conversou com a reportagem por telefone do presídio de Elah, na cidade de Beer Sheva (80 km ao sul de Israel). Junto com ela estão detidos 680 ativistas que estavam na frota de seis navios que tentava romper o bloqueio israelense e levar ajuda humanitária para a faixa de Gaza.

A cineasta, que divide a cela com outra ativista, contou que os soldados entraram no navio atirando, o que contraria a versão israelense e contrasta com as imagens divulgadas, que mostram os militares sendo agredidos assim que entraram na embarcação.

"Foi uma coisa de surpresa, de repente", disse a cineasta. "Eu esperava que eles atirassem nas pernas ou para o alto, só para aterrorizar as pessoas, mas eles foram atirando direto, alguns foram atingidos na cabeça."

A cineasta se negou a assinar um documento afirmando que entrou ilegalmente em Israel, o que aceleraria sua deportação do país. Ontem à noite, no entanto, o governo israelense cedeu à pressão internacional e anunciou que todos os detidos serão deportados imediatamente.

Os confrontos que resultaram nas mortes dos ativistas ocorreram a bordo do navio Mari Marmara, a maior embarcação de passageiros da frota, onde havia mais de 500 ativistas.

Perfil
Produtora e cineasta brasileira de ascendência coreana, Ira Lee, ex-mulher de Leon Cakoff, diretor da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, é radicada nos EUA desde 1989. Em 2006 foi morar no Líbano. Dois anos depois foi viver no Irã, onde afirma ter trabalhado para melhorar as relações entre o país e os EUA.

Ela garante que pretende continuar no ativismo político, especialmente contra o bloqueio a Gaza.

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TCU condena ex-prefeito de Nova Itarana

Thiago Pereira

O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-prefeito de Nova Itarana ,Theonas Silva Rebouças, a devolver a quantia de R$ 648.394,08, valor atualizado, à Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Segundo o TCU, o ex-prefeito não comprovou a aplicação dos recursos repassados pela Funasa ao município, localizado na região Sudeste da Bahia. A verba seria destinada à ações de melhoria nas condições sanitárias de casas da cidade.

Theonas Silva também foi multado em R$ 35 mil. Os valores da multa e da condenação deverão ser recolhidos no prazo de 15 dias.

Uma cópia da decisão foi enviada à Procuradoria da República no Estado da Bahia para que sejam tomadas as devidas providências. O ministro-substituto Weder de Oliveira foi o relator do processo. Cabe recurso da decisão.

Fonte: Tribuna da Bahia

Servidores da Justiça mantêm greve

Ludmilla Cohim

Vestidos de preto e carregando cruzes, os servidores da Justiça Federal realizaram, na tarde de ontem, após debate, um ato público no Centro Administrativo (CAB) em protesto contra a situação do Plano de Cargo e Salário (PCS) da categoria. Os manifestantes saíram em passeata pela Avenida Paralela, parando na Assembleia Legislativa em solidariedade aos servidores do Poder Judiciário Estadual, que também estão em greve desde o mês de maio.

A categoria é contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 549/09 que propõe o congelamento da despesa dos servidores por 10 anos sem concurso público e além disso lutam em defesa do Pl6613 que sugere o plano de cargos e dos salários.

Sem avanço nas negociações, a classe permanece em greve por tempo indeterminado há 23 dias.
O coordenador-geral do Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal (Sindjufe-BA), Rogério Fagundes, enfatiza que o objetivo da manifestação é apresentar à sociedade os contratempos originados pela não realização de concursos para provimento de cargos e a diminuição da verba reservada para reformas e ampliações de espaços.

“Estamos cientes que a paralisação prejudica a população, mas tivemos que deflagrar a greve por tempo indeterminado em decorrência da necessidade de valorização do serviço público e da falta de acordo por parte do Governo e do Judiciário. Estamos com baixo efetivo e, sem concurso, ficamos assoberbados de trabalho. Temos a esperança de que haja um acordo para que possamos voltar a operar”, conta.

Conforme relata a servidora e diretora do Sindjufe-BA, Denise Carneiro, anteontem houve uma reunião com o secretário de Recursos Humanos do Supremo Tribunal Federal (STF), Amarildo Vieira, quando foi exposta a atual situação dos trabalhadores. Na oportunidade, os líderes sindicais entregaram um documento de apoio ao projeto de revisão salarial da categoria. “O Supremo ficou de chegar a um acordo e, a depender do que ele nos apresente, vamos nos reunir com a categoria em Assembleia Geral na quarta-feira da próxima semana, às 10 horas, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), localizado no Comércio, e decidir se vamos ou não continuar com a greve”, explica.

O coordenador-geral do sindicato contou à Tribuna que o Plano de Cargo e Salário (PCS) da categoria está sendo discutido pelos Diretores Gerais dos Tribunais Superiores, em Brasília, e, a depender da negociação, os servidores podem ser beneficiados com o parcelamento do reajuste em duas vezes, com parcelas em janeiro e julho de 2011.

Fonte: Tribuna da Bahia

Filas em supermercados podem estar com os dias contados

Thiago Pereira

Filas enormes, caixas sem atendentes, tempo desperdiçado. A realidade tão comum aos supermercados da capital baiana pode estar prestes a chegar ao fim. A Câmara Municipal estuda um Projeto de Lei que estabelece tempo máximo para o atendimento de clientes em fila para pagamento, assim como já ocorre nos bancos, onde o tempo de espera não pode ultrapassar 15 minutos.

A proposta, de autoria do vereador Pedrinho Pepê (PMDB), estabelece a espera de 10 minutos para guichês destinados a pequenas compras, 15 minutos para caixas normais em dias úteis, e 25 minutos aos sábados, domingos, feriados e vésperas de feriados.

“Estou, em verdade, protegendo o consumidor, limitando o tempo de espera nas filas dos caixas”, justificou o autor do projeto. Segundo Pedrinho Pepê, o longo tempo em filas nos caixas dos hipermercados, supermercados e grandes magazines constitui-se em desrespeito e mau-trato aos consumidores. Além de causar irritação, estresse e afetar a qualidade de vida das pessoas.

Conforme o projeto de lei, os estabelecimentos que desrespeitarem o tempo máximo de espera serão multados em R$ 2 mil na primeira autuação. O valor aumentará para R$ 5 mil em caso de reincidência ou no caso da situação não ser regularizada nos prazos estabelecidos pelo órgão fiscalizador.

A matéria seguirá para as comissões temáticas da Câmara. Ele inda deve ser analisado e votado pelos vereadores e sancionado pelo prefeito João Henrique para entrar em vigor.
Fonte: Tribuna da Bahia

Vereador acusado de estuprar adolescente de 14 anos está foragido


Uma mulher que teria ajudado o parlamentar a levar a garota até o motel está presa

Gladson Angeli atualizado em 01/06/2010 às 16:25

O vereador Vanderlei Roberto Silva (PSDB), do município de Palmas, na região Sul do Paraná, é considerado foragido da Justiça. O parlamentar, conhecido na cidade como Cabrito, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) em junho do ano passado pelo estupro de uma adolescente de 14 anos. Ele chegou a ficar preso por cinco dias, mas conseguiu um habeas corpus e foi solto. Na quinta-feira (27) o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) mandou prender o vereador novamente.

Segundo o MP-PR, os desembargadores da 5ª Câmara do TJ reconheceram, por unanimidade, a necessidade do vereador permanecer detido e restabeleceram os efeitos da prisão preventiva. Policiais da região estão com o mandado, mas desde segunda-feira (31) Cabrito não é visto na cidade. Iotânia Ferraz de Campos, que teria ajudado o vereador a cometer o crime, levando a garota ao motel onde foi praticada a violência, está presa.

O crime teria ocorrido em outubro de 2008. Com medo de represálias, a menina só denunciou a violência em março de 2009, quando começaram as investigações. Iotânia teria convencido a menina a entrar no carro do vereador para fazer uma entrevista de emprego.

A jovem foi obrigada a se esconder quando passou pela portaria do motel, enquanto Iotânia teria permanecido no veículo. O exame de conjunção carnal, feito no Instituto Médico-Legal (IML) em abril, constatou que a garota havia tido relações.

A denúncia foi proposta pela promotora de Justiça Danielle Garcez da Silva. “Eleito pelo povo palmense, detentor de elementos aptos a influenciar a opinião pública e conhecedor da engrenagem de uma Câmara Municipal, e certamente das leis, o denunciado infringiu todos os postulados da ética, da moral e das normas. Optou pelo caminho do crime, crente na impunidade, vez que acreditava que praticaria um delito contra os costumes, contra a liberdade sexual, aliás, o pior deles, o estupro, e que permaneceria impune", argumentou a promotora na denúncia.

O vereador é casado, pai de uma adolescente e trabalha numa empresa de construção civil. Ele cumpre seu segundo mandato. O estupro tem pena de seis a dez anos de prisão e é considerado crime hediondo.

O advogado Expedito Stefanello Lago, que representa o vereador, negou que seu cliente esteja foragido. “Ele está viajando para fazer um tratamento de saúde e ficou sabendo ontem (segunda-feira) da prisão preventiva”. Lago disse que o parlamentar vai se apresentar à polícia até o início da próxima semana.

Para o advogado, a acusação de estupro é uma armação dos adversários políticos de Silva. “Essa acusação é completamente improcedente. Tudo foi armado pelos adversários para manchar a reputação dele”, afirmou.
Fonte: Gazeta do Povo

Sindicato da boquinha

dora kramer


Há quem cobre dessas entidades atitude isenta. Seria obrigá-las a transitar no terreno do obscuro. Muito melhor que assumam suas posições de maneira transparente, inequívoca. Não há mal nem crime na opinião


O deputado Arnaldo Madeira é um homem muito educado. Diz que o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, revela “desonestidade intelectual” ao afirmar que “esse sujeito [José Serra] vai mexer no Fundo de Garantia, nas férias, na licença-maternidade, vai tirar os direitos dos trabalhadores”, caso seja eleito presidente.

Supõe que o notório Paulinho da Força tenha uma pálida ideia do que seja intelecto. O negócio dele é ação. Pragmática. Quanto ao “sujeito”, é a maneira dele de indicar veemência no contraditório: desqualificando o objeto à falta de qualidade no verbo.

Na campanha presidencial de 2002 era vice de Ciro Gomes. Acusado em processo por desvio de recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador, atirou na corregedora-geral da União, Anadyr de Mendonça: “Logo se vê que é uma mulher amarga, mal-amada.”

Seis anos depois, acusado pela Polícia Federal em esquema de envolvimento em desvio de verbas do BNDES, foi absolvido por seus pares em processo por quebra de decoro parlamentar no igualmente notório Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Antes havia prometido “mexer os pauzinhos”, vale dizer, dar um jeitinho de encaminhar o resultado na direção do seu interesse.

Agora se apresenta como comandante em chefe das tropas sindicalistas para dar combate sem trégua à candidatura presidencial da oposição, movido pela mesma filosofia de que os fins justificam os meios.

Qual o fim? “Não deixar José Serra ganhar a eleição.” Descontada a truculência, é uma preferência e até aí nada demais Pessoas, partidos, sindicatos, movimentos sociais, entidades, organizações, cada qual se manifesta como pode, como quer e como sabe a favor de quem quiser.

Mas não vale fazer isso no manejo de poderosas máquinas financiadas com dinheiro público, a soldo do mesmo governo para o qual defendem continuidade, atribuindo a outrem propostas fictícias a fim de atemorizar o eleitorado e pior: agindo em estado de franco desacato à lei em vigor.

A virulência – traduzida na figura de Paulo Pereira apenas por ser o de histórico e gestual mais abusado – das centrais e sindicatos não é normal para quem simplesmente está envolvido como parte num embate eleitoral.

Há quem cobre dessas entidades atitude isenta. Seria obrigá-las a transitar no terreno do obscuro. Muito melhor que assumam suas posições de maneira transparente, inequívoca. Não há mal nem crime na opinião.

O ilícito aqui reside no patrocínio público da campanha e na transgressão à Lei Eleitoral. No campo da ética, o desvio se manifesta na ausência de maior clareza a respeito das razões, não do apoio à candidatura governista, do quase pavor ante a possibilidade de que a democracia expresse como resultado a alternância do poder.

Não é pelo dito: “Esse sujeito vai tirar os direitos dos trabalhadores.”

É pelo não dito: pelo temor das centrais e dos sindicatos de perderem o maná que a todos abriga no aparelho de Estado. Regra vigente desde que Lula abandonou o melhor discurso desses quase oito anos de governo, feito no primeiro ano do primeiro mandato na forma de um diagnóstico perfeito sobre a necessidade de uma reforma sindical.

De convicto defensor do sindicalismo livre das amarras do oficialismo, passou a persuasivo executor da política de cooptação de sindicalistas subservientes às benesses do Estado, dando início a uma nova geração de pelegos. Logo Lula que, quase trinta anos antes, havia ajudado a pôr a velha pelegada para correr.

Sinistrose

Fernando Pimentel repudia acusações de que tenha sido o mentor da montagem de uma central de produções de dossiês da campanha do PT numa casa do Lago Sul, em Brasília. Aos próximos confidencia: “Os aloprados são os outros.”

Mais não detalha nem especifica.

Do outro lado da crise a noção da geografia específica localiza apenas, em posto de comando, personagem afeito a lutas políticas de peso conhecido em São Paulo na década dos 80 pelo apelido de “anão sinistro”.

Fonte: Gazeta do Povo

Dilma tem que apelar para o grito

Carlos Chagas

No PT, não é raro baixarem os espíritos do Dedé, do Didi e, literalmente, dos saudosos Mussum e Zacarias. Ao longo dos anos, o partido proporcionou inúmeras trapalhadas, do mensalão aos aloprados, das ONGs fajutas aos cartões corporativos, para não falar nas constantes escaramuças entre seus próprios dirigentes. O presidente Lula tem conseguido ficar à margem, mesmo sem deixar de ressentir-se do comportamento dos companheiros: costuma enquadrá-los no grito.

Deveria a candidata Dilma Rousseff seguir o exemplo do chefe. Ainda agora a imprensa anda cheia de informes e de especulações sobre crises em seu comando de campanha. Rui Falcão de um lado, Fernando Pimentel de outro, sem esquecer José Eduardo Dutra, João Santana e um monte de penduricalhos sem maior nome. Deveria a ex-ministra passar ao largo dessas lambanças, se possível voltando aos tempos em que comandava as Minas e Energia e, depois, a Casa Civil, mais ou menos como um sargento dá ordem unida e enquadra os subordinados. Para botar ordem em sua campanha, maliciosamente atacada pelos adversários, só mesmo no grito.

A situação tomou caminhos de crise pelo simples motivo de que Dilma cresceu nas pesquisas, ultrapassou Serra e demonstra razoáveis condições de chegar em primeiro lugar na corrida de outubro. Como conseqüência, digladiam-se certos companheiros postados à sua volta, aspirando postos de influência em seu possível governo. Melhor seria, para ela, dar o “basta” enquanto é tempo, fechar o cenho e obrigar todos a marcharem de passo certo, sob o risco de deixarem o batalhão.

Imprescindíve não é, mas…

Não será um retrocesso, muito menos uma catástrofe, caso no próximo dia 12, em Salvador, José Serra seja oficialmente sagrado candidato sem saber quem será seu candidato à vice-presidência. É preciso reconhecer, porém, que muito melhor figura fariam os tucanos se já pudessem apresentar a chapa completa.

Ficando cada vez mais longínqua a hipótese de Aécio Neves aceitar a indicação, por que não começar a selecionar os possíveis companheiros do ex-governador? Nomes não faltam, dos que aspiram e dos que pulam fora. Francisco Dornelles, do PP, José Agripino e Marco Maciel, do DEM, Tasso Jereissati e Sérgio Guerra, do PSDB, Kátia Abreu, da CNA e quantos mais?

Tempo haverá para protelações e maiores buscas, mas é bom buscar exemplos no passado. Jânio Quadros teve que engolir Leandro Maciel, que não suportava, até que depois do episódio de uma renúncia de mentirinha, a UDN apresentou o melhor de seus quadros, Milton Campos, aceito com toda pompa e circunstância. Os dois percorreram o país no mesmo avião, compensando o histrionismo de um com a força moral do outro. Naqueles idos votava-se para presidente e para vice em separado, registrando-se manobra até hoje pouco clara de sabotagem do saudoso mineiro, derrotado por João Goulart, do lado de lá.

Serra precisa de um Milton Campos, não de um Leandro Maciel…

“O Lott já foi …”

Como o passado continua sendo nosso maior tesouro, mesmo quando não diz o que fazer, mas o que evitar, vai uma historinha relacionada com a nota anterior.

Próximo de outubro de 1960, com o favoritismo de Jânio Quadros dominando todos os cálculos eleitorais, muitos políticos tentaram tirar proveito dos ventos favoráveis, pressionando para que o candidato visitasse seus redutos. Era impossível percorrer todos os municípios do país, apesar de a média de seis por dia, por todos os estados. Foi quando o candidato encontrou uma saída elegante para eximir-se da missão impossível: “Cabrobó das Farinhas? Não preciso ir lá. O Lott já foi…”

Referia-se ao seu principal adversário, o mais honesto porém o mais enfadonho dos candidatos.

Nós a desatar de imediato

Qualquer dia desses o presidente Lula acaba explodindo. Os impasses entre o PT e seus aliados continuam inconclusos, nas eleições para os governos estaduais. No Rio Grande do Sul não há como obter a desistência de José Fogaça, do PMDB, em favor de Tarso Genro, do PT. Em Santa Catarina, Ideli Salvatti, do PT, não abre mão de disputar, levando o ex-governador Luiz Henrique, do PMDB, para os braços dos tucanos e democratas. No Paraná, o governador Orlando Pessutti, do PMDB, não abre mão para Osmar Dias, do PDT, o preferido do Lula. Em São Paulo, Orestes Quércia leva a metade do PMDB para Geraldo Alckmin, do PSDB, ao tempo em que Michel Temer, do PMDB, vice de Dilma, custa a engolir Aloísio Mercadante, do PT. Em Minas, Hélio Costa, do PMDB, ameaça aproximar-se de Serra caso Fernando Pimentel, do PT, não desista de candidatar-se.

Na Bahia, em Pernambuco, no Ceará, no Maranhão e no Pará, as trapalhadas se repetem. São todos nós a desatar, pode ser que pela paciência do presidente Lula, caso algum auxiliar não lembra a ele o exemplo de Alexandre, do Grande, que usou a espada para livrar-se do nó górdio…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Amantes de padre pedem em carta que papa acabe com o celibato

Parcela da Igreja Católica já apoia o fim do celibato, mas Bento XVI o considera "sagrado"


Redação CORREIO

Representantes de um grupo de mulheres que dizem ser amantes de padres divulgaram uma carta aberta para o Vaticano pedindo o fim do celibato para os sacerdotes. O grupo, formado por quase 40 mulheres, é baseado na Itália e se comunica através da internet.

A carta direcionada ao papa Bento XVI foi assinada somente por três mulheres, Antonella Carisio, Maria Grazia Filipucci e Stefania Salomone. As outras preferiram permanecer no anonimato. O grupo existe desde 2007.

"Estamos acostumadas a viver de forma anônima os poucos momentos que os padres nos concedem e vivemos diariamente o medo e as inseguranças dos nossos homens, suprindo suas carências afetivas e sofrendo as consequências da obrigação do celibato", diz o texto, que também foi encaminhado para a imprensa italiana.

O celibato dos padres tem sido muito debatido desde o estouro dos escândalos de abusos sexuais por parte dos sacerdotes católicos. Apesar de uma parcela da Igreja Católica apoiar o fim do celibato, o papa já se manifestou dizendo que este é "sagrado".

Uma das mulheres que assina a carta, Antonella Carisio, diz que teve um caso com um padre brasileiro que se hospedava constantemente em sua casa. Quando a relação foi descoberta o padre, que trabalhava na Itália, foi transferido para outra cidade. "Quando ele foi embora, até me deu um anel de noivado", disse ao jornal inglês Guardian. O padre, que voltou ao Brasil, negou qualquer envolvimento. "Ela era uma amiga e uma confidente, mas eu não tive um caso com ela".

A carta conclui dizendo que os padres "precisam viver com os outros seres humanos, experimentando sentimentos, amando e sendo amados".

Fonte: Correio da Bahia

Sete parlamentares baianos integram a lista dos influentes

Ludmilla Duarte l Sucursal Brasília

>>Confira a série “Cabeças do Congresso Nacional” desde 1999

São sete os parlamentares baianos que integram, este ano, a lista de “100 Cabeças” do Congresso Nacional elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) – uma organização não-governamental composta por representantes de 900 entidades sindicais do País e que se dedica a acompanhar a atuação dos três poderes da República.

O Diap, que observa o Parlamento há 17 anos, leva em conta a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações dos 513 deputados e 81 senadores, e costuma dizer que os 100 selecionados anualmente compõem a “elite do Congresso” por seu protagonismo no processo legislativo.

Desde 1994, 26 baianos tiveram o nome incluído na lista: o falecido senador Antonio Carlos Magalhães apareceu dez vezes, o governador Jaques Wagner, quando deputado federal, foi um dos Cabeças por oito vezes, Josaphat Marinho visitou a lista por cinco vezes – assim como Prisco Viana –, e Luís Eduardo Magalhães foi um dos 100 por quatro vezes, entre outros.

A julgar pela avaliação do Diap, os deputados baianos ficam entre os mais atuantes do País. Seus nomes apareceram entre os 100 por 121 vezes nesses 17 anos, próximo da performance dos parlamentares de Minas Gerais (128 vezes), Pernambuco (125) e não muito longe do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, cujas bancadas já compuseram a “elite do Congresso” por 155 vezes.

São Paulo tem os parlamentares, de longe, mais citados pelo Diap, 356 vezes, sendo que neste ano 20 paulistas estão entre os 100. Pernambuco e Rio têm o mesmo número da Bahia, sete parlamentares, e Minas aparece com quatro.

Nenhum dos três senadores baianos (João Durval, do PDT, Antonio Carlos Júnior, do DEM, e César Borges, PR) foi incluído em 2010. No material que veiculou à imprensa, o Diap informa que dois baianos, entre outros parlamentares, ficaram de fora da lista apenas porque se licenciaram em 2009 para assumir outras funções: Geddel Vieira Lima (PMDB) e Walter Pinheiro (PT), figuras tarimbadas do ranking da organização (já apareceram 11 e 12 vezes, respectivamente).

Marina Silva (PV) e Ciro Gomes (PSB), por exemplo, ficaram na mesma situação. É que somente parlamentares em efetivo exercício do mandato podem integrar a lista, preveem as regras do levantamento.

Operadores temáticos - Entre aqueles que se destacam como “operadores temáticos”, segundo o Diap, três baianos estão incluídos. José Carlos Aleluia (DEM), considerado atuante na área de Infraestrutura, Jutahy Júnior (PSDB), na área de Justiça, Segurança e Cidadania, e Daniel Almeida (PCdoB), áreas de Trabalho, Sindical e Previdência.

Conforme o Diap, os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, com 22 nomes, e o PMDB, dono da maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, com 17. O PSDB ocupa terceira posição em número de parlamentares, com 14 nomes.

Na avaliação da entidade, os cabeças são “aqueles que conseguem se diferenciar dos demais pela capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão”.

As mulheres ainda são minoria na lista do Diap. Elas representam 9,45% dos parlamentares, com 45 deputadas e 11 senadoras. A baixa presença do sexo feminino no Congresso acaba trazendo reflexos à análise da entidade.

As parlamentares são apenas 6% da lista. Desta vez, a baiana Alice Portugal (PCdoB) figura entre elas. E divide espaço com Luiza Erundina (PSB-SP), Rita Camata (PSDB-ES) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – e duas senadoras – Ideli Salvatti (PT-SC) e Kátia Abreu (DEM-TO).
Qualidades

Todas as publicações do Diap relacionadas aos “Cabeças do Congresso” estão disponíveis no endereço da organização na internet (clique aqui para acessar).

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A Tarde

Categoria mantém a greve e faz passeata em Salvador

Continuidade da greve. Esta foi a deliberação dada pelos servidores do Judiciário Federal na tarde desta terça-feira, em Assembleia geral realizada no JEF. A categoria, após ouvir os informes nacionais, decidiu pela realização de uma Assembleia Setorial com manifestação no TRT (Comércio), a partir das 10h desta quarta-feira (02). Ficou decidido também que haverá uma Assembleia Setorial no TRE, também nesta quarta-feira, a partir das 13h.

O coordenador geral do SINDJUFE-Ba, Rogério Fagundes, informou que o Plano de Cargos e Salários (PCS) da categoria seria discutido na tarde desta terça-feira, em Brasília, entre os Diretores Gerais dos Tribunais Superiores, a fim de elaborar nova proposta para ser encaminhada ao Executivo. Ao que tudo indica, a proposta deve contemplar o parcelamento do reajuste em duas vezes, com parcelas em Janeiro e Julho de 2011. Em seguida a categoria votou pela continuidade da greve por tempo indeterminado e definiu que a nova Assembleia Geral será realizada no próximo dia 09, às 10h, no TRT Comércio.

Logo após o debate e deliberações, a categoria saiu em passeata pela Avenida Paralela, parando na Assembleia Legislativa para prestar solidariedade aos servidores do Poder Judiciário Estadual, que também estão em greve. Em seguida, os servidores retornaram ao JEF, ponto de partida da passeata.

Fonte: www.sindjufeba.org.br/Noticias.aspx?id=340

Peluso e Ophir se desentendem em sessão do CNJ

Presidente do CNJ e do STF, Ministro Cezar Peluso, na 106° sessão  plenária. - Luiz Silveira/ASCOM/CNJ
As boas notícias do Conselho Nacional de Justiça, que antes falavam do esforço para se atingir a Meta 2 ou do sucesso dos mutirões carcerários, nos últimos tempos foram substituidas por outras que prenunciam uma crise entre os conselheiros. A última delas se refere ao confronto entre o novo presidente do CNJ, o também presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, e o novo presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante.

Pela segunda vez, em menos de dois meses, o presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante, se irritou com o ministro Cezar Peluso, presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. A primeira foi na cerimônia de posse de Peluso, quando o ministro convidou o advogado Pedro Gordilho para falar “em nome da comunidade jurídica”. Tradicionalmente, apenas a OAB fala em nome da advocacia. Desta vez,

Na sessão plenária desta terça-feira, o presidente da OAB - que tem direito a voz, mas não tem direito a voto nas sessões do conselho - se irritou porque Peluso tentou impedi-lo de se manifestar durante um julgamento. Os conselheiros julgavam um processo sobre irregularidades no relacionamento entre uma juíza e um advogado quando foi advertido pelo presidente do Conselho. Peluso argumentou que a OAB somente pode se manifestar após a sustentação oral dos advogados das partes e antes dos votos dos conselheiros.

Surpreso com a interrupção, Ophir Cavalcante lembrou ao presidente do CNJ que suas manifestações nas sessões não são feitas na condição de advogado das partes, mas sim em nome da advocacia brasileira que tem assento e voz naquele Conselho. "Não haveria qualquer sentido em a OAB e a PGR virem ao CNJ para se manifestar somente nesse momento, uma vez que não temos acesso prévio aos votos e ao teor das discussões. Nosso sentido aqui deve ser o de contribuir com os debates para fortalecer ainda mais o papel do CNJ e não figurarmos como adornos neste plenário."

Ao tentar vetar a manifestação de Ophir, que tem assento no CNJ desde a Emenda Constitucional 45/04 que criou o conselho, Peluso só lhe concedeu a palavra após manifestações de protesto de vários integrantes do colegiado. Nota à Imprensa, assinada pela Secretaria de Comunicação do Supremo Tribunal Federal esclarece que "a Ordem dos Advogados do Brasil tem, sim, o direito de se manifestar nas sessões do CNJ, mas não a qualquer momento, como pretende. Pois os princípios constitucionais do contraditório e do devido processo legal não podem ser violados em meio ao julgamento, sob pretexto do exercício do direito de manifestação".

Segundo a Nota, a questão da manifestação do advogado nos julgamentos já foi objeto de decisões do STF no julgamento de duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, de números 1.105-7 DF e 1.127-8. Nesse caso a corte entendeu que é inconstitucional o dispositivo do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) que faculta a sustentação oral do advogado após o voto do relator.

Na sessão do CNJ, os dois conselheiros que representam a OAB, com direito a voz e voto, Jefferson Kravchychyn e Jorge Hélio, saíram em defesa da Ordem. O relator do processo em discussão, ministro Ives Gandra Martins, e o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, fizeram o mesmo. "É praxe desde a criação do CNJ não limitar o tempo e nem a participação da OAB durante os debates e antes das colheitas dos votos dos conselheiros", disse Dipp ao defender a garantia da palavra do presidente nacional da Ordem.

Ophir considerou o ato de Peluso arbitrário. "A OAB tem o direito constitucional de se manifestar nas sessões do CNJ a qualquer momento com o intuito de esclarecer ou contribuir para os debates", afirmou. Para o presidente do CNJ, segundo a nota divulgada, no entanto "o STF deixa claro que não basta previsão regimental para a manifestação do advogado em meio ao julgamento, porque, ainda que prevista em regimento interno, seria contrária ao devido processo legal".

Palavras e e-mails
Esse, no entanto, não foi o primeiro deentendimento público entre os dois presidentes. Já na cerimônia de posse de Peluso como presidente do Supremo, em abril, Ophir Cavalcante ficou melindrado pelo fato de o advogado Pedro Gordilho, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, ter sido escalado para falar “em nome da comunidade jurídica” (clique aqui para ler mais).

Cavalcante fez questão de ressaltar logo no início de seu discurso que quem representa advogados é somente a OAB. Ele disse que o “equívoco” deve ter sido do cerimonial do STF. E afirmou, em seguida, que Pedro Gordilho falou em nome dos amigos de Peluso e não como representante da advocacia. “Essa função não é delegada a nenhum outro advogado”. Tradicionalmente é somente a OAB que representa a sociedade civil e a comunidade jurídica nessas ocasiões. Peluso retrucou, dizendo que Pedro Gordilho era o “representante dos espíritos livres” e foi aplaudido neste momento.

Na primeira sessão em que presidiu o Conselho Nacional de Justiça, o ministro Peluso surpreendeu ao entrar em conflito com o conselheiro Marcelo Neves, quando também se discutia, em plenário, a punição administrativa a ser aplicada a uma juiza. Na raiz do desentendimento estaria a decisão do CNJ proibindo o pagamento do chamado auxílio-voto a juízes convocados no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Na semana passada, como noticiou a Folha de S.Paulo, Cezar Peluso e e seu antecessor na presidência do STF e do CNJ Gilmar Mendes, trocaram e-mails ríspidos, em que explicitam divergências e restrições recíprocas a respeito da condução do Conselho.

Peluso disse que tinham sido destinados, em diárias, aos juízes auxiliares envolvidos no mutirão cerca de R$ 7 milhões, o que lhe parecia abusivo, inclusive à luz das críticas que o próprio Mendes havia feito aos valores gastos em diárias pelos conselheiros.

Ao saber do ataque, Mendes solicitou à diretoria de controle interno do CNJ a relação de gastos com o mutirão. Recebeu uma planilha na quarta-feira. Ali consta que o CNJ gastou no programa R$ 2.807.055,70 com diárias e R$ 1.229.259,20 com passagens. Total de R$ 4.036.314,90. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.

Nota à imprensa: O CNJ e o devido processo legal

A Ordem dos Advogados do Brasil tem, sim, o direito de se manifestar nas sessões do CNJ, mas não a qualquer momento, como pretende. Pois os princípios constitucionais do contraditório e do devido processo legal não podem ser violados em meio ao julgamento, sob pretexto do exercício do direito de manifestação.

A matéria já foi objeto de decisões do Supremo Tribunal Federal, que, na ADI nº 1.105-7 DF (e, ainda, na ADI nº 1.127-8), deferiu pedido de medida liminar para suspender, por inconstitucionalidade, a eficácia do disposto no inciso IX do artigo 7º da Lei 8.906/94 – Estatuto da Advocacia e da OAB - que faculta a sustentação oral do advogado após o voto do relator.

A interpretação do STF decorreu do convencimento da maioria de seus membros de que a intervenção do advogado após o voto do relator cindiria a estrutura do julgamento colegiado e violaria a garantia do contraditório e do devido processo legal, por irrazoabilidade, como estabelece a Constituição.

Na referida decisão, pelo voto da maioria, o STF deixa claro que não basta previsão regimental para a manifestação do advogado em meio ao julgamento, porque, ainda que prevista em regimento interno, seria contrária ao devido processo legal.

Além disso, o artigo 125, § 6º, que trata das Sessões de Julgamento no Regimento Interno do CNJ, dispõe que “o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB terão igual prazo ao dos interessados para suas respectivas sustentações orais”.

Em outras palavras, podem ambos manifestar-se antes de iniciado propriamente o julgamento, com o voto do relator.

No caso do julgamento de hoje no CNJ, o Presidente da OAB foi autorizado a se manifestar para esclarecimento de matéria de fato e com a devida permissão do conselheiro relator, como é de praxe em qualquer tribunal.

Secretaria de Comunicação Social
Supremo Tribunal Federal

Revista Consultor Jurídico,

CNJ instaura processo administrativo contra juiz

O Conselho Nacional de Justiça decidiu, nesta terça-feira (1º/6), instaurar Processo Administrativo Disciplinar contra o juiz federal da Paraíba Francisco Glauber Pessoa Alves. O objetivo é aprofundar as investigações em relação à acusação de que o magistrado utilizou serviços de um motorista e segurança da 8ª Vara Federal de Sousa, da qual era titular, enquanto estava licenciado, sem a devida autorização.

Em abril de 2008, o Sindjuf/PB entrou com uma representação no Tribunal Regional Federal da 5ª Região contra o magistrado pedindo a abertura de processo administrativo disciplinar para apurar as infrações cometidas pelo juiz. Segundo o sindicato, ele se beneficiou indevidamente dos serviços de um servidor da 8ª Vara, no período que estava licenciado para elaboração de sua tese de doutorado.

Em seu voto, o relator Nelson Tomaz Braga considerou relevante a questão e, por isso, optou pela abertura do PAD no CNJ, no intuito de apurar a atitude do juiz. O sindicato também alegou a prática de assédio moral por parte do juiz em relação aos servidores da 8ª Vara, ao ampliar a carga horária dos funcionários e pelo fato de ter aplicado pena de suspensão a uma servidora, além de ter sido indelicado em audiência. Essas acusações não foram acatadas pelo CNJ, que entendeu se tratarem de alegações genéricas e sem comprovação suficiente.

Dessa forma, o relator considerou parcialmente procedente o pedido feito pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário da Paraíba. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.

Revista Consultor Jurídico,

terça-feira, junho 01, 2010

A impunidade dos corruptos

Autor(es): Almir Pazzianotto Pinto
Correio Braziliense - 01/06/2010

Foi ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST)


Em julho de 2008, atônito diante dos desmandos observados na vida pública, o cientista político Bolívar Lamonier, entrevistado por um jornal de São Paulo, disse que todos somos corruptos. O ilustre professor exagerou. Nem todos são subornáveis, fraudadores, prevaricadores, larápios. As notícias, porém, renovadas e confirmadas por escândalos novos, demonstram que a gatunice prospera em meio às classes políticas, sendo de temer que os honestos se convertam em exceções. Para a chaga moral não haveria remédio mais eficaz do que o voto. Trata-se, contudo, de antídoto ineficiente diante da resistência desenvolvida pelo vírus da imoralidade, contra o qual têm sido insuficientes denúncias estampadas pela imprensa e apuradas em inquéritos policiais e processos crimes.

Sob pressão da opinião pública o Congresso acaba de aprovar a Lei da Ficha Limpa. Não deixou, todavia, de, na 25ª hora, acrescentar-lhe emenda de algibeira, destinada a permitir que conhecidos “fichas sujas” concorram às eleições deste ano. A tentativa de moralização não alcança, contudo, um dos setores mais obscuros da vida nacional. Falo do movimento sindical, alvo de denúncias, acerca das quais o presidente procede à semelhança dos macaquinhos chineses: não ouve, não fala, não vê.

Em agosto de 1970, o Diário do Congresso Nacional publicou relatório da comissão parlamentar de inquérito constituída para apurar denúncias do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Destilação e Refinação de Petróleo da Guanabara e Rio de Janeiro. A CPI, cujos trabalhos tiveram início em setembro de 1967, teve como presidente o deputado Ney Ferreira e relator o deputado Arlindo Kunsler. Compareceram os ministros Arnaldo Sussekind e Ary Campista, ambos do Tribunal Superior do Trabalho, Jarbas Passarinho, ministro do Trabalho, general Moacir Gaya, delegado regional do Trabalho de São Paulo, Herbert Backer, adido trabalhista da Embaixada americana, representantes de entidades internacionais e expoentes do sindicalismo pelego.

Foram requisitados, ao Ministério do Trabalho, cópias do apurado sobre a denúncia de infiltração de entidades estrangeiras no movimento sindical e, ao Banco Central, “extratos bancários de entidades e pessoas relacionadas com os objetivos da CPI”. Não é o caso de rever as conclusões da comissão. Quem tiver intenção de conhecê-las consultará o Diário do Congresso Nacional. Destaco, todavia, duas recomendações finais: a) a proibição de atividades políticas, por entidades estrangeiras; b) que se procedesse à radical mudança do sistema sindical, “com vista à maior participação do operário brasileiro nas atividades e benefícios do seu sindicato”. Decorridos 40 anos, desde que a Câmara dos Deputados investigou os porões do sindicalismo, qual o cenário? Parte da resposta encontra-se em matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, sob o título “Sindicato vira negócio lucrativo e país registra uma nova entidade por dia”.

Que a Constituição de 1988 converteu o sindicalismo em empresa lucrativa e sem riscos, nem os dirigentes conseguem negá-lo. Antes de 1970, as entidades congregavam reduzido número de associados, e sobreviviam graças aos recursos do Imposto Sindical. Acerca da baixa representatividade, concluiu a CPI: “O levantamento efetuado comprovou que apenas 20% dos operários são sindicalizados, concluindo-se daí que 20% são mantidos por 100%”. Atualmente, a média talvez não chegue a 20%, e os diretores permanecem mantidos por 100% das categorias, não apenas com bilhões de reais proporcionados pela Contribuição Sindical, como, também, por variada cesta de contribuições arrecadadas à força aos trabalhadores que exercem a garantia constitucional de não se associar.

O saneamento da vida pública pode ter início por meio da Lei da Ficha Limpa. A depuração da vida sindical, extinguindo-se a Contribuição Sindical prevista pela CLT, e de todas as fontes de arrecadação que não tenham a marca da voluntariedade. O presidente Lula, à época em que dirigia o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, tinha o discurso do combate ao peleguismo. Hoje a postura é outra. Em vez de combatê-lo, passou a subsidiá-lo. Sugiro aos historiadores do movimento sindical que examinem o relatório da CPI. A conclusão será melancólica. Em 40 anos, a estrutura sindical piorou, e a partir da Constituição de 1988 ficou à salvo de controle, em nome de hipotética liberdade sindical, convertida, na verdade, em sórdida libertinagem.
Fonte: Correio Braziliense

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