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terça-feira, julho 30, 2024

Deputado que se julga importante entrou falando grosso e saiu falando fino


Ignorância e arrogância são duas irmãs insepar... - Giordano Bruno - FrasesVicente Limongi Netto

A arrogância e a ignorância são armas torpes e desprezíveis, muito usadas por patéticos homens públicos, para pisar nas demais pessoas. Algumas vezes o feitiço volta-se contra o feiticeiro, porque ele não tem como escapar de um certeiro tiro no pé. Foi o que aconteceu com um poderoso deputado, autêntico cancro da política alagoana.

Insatisfeito com o tratamento do noticiário do Metrópoles, o figurão marcou encontro com o dono do portal de notícias. Data marcada, foi à sede do Metrópoles.

DONO DA VERDADE – Com a habitual nariz empinado, antipático e dono da verdade de meia pataca, o insolente engomado teve a audácia de fazer críticas a linha editorial do Metrópoles, desacatando alguns de seus profissionais.

Prontamente recebeu o troco duro e merecido do anfitrião, que exigiu respeito e devolveu as ofensas do pretensioso parlamentar. Alinhou algumas verdades ao leviano visitante, levantou-se e foi embora.

Ao sair, sugeriu para o deplorável deputado se queixar, caso desejasse, à editora-chefe do portal, presente na reunião que durou apenas alguns minutos. Dizem que o castigo vem a cavalo. Mas, para o asqueroso deputado, veio na lata. 

MADURO DEMAIS – O desprezível Nicolás Maduro continua debochando do mundo civilizado. Pisa na democracia. Humilha adversários. Despreza o resultado das urnas. Desrespeita e agride a vontade popular. 

Antipático, cretino e repugnante, continuará impune. Enxovalhando o judiciário e direitos do povo. Mandando quem esteja indignado e insatisfeito, tomar chá de camomila. A começar por Lula. 

Inacreditável que ninguém tenha poder, força e coragem para expulsar o patife Maduro da presidência da Venezuela.

RECORDE INDECENTE – O excelente Cláudio Humberto revela, no Diário do Poder, que o indecoroso e patético Davi Alcolumbre (União-AP) é senador recordista absoluto em gastos de dinheiro público. São despesas a título de “divulgação da atividade parlamentar”.

Essa vestal grávida do Amapá ainda pretende voltar à presidência do Senado e do Congresso. É o fim da picada. O finório Davi ganha fácil a medalha do cinismo e cara de pau. Desde 2015, recorda Cláudio Humberto, quando entrou no senado, Alcolumbre já torrou 2,35 milhões de reais apenas com a famigerada “divulgação da atividade parlamentar”.

O colunista salienta,  por fim, que na presidência do senado, Alcolumbre ignorou a lei de acesso à informação e tornou secretas as notas de senadores. Depois, teve que recuar na estupidez.


Kamala terá de enfrentar a insatisfação dos norte-americanos com os rumos do país


charge trump candidatura kamala estratégia

Charge do Baggi (Jornal de Brasilia)

Bruno Boghossian
Folha

Kamala Harris abriu de maneira idêntica os três discursos que fez até agora como provável candidata à Casa Branca. A vice-presidente enalteceu o legado de Joe Biden, descreveu o governo do qual faz parte como um dos mais importantes da história e assumiu a inevitável bandeira da continuidade para disputar esta eleição.

O Partido Democrata precisava desesperadamente de um candidato que não fosse Biden para enfrentar Donald Trump. Kamala larga como uma candidata de situação que tem a vantagem de não ser um político de 81 anos cuja capacidade de liderança é alvo de questionamentos. Para vencer, ela terá que ir muito além.

OUTROS RISCOS – A idade de Biden não era o único risco dos democratas. A despeito de um cenário econômico positivo, a taxa de aprovação do presidente indica que os americanos não se mostram satisfeitos com o país.

A candidatura de Kamala depende de sua capacidade de vender algo mais do que um retrospecto dos últimos anos.

Em seus primeiros dias na arena, a vice-presidente falou em futuro e buscou uma contraposição ao que seria uma volta ao passado com Trump. Disse que sua prioridade será o fortalecimento da classe média, que vem se mostrando mais distante dos democratas, e alertou para a ameaça que os republicanos representam para os direitos reprodutivos.

TESTE DIFICIL – A credibilidade do discurso econômico de Kamala passará por um teste difícil nos meses que restam até a eleição. O que é inegável é que ela dispõe de uma energia maior do que Biden para enfrentar Trump e apresentá-lo como uma ameaça, numa estratégia capaz de ampliar a participação de mulheres e negros, além de levar às urnas eleitores independentes que rejeitam o republicano.

A investida precisa ser suficiente para cobrir flancos que tornam sua candidatura potencialmente vulnerável. Kamala é tratada pelo populismo conservador como a vilã progressista perfeita e se tornou alvo preferencial de trumpistas que apontam para a falta de um plano democrata para a imigração.                                                                                                                  


Maduro gozou Lula, porque a urna da Venezuela é mais segura do que a nossa


Eleições na Venezuela: 'Farei com que se respeite o resultado eleitoral', diz Maduro após votar em Caracas

Sempre discreto no trajar, Maduro deposita o voto impresso

Carlos Newton

O sistema eleitoral da Venezuela é melhor do que o brasileiro e deveria ser adotado por nós. É uma verdade inquestionável e que agrada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou a aprovar na Câmara um projeto de voto impresso, quando era deputado federal. A proposta de Bolsonaro era acoplar uma impressora à urna, para registrar o voto do eleitor, que então seria por ele depositado numa urna suplementar, como se faz na Venezuela.

O sistema é mais confiável do que o brasileiro, porque o eleitor confirma se votou certo e fica em aberto a possibilidade de a Justiça Eleitoral confrontar se os votos impressos coincidem com os da urna eletrônica, que realmente valem.

AUDITAGEM – O ponto principal é a auditagem. Sabe-se que na urna brasileira a auditagem é dificultada, como Nicolás Maduro afirmou semana passada, ao ironizar a declaração de Lula sobre o pretendido “banho de sangue”.

Na verdade, ainda não inventaram uma eleição imune a fraudes. E não importa se o voto é impresso ou eletrônico. O que interessa é se há  fiscalização. Quando os fiscais são livres para atuar, torna-se praticamente impossível fraudar. É por isso que a maioria dos países ainda não adotou a urna eletrônica. Na nossa matriz USA, por exemplo, depende do Estado.

No caso da Venezuela, houve bloqueio à fiscalização. No final da votação, quando as varas eleitorais foram fechando na noite de domingo, a oposição denunciou que seus fiscais não conseguiram entrar, embora esse acesso tivesse de lhes ser garantido ainda durante o período da votação.

FRAUDE GROTESCA – Assim, é impossível defender a lisura da eleição de Maduro, como os presidentes da Rússia, China e outros países se apressaram a fazer, sem levar em consideração os seguintes fatos inquestionáveis:

1) Os fiscais da oposição e observadores internacionais não tiveram direito a supervisionar a contagem dos votos impressos e o cotejo com a urna eletrônica;

2) A eleição foi anunciada quando só tinham sido contados 80% dos votos;

3) O Conselho Nacional Eleitoral proclamou a vitória do presidente sem apresentar as atas de votação;

4) O procurador-geral alegou que as atas não foram apresentadas devido a ataques de hackers.

5) A oposição não teve acesso aos votos em papel em grande parte dos colégios eleitorais, o que teria impedido a auditoria efetiva

6) O resultado de 51,21% foi para mostrar que Maduro tem apoio da maioria absoluta dos cidadãos.

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P.S. – Se você ainda acredita na lisura das eleições venezuelanas, por favor nos forneça o telefone de Papai Noel, porque gostamos de nos antecipar nos pedidos de Natal. (C.N.)


https://www.elnacional.com/bbc-news-mundo/como-funciona-el-proceso-electoral-en-venezuela-y-por-que-han-puesto-en-duda-el-resultado-de-los-comicios/

Deus e o diabo na terra do Estado laico, onde somente o voto salva

Publicado em 30 de julho de 2024 por Tribuna da Internet

Quadrinho 1 - Armandinho pergunta ao pai:- Pai, né que o estado deve ser lacaio?
Quadrinho 2 - pai responde:
- Não, filho, o estado deve ser laico. 
Armandinho afirma:
- Isso! Isso!
Quadrinho 3 - pai fala:
- Pior é que não é só você que confunde...
Armandinho fala para o seu sapo de estimação:
- Laico! Laico!

Tirinha do Armandinho * Autor – Alexandre Beck

Eduardo Affonso
O Globo

Deus pode até estar em todos os lugares, mas em nenhum é tão onipresente como na política. Bolsonaro o tinha como cabo eleitoral, encabeçando uma versão revista e recauchutada da Santíssima Trindade: “Deus, pátria e família” — sendo a pátria a crucificada, e a família seu próprio clã. Ainda que o Brasil estivesse acima de tudo, Deus estava acima de todos.

Tão acima que, apesar de onisciente, não perceberia as rachadinhas, o comportamento criminoso durante a pandemia, a devastação ambiental, a venda das joias, a incitação ao golpe e uma penca de outros pecados passíveis de penitência bem maior que dois pais-nossos e quatro ave-marias.

SEM PRECONCEITO – Como quem acende uma vela para si mesmo e outra para o diabo, Deus não tem preconceito ideológico nem desampara quem o procure. Lula garante que sua volta ao poder foi coisa d’Ele — cometendo a heresia do machismo linguístico ao chamá-lo de “o homem lá de cima” (linguagem neutra, só no discurso escrito, né?).

— Vocês votarem em mim foi ato de fé, de coragem, que um milagre estava para acontecer nesse país — declarou, com um olho na Bíblia e outro na urna. — Deus não é mentira; é a verdade, e não pode usar em vão como eles usam todo santo dia — completou, usando o nome em vão, como faz todo santo dia.

Políticos sabem que, numa democracia, só o voto salva — e o caminho mais curto para a salvação passa pela oferenda, pelo dízimo, pelo confessionário. Há mais ateus num avião em queda livre que em campanha eleitoral. Que o digam Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso.

FÉ POLÍTICA – Sarney (rico governador do estado mais pobre do país, chefe de um governo pródigo em nepotismo e corrupção) proibiu a exibição de “Je vous salue, Marie” (de Jean-Luc Godard) “para assegurar o direito de respeito à fé da maioria da população brasileira” — e mandou que Deus fosse louvado em todas as cédulas (uma excrescência que corre o risco de jamais ser revogada).

Ter cidadania brasileira não impede que Deus preste serviços fora daqui. Sua mão teria ajudado Maradona a fazer um gol decisivo nas quartas de final contra a Inglaterra, na Copa de 1986. E, segundo Donald Trump, foi Ele quem “evitou que o impensável acontecesse“ no atentado de 13/7. A mão divina não deve ser mais a mesma, porque a bala ainda pegou de raspão.

Nas hostes infernais da oposição ao Todo-Poderoso, os tinhosos, cabruncos e capirotos ganharam a companhia de duas novas entidades malignas: fascistas e comunistas.

TEMOS O CAPETA – “Temos um mal pela frente, um capeta que quer implantar o comunismo no nosso Brasil” — vociferou um. “Com Boulos eleito, poderemos dizer que nunca mais os fascistas vão governar essa cidade e esse país” — ululou o outro.

Além dos políticos, há mais uma categoria que tem certeza da inexistência de Deus. São os charlatães, que exploram a boa-fé alheia com “milagres” encenados para arrancar o dízimo — ou, como João de Deus, obter favores sexuais.

Eles não se arriscariam a arder no mármore do inferno por toda a eternidade, pagando pelos pecados da ganância, da soberba, da fraude, da luxúria se temessem a hora da verdade no Dia do Juízo.

DEUS É DELÍRIO? – Se Deus é um delírio, como foi definido por Richard Dawkins, o Brasil ainda deve demorar um pouco para sair do surto.

Quem melhor escreveu a respeito foi o compositor Chico César:

— Essa gente é o diabo e faz da vida de Deus um inferno.

Não só da vida d’Ele. Da nossa vida, também.


segunda-feira, julho 29, 2024

Receita sob Bolsonaro abriu investigação com base em ‘ilações’ da defesa de Flávio, diz Fisco

 Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Arquivo

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)29 de julho de 2024 | 18:00

Receita sob Bolsonaro abriu investigação com base em ‘ilações’ da defesa de Flávio, diz Fisco

brasil

A Receita Federal elaborou um parecer em que afirma que, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), o órgão abriu uma investigação a pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL) apenas com base em “ilações desprovidas de fundamento jurídico e sem nenhuma evidência ou prova objetiva”.

O documento, produzido pelo Grupo Nacional de Pareceristas do Fisco, e ao qual a reportagem teve acesso, foi feito a pedido da corregedoria do órgão após o STF (Supremo Tribunal Federal) tornar pública na semana passada a íntegra da reunião que Bolsonaro chefiou no Palácio do Planalto, em agosto de 2020, para tratar da suspeita de “rachadinha” que pairava contra o filho.

Na ocasião, tentou-se buscar meios de provar a hipótese de que Flávio havia tido seus dados fiscais acessados de forma ilegal pelo Fisco, o que seria a origem das investigações contra ele. Com isso, seria possível anulá-las.

Além do então presidente da República, participaram do encontro duas advogadas de Flávio (Luciana Pires e Juliana Bierrenbach —essa última não defende mais o senador), o então diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, e o então ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno.

“Não há nenhuma novidade no áudio liberado pelo STF em relação à Corregedoria da Receita Federal do Brasil, tendo sido demonstradas, de maneira fundamentada e motivada, a precariedade e a absoluta ausência de provas por parte das advogadas no que se refere às acusações e ilações por elas elaboradas”, diz o documento elaborado pelo grupo de pareceristas, em sua conclusão.

O enredo público dessa história começou em dezembro de 2018, quando o jornal O Estado de S. Paulo revelou um relatório produzido pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) indicando movimentação financeira atípica de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.

A suspeita de que Flávio havia se apropriado de salário de seus funcionários na Assembleia surgiu no momento em que o pai já estava eleito, mas ainda não havia tomado posse.

Reportagens e investigações posteriores mostraram que, após assumir, houve mobilização do presidente da República e seu entorno para tentar anular a investigação.

A reunião de agosto de 2020, tornada pública pelo STF na semana passada no âmbito das investigações da suposta “Abin paralela”, é um exemplo.

Ela resultou em um pedido feito pela defesa do senador para que a Receita realizasse uma apuração especial no Serpro —o órgão que detém os dados do Fisco— para descobrir se alguém havia acessado os dados de Flávio de forma ilegal.

A petição apontava ainda a existência de um suposto “manto de invisibilidade”, ou seja, a existência na Receita de senhas especiais de acesso que não deixariam rastros de quem as havia utilizado.

Documentos até então inéditos obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo em 2022 mostraram que, após essa reunião, a Receita Federal negou o pedido de apuração no Serpro, mas mobilizou por quatro meses uma equipe de cinco servidores para apurar a acusação de origem ilegal da investigação contra Flávio.

A reunião de agosto de 2020 teve como consequência também um encontro no mês seguinte do próprio Flávio Bolsonaro com o então secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, na casa do senador.

A suspeita apresentada pela defesa de Flávio tinha como base alegações de auditores fiscais investigados por enriquecimento ilícito no Rio.

Esses servidores afirmavam ter tido dados acessados ilegalmente por dois órgãos da Receita no estado, que formariam uma organização criminosa com o intuito de perseguir desafetos —o Escritório de Corregedoria da 7ª Região Fiscal (Escor07) e o Escritório de Pesquisa e Investigação da 7ª Região Fiscal (Espei07).

Essas alegações dos auditores haviam resultado, inclusive, em abertura de processo de desfiliação contra os investigadores por parte do Sindifisco, o sindicato da categoria, que, até o final de 2021, era controlado por pessoas alinhadas à família Bolsonaro.

No atual documento preparado pela comissão de pareceristas, a Receita diz que os escritórios citados só têm competência de atuação sobre servidores do próprio órgão. “O Escor07 e a Coger [corregedoria] não investigaram e nem investigam políticos e/ou pessoas que não se enquadrem juridicamente no Estatuto dos servidores públicos federais”.

Registra ainda que 3 dos 4 servidores usados como exemplo em 2020 pela defesa de Flávio acabaram “demitidos por improbidade administrativa na modalidade de enriquecimento ilícito”.

Sobre o “manto de invisibilidade”, o texto assegura que “qualquer acesso aos sistemas e bancos de dados fiscais possui registros de quem efetuou o acesso e de quando foi realizado, independentemente de o servidor atuar na Corregedoria ou nos Escritórios de Pesquisa e Investigação”.

Sobre o processo de desfiliação do Sindifisco, diz que esse foi um instrumento usado pelos auditores investigados e pela então direção do sindicato para tentar macular as investigações sobre enriquecimento ilícito, e que acabou sendo arquivado.

Alvo da família Bolsonaro e do dossiê de Ramagem, o então chefe do Escor07, Christiano Paes Leme Botelho, acabou exonerado em dezembro de 2020. Então secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto foi exonerado em dezembro de 2021, também em meio a pressão da família Bolsonaro.

Porém, apesar da negativa oficial relativa ao Serpro, a Receita solicitou uma devassa ao setor para tentar identificar investigações, entre outros, em dados fiscais de Bolsonaro, de seus três filhos políticos, de suas duas ex-mulheres e da primeira-dama, Michelle.

A pesquisa custou R$ 490,5 mil à Receita, pagos ao Serpro. A defesa de Flávio disse não ter tido acesso ao resultado dessa apuração, que não surtiu resultados em prol de Flávio.

A investigação da rachadinha acabou sendo barrada, mas por outros motivos.

Depois de ter sido tirado da primeira instância, o caso teve todas as decisões que haviam sido tomadas nessa instância anuladas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 2021.

OUTRO LADO: EX-ADVOGADA DE FLÁVIO DIZ QUE APRESENTOU PROVAS E QUE RELATÓRIO DA RECEITA É PARCIAL

A advogada Juliana Bierrenbach afirmou que o parecer do órgão da Receita não pode ser considerado imparcial, “pois é proveniente do próprio órgão acusado de práticas ilícitas”.

“A defesa do senador Flávio Bolsonaro apresentou, em 2020, provas incontestáveis de que grupo de auditores fiscais lotados na Corregedoria realiza buscas sistemáticas nos bancos de dados da Receita, utilizando acessos não rastreáveis”, disse a advogada, que não mais trabalha para o senador.

Ela afirma que as provas foram produzidas por investigação feita pelo Sindifisco e confirmadas em parecer elaborado pelo Conselho de Árbitros do Sindicato, “órgão este, sim, imparcial”, o que só não teria resultado na desfiliação dos servidores por pressão de órgãos como o Ministério Público e a Controladoria-Geral da União.

“Deixo claro que os acessos ilegais são ‘permitidos’ pela Portaria nº 79 de 2013, o que representa uma grave violação dos direitos fundamentais dos contribuintes brasileiros. Os funcionários da Receita Federal abusam do direito de utilizar esses acessos, sem que contribuintes ou advogados tenham conhecimento dessa possibilidade”.

Bierrenbach cobrou ainda que a Receita torne pública a apuração especial feita pelo Serpro.

“Apenas com a divulgação deste relatório será possível verificar se realmente não ocorreram acessos imotivados aos dados do senador Flávio Bolsonaro e de sua família. E, ainda que não se comprovem acessos imotivados neste caso específico, reitero a existência de práticas ilegais recorrentes de acessos imotivados a dados de contribuintes, conforme já comprovado judicialmente em outros processos”.

A reportagem não conseguiu falar com a advogada Luciana Pires nesta segunda-feira (29).

Ranier Bragon/FolhapressPoliticaLivre

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