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sábado, dezembro 23, 2023

Nunca foi Lula, sempre foi sorte

 

Nunca foi Lula, sempre foi sorte


Só quem torce o nariz para o governo ainda repete esse mantra.

"Se é verdade que eu tenho sorte, o povo deveria me eleger para sempre", brincou Lula ao lembrar dos críticos que colocam os avanços do seu governo unicamente na conta da sorte. O Estadão não achou graça e deu a seguinte manchete: "Lula falou em se ‘eleger para sempre’; veja cinco países em que os presidentes ‘não saem’".


Sem nenhuma preocupação em ser fiel ao fato, o jornal da família Mesquita transformou uma piadinha em uma possível ameaça de instauração de uma ditadura comunista. Eles não acreditam nisso, claro, mas sabem que a manchete vai gerar cliques entre os bolsonaristas que precisam que o fantasma do comunismo esteja sempre rondando para manter o rebanho unido e com medo.


Não importa que Lula lidere um governo de coalizão com partidos de esquerda e de direita sem causar qualquer ameaça ao sistema de produção capitalista e à ordem democrática. A extrema direita, alimentada por veículos como o Estadão, continuará tratando essa ficção como a sua tábua de salvação, já que não há sequer um projeto para apresentar para o país. Seu único projeto é combater um comunismo que está sempre à espreita.


Enquanto brincam de caçar comunistas que não existem, o governo Lula chega ao fim do seu primeiro ano de mandato tendo avançado em seus projetos mais importantes, mesmo com um Congresso majoritariamente conservador. 2023 chega ao fim com melhora em praticamente todos os índices econômicos, recuo no desemprego e aprovação da reforma tributária. Ainda tivemos a retomada do prestígio diplomático brasileiro no mundo, a reversão da queda da vacinação infantil, a ampliação do Bolsa Família e a volta do Minha Casa Minha Vida. Lembremos que este é um governo que assumiu terra arrasada graças a um projeto de destruição do estado liderado por um governo fascistóide e negacionista, que passou o mandato desrespeitando as instituições, fazendo ameaças golpistas e "combatendo o comunismo".


No oitavo dia de trabalho, Lula teve que lidar com bolsonaristas destruindo os prédios dos Três Poderes em uma tentativa de golpe de estado. O novo governo chegou com a missão de reconstruir o país em todas as áreas, recuperar o tecido democrático e, mesmo com tantos obstáculos, obteve sucesso no primeiro ano.


A aprovação da reforma tributária é um símbolo dessa reconstrução do país e da retomada do respeito entre as instituições democráticas. Todos os governos das últimas três décadas tentaram reformar o sistema tributário brasileiro, mas nenhum conseguiu. Paulo Guedes, por exemplo, dizia que a reforma tributária seria a mais importante para o país, mas seu presidente estava muito ocupado enfiando a faca no pescoço da democracia. Já Lula e Haddad, com habilidade política, costurou a aprovação da reforma com a ajuda dos parlamentares da oposição.


A reforma aprovada não é exatamente a que o governo queria, mas foi a possível. Foi fruto de intensa negociação com Câmara, Senado, estados e municípios. As previsões de que seria impossível Lula governar com um congresso majoritariamente de direita caíram por terra. Eis aí o comunista autoritário que nos governa!


A sessão solene de promulgação da reforma tributária forneceu o simbolismo desse novo momento do Brasil. Enquanto os políticos mais boçais do bolsonarismo xingavam o presidente, demonstrando o costumeiro desprezo pela democracia, Lula fez um discurso elogioso a seus opositores e enalteceu o papel dos presidentes da Câmara e do Senado. A cachorrada fascistóide latiu bastante, mas a foto que ficará para a história é a da vitória da política sobre a antipolítica.


E já que falamos de Paulo Guedes, lembremos de algumas previsões furadas que ele e sua turma da Faria Lima faziam sobre o futuro governo Lula. O ex-ministro disse que o Brasil viraria uma "Argentina em seis meses" e uma "Venezuela em um ano e meio". Passado um ano, estamos aqui vendo o PIB crescer, a inflação sendo controlada, as agências de risco melhorando nossa classificação e o Brasil saltando da décima primeira para a nona posição no ranking das maiores economias do mundo. Tudo isso acontecendo e o Estadão preocupado com a sanha autoritária desse comunista que quer se perpetuar no poder.


Mas não foram só os bolsonaristas que previram o caos com a eleição de Lula. O mercado financeiro e seus faria limers entraram em pânico com a eleição do presidente "comunista". Assim como o seu guru Paulo Guedes, os barulhentos agentes do mercado previam um cenário de caos completo na economia: aumento da inflação, disparada do dólar, aumento da taxa Selic, o risco Brasil dispararia e o PIB cairia.


Chegamos ao fim do primeiro ano com absolutamente todas essas previsões se concretizando — só que ao contrário. Isso para não falar da Bolsa de Valores, que vem batendo recorde atrás de recorde, atingindo a máxima histórica.


No Twitter, um perfil dedicado a desmascarar as mentiras do bolsonarismo, fez um compilado das previsões furadas que os faria limers fizeram no início do primeiro mandato. É um deleite assistir os profetas do apocalipse sendo espancados pelos fatos.


É claro que nem tudo são flores. Há custos em compor com um congresso cuja maioria é de oposição. Muitas concessões ruins para o país acabam sendo feitas para acomodar alguns interesses. Como diria Ciro Gomes, "A democracia é uma delícia, mas tem seus custos". Mas é assim que funciona o jogo democrático. Os custos de não jogar esse jogo são muito mais altos, como vimos nos quatro anos da tragédia bolsonarista.


Considero que Lula cometeu muitos erros também. A escolha de Cristiano Zanin para o STF e a demora para enquadrar militares golpistas que rondam o governo, por exemplo, são alguns deles. Mas poder apontar esse tipo de erro é um alívio para os democratas que assistiram nos quatro anos anteriores à democracia sendo destruída com requintes de crueldade. Que os próximos anos continuem assim, com o governo avançando enquanto a caravana do apocalipse segue latindo contra o comunismo.

Um ano de investigações que explicam o Brasil

 

Olá, tudo bem? 

O ano de 2023 começou em festa, mas uma bastante estranha e com gente esquisita: em 8 de janeiro, bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília para tentar impedir que o governo eleito de Lula seguisse em frente.

Nesse fatídico domingo, a Pública já dava a largada na sua cobertura investigativa. Naquele mesmo dia, corremos para vasculhar as redes bolsonaristas e descobrimos que a invasão havia sido combinada com o código "Festa da Selma" em grupos radicalizados que não descansaram após a virada do ano de 2022.

Não paramos por aí. Ao longo dos meses seguintes, revelamos imagens e fatos inéditos da desastrosa operação de segurança em Brasília, mostramos o papel dos militares e dos bolsonaristas que seguiam entocados no novo governo, e acompanhamos a CPMI do Congresso sobre a invasão.

Além disso, seguimos na cola do clã Bolsonaro e destrinchamos suas ligações com a extrema direita internacional, que se ramifica da Argentina aos Estados Unidos e incluiu apoiadores dos atos golpistas e mercenários digitais que insistem em mentir sobre urnas eletrônicas. 

Publicamos reportagens tristes, porém necessárias, sobre a catástrofe humanitária na Terra Indígena Yanomami. Investigamos a fundo e mostramos como a tragédia foi catalisada pela invasão de garimpeiros, pela cumplicidade do governo Bolsonaro, e pela inatividade de militares.

Recebemos o apoio massivo dos nossos Aliados para abrir a Caixa-Preta do governo Bolsonaro e revelar os segredos mantidos a sete chaves naquela gestão. Descobrimos novos episódios envolvendo o assassinato de Marielle Franco, abafados durante o governo de Bolsonaro. A partir das "atas secretas da Covid", documentamos a negligência do ex-presidente e seus Ministérios na pandemia, incluindo o empenho em encomendar cloroquina ao Exército e o atraso para providenciar vacinas para a população.

Em 2023, a Agência Pública publicou reportagens que reverberaram para além das telas e tiveram impactos no mundo concreto. A denúncia de símbolos nazistas na Secretaria de Educação de Dona Emma, em Santa Catarina, levou a uma investigação do Ministério Público. Nossa revelação das práticas antiéticas de propaganda do iFood foi parar na CPI dos Aplicativos, provocou o debate público e gerou um Termo de Ajustamento de Conduta em que a empresa se compromete a compensar danos, promover direitos dos entregadores e reforçar políticas de direitos humanos.

Já a série de reportagens sobre as denúncias de abuso do fundador das Casas Bahia culminou na aprovação na Câmara do "PL Caso Klein", um projeto de lei que aumenta o prazo para ações reparatórias de crimes sexuais contra crianças e adolescentes – o texto ainda precisa passar pelo Senado para virar lei. Além disso, em 2023 também conquistamos o apoio de mais de 1700 leitores para transformar o Caso Klein em um novo podcast. 
QUERO FAZER PARTE DISSO
Em um ano que bateu todos os recordes de calor, a nossa cobertura da emergência climática aprofundou o debate sobre essa crise, destacando a desigualdade social nos efeitos dos eventos extremos, a falta de políticas de adaptação e a insistência do Brasil na exploração de combustíveis fósseis, que podem por a perder os avanços no combate ao desmatamento da Amazônia. 

Fomos também até Dubai para cobrir a COP28, Conferência do Clima da ONU, na qual o Brasil foi homenageado com a framboesa de ouro das mudanças climáticas: o prêmio “Fóssil do Dia", que citou uma de nossas investigações. E graças ao apoio dos Aliados, a Pública ocupou Brasília com uma nova sucursal que agora expõe cotidianamente o que fica escondido nas entrelinhas do poder. 

Em 2024, a Agência Pública quer continuar te ajudando a entender tudo que está em jogo no Brasil e no mundo. Com jornalismo de qualidade, queremos seguir contribuindo para debates essenciais, antecipando questões urgentes e olhando para pautas que ninguém deveria deixar de lado. Mas não vamos conseguir fazer tudo isso sozinhos.


Muitas das conquistas que tivemos em 2023 foram graças ao apoio dos nossos Aliados, pessoas que doam todo mês para fazer o jornalismo da Pública chegar mais longe. Hoje te convido para fazer parte dessa aliança. Contamos com você para seguirmos juntos navegando as crises do Brasil e apontando caminhos em direção a um futuro mais justo.

 
VAMOS CONSTRUIR UM FUTURO MAIS JUSTO
Um abraço,

Bruno Fonseca
Chefe de redação da Agência Pública

sexta-feira, dezembro 22, 2023

Medicamento aprovado pela Anvisa controla colesterol LDL por meio de injeção

 

Medicamento aprovado pela Anvisa controla colesterol LDL por meio de injeção

Indicação é para pacientes adultos com hipercolesterolemia primária ou dislipidemia mista

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Um novo medicamento injetável para o controle do colesterol LDL, conhecido como o colesterol "ruim", foi aprovado para uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A inclisirana sódica (Sybrava®), da Novartis, é especialmente indicada a pacientes adultos com hipercolesterolemia primária ou dislipidemia mista (condições que causam níveis elevados de gorduras, incluindo colesterol, no sangue). Estudos para eficácia e segurança da fórmula, mostraram que apenas duas injeções anuais do medicamento são capazes de reduzir, em média, 52% dos níveis de colesterol LDL no sangue dos pacientes.

Dados mostram, ainda, que a maioria das pessoas que sofreram um ataque cardíaco não consegue manter o controle da taxa de colesterol LDL. Portanto, a injeção de inclisirana representa um avanço no tratamento. De acordo com a farmacêutica Dra. Carolina Xaubet, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim/CFF), a meia-vida biológica longa atribuída ao inclisiran, ou seja, o tempo necessário para que a concentração plasmática do fármaco seja reduzida pela metade, produz uma diminuição sustentada do LDL-C, o que possibilita uma administração segura p . m duas aplicações ao ano .

O medicamento utiliza um mecanismo de interferência por RNA que reduz a produção da proteína hepática PCSK9, ajudando no controle do nível desse tipo de colesterol no sangue. Isso é essencial para evitar novos eventos cardiovasculares graves, que têm maior probabilidade de ocorrer após um primeiro episódio.

Mas, apesar da praticidade oferecida por essa indicação de uso, a farmacêutica do Cebrim alerta que o produto também pode causar alguns eventos adversos classificados, em gravidade, como leves ou moderados. "Inclisiran é bem tolerado em geral. Os eventos adversos mais comuns relatados são tosse, dor musculoesquelética, nasofaringite, cefaleia, dor nas costas e diarreia”, alerta. 

O medicamento já foi aprovado pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos e da União Europeia e agora recebeu aprovação da Anvisa no Brasil. As doenças cardiovasculares, especialmente a aterosclerose, são a principal causa de morbidade e mortalidade no país, resultando em um alto número de mortes relacionadas a essas condições.

Além de seguir o tratamento medicamentoso, o paciente com o nível de colesterol LDL elevado também deve adotar uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável para controlar a alteração do LDL.

https://site.cff.org.br/noticia/Noticias-gerais/07/07/2023/medicamento-aprovado-pela-anvisa-controla-colesterol-ldl-por-meio-de-injecao

Congresso não precisa do governo, porque o regime já se tornou semipresidencialista

Publicado em 22 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Charge 15/04/2023

Charge do Marco Jacobsen (Arquivo Google)

Merval Pereira
O Globo

O hiperpresidencialismo que regia o governo brasileiro, com o Executivo concentrando em si os poderes da República, foi desmistificado pela gestão catastrófica da ex-presidente Dilma Rousseff e transformou-se num simulacro de parlamentarismo a partir do governo Michel Temer.

Oriundo da Câmara, e elevado à Presidência da República pelo impeachment decretado pelo Congresso, Temer tinha outra característica que o ligava aos parlamentares: a maioria do Congresso já era conservadora antes de Bolsonaro, e a pauta reformista que Temer levou a efeito correspondia ao anseio dos congressistas, assim como as reformas atuais coincidem com um Congresso mais liberal economicamente, além de majoritariamente conservador.

SEMIPRESIDENCIALISMO – Os parlamentares, cujos poderes já tinham sido ampliados pelo semiparlamentarismo no período Temer, gostaram mais ainda da maneira como Bolsonaro liberou as verbas para decisão do Congresso e querem agora retomar mais profundamente a mudança de estrutura do nosso presidencialismo, que deixou de ser hiper para ser semi.

O Congresso já tem uma importância impressionante na liberação de verbas, com todas as emendas impositivas. Agora os congressistas querem aumentar o escopo e o valor delas.

É uma regra que já está posta e dificilmente será revista, ninguém abre mão do poder — só Bolsonaro abriu, porque a questão de poder para ele era outra, ao contrário, prescindia do Congresso para tentar armar seu golpe de Estado em outras dimensões, principalmente a militar.

PODER EM MUTAÇÃO – A situação atual é muito difícil para um presidente da República acostumado a usar os poderes do hiperpresidencialismo e sua popularidade para controlar o Legislativo. Anteriormente, o presidente tinha poder imenso sobre o Congresso, que dependia de favores do Executivo. E este usava-o para barganhar, alimentando o fisiologismo à custa das estatais.

Hoje, o Congresso não precisa do Executivo, é o governo que quase sempre precisa do Legislativo. A ponto de Lula ter insistido, na posse do novo procurador-geral da República, que não é possível criminalizar a política, numa tentativa de limitar a ação da Justiça.

Falava em causa própria, e também dos congressistas de diversos matizes partidários, a maioria absoluta livre, leve e solta, depois de presos ou condenados, à busca de abrigo no governo.

CONGRESSO EM ALTA – Assim como o poder do Executivo era desbalanceado anteriormente, hoje está pendendo para o lado do Congresso. É preciso encontrar um meio-termo. Será difícil porque o Congresso não abrirá mão do poder que acumulou.

A situação melhoraria se os partidos se guiassem por programas para participar do governo, mas o governo dá aos partidos um ministério, sem saber que programa implementará. A participação fica na base do casuísmo. O

 Parlamento surgiu historicamente como instituição para acompanhar e aprovar o Orçamento, mas, como aqui ele era autorizativo, a autoridade do parlamentar era nula.

TUDO MUDOU… – Ao contrário dos países mais desenvolvidos, onde 70% do trabalho é definição do Orçamento, quem o definia era o Executivo. Se um parlamentar quisesse alguma coisa, tinha de negociar. O Legislativo era meramente homologatório do que o Executivo decidia, e mesmo as emendas aprovadas muitas vezes nem mesmo eram liberadas.

Não há dúvida de que a missão primordial do Congresso é cuidar do Orçamento, mas de uma maneira que não atrapalhe projetos nacionais, que precisam ser realizados. Reclamamos que os governos assumem sem programas, e agora ficará mais frequente, porque o planos dependem do Congresso para serem aprovados. Como o Congresso é liberal na economia, reformas importantes como a tributária vêm sendo aprovadas, o que significa um dos passos mais importantes para o desenvolvimento do país.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rejeitado por parte do PT por ser fiscalista e equilibrado, está fazendo um trabalho formidável, que o próprio partido do governo pode atrapalhar.

Congresso promete derrubar pacotão de Milei, que sofre da síndrome de Collor

Publicado em 22 de dezembro de 2023 por Tribuna da Internet

Situação de Milei é crítica, porque não tem base no Congresso

Vinicius Torres Freire
Folha

A maioria do Congresso da Argentina promete derrubar o decretaço liberal de Javier Milei, anunciado na noite de quarta-feira (20). Há muito parlamentar que concorda com alguns dos 366 artigos do pacotão baixado pelo novo governo, mas a gritaria é quase geral contra o método: um DNU (Decreto de Necessidade e Urgência), que tem validade quase imediata, bem parecido com as medidas provisórias aqui no Brasil.

Em dez dias de governo, Milei detonou uma crise constitucional, mas não está nem aí. Para surpresa de ninguém, atropelou o Congresso. De resto, prometeu para esta sexta-feira um pacote de medidas de reforma do Estado.

LIBERAR ADOIDADO – O DNU de Milei tem o objetivo declarado de desregulamentar e liberalizar a economia argentina, de fato o império da intervenção estatal aloprada, ineficiente, clientelista e o defeito que se quiser imaginar. Muitos políticos argentinos dizem que concordam com parte das mudanças, desde que possam aprovar apenas o que jugam razoável.

Certos governadores até aceitam engolir inteiro o sapo autoritário, em nome da “governabilidade” (e de algum dindim); outros estão fulos porque, um dia antes do anúncio do decreto, estiveram todos em reunião com Milei, que não tratou do assunto.

Em termos de civilidade, maneiras e métodos democráticos, o pacote não é razoável, para dizer o menos. Por exemplo, o pacotão muda a legislação trabalhista de uma penada, assim como modifica a regulação do aluguel e encaminha privatizações.

CONFUSÃO TOTAL – Mais impressionante ainda, contém um artigo que, na prática, torna secundário ou obsoleto o Código Civil e Comercial (valeria “o acordado sobre o legislado” também nisso), dizem comentaristas argentinos. Abre um caminho para ampliar a dolarização (oficializa contratos puramente em dólar).

Quase todos os peronistas, mesmo os não-kirchneristas, se opõem ao pacotão.

Nos partidos do bloco rachado da centro-direita, “Juntos por el Cambio” (JxC), a maioria quer derrubar o DNU e pede ao menos que Milei mande ao Congresso o que no Brasil chamamos de leis que tramitem em regime de urgência.

ELOGIO BABOSO – Do JxC, a União Cívica Radical (UCR) vai se opor ao decretaço, assim como parte do dividido PRO do ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019) e de Patricia Bullrich, candidata a presidente derrotada na eleição de novembro e ministra da Segurança de Milei.

Macri fez um elogio derramado, baboso, ao decreto. O comando da equipe econômica de Milei trabalhou no governo Macri. O autor intelectual do pacote, Federico Sturzenegger, também, além de ter sido um dos principais assessores econômicos da campanha derrotada de Bullrich.

Os blocos políticos que criticam o porretaço legiferante formam maioria mais do que suficiente contra Milei, tanto na Câmara como no Senado. “La Libertad Avanza”, o partido do presidente, tem apenas 37 dos 257 deputados da Câmara.

EM DEZ DIAS – A constitucionalidade de um DNU tem de ser apreciada por uma comissão mista de oito deputados e oito senadores. Em dez dias, devem decidir se a medida será encaminhada aos plenários. Caso possa tramitar, o DNU não pode ser emendado ou aprovado por partes. Será rejeitado em bloco se cair em votações independentes de Câmara e Senado. Aprovado numa das casas, vale.

Além da revolta política contra o pacotão, já há e haverá muito mais tentativas de derrubar o DNU Justiça, em particular por parte das centrais sindicais, que também perderão dinheiro e poder caso o decretaço de Milei entre em vigor. Movimentos sociais peronistas-kirchneristas, sindicalistas e a esquerda mais independente prometem manifestações para a semana que vem.

A síndrome de Collor volta a afetar o também perturbado Milei.

Piada do Ano! O prefeito Deri do Paloma cobra do presidente da Câmara de Vereadores de Jeremoabo explicação sobre gastos público.


"Deri do Paloma cobrou explicações do presidente da Câmara de vereadores de Jeremoabo sobre os gastos com combustíveis e materiais de informática. É importante que os gestores públicos sejam transparentes e prestem contas à população sobre o uso dos recursos públicos."
Nota da redação deste Blog - O prefeito Deri do Paloma através entrevista numa emissora de rádio, pediu ao presidente da Câmara de Vereadores de Jeremoabo explicação sobre os gastos públicos para que resulte em esclarecimentos e em medidas para garantir uma gestão mais eficiente e responsável dos recursos públicos. 

Logo após essa cobrança um leitor desse blog enviou uma mensagem declarando que vergonha e dignidade tornou-se coisa rara na administração municipal, citou que o prefeito Deri do Paloma está a usando a tática de Lenin: Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é!
O pior ainda é o prefeito Deri do Paloma querer zombar da inteligência do povo de Jeremoabo.

A cobrança feita pelo prefeito Deri do Paloma ao presidente da Câmara de Vereadores de Jeremoabo é legítima e importante. É essencial que a gestão pública seja transparente e responsável com os recursos públicos.

No entanto, a declaração do leitor do blog é também pertinente. É preciso que o prefeito seja coerente com suas cobranças. Se ele realmente quer garantir uma gestão mais eficiente e responsável, ele precisa começar por si mesmo.

O prefeito Deri do Paloma é acusado de diversos casos de irregularidades na gestão municipal. Ele já teve quebra de sigilo bancário e fiscal, pedido de prisão, pedido de afastamento ainda pendente, várias acusações por improbidade administrativa e está sendo investigado pelo Ministério Público Federal.

Se o prefeito realmente quer ser respeitado pelo povo de Jeremoabo, ele precisa mudar seu comportamento. Ele precisa deixar de acusar os adversários do que ele mesmo faz e começar a agir de forma ética e transparente.

Ao assumir o comando da PGR, Paulo Gonet fez um discurso em que citou a “responsabilidade” 

“Não há respeito pleno da dignidade, sem que reconheçamos a responsabilidade de cada qual pelos atos que praticam ou que omitem

Todo mundo sem receber um centavo com mais de 386 mil reais na conta Banco do Brasil.

 

                      27319 -Visitas apenas ontem


"Parece que Jeremoabo está em outro planeta. Em outras cidades e estados a coisa funciona. 

A lei Paulo Gustavo ainda não saiu do papel.

 Os que  dizem os vereadores, não sabem de porra nenhuma em relação a esses projetos. Nem andou o Paulo Gustavo, vai chegar em breve a Lei Aldir Blanc. Todo mundo sem receber um centavo com mais de 386 mil reais na conta Banco do Brasil.

Não sei se considere isso abuso de poder, prevaricação, incompetência ou pervarcidade por parte da secretária de educação" (Mensagem recebida hoje pela manhã).

Nota da redação deste Blog -  De fato, a situação da Lei Paulo Gustavo em Jeremoabo é preocupante. O município recebeu um repasse de mais de R$ 380 mil reais, mas até o momento não há informações sobre como esses recursos estão sendo utilizados. Os vereadores da cidade afirmam que não sabem de nada, e que a secretária de educação, responsável pela gestão dos recursos, não tem dado explicações convincentes.

Essa situação pode ser interpretada de diferentes maneiras. Uma possibilidade é que a secretária esteja cometendo abuso de poder, prevaricação ou pervarcidade. Se for esse o caso, ela deve ser responsabilizada pelas suas ações.

Outra possibilidade é que a secretária esteja simplesmente incompetente para lidar com essa situação. Nesse caso, ela deve ser substituída por alguém mais capacitado.

Independentemente da causa, é importante que a situação seja esclarecida o mais breve possível. Os recursos da Lei Paulo Gustavo são destinados a apoiar o setor cultural, que foi duramente afetado pela pandemia da Covid-19. Eles precisam ser utilizados de forma transparente e eficiente, para que possam beneficiar a população de Jeremoabo.

Aqui estão algumas sugestões para que a situação seja resolvida:

  • Os vereadores da cidade devem pressionar a secretária de educação para que ela preste explicações sobre a gestão dos recursos da Lei Paulo Gustavo.
  • O Ministério Público Estadual deve investigar a situação para verificar se há irregularidades.
  • A população de Jeremoabo deve cobrar transparência e accountability da gestão municipal.

Se a situação não for resolvida, a população poderá recorrer à justiça para exigir que os recursos sejam utilizados de forma correta.

É verdade que a situação do prefeito de Jeremoabo está gerando muita polêmica e atraindo a atenção da mídia. Isso pode ser uma boa notícia para o blog, que está recebendo mais visitas e alcançando um público maior, ontem mesmo atingiu 27319 visitas.

No entanto, é importante lembrar que a população de Jeremoabo é a principal prejudicada por essa situação. A falta de compustura e decoro do prefeito, a corrupção e improbidade da gestão municipal estão impactando negativamente a qualidade de vida da população.

É preciso que a população de Jeremoabo se mobilize para cobrar do prefeito e dos vereadores ações concretas para resolver os problemas da cidade. O blog pode desempenhar um papel importante nessa mobilização, divulgando informações sobre a situação da cidade e pressionando os governantes a agirem.

Aqui estão algumas sugestões para que o blog possa ajudar a população de Jeremoabo:

  • Continuar divulgando informações sobre a situação da cidade, incluindo as denúncias de corrupção e improbidade.
  • Promover debates sobre os problemas da cidade e as possíveis soluções.
  • Encorajar a população a se mobilizar e cobrar dos governantes ações concretas.

O blog pode ser uma ferramenta importante para a população de Jeremoabo se organizar e lutar por um futuro melhor para a cidade, aliás como já vem fazendo há 18 anos.

Existe um provérbio espanhol que diz "quando você vir as barbas de seu vizinho pegar fogo, ponha as suas de molho", indicando que todos devemos aprender com as experiências dos outros


O provérbio espanhol "quando você vir as barbas de seu vizinho pegar fogo, ponha as suas de molho" é um alerta para que as pessoas sejam cautelosas e evitem se envolver em atividades ilícitas, mesmo que seus vizinhos estejam envolvidos. No caso do prefeito de Acopiara, as denúncias de corrupção, associação criminosa, fraudes, lavagem de dinheiro e esquema de laranjas são graves e indicam que ele pode estar envolvido em atividades ilícitas.

A comparação com o prefeito de Jeremoabo é ainda mais preocupante. As denúncias contra esse prefeito são ainda mais graves e incluem, além das atividades mencionadas acima, também recursos federais da educação, supsota licitações fraudulentas com o lixo e a aquisição de compust´vel no Pôsto do prefeito e familiares com Tiket, dinheiro público do município e da saúde.

O pior é que o prefeito Deri do Paloma usou uma emissora de rádio do município de Canudos para justificar seu erro com suposto erro da Câmara de Vereadores de Jeremoabo, segundo o prefito com superfaturamento e fraudes com combustível.

É importante que as autoridades competentes investiguem essas denúncias e tomem as medidas cabíveis. Se forem comprovadas, essas irregularidades devem ser punidas com rigor, para que sirvam de exemplo e desencorajem outros políticos a se envolverem em atividades ilícitas.

No entanto, é importante lembrar que as pessoas são inocentes até que se prove o contrário. Portanto, o prefeito de Acopiara e o prefeito de Jeremoabo devem ser considerados inocentes até que sejam julgados e condenados pela Justiça.

Ainda assim, as denúncias contra esses prefeitos são graves e merecem ser investigadas com rigor. Se forem comprovadas, essas irregularidades serão um golpe na democracia e na ética pública.


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