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quinta-feira, outubro 13, 2022

Favoritismo de Lula sobiu no telhado, com a disputa se tornando ainda mais dramática

 

 (crédito: pri-1210-ENTRELINHAS)

Ilustração reproduzida do Correio Braziliense

Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

Resumo da ópera: na pesquisa Ipespe divulgada ontem, a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) está em cinco pontos na sondagem espontânea (47% a 42%) e sete pontos na induzida (50% a 43%). Excluídas as respostas “Branco/ Nulo” e “Não Sabe/Não Respondeu”, a vantagem do petista se amplia para oito pontos (54% a 46%).

 Lula obteve amplo apoio dos eleitores de Simone Tebet (55% a 16%) e, entre os de Ciro Gomes (44% a 36%), menos.

A ELEIÇÃO DA REJEIÇÃO – Onde mora o perigo? É na rejeição dos candidatos: 49%, Bolsonaro; 45%, Lula. Dos que pretendem votar no petista, 91% rejeitam Bolsonaro e 6% afirmam que “poderiam votar” no atual presidente. Entre os eleitores de Bolsonaro, 94% rejeitam Lula e apenas 4% dizem que “poderiam votar” no ex-presidente. A rejeição de Bolsonaro cai, a de Lula sobe.

Segundo o sociólogo Antônio Lavareda, responsável pela pesquisa, a vantagem do petista nos chamados votos válidos é irrelevante em termos de projeção do resultado, porque os 54% a 46% não levam em conta as escolhas de última hora e as abstenções, que sempre influenciam o resultado final.

Nesse aspecto, é mais seguro considerar os votos totais, que resulta num placar estreito de 51% a 47% dos votos, sendo 2% nulos e brancos, e 1% de não sabe e não respondeu.

DISPUTA SERÁ ACIRRADA – Em eleições anteriores, a vantagem petista no primeiro turno foi muito maior: 2002 (Lula 17%), 2006 (Lula 16%) e mesmo 2010 (Dilma 11%). Será uma disputa acirrada, como foi da eleição de Collor, em 1989, quando tinha apenas 5% de vantagem, e de Dilma, em 2014, quando era apenas de 2%.

Esses números merecem reflexões sobre a estratégia de Lula, que era franco favorito no primeiro turno. A campanha do “voto útil”, cujo objetivo era garantir a vitória do petista em 2 de outubro, esvaziou as candidaturas de terceira via, sobretudo a de Ciro. Mas bateu no teto da rejeição de Lula e provocou um efeito contrário: o voto útil de indecisos às vésperas da votação, que acabou reduzindo a distância para Bolsonaro.

Com isso, a disputa se tornou mais dramática no segundo turno, principalmente no Sudeste, onde o presidente foi vitorioso em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, enquanto Lula venceu apenas em Minas.


Polícia e Procuradoria do Pará confirmam que a denúncia sexual de Damares é mesmo falsa

Publicado em 13 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET

Charge do Cazo (Arquivo Google)

Deu no g1

A Polícia Civil e o Ministério Público do Pará (MPPA) pediram ao governo Bolsonaro provas sobre as alegações da ex-ministra Damares Alves sobre crimes na ilha de Marajó. Ela alega, sem provas, que crianças do Marajó são traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

O ofício foi enviado à atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, nesta terça-feira (11), “a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis possam ser adotadas”, diz nota do MPPA.

SUPOSTOS CRIMES – A fala de Damares aconteceu durante um culto em uma Assembleia de Deus, em Goiânia (GO), no dia 8 de outubro. Na ocasião, a ex-ministra disse que os supostos crimes foram descobertos pela comitiva presidencial em uma visita ao Arquipélago do Marajó. Damares alegou ainda que o ministério tinha documentos sobre esses crimes.

“O Ministério Público do Estado do Pará solicita que seja encaminhada documentação existente nesse Ministério, no prazo de 05 dias, bem como eventuais esclarecimentos a respeito de medidas tomadas sobre os fatos alegados, a fim de que os relatos sejam investigados e todas as providências cabíveis adotadas”, diz o ofício do MP, e os promotores afirmam não ter nenhuma denúncia ou prova sobre os supostos crimes narrados no vídeo.

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende de Almeida, também remeteu ofício ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos pedindo “com máxima urgência” os documentos, mídias e “tudo o mais que possa subsidiar o desenvolvimento dos necessários procedimentos investigatórios”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O mais impressionante nisso tudo é que a população de Brasília, que tem o melhor padrão do país, tenha elegido para o Senado uma figura patética e caricata como Damares Alves, que agora passa a ter imunidade e impunidade para dizer qualquer maluquice que passe por sua cabeça, denegrindo a imagem do Brasil internamente e também no exterior, como ocorre nesse caso, que tem repercussão internacional. É deprimente e lamentável. (C.N.)

Dom Odilo Scherer: “Candidatos podem se dar mal não dando atenção ao eleitorado católico”

Publicado em 13 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Dom Odilo criticou a instrumentalização da fé em função política

Pedro do Coutto

Numa entrevista a Anna Virginia Balloussier, Folha de S. Paulo desta quarta-feira, o cardeal arcebispo de S.Paulo, Dom Odilo Scherer, afirmou que candidatos se arriscam a levar rasteira  por não darem atenção ao eleitorado católico.

Os evangélicos, frisou, talvez não cheguem a 30% do eleitorado do país. “É preciso ter cuidado os que não dão atenção ao outro lado, pois o eleitorado católico, em geral, é tido como o mais tranquilo, enquanto o evangélico tem posição tomada. O eleitor católico é vasto e pluralista”, disse.

RESPOSTA – Sem dúvida, as afirmações de Dom Odilo Scherer são uma resposta tanto indireta quanto direta à movimentação de candidatos pelos eleitores e eleitores protestantes. Inclusive, digo, uma das diferenças essenciais que separam o pensamento católico do pensamento protestante encontra-se na adoração de santos, o que não existe nas correntes protestantes, entre estas, os luteranos, presbiterianos, batistas e integrantes da Assembleia de Deus.

Esse aspecto pode gerar contrastes quanto à presença do presidente Bolsonaro nas comemorações do Círio de Nazaré e de Nossa Senhora da Aparecida. Na entrevista a Anna Virginia Balloussier, Dom Odilo Scherer acentuou que onde há fanatismo perde-se a lucidez, e o mesmo se aplica às posições extremadas. “Estamos precisando justamente acalmar os ânimos e não entrar nesse jogo”, afirmou.

CNBB – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ,em documento divulgado na tarde de terça-feira, condenou o uso da campanha eleitoral na tentativa de exploração da fé para ganhar votos.

“Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.”

Por seu turno, Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, manifestou-se citando diretamente o presidente Jair Bolsonaro cuja presença fora anunciada para a consagração de Nossa Senhora Aparecida, o que levou o arcebispo a afirmar que o evento paralelo à consagração não é organizado pelo Santuário nacional e nem tem a anuência dele próprio, arcebispo.

SEM VÍNCULO – Reportagem de Jéssica Marques, O Globo, focaliza o assunto e informa que o evento fora do Santuário é promovido pelo Centro Dom Bosco, um grupo sem vínculo com a Arquidiocese. A Prefeitura de Aparecida informou sobre a presença do presidente da República.

No sábado, Bolsonaro esteve nos festejos do Círio de Nazaré e sua presença em celebrações importantes do calendário da Igreja Católica, acrescenta Jéssica Marques, tem causado incômodo na cúpula do episcopado que identifica tentativa de uso político. Os bispos da CNBB afirmam que a manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país.

O documento da CNBB acrescenta que momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados à eleição. A CNBB condena veementemente o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral.

PESQUISA – A pesquisa do Datafolha, que deve ser divulgada no final da tarde desta quinta-feira, não deve abranger os reflexos das manifestações da CNBB e de Dom Odilo Scherer,, já que não houve espaço de tempo para uma medição atenta das consequências e dos reflexos. De qualquer forma, a entrevista de Dom Odilo Scherer, deve ter repercutido entre os católicos, sobretudo em face do avanço na política dos evangélicos protestantes.

A palavra evangélico, na minha opinião, refere-se ao documento de Mateus, Lucas, Marcos e João, base do Novo Testamento, cujos princípios são tão católicos quanto o protestantismo evangélico. Este é outro ponto de atrito entre o catolicismo e o protestantismo que surgiu como Martinho Lutero em 1520, portanto há mais de 500 anos.  

O documento dos quatro evangelistas já existia há 1500 anos. Vamos aguardar, como disse há pouco, os desdobramentos do choque que foi levado a primeiro plano entre as posições dos evangélicos e do catolicismo.

INVESTIDA –  Na Folha de S. Paulo, edição de ontem, Matheus Teixeira, Júlia Chaib, Daniel Brand e Caue Fonseca, publicaram reportagem revelando que diante das reações contrárias até por parte de aliados seus, o presidente Jair Bolsonaro resolveu recuar sobre o que afirmou há poucos dias a respeito do Supremo Tribunal Federal e as alterações que propôs caso seja reeleito.

Agora é tarde, em matéria de votos perdidos, pois o recuo, está claro, é apenas tático. O que Bolsonaro pensa e pretende propor, se reeleito, ao Congresso Nacional é o que verdadeiramente fará se obtiver um novo mandato. A reforma do STF, conforme já escrevi, abrange a abala todo sistema judiciário do país.

DEFLAÇÃO –  O IBGE conseguiu no início desta semana registrar a terceira deflação seguida no país, desta vez apontando uma queda de preços de 0,29%. O instituto prefere basear seus cálculos no preço da gasolina e não leva em conta a subida de preços dos alimentos.

Fica clara esta engrenagem na reportagem de Carolina Nalin, O Globo, e também na matéria de Daniela Amorim e Cícero Cotrim, o Estado de S.Paulo. Provavelmente, acentuo, o IBGE deve antecipar para 30 de outubro, pelo menos, a prévia da inflação a ser registrada neste mês.

O IBGE conseguiu, inclusive, diminuir a taxa inflacionária dos últimos 12 meses que estava batendo em 11% para 7,1%, um verdadeiro “milagre brasileiro”. Deflação só poderia ocorrer se houvesse recuo em relação ao primeiro mês do período em confronto nos últimos 12 meses.

Mais uma prática de corrupção patológica praticada pelo prefeito de Jeremoabo

O prefeito de Jeremoabo faz questão de aperecer nas mídias mesmo praticando corrupção, já sabe que pode usar e abusar de todos atos de desmandos que ninguém toma qualquer providência, é a impunidade imperando.

Desconhecedor da palavra ética, escrúpulo e dignidade, para o mesmo isso significa " status", o  "imbrochável".

"Justiça:Inerte... Cega, surda e muda igual sua estátua".

https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=64250


quarta-feira, outubro 12, 2022

Pesquisa do Ipec indica que Bolsonaro está levando vantagem na guerra das rejeições

TRIBUNA DA INTERNET | Nestas importantes eleições, está em jogo também a credibilidade dos institutos de pesquisas

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Thomas Traumann
O Globo

Em uma campanha na qual não há fundo no poço da troca de acusações, a principal novidade da nova pesquisa Ipec/TV Globo está na oscilação das rejeições. Em uma semana, a quantidade dos entrevistados que dizem não votar no presidente Jair Bolsonaro variou de 50% para 48%, enquanto a do ex-presidente Lula da Silva foi de 40% para 42%. São oscilações dentro da margem de erro, mas sugerem que Bolsonaro pode estar ganhando a guerra suja.

Os números gerais da pesquisa estão alinhados com os do dia 5, no primeiro levantamento depois da eleição. Lula lidera com os mesmos 51% contra 42% de Bolsonaro, que oscilou um ponto para baixo. É a maior distância entre os dois candidatos nas pesquisas divulgadas sobre o segundo turno.

MUITA BAIXARIA – Na TV, a campanha de Bolsonaro já chamou Lula de “ladrão”, falseou dados para afirmar que ele segue processado pelo escândalo da Lava-Jato e especulou que numa vitória do PT ex-ministros condenados por corrupção teriam lugar no governo.

A campanha de Lula reciclou um antiga entrevista de Bolsonaro no qual ele admitia que poderia ter participado de um ritual de canibalismo. Nas redes sociais, o nível é ainda bem mais baixo, incluindo acusações mútuas de satanismo.  

No ringue da lama, o Ipec mostra que Bolsonaro pode estar levando vantagem. Em uma semana, a aprovação do governo subiu de 35% para 38% e do próprio presidente subiu de 40% para 43%.

MUDAR DE VOTO – O espaço para grandes alterações, no entanto, é curto. Apenas 6% dos entrevistados do Ipec admitem mudar seu voto, dois pontos percentuais a menos que no levantamento da semana passada. Entre os eleitores de Lula, 7% admitem mudar de voto. Entre os de Bolsonaro, 5%.  

Para uma eleição que será decidida em menos de três semanas esses números mostram que as alternativas de Bolsonaro para virar o jogo são ralas e a mais provável será investir ainda mais na propaganda negativa contra Lula.

Os ataques de Bolsonaro podem até não convencer um novo eleitor, mas ao transformar a eleição num vale-tudo ela iguala os dois candidatos em suas rejeições e tornar o resultado mais imprevisível. Essa tática será visível no primeiro debate dos dois candidatos na TV, no domingo que vem.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
 Uma boa análise da pesquisa Ipec, para quem ainda acredita nisso, é claro. Mas é inaceitável que um cientista político da Fundação Getúlio Vargas desconheça que Lula continua sendo processado pela Lava Jato, pois apenas as condenações foram anuladas. Realmente, isso demonstra que se trata de um observador com pouca capacidade de observação(C.N.)

Frente da direita é maior do que Bolsonaro, enquanto Lula é maior do que o antipetismo

Publicado em 12 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Bolsonaro e Lula se atacam em debate 'acalorado', diz imprensa  internacional - BBC News Brasil

Lula e Bolsonaro atraem eleitores radicais e moderados

Carlos Alberto Sardenberg
O Globo

Em termos técnicos, pode-se dizer que todos os institutos de pesquisa estão certos, cada um à sua maneira. Quer dizer, conforme os métodos e critérios que utilizam. Mas, se todos estão corretos ao mesmo tempo e mostram resultados diferentes, pode-se dizer também que todos estão errados. Não é por aí que se vai entender o que se passa no país.

E o que se passa? Há um momento ou, se quiserem, uma onda de direita, conservadora, pró-capitalista, muito maior que o bolsonarismo raiz, este sendo a extrema direita.

ONDA DO VOTO ÚTIL – No caso da eleição presidencial, os maiores institutos e a maior parte dos analistas enxergaram uma onda de voto útil pró-Lula, um forte sentimento para acabar com a coisa no primeiro turno.

Houve esse voto útil, mas não na escala antecipada. O movimento não saiu das elites partidárias e intelectuais.

E houve uma espécie de contra-voto útil, em Bolsonaro. Isso não foi captado. E o presidente teve um resultado melhor que o indicado nas pesquisas. Pode-se resumir assim: o voto à esquerda foi superestimado. Inversamente, o voto à direita foi subestimado.

IGUAL AO PASSADO – Não foi a primeira vez. Há um padrão aí. Nas duas eleições que venceu, Lula teve no primeiro turno menos votos do que indicavam as pesquisas. Idem para Dilma e para Haddad, este em 2018.

Neste ano, esse padrão foi claramente registrado nos estados, nas eleições para governador e senador. Em quase todos os lugares, a direita foi subestimada.

Considerem São Paulo. Tarcísio de Freitas, de direita, parecia disputar a segunda vaga com Rodrigo Garcia, Haddad liderando fácil. Nas urnas: Tarcísio com folgada liderança, Haddad decepcionado. E ninguém acreditava que o astronauta se elegeria senador, muito menos com tanta facilidade.

OUTROS ESTADOS – Considerem o Rio Grande do Sul. O bolsonarista Onyx parecia disputar a segunda vaga. Pois chegou bem na frente. Eduardo Leite, suposto favorito, passou raspando para o segundo turno e está bem atrás. No Rio, Castro estava na frente, mas chegou com muito mais folga. Idem para Romeu Zema em Minas. O que aconteceu?

Uma resposta: é o antipetismo. Outra, paralela: pesaram muito dois tipos de voto, o evangélico e o de costumes, ou de conservadores contra a agenda progressista. Não pode ser só isso. No interior de estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, o voto evangélico não tem peso significativo. Podem ser conservadores, mas não radicais.

Em São Paulo, Tarcísio teve mais de 9 milhões de votos. Seria tudo antipetista? Tudo fascista? Tem de ser também a favor de alguma coisa.

CAMPANHAS VENCEDORAS – Basta olhar os temas fortes da campanha vencedora de Tarcísio de Freitas: obras, privatização, concessões, liberdade de empreender, garantias ao ambiente de negócios. E vale também, e muito especialmente, para Romeu Zema em Minas, desde já um importante quadro da direita. Ele teve mais votos que Bolsonaro no estado.

Bolsonaro teve 51 milhões de votos. De novo, não é possível que sejam todos extremistas reacionários. Bolsonaro ganhou no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, regiões com uma característica em comum: são as mais desenvolvidas, pelo modelo capitalista. É o setor privado que comanda. Esse pessoal se incomoda com o intervencionismo estatal do PT. Lula ganhou no Nordeste e no Norte, onde as populações e a economia são mais dependentes de ações dos governos.

MAIOR DO QUE ELES – Tudo considerado, esse movimento da direita é muito maior que o Bolsonaro extremista. Inversamente, como já se viu noutras eleições, Lula é maior que o petismo. Não é por acaso que políticos em torno de Bolsonaro procuram “moderar” o presidente e afastar os bolsonaristas raiz, aquela turma de 2018.

Lula se move para o centro. Os votos dos pais do Real e de Simone Tebet vão nessa direção. Além disso, esses votos se baseiam na convicção de que Bolsonaro é ameaça à democracia — pelo que já fez e pelo que pode tentar, dado o peso conservador no novo Congresso.

Em resumo, a direita civilizada acha que Bolsonaro pode até tentar, mas não conseguirá dar o golpe. O centro e o centro-esquerda esperam a volta do Lula do primeiro mandato.

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