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sábado, setembro 10, 2022

A monarquia britânica tem futuro? A maioria dos fatores joga contra




Charles não é muito popular, as correntes históricas não favorecem e o valor de uma instituição milenar pode ser desgastado rapidamente. 

Por Vilma Gryzinski

Um dos maiores orgulhos de Elizabeth II era ter garantido três herdeiros na linha de sucessão – filho, neto e bisneto -, um feito raro, com o único precedente da rainha Vitória, no século XIX.

Mas ter a sucessão estabilizada não significa garantia de que ela vá acontecer.

Numa das pesquisas feitas por ocasião do jubileu de platina da falecida rainha, 62% dos britânicos eram a favor da monarquia e apenas 22% contra. Seria bom para o novo rei Charles III, exceto por um detalhe: 37% prefeririam que a coroa, depois de Elizabeth II, passasse diretamente para seu filho William, muito mais popular junto à opinião pública.

É claro que isso nunca aconteceria: seguir a linha da sucessão é um dos sustentáculos de um sistema baseado no princípio da hereditariedade e da hierarquia.

Como é possível que algo tão anacrônico sobreviva a tantas mudanças do mundo contemporâneo?

Nas monarquias escandinavas, os ventos históricos parecem calmos. O papel de reis e rainhas é, comparativamente, pouco contencioso e nos postos avançados do estado de bem-estar social não faz muito sentido consertar algo que não está quebrado. Na Espanha, o maior problema do rei Felipe VI é o seu pai, Juan Carlos, que detonou o prestígio da monarquia com contatos e negócios suspeitos.

Sem contar que Felipe poderá ser o rei que verá a Espanha perder um pedaço preciosíssimo, a Catalunha, onde predomina o separatismo.

O mesmo sentimento separatista pode arrancar do Reino Unido a Escócia e, eventualmente, a Irlanda do Norte. O reino se tornaria desunido, desmanchando um projeto consolidado há mais de 300 anos, perspectiva tão ruim que, por ocasião do plebiscito de 2014, Elizabeth fez uma uma rara e cautelosa declaração pública, aconselhando os eleitores a “pensar cuidadosamente” em suas escolhas.

O voto pela independência perdeu, com 44%, mas o separatismo é uma corrente forte. O atual governo é formado pelo principal partido independentista. A forte identificação da família real com a Escócia, realçada pelo uso de kilts quando os homens estão em território escocês, o farto emprego de gaitas de fole e pela própria morte da rainha em seu castelo particular em Balmoral, desabaria a partir do momento em que o “sim” vencesse.

A monarquia sobreviveria num país encolhido e até mesmo nem nele.

“Na medida em que a Grã-Bretanha se torna mais diversa, mais secular, mais insistentemente igualitária e menos conectada com seu passado, a própria ideia de uma monarquia hereditária cristã embasada na tradição e ha história se torna menos inteligível. O apoio à instituição tem caído entre as faixas etárias mais jovens”, escreveu Niall Gooch no UnHerd.

“A popularidade pessoal de Elizabeth II pode não se traduzir em afeição duradoura pela Coroa como instituição e tudo o que representa”.

Charles sabe muito bem disso e dedicou as últimas décadas a construir uma imagem positiva e deixar no passado o repúdio provocado pela forma como tratou e traiu Diana, a primeira mulher rejeitada.

Nesse sentido, a morte de Diana, há 25 anos, ajudou Charles a tornar aceitável, ao longo do tempo, seu casamento com Camilla e o tratamento que ela assumiu desde ontem, o de rainha consorte.

Tornar-se rei aos 73 anos não é exatamente entusiasmante e todo o trabalho sistemático de relações públicas não conseguiu o prodígio de transformar uma personalidade pouco inspiradora num herdeiro e agora rei popular.

As revelações recentes de que aceitou sacolas de dinheiro vivo para sua fundação, doados por um xeque do Catar, e outra contribuição de irmãos de Osama Bin Laden, não ajudaram em nada a torná-lo mais admirado.

Charles também tem que administrar dois problemas familiares extremamente incômodos.

Um é de seu filho Harry, que saiu batendo a porta para ir morar – e ganhar dinheiro – com a mulher nos Estados Unidos.

Harry e Meghan vivem de soltar inconfidências – falsas e verdadeiras – sobre a família real. Não vão se tornar mais contidos. Para dar uma ideia do clima de animosidade: eles estavam por acaso na Inglaterra quando a rainha morreu e foi anunciado que viajariam a Balmoral, mas depois a informação foi corrigida. Harry acabou indo sozinho.

O outro problema ficou menos espinhoso com a morte da rainha: Andrew, o filho que foi totalmente cortado dos compromissos oficiais da família real por causa dos contatos com o pedófilo suicida Jeffrey Epstein, não pode mais apelar à mamãe para restaurar seu status.

Depois do período de luto, que vai ser bem longo, todos os próximos passos terão que ser cuidadosamente coreografados. Quando Charles for coroado, terá que conciliar a tradição da cerimônia – que tem partes que remetem ao período anterior à conquista normanda, no começo do século XI – a adaptações inevitáveis.

Não poderá protagonizar um ato idêntico ao da mãe, que tinha apenas 27 anos quando entrou em Westminster usando a coroa de estado de 1 quilo e 280 gramas e manto de veludo ornado com peles de arminho de 6,5 metros. Sem contar a cerimônia de unção , com uma cruz feita no peito com uma mistura secreta de óleos e essências perfumadas, simbolizando algo que não existe há muito tempo: a monarquia por direito divino.

Foi por promover este conceito que o xará mais famoso – ou infame – do novo rei, Charles I, acabou decapitado em 1649 – um regicídio que só se repetiria quase 150 anos depois na França. A revolução inglesa durou pouco. Depois de uma década, ao longo da qual Oliver Cromwell, o homem que derrotou as forças leais ao rei em nome do Parlamento rebelado, foi ficando excessivamente poderoso, assumiu atribuições ditatoriais e acabou nomeando o filho como sucessor. Entre um rei plebeu, e inepto, e um rei por hereditariedade, o país acabou pendendo pela restauração da monarquia, com o filho do rei executado, Charles II, retornado do exílio na França. Seu avô materno Henri IV da França, tinha sido assassinado por um fundamentalista católico e a avó, a formidável Maria de Médici, terminou a vida confinada por conspirar contra um filho.

A época dos tronos disputados em batalhas passou há muito tempo e o campo de confronto hoje está nas redes sociais. Uma pesquisa recente mostra que Kate, a mulher de William, está acima até do marido em popularidade, com 68% de aprovação.

Quando se tornar a princesa de Gales, o título que ficou adormecido desde Diana (Camilla poderia usá-lo depois que se casou com Charles, o príncipe de Gales, mas foi prudentemente aconselhada a usar o segundo da lista, de duquesa da Cornualha), Kate se consolidará como um dos trunfos mais valiosos da monarquia.

Um casal jovem, bonito, dedicado à família e a boas causas, criando com afeto e cuidado um futuro reizinho, só ajuda a promover uma causa que parece historicamente perdida.

Só é preciso que Charles III não atrapalhe muito.

Revista Veja

Rússia reforça suas tropas após avanço ucraniano no nordeste




O exército russo anunciou nesta sexta-feira (9) que enviou reforços à região ucraniana de Kharkiv, em resposta a um aparentemente bem-sucedido avanço das forças de Kiev nesta zona de fronteira com a Rússia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que seu exército continua sua contraofensiva e que já recuperou 30 localidades do nordeste.

Autoridades ucranianas afirmaram na quinta-feira que reconquistaram nos últimos dias cerca de 1.000 km2 na região nordeste, especialmente a cidade de Balaklia.

Em Grakove, uma das localidades reconquistadas, jornalistas da AFP comprovaram nesta sexta as destruições deixadas pelos combates. A polícia exumou dois corpos na região, possíveis vítimas de crimes de guerra russo.

"Foi assustador, houve bombardeios e explosões por todas as partes", contou Anatoly Vasiliev, de 61 anos, um dos poucos moradores que permaneceram na cidade.

Apesar dos avanços das tropas ucranianas, o governador regional, Oleg Sinegubov, desaconselhou que os moradores retornassem a suas casas, já que ainda faltam eletricidade e gás.

O Ministério russo da Defesa anunciou a mobilização de forças nesta região e divulgou um vídeo que mostra vários caminhões militares transportando canhões e blindados.

Em Bruxelas, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou na quinta que o envio de reforços russos demonstra que Moscou paga um "alto preço" pela invasão da Ucrânia, iniciada há mais de seis meses.

- Novas preocupações na usina nuclear -

A agência nuclear da ONU indicou que novos bombardeios na cidade onde se encontra a usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia (sul), ocupada pelos russos, provocaram um corte de eletricidade que compromete "a segurança das operações" da planta.

"Isto é totalmente inaceitável. Não pode continuar", disse o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, que pediu um "cessar imediato dos bombardeios na área".

A central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, está ocupada por tropas russas desde março e foi cenário nas últimas semanas de bombardeios sobre os quais Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente.

O presidente da Energoatom, a agência de controle do setor nuclear ucraniano, denunciou que as forças russas que ocupam Zaporizhzhia mataram dois funcionários da central e torturam e assediaram dezenas de outros.

"Um regime de assédio dos funcionários foi se fortalecendo" desde o início da ocupação, denunciou o funcionário Petro Kotin, em entrevista à AFP.

- "Combates violentos" -

Como sinal do avanço ucraniano, as autoridades pró-russas dos territórios ocupados anunciaram a evacuação dos moradores a outras zonas sob controle de Moscou e até mesmo para a Rússia.

Um alto funcionário da administração da ocupação russa na região, Vitali Ganchov, afirmou na televisão estatal que "combates violentos" eram travados em torno da cidade de Balaklia.

"Já não controlamos Balaklia. Estamos tentando dispersar as forças ucranianas, mas os combates estão intensos e nossas tropas permanecem nos arredores", afirmou.

Segundo Ganchov, combates também são travados nas proximidades de Shevchenkove, na mesma região de Kharkiv. "Neste local, as forças armadas ucranianas também tentam romper as defesas. Foram enviados reforços da Rússia, nossas tropas estão reagindo", afirmou.

Kharkiv, capital da região homônima e segunda cidade da Ucrânia (depois da capital Kiev) fica muito próxima à fronteira com a Rússia e esteve na linha de frente desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

- Unidade da Otan -

Além do avanço na região, Kiev reivindicou uma série de reconquistas no leste e sul, com vários territórios retomados. Se confirmadas, seriam as mais importantes para a Ucrânia desde a retirada das tropas russas dos arredores de Kiev, no final de março.

O secretário de Estado de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, elogiou as recentes conquistas da Ucrânia e destacou que as recentes entregas ocidentais de armas conseguiram "mudar a dinâmica no campo de batalha".

"Vemos vitórias em Kherson, em Kharkiv e tudo isto é muito animador", afirmou Austin em Praga.

Os ministros das Finanças dos 27 Estados-membros da União Europeia aprovaram um novo pacote de ajuda de cinco bilhões de euros para a Ucrânia na forma de empréstimos, destinados a enfrentar as consequências da guerra.

AFP / Estado de Minas

TSE veta propaganda do governo sobre cartão do Auxílio Brasil antes das eleições

 Sexta, 09 de Setembro de 2022 - 19:00


por Mateus Vargas | Folhapress

TSE veta propaganda do governo sobre cartão do Auxílio Brasil antes das eleições
Foto: Reprodução / Agência Brasil

 O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, negou nesta sexta-feira (9) divulgação de propaganda do governo Jair Bolsonaro (PL) sobre o cartão do Auxílio Brasil. Moraes disse que não há urgência na medida e que informações sobre o funcionamento do cartão podem ser dadas após o período das eleições.
 

O governo queria veicular a campanha entre 20 de setembro e 20 de outubro. O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro.
 

O auxílio é uma das apostas de Bolsonaro na disputa à reeleição.
 

O secretário de Comunicação do governo, André de Sousa Costa, havia argumentado ao TSE que a ideia era "mitigar as dúvidas/receios quanto à suspensão do recebimento do benefício pelo não recebimento do novo cartão, bem como informar aos beneficiários sobre as funcionalidades do novo cartão".
 

Segundo o pedido feito ao TSE, a campanha teria a função de informar que o cartão antigo "continuará a funcionar normalmente até o recebimento do novo".
 

A Lei das Eleições impede a publicidade institucional de órgãos públicos nos três meses que antecedem as eleições. Por isso, o governo tem de pedir a liberação ao TSE das campanhas que se encaixam em exceções desta lei.
 

Sob o mesmo argumento de violação às regras eleitorais, o TSE já vetou pronunciamentos do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com elogios ao trabalho do Brasil no combate à Covid.
 

No fim de agosto, Moraes chegou a proibir a propaganda sobre o bicentenário da Independência, mas alegou que houve um erro na divulgação da decisão e voltou atrás, liberando a peça.

Bahia Notícias

Empresários bolsonaristas: Alexandre de Moraes nega recurso pedido por Lindôra Araújo

 Sexta, 09 de Setembro de 2022 - 19:11


por Redação

Empresários bolsonaristas: Alexandre de Moraes nega recurso pedido por Lindôra Araújo
Foto: Reprodução

Após a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, defender nesta sexta-feira (9) que fosse anulada, por “demonstração das inconstitucionalidades e ilegalidades” nas acusações, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que autorizou buscas e apreensão de equipamentos dos empresários bolsonaristas, quebras de sigilo e bloqueio de contas após pregar ruptura democrática em mensagens, Moraes negou o recurso da PGR. 

 

O recurso da PGR pedia o encerramento da investigação e a anulação dos procedimentos realizados. Na justificativa, o ministro disse que o recurso está fora do prazo e que a PGR foi notificada, mesmo que Lindôra estivesse fora do gabinete.


"O Agravo Regimental interposto pela Procuradoria-Geral da República, protocolado em 9/9/2022, é manifestamente intempestivo, pois foi protocolado somente em 9/9/2022, após 18 (dezoito) dias da intimação, quando já esgotado o prazo de 5 (cinco) dias previstos no art. 337, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", decidiu Moraes.

 

No mês passado, parte das diligências determinadas por Alexandre de Moraes foram tomadas a partir de um pedido da Polícia Federal (PF) e foram baseadas em matérias jornalísticas que tiveram acesso à troca de mensagens entre os empresários. A operação foi deflagrada no último dia 23 de agosto e mirou 8 empresários ligados ao Planalto, como Luciano Hang, dono da Havan.

Baha Notícias

Datafolha: Lula lidera com 45% das intenções de voto; Bolsonaro sobe e vai a 34%

 Sexta, 09 de Setembro de 2022 - 20:21

por Redação

Datafolha: Lula lidera com 45% das intenções de voto; Bolsonaro sobe e vai a 34%
Foto: Reprodução / TV Band

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando a corrida presidencial, conforme dados da nova pesquisa do instituto Datafolha, publicada na noite desta sexta-feira (9). O petista manteve os mesmos 45% do levantamento anterior, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu dentro da margem de erro, de 32% para 34%.

 

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) também oscilou dentro da margem de erro, caindo de 9% para 7% das intenções de voto. A senadora Simone Tebet (MDB), por outro lado, manteve os mesmos 5% da pesquisa da semana anterior.

 

A também senadora Soraya Thronicke (União) ficou com 1%, assim como no último levantamento. Os demais candidatos – Pablo Marçal (Pros), Felipe D’Ávila (Novo), Vera Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Léo Péricles (UP) e Padre Kelman (PTB) – não pontuaram.

 

Os indecisos passaram de 2% para 3%, enquanto a soma dos brancos e nulos continuou em 4%.

 

De acordo com os números do Datafolha, se as eleições fossem hoje, Lula e Bolsonaro iriam decidir as eleições presidenciais no segundo turno.

 

A pesquisa ouviu 2.676 pessoas em 191 municípios nos dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos, com nível de confiança em 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-07422/2022.

Bahia Notícias

TJ-BA condena Unime a indenizar paciente por extrair dentes irregularmente

 Sábado, 10 de Setembro de 2022 - 00:00

por Cláudia Cardozo

TJ-BA condena Unime a indenizar paciente por extrair dentes irregularmente
Foto: Divulgação

A União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime) foi condenada a indenizar um paciente em quase R$ 10 mil por danos morais e materiais por erro em um tratamento odontológico realizado na Clínica Escola em Lauro de Freitas, em maio de 2011. Na ocasião, o paciente teve quatro dentes arrancados de forma irregular por um aluno. A condenação de 1º Grau foi mantida pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

 

De acordo com os autos, o paciente procurou a Clínica Escola por sentir dores e sensibilidade nos dentes. Ele alegou que foi atendido por alunos, que verificaram a necessidade de remover quatro dentes para sanar as dores. Com isso, ele iniciou um tratamento periodontal e restaurador, com remoção dos dentes. Entretanto, as dores não melhoraram. Logo depois, por conta da persistência da dor, os alunos da clínica iniciaram um tratamento com raspagem e informaram que o paciente iria receber próteses dentárias para substituir os dentes extraídos. Porém, ele nunca recebeu as próteses. 

 

Na ação, o paciente contou que entrou em contato com a clínica da Unime por diversas vezes para obter as próteses, mas foi orientado a buscar atendimento em uma clínica particular para confecção da mesma. Porém, ainda assim, o atendimento neste local lhe foi negado. Ele registrou uma notícia crime no Ministério Público da Bahia (MP-BA), que abriu um inquérito criminal contra a instituição de ensino. Houve tentativa de conciliação em setembro de 2013, mas na ocasião a Unime afirmou que realizaria o tratamento no autor, com colocação de um implante das próteses, mas novamente o tratamento não foi realizado pela instituição de ensino. 

 

Em março de 2015, ficou acordado em uma audiência de instrução que o autor deveria comparecer à clínica da universidade em abril para uma nova avaliação bucal, e assim buscaríam uma solução conjunta. Porém, diz que o tratamento foi realizado de forma incompleta pela faculdade, deixando de realizar o implante dos dentes extraídos irregularmente por um aluno. Em novembro de 2016, em nova audiência, foi acordado que o paciente deveria comparecer novamente à clínica para realizar uma nova avaliação, com o respectivo relatório e sugestões de acompanhamento para a solução de problemas dentários. O referido relatório apresentado em dezembro daquele ano apontou que o procedimento não poderia ser realizado na Clínica Escola, por exigir múltiplas especialidades. O relatório sugeriu que o paciente fosse tratado por profissionais especialistas. 

 

Por tais fatos, o autor pediu a condenação da instituição no valor de R$ 20 mil por danos morais mais R$ 1 mil pelas despesas odontológicas; além do pagamento das futuras despesas odontológicas no valor de R$ 10,9 mil.

 

Em sua defesa, a Unime alegou que a ação criminal já discutia o caso e que foi extinta a punibilidade da universidade. Aduz ainda que os fatos alegados pelo paciente “são inverídicos e ensejam, sem dúvidas, na improcedência dos pedidos”. A Unime ainda afirmou que o tratamento foi iniciado em maio de 2011 e que não possui atendimento na área de implante, pois não é de competência da graduação. Destacou ainda que o tratamento de canal (endodontia) não é cobrado aos pacientes que procuram a instituição de ensino, como foi o caso do paciente. 

 

A juíza Milena Oliveira Watt,  da 20ª Vara de Relações de Consumo de Salvador, ao analisar os autos, constatou que houve falha na prestação de serviço, e, ao condenar a Unime, destacou que “os danos morais sofridos pelo suplicante são visíveis, eis que experimentou os transtornos e a vergonha com as falhas apresentadas após o tratamento ortodôntico”.


A Unime chegou a recorrer da decisão, tendo o recurso relatado pelo desembargador João Augusto Pinto, da 4ª Câmara Cível do TJ-BA. O relator entendeu que o paciente faz jus a indenização por danos morais, “uma vez que a descontinuidade no tratamento lhe ocasionou mais do que mero aborrecimento, notadamente porque a ausência de dentes, além de ter repercussão na função mastigatória, reflete negativamente na imagem do consumidor, sendo, portanto, evidente a aflição e angústia sofrida pelo mesmo pelos longos anos em que enfrentou esse problema dentário”.

Bahia Notícias

Talysson de Valmir renuncia candidatura a deputado federal

 em 9 set, 2022 18:25

Talysson renunciou a candidatura (Foto: Alese)

O candidato Talysson Barbosa Costa (PL), o Talysson de Valmir, que estava na disputa por uma das vagas à deputado federal por Sergipe nas eleições deste ano, desistiu da disputa. O pedido de renúncia foi homologado na tarde nesta sexta-feira, 9, pelo juiz Edimilson da Silva Pimenta, conforme consta no site do Tribunal Superior Eleitora (TSE).

De acordo com os dados divulgados no site do TSE, a petição de renúncia foi anexada na manhã de hoje. No documento, Talysson alegou ter renunciado por razões pessoais e afirmou já ter  comunicado ao Partido Liberal a decisão de deixar a disputa.

A candidatura de Ícaro ainda não consta no site do TSE, mas o partido tem até 10 dias, contados a partir da data da renúncia de Talysson, para indicar um substituto.

Impugnação

Talysson de Valmir e o seu pai, Valmir de Francisquinho, tiveram as candidaturas contestadas pelo pelo MP Eleitoral por terem sido condenados por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2018. O MP Eleitoral argumentou que a condenação leva à inelegibilidade por oito anos a contar das eleições de 2018, consequente impedimento os dois de se candidatarem até 2026. Na última quinta-feira, 8, Valmir de Francisquinho teve a candidatura impugnada pelo TRE/SE, mas a candidatura de Talysson ainda não havia sido julgada.

Por Luana Maria e Verlane Estácio

INFONET


É absurda a MP que permite salário acima do teto para diretores dos fundos de pensão

Publicado em 9 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET

Charge do Nani (nanihumor.com)

Deu em O Globo

Parlamentares não perdem a oportunidade, especialmente em ano eleitoral, de fazer valer a máxima orwelliana de que todos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros. Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) 1.119, que permite a diretores de fundos de previdência de servidores receber mais que o teto salarial do funcionalismo, hoje em R$ 39.294 (correspondente ao salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal).

A mágica foi obtida mudando a natureza jurídica dos fundos, de fundação pública para fundação privada. Deputados que tentaram suprimir esse trecho da MP foram voto vencido. Um absurdo que ignora a dura realidade da maioria da população brasileira.

MAIS DISPARATES – Não foi o único disparate na MP oportunista. O texto também reabre o prazo para que servidores em atividade migrem para um fundo de previdência complementar. Quem optar pela mudança terá aposentadoria limitada ao teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), hoje em R$ 7.087 (ou R$ 7.612 no ano que vem, conforme previsão no Orçamento para 2023 enviado ao Congresso).

Aparentemente, uma medida saneadora. Mas não é bem assim. Os que aderirem à nova regra receberão um complemento decorrente da rentabilidade das aplicações do fundo de pensão e uma compensação pelo tempo de contribuição acima do teto do INSS.

Ainda poderão contar, para efeito de cálculo do benefício, somente as maiores contribuições, e não todas, como prevê a reforma da Previdência. Uma das vantagens da migração se reflete no aumento de salário do servidor.

QUASE 300 MIL – Estima-se que a MP alcançará 292.181 funcionários públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário que ingressaram até 2013, quando foi instituído o regime de aposentadoria complementar para a categoria (os que entraram depois já recebem o benefício até o teto do INSS).

É frágil o argumento de que a mudança não é vantajosa para todos — o governo calcula que “apenas” 98.900 devam optar pelo novo sistema. Não é pouca coisa — é mais que a população de 80% dos 5.570 municípios brasileiros.

É sabido que o funcionalismo público brasileiro, em especial sua elite, vive num mundo à parte: estabilidade no emprego, aposentadorias generosas, benesses que não encontram paralelo na iniciativa privada, prebendas por tempo de serviço e não por mérito (degradando a qualidade do serviço público), penduricalhos que furam o teto, e por aí vai.

UM PAÍS DESIGUAL – Não é perpetuando esses privilégios que se buscará um país mais justo e menos desigual, como vendido nas propagandas eleitorais dos candidatos das mais diversas legendas.

O Senado, para onde seguirá o texto da MP 1.119, deveria barrar esses absurdos. Num ano eleitoral, é pouco provável que os senadores queiram se indispor com uma categoria — de que fazem parte — com amplo poder de mobilização e pressão para perpetuar seus privilégios.

Infelizmente, a usina que produz desigualdades continua a todo vapor.


Maior legado de Elizabeth 2ª foi reinar em silêncio, sem opiniões ou atos mundanos

Publicado em 9 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Distinção, elegância e carisma retratam a rainha

Leandro Narloch
Folha

Os britânicos chamam de “stiff upper lip” o costume de se manter firme, permanecer em silêncio e não demonstrar emoções diante de adversidades. Na tradução literal, significa manter o “lábio superior rígido”, e não trêmulo como o de quem está prestes a cair no choro. A expressão define o estilo de Elizabeth 2ª. A rainha falava pouco, fazia questão de expressar poucas emoções ou virtudes em público.

Nos setenta anos do reinado mais duradouro da história britânica, deu raríssimas declarações políticas: manteve-se acima das controvérsias que dividiam seus súditos.

GRANDE QUALIDADE – Ficar quieto não costuma ser uma qualidade —exceto se você vive numa época como a nossa, intoxicada pelo acúmulo de opiniões, sinalizações e demonstrações de indignação.

Nascida antes da criação da internet, da televisão e quando o rádio ainda se popularizava, a rainha foi muito criticada por não se adequar à mídia e às redes sociais. Não agia como celebridades sempre prontas a publicar coisas fofas e se mostrar profundamente preocupadas com algum tema do momento.

Até mesmo em 1997, quando os britânicos choraram de um jeito meio latino-americano pela morte da princesa Diana, o primeiro-ministro Tony Blair teve que insistir para que a rainha mexesse os lábios para uma declaração pública.

MAJESTOSAMENTE – Mas quando as redes sociais se tornaram uma gritaria de exibicionistas morais, o estilo silencioso da rainha se tornou um ativo. Diferente da multidão de celebridades estridentes, Elizabeth 2ª exalava majestade ficando quieta.

“Seu silêncio, que parecia um anacronismo fora de moda, começou a parecer presciente, até mesmo revigorante”, disse a revista Economist num artigo desta quinta-feira (8).

Era uma postura oposta à do twitteiro cheio de pedras na mão e sangue nos olhos, que denuncia uma grave falha de caráter em qualquer um com quem discorda. Esse tenta conquistar espaços dividindo a sociedade, enquanto a rainha usava a serenidade para preservar a família real.

OPINIÕES OCAS – Seus filhos e netos não resistiram à tentação das redes e das entrevistas lamuriosas em programas de TV. O príncipe Charles deu uma canseira nos britânicos com suas opiniões ocas em defesa da homeopatia, contra a pesca ilegal na Patagônia e os novos arranha-céus de Londres, entre muitas outras. É uma das razões para ser menos popular que a mãe.

Muitas pessoas hoje se esgoelam em busca de curtidas, alcance e seguidores que validem a importância que dão a si próprias. A rainha Elizabeth 2ª mostrou que nobreza, nobreza de verdade, é ser eloquente por meio do silêncio.

Avanço de Tebet beneficia a polarização entre Lula e Bolsonaro no segundo turno

Publicado em 9 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

 

 

Na Expointer, Simone Tebet promete melhorar condições de financiamento da agricultura familiar | GZH

Simone Tebet é um sucesso fazendo campanha nas ruas

Reynaldo Turollo Jr.
Veja

A corrida presidencial de 2022 tem várias singularidades, a começar pela enorme antecipação da campanha. Na prática, a definição dos nomes aconteceu quando o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocando-o de volta no jogo eleitoral, em abril de 2021. O petista não perdeu tempo e, desde então, trabalhou para cristalizar a tendência de polarização com Jair Bolsonaro.

A menos de um mês das eleições, parece haver pouquíssima margem para viradas, mas uma personagem tem conseguido o feito de se destacar em meio aos dois favoritos, transformando-se na surpresa do momento.

CRESCE NAS PESQUISAS – Mesmo com chances remotas de vitória, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) chama atenção com sua postura firme e equilibrada em sabatinas e no debate do qual participou (na Band, aliás, ela sagrou-se vitoriosa, de acordo com pesquisas). Como resultado, vem crescendo nas sondagens, como a mais recente BTG/FSB, na qual foi de 2% para 6%, enquanto os outros candidatos perderam pontos ou ficaram estáveis.

Ainda que sejam números modestos diante dos líderes, Tebet encostou no terceiro colocado, o candidato do PDT, Ciro Gomes, que está em campanha há muito mais tempo. Com isso, ela pode se transformar no nome mais bem colocado da terceira via (meta de sua equipe para os próximos dez dias), o que já é visto como uma vitória para uma política sobre a qual pairavam dúvidas até acerca da capacidade de a candidatura vingar, diante das divisões internas do MDB.

“Eu saí do patamar do descrédito e entrei no patamar da possibilidade de furar a bolha da polarização. Hoje, 80% das pessoas nas ruas me conhecem e param para ouvir o que eu tenho a falar”, afirmou a candidata a Veja.

FORTE IMPACTO – De fato, a performance de Tebet na TV teve impacto em diferentes segmentos do eleitorado, como mostra a comparação das pesquisas BTG/FSB de 22 de agosto (antes do horário eleitoral, da entrevista ao Jornal Nacional e do debate na Band) e do último dia 5. A senadora avançou nas regiões Sul, Norte e Centro-­Oeste, nas capitais e nas cidades médias do interior (veja o quadro).

Um levantamento interno do MDB já aponta Tebet com 12% em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. Além disso, a candidata mais que dobrou a intenção de votos nela entre as mulheres (de 3% para 7%), mostrando que pode estar dando certo a sua estratégia de priorizar esse segmento, que representa 52% do eleitorado.

Além de ter uma chapa 100% feminina (a vice é a também senadora Mara Gabrilli, do PSDB), ela tem insistido em reforçar a imagem de que sua candidatura representa o empoderamento da mulher e o combate ao machismo na política.

##
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bela análise de Reynaldo Turollo Jr., publicada antes da pesquisas mais recentes, que não registram ascensão de Simone Tebet. Já publicamos aqui na TI que a estratégia da polarização é inflar Simone para esvaziar Ciro. Mas acontece que o feitiço pode virar contra o feiticeiro, como se dizia antigamente. Depois voltaremos ao assunto. (C.N.)

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