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terça-feira, setembro 06, 2022

Conamp questiona no STF decreto que cria o 'mínimo existencial' para superendividados

 Terça, 06 de Setembro de 2022 - 13:40

por Redação

Conamp questiona no STF decreto que cria o 'mínimo existencial' para superendividados
Foto: Divulgação

A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação contra o Decreto 11.150/22, assinado em junho pelo presidente Jair Bolsonaro. Com a medida, o Poder Executivo determinou que cidadãos superendividados possam preservar, pelo menos, o equivalente a 25% do salário-mínimo (R$ 303), que seria o “mínimo existencial”.

 

Para o presidente da Conamp, promotor Manoel Murrieta, o decreta “contribui com o aumento da miserabilidade dos superendividados”, e que a medida dificulta a atuação dos Procons, especialmente os que são geridos pelos Ministérios Públicos, na realização de medidas conciliatórias envolvendo consumidores na condição jurídica de superendividamento.


 A Conamp argumenta ainda que o ato presidencial ofende a competência do Congresso porque extrapola os limites de regulamentação, impondo preceitos estranhos à aplicação da legislação sobre o crédito responsável, prevenção, tratamento ao superendividamento. Segundo a associação, que é representada pelo advogado e ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira, o decreto também contraria o dever do Estado de proteger os direitos fundamentais dos consumidores. 


O processo tramita como Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1005 e tem como relator o ministro André Mendonça. A Conamp pediu que o ministro suspenda o decreto de modo liminar até que o assunto receba uma palavra final do Supremo. Para elaborar a ação, a Conamp usou dados do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (BRASILCON) e da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público do Consumidor (MPCON).

Confira o abre e fecha no feriado de 7 de setembro

   em 6 set, 2022 10:46

Confira o que abre e fecha neste 7 de setembro (Foto: Portal Infonet)

Alguns estabelecimentos comerciais e órgãos públicos deixam de funcionar ou alteram seus horários de funcionamento durante a Independência do Brasil, celebrada nesta quarta-feira, 7 de setembro. Confira as mudanças:

Shoppings

Jardins e Riomar – Ainda não enviaram o horário de funcionamento

Prêmio – Praça de Alimentação: 12h às 22h; Lojas e quiosques: fechados; Gbarbosa: 09h às 20h; Cinesercla: 13h30min às 21h;
Lotérica: fechada. Riachuelo, Le Biscuit, C&A, Americanas, Emmanuelle, Marisa, Magazine Luiza e Casas Bahia: 12h às 20h

Aracaju Parque Shopping – Operações de Alimentação e Entretenimento: das 12h às 22h; Lojas Americanas: das 14h às 20h; Lotérica: das 12h às 18h; Lojas Satélites e Quiosques: FECHADOS; Lojas Âncoras e Megalojas: Fechadas; Centerplex Cinemas: conforme programação.

Confira o que abre e fecha neste 7 de setembro (Foto: Portal Infonet)

Alguns estabelecimentos comerciais e órgãos públicos deixam de funcionar ou alteram seus horários de funcionamento durante a Independência do Brasil, celebrada nesta quarta-feira, 7 de setembro. Confira as mudanças:

Shoppings

Jardins e Riomar – Ainda não enviaram o horário de funcionamento

Prêmio – Praça de Alimentação: 12h às 22h; Lojas e quiosques: fechados; Gbarbosa: 09h às 20h; Cinesercla: 13h30min às 21h;
Lotérica: fechada. Riachuelo, Le Biscuit, C&A, Americanas, Emmanuelle, Marisa, Magazine Luiza e Casas Bahia: 12h às 20h

Aracaju Parque Shopping – Operações de Alimentação e Entretenimento: das 12h às 22h; Lojas Americanas: das 14h às 20h; Lotérica: das 12h às 18h; Lojas Satélites e Quiosques: FECHADOS; Lojas Âncoras e Megalojas: Fechadas; Centerplex Cinemas: conforme programação.

Supermercados

De acordo com a Associação Sergipana de Supermercados (ASES), os estabelecimentos vão funcionar normalmente conforme horário definido por cada rede.

Mercados

Os mercados centrais (Antônio Franco, Thales Ferraz e Virgínia Franco), assim como os setoriais (bairros) estarão abertos das 6h às 12h.

Feiras

As feiras livres que ocorrem nos conjuntos Dom Pedro, Augusto Franco, Orlando Dantas e no bairro Bugio serão realizadas normalmente no período da tarde.

Centro comercial de Aracaju

Por causa da Convenção Coletiva em vigor, o comércio não funcionará no dia 7 de setembro.

Ferreira Costa

No dia 07 de setembro, o Home Center Ferreira Costa localizado em Aracaju estará fechado. Mas, o consumidor pode efetuar as compras através do site ou no aplicativo Ferreira Costa disponível para IOS e Android.

Parques 

O Parque Governador Augusto Franco (Sementeira), no Jardins, abrirá para caminhadas, atividades esportivas e de lazer, das 5h às 21h30. Neste dia, o drive-thru da vacinação não funciona;

O Parque Ecológico Poxim, no bairro Inácio Barbosa, funcionará em horário normal, das 6h às 18h.

Orla Pôr do Sol

Os serviços de embarque e desembarque na Orla Pôr do Sol (Mosqueiro) ocorrerão sem qualquer alteração, das 8h às 17h.

Chica chaves

O Centro de Artesanato Chica Chaves, no Bairro Industrial, estará aberto ao público das 9h às 16h.

Hemose

O Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) não haverá expediente no dia 07. O funcionamento normal será retomado no dia 08 das 7h30 às 17h.

Saúde Aracaju

Estarão abertas para atendimento médico apenas as urgências dos hospitais municipais Fernando Franco e Nestor Piva, com serviço 24 horas (incluindo atendimento aos casos de síndromes gripais). O Centro de Triagem e Atendimento à Síndrome Gripal não funcionará durante o feriado, voltando a atender na quinta-feira, 8, das 7h às 19h, com acolhimento até as 18h.
A sede administrativa da Secretaria Municipal da Saúde estará fechada, assim como as Unidades Básicas de Saúde e os atendimentos do Programa Ver a Vida. Todos os serviços serão retomados na quinta-feira, dia 8.
Na Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), o atendimento dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) segue de porta aberta, entretanto, no feriado funcionará apenas o acolhimento noturno dos usuários já em acompanhamento.
O Centro de Especialidades Médicas (Cemar Siqueira Campos), inserido na Rede de Atendimento Especializado (Reae), não funciona, retornando na quinta, das 7h às 18h.
Já a urgência odontológica funcionará 24 horas, no Centro de Especialidade Odontológica, localizado na rua Carlos Pereira de Melo, 450, Farolândia.

Vacinação em Aracaju

O serviço de vacinação das campanhas contra a covid-19, influenza e sarampo também estará suspenso no dia 7. O Carro da Vacina também estará sem funcionar na quarta, retornando na quinta, na Rua Mário Rosa Lima, ao lado do GBarbosa, no São Conrado.

Repartições da PMA e Governo de Sergipe

As repartições públicas do Governo de Sergipe e da Prefeitura de Aracaju não irão funcionar nesta quarta-feira, 7, devido ao feriado.

INFONET

Bolsonarismo se divide entre o voto e a ruptura democrática

Publicado em 6 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do Nani (nanihumor.com)

Pedro do Coutto

Reportagem de Renata Galf, Folha de S. Paulo desta segunda-feira, com base em pesquisa do Instituto Quaest, destaca que na internet, principalmente no Telegram e no WhatsApp, correntes bolsonaristas se dividem entre o apoio à reeleição do presidente e a ruptura democrática baseada em mensagens dirigindo-se ao próprio Bolsonaro propondo que ele acione as Forças Armadas.

A ameaça continua e segue um processo curioso: o bolsonarismo, em muitos casos, quer tanto a vitória do voto quanto o golpe, em caso de derrota. Há os que só falam do voto e há os que só falam do golpe.

ATAQUES – Esses últimos, atacando o comunismo, o Supremo Tribunal Federal, Lula da Silva e pedindo para que corrente militar intervenha no processo de sucessão. No caso, aliás, melhor seria dizer na continuação do atual governo.

As raízes ideológicas conservadoras permanecem sustentando o radicalismo. A dúvida, contudo, é se as ameaças de golpe acrescentam ou fazem Bolsonaro perder votos.

FAVORITISMO – Na edição de ontem de O Globo, Marlen Couto, numa excelente reportagem, assinala que 19 governadores disputam a reeleição este ano, dos quais 15 lideram as pesquisas estaduais. Essa liderança, a meu ver, vem de duas fontes.

Primeiro, o ótimo desempenho revelado por governadores que se elegeram em 2018. Por outro lado, por ser uma consequência das carências da população que fazem com que eleitores e eleitoras dependam fundamentalmente das máquinas administrativas.

DEPENDÊNCIA – Quanto maior o estado de carência da população, maior será o poder de quem já o obteve nas urnas anteriores. É natural. Não se pode exigir comportamento diferente daqueles que dependem para sobreviver da ação das máquinas administrativas. Governadores com maior índice de aprovação, claro, lideram as disputas estaduais.

É o caso de Renato Casagrande no Espírito Santo, aprovado por 56% do eleitorado, de Romeu Zema em Minas Gerais, aprovado com 50%, de Ratinho Júnior no Paraná, com aprovação de 52%, de Ronaldo Caiado em Goiás, com aprovação de 49%, entre outros. Uma situação curiosa é o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (49%), que deixou de apoiar Bolsonaro e passou a apoiar Soraya Thronicke. Certamente para livrar-se da polarização e o risco de perder votos.

MANIFESTAÇÕES –  Amanhã, o Brasil comemorará 200 anos de Independência e a data dará margem a que Jair Bolsonaro obtenha reflexos políticos, usando a oportunidade como prova de apoio militar à sua reeleição.

Além disso, Bolsonaro está mobilizando evangélicos, ruralistas e convocando servidores das empresas estatais para a manifestação de Brasília, convidando a população carioca e fluminense para o espetáculo militarizado na Avenida Atlântica.

BASTIDORES – Na Folha de S. Paulo, Marianna Holanda, Matheus Teixeira e Thiago Rezende destacam as movimentações dos bastidores na área do governo para obter divulgação e repercussão da presença do presidente na solenidade. O empresário Luciano Hang deve comparecer aos atos de Brasília e do Rio de Janeiro.

A expectativa maior, contudo, é sobre o comportamento de Bolsonaro e de seu discurso, uma vez que o presidente da República é considerado um homem cuja atuação é difícil de prever. Acredito que ele está mais próximo de uma posição arrebatada do que uma posição moderada e de equilíbrio institucional. No fundo sabe que o seu eleitorado mais ativo deseja uma atuação agressiva.

ESPETÁCULO – Há poucas semanas, dois gols extraordinários de bicicleta foram marcados por Pedro do Flamengo e Ronny do Palmeiras. Ocorreram outros gols e muitas outras tentativas.

Creio ser interessante e deixo aqui a ideia para a TV Globo e para o Esporte Espetacular de uma reportagem sobre a origem da bicicleta no futebol que foi imortalizada por Leônidas da Silva, que começou no Bonsucesso, consagrou-se no Flamengo, na seleção brasileira e encerrou a carreira no São Paulo.

RACISMO DISFARÇADO –  Muito bom o artigo de Ana Cristina Rosa, Folha de S. Paulo de ontem, sobre formas disfarçadas de racismo.  Foi o caso de um candidato a governador do Piauí que ao ser entrevistado por uma jornalista de sangue negro disse que ela era “negra, mas era inteligente”.

Isso quer dizer que a conjunção “mas” é excludente, destacando no caso a inteligência de alguém que em princípio não poderia apresentar essa qualidade. Uma posição detestável.

Aliados acham que Moro pode se beneficiar da absurda operação policial de que foi alvo

Publicado em 6 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Ex-juiz Sergio Moro chega no evento de lançamento da pré-candidatura à presidência da república do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar

Candidato ao Senado, Sérgio Moro está em segundo lugar

Igor Gadelha

Aliados aconselharam Sergio Moro (União Brasil) a tentar se beneficiar eleitoralmente da operação da qual foi alvo no fim de semana. A avaliação é de que, se o ex-juiz “se vitimizar na medida certa”, pode ganhar votos para sua campanha ao Senado.

A operação aconteceu no sábado (3/9), quando foi cumprido um mandado de busca e apreensão para apreender materiais de campanha irregulares. A ação ocorreu no apartamento do ex-juiz em Curitiba, onde está sediado o comitê eleitoral dele.

A PEDIDO DO PT – A medida atendeu a pedido da federação liderada pelo PT, que denunciou supostas irregularidades nos materiais de campanha de Moro. Entre elas, a diferença do tamanho da fonte do nome dele em relação aos suplentes nos santinhos.

Durante a ação, advogados do PT tentaram entrar no apartamento do ex-juiz com os oficiais de Justiça, mas não conseguiram. Na hora da operação, nem Moro nem sua esposa, Rosângela Moro, estavam no local. Foi a filha do ex-juiz que recebeu a operação.

Na avaliação de aliados do ex-juiz da Lava Jato, todo esse cenário pode ser usado beneficamente pela campanha do ex-ministro da Justiça para tentar colar nele a imagem de que é o principal candidato a senador “anti-PT” no estado do Paraná. Hoje, esse título é disputado por Moro e outros dois candidatos ao Senado: o deputado federal Paulo Martins (PL), nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, e o senador Alvaro Dias (Podemos), que tenta reeleição.

UM ERRO DE MORO – Os mesmos aliados de Moro avaliam, contudo, que o ex-juiz já cometeu alguns erros na estratégia de reação. Um deles, dizem, teria sido um tuíte do ex-juiz no qual ele diz que os santinhos de Alvaro Dias também teriam problemas.

Para aliados do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, a postagem atacando o adversário, feita nesse domingo (4/9), tira o foco da vitimização de Moro na qual ele foi aconselhado a “surfar” ao longo de toda essa semana.

O pior é alvaro dias deu declarações criticando a operação e dizendo que a justificativa da juíza foi “pequena e insignificante”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A operação, autorizada por uma juíza eleitoral irresponsável, foi um ato de violência contra um candidato honrado, que lutou desabridamente contra a corrupção e merece o respeito e consideração de todas as pessoas de bem deste país. Ao que parece, porém, o Brasil está de cabeça para baixo, pois hoje quem mais desfruta de apoio popular é justamente um ex-presidiário, que foi retirado da prisão e recebeu de volta seus direitos políticos em função de um erro judiciário que ficará vergonhosamente registrado para sempre na história da Justiça brasileira. (C.N.)

Brasileiros veem mais corrupção na política do que na sociedade civil, mas não dão a mínima…

Publicado em 6 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge Erasmo Spadotto - Legalização da Corrupção - Portal Piracicaba Hoje

Charge do Erasmo (Portal Piracicaba)

Rafael Soares
O Globo

A classe política é mais associada à corrupção no Brasil do que entidades da sociedade civil, como empresas, ONGs, movimentos sociais e igrejas. Na esteira dos desdobramentos de investigações sobre pagamentos de propina que promoveram uma reorganização de forças pós-urnas em 2018, duas pesquisas realizadas pelo Ipec, a pedido do GLOBO, evidenciam a avaliação dos brasileiros.

No quadro geral, a prática só fica atrás do desemprego na lista de problemas que mais afligem a população. Um olhar detalhado revela ainda que Câmara dos Deputados, Senado e o Executivo em suas três esferas (federal, estadual e municipal) são vistos como mais corruptos, na comparação com a compreensão geral sobre o tema.

GRANDE DESAF IO – Para 36%, a corrupção é um dos três desafios mais urgentes do Brasil. Um levantamento complementar destrinchou a questão.

Com base nas respostas — os entrevistados podiam associar “muita”, “alguma”, “pouca” ou “nenhuma” corrupção aos itens pesquisados —, o instituto elaborou um índice de percepção sobre o tema, que no geral ficou em 77 (quanto mais perto de 100, maior é a associação com corrupção).

No caso da Câmara, o resultado foi 92 (76% vinculam “muita corrupção” à Casa); quanto ao Senado, 89; governos estadual (86), federal (84) e municipal (80) vêm em seguida.

SOCIEDADE CIVIL – A avaliação sobre entidades da sociedade civil é distinta. No caso das empresas, o índice calculado é de 67, patamar semelhante ao de ONGs e igrejas. Nas nuances, no entanto, há uma diferença: enquanto 24% veem “muita corrupção” nas companhias, o resultado é de 31% para as organizações não-governamentais e de 32% para as instituições religiosas.

Entre as instituições de Estado, é a Polícia Federal quem se sai melhor: 68 no índice calculado pelo Ipec, com 31% de percepção de muita corrupção.

— De fato ocorrem escândalos de corrupção mais graves e em maior quantidade envolvendo os políticos. No entanto, só existe corrupção porque um recebe e outro paga. No Brasil, como vimos na Lava-Jato, geralmente quem paga são grandes empresas privadas. Mas o brasileiro só vê a corrupção do lado do Estado. Outro ponto é que as empresas são, em sua maioria, de pequeno porte, comerciantes, microempreendedores. São nelas que o brasileiro pensa, não nas grandes empreiteiras — avalia o diretor da ONG Transparência Brasil, Manoel Galdino.

CÂMARA CORRUPTA – O olhar sobre a Câmara dos Deputados pode ser explicado a partir do noticiário, porque foi o epicentro do mensalão, mecanismo que instituiu repasses ilícitos em troca do apoio a votações no primeiro governo do ex-presidente Lula (PT), e teve parlamentares envolvidos também na Lava-Jato, que esquadrinhou relações tortuosas entre políticos, órgãos com presença do governo e empresas.

Mais recentemente, veio à tona o orçamento secreto, dispositivo desenvolvido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) para pacificar a relação com o Congresso, por meio da distribuição de recursos via emenda parlamentar, de forma desigual e sem transparência. Para 2023, a previsão orçamentária com o expediente é de R$ 19,4 bilhões.

 

A sensação geral sobre corrupção é maior entre mulheres e mais pobres. E a pesquisa revela ainda uma clivagem religiosa: evangélicos avaliam a situação com menos gravidade, na comparação com católicos e os praticantes de outras religiões.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, a pesquisa demonstra que os brasileiros não ligam para a corrupção, acham que faz parte do “novo normal”, como fica comprovado pelo apoio dado a candidatos comprovadamente corruptos, como Lula da Silva e Jair Bolsonaro, que enriqueceram ilicitamente fazendo política. O resto é folclore, como diz Sebastião Nery. (C.N.)

Exemplo dos generais americanos no governo Trump serve para o Brasil de Bolsonaro


Trump escolhe general da reserva John Kelly para Segurança Interna - Jornal  O Globo

General John Kelly soube controlar os arroubos de Trump

Marcelo Godoy
Estadão

Após assistir ao desfile do 14 de Julho na França, em 2017, o presidente americano Donald Trump voltou a Washington com a ideia de promover uma grande parada no Dia da Independência, o 4 de Julho. Mas foi – segundo o relato dos jornalistas Susan B. Glasser e Peter Baker, publicado pela The New Yorker – logo avisando: “Eu não quero nenhum ferido no desfile. Isso não me parece legal”.

Motivo: em Paris, o americano testemunhara, ao lado de Emanuel Macron, os mutilados de guerra descerem a Champs-Élysées, incluindo veteranos em cadeira de rodas.

SÃO OS HEROIS – Trump ouviu então de seu chefe de gabinete, o general da reserva do Corpo de Fuzileiros Navais, John Kelly: “Mas esses (os feridos) são os heróis. Em nosso meio, há apenas um grupo de pessoas mais heroico do que eles: os que estão enterrados em Arlington”.

No cemitério nacional, em Arlington, na Virgínia, estão os mortos em combates travados pelos americanos desde a Guerra da Independência. É ali que o presidente John Kennedy, ele mesmo veterano da luta no Pacífico, durante a 2ª Guerra Mundial, está enterrado. Ali também está o filho de Kelly, morto em combate no Afeganistão.

Mas o general, segundo a revista, não tratou disso com Trump, que insistiu em não ter em seu desfile nenhum ferido de guerra. Kelly e seus colegas buscaram demovê-lo da ideia.

COISA DE DITADORES – Em outra reunião, com a presença do general Paul Selva, vice-chefe do Estado-Maior Conjunto, Trump perguntou o que Selva achava do desfile. Oficial da Aeronáutica, Selva disse: “Não cresci nos Estados Unidos. Cresci em Portugal. Portugal era uma ditadura, e os desfiles serviam para mostrar às pessoas quem detinha as armas. E, neste País, nós não fazemos isso”. Trump insistiu e perguntou se ele não gostava da ideia. “Não. Isso é coisa de ditadores.”

O Brasil tinha 46 mortes por covid-19 quando o general Edson Leal Pujol, então comandante do Exército, publicou um vídeo em 24 de março de 2020. Ele disse: “Uma de nossas responsabilidades com a Nação nesse momento de crise é que nossa tropa deve manter a capacidade operacional para enfrentar o desafio e fazer a diferença. Talvez seja a missão mais importante de nossa geração”. Dias antes, Bolsonaro havia chamado a doença de “gripezinha”.

NOSSOS HEROIS – Pujol concluiu: “Os integrantes do sistema de saúde são os nossos combatentes da linha de frente. Esses profissionais estão dando exemplo de coragem e comprometimento contra a doença”.

No memorial da pandemia, um espaço deve ser reservado aos médicos e enfermeiros, civis e militares, que atenderam a população, colocando em risco a sua vida e a de seus familiares.

Assim como Trump não queria feridos em seu desfile militar, Bolsonaro não quis ser visto em visita a nenhum hospital. Não levou conforto às vítimas da pandemia ou solidariedade aos profissionais de Saúde. Não lhe agradava a visão dos caídos na mais importante missão cumprida pelos militares de sua geração? Seus adversários não se cansam de lembrar, dia após dia, a sua frase: “Eu não sou coveiro”.

SEM DESFILE – A falta de empatia de Trump e seu desejo de usar as Forças Armadas em atos políticos encontrou a resistência dos oficiais generais americanos. O desfile pretendido pelo republicano não aconteceu. Nem os militares se deixaram enredar na conspiração que buscava desqualificar o resultado das urnas para impedir a posse do presidente eleito, o democrata Joe Biden. Trump não pôde contar com a obediência cega dos generais.

Um dia, ele questionou Kelly: “Por que seus generais de merda não podem ser como os generais alemães?” “Quais generais?”, perguntou Kelly. “Os generais alemães da Segunda  Guerra”, respondeu Trump. “O senhor deve saber que eles tentaram matar Hitler três vezes…”, disse Kelly, ironicamente.

UMA RESSALVA – Trump logo mudaria o comando das Forças Armadas – assim como Bolsonaro. Entraria em cena o general Mark Milley, o novo chefe do Estado-Maior Conjunto. “Eu vou ser honesto em tudo o que eu puder. O senhor vai tomar decisões e, desde que elas sejam legais, eu as apoiarei”, ressalvou o general.

Em sua presidência, Trump buscou redefinir o papel dos militares nos Estados Unidos. Diante de seus planos, encontrou valores que lhe fecharam o caminho do emprego de tropas contra manifestantes. Temendo as conspirações palacianas, Milley advertiu dois assessores do presidente: “A vida parece uma merda atrás das grades”.

No Brasil, os generais cancelaram o desfile cívico-militar que aconteceria na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, após Bolsonaro querer transferi-lo para Copacabana.

SETE DE SETEMBRO – O presidente organiza com seus apoiadores uma encenação no 7 de Setembro em que pretende pôr as Forças Armadas ao dispor de sua campanha eleitoral. O objetivo – segundo seus aliados – era mostrar a união entre ambos: militares e a candidatura do PL.

Ninguém parece se importar como isso degradaria o Exército, transformando-o em milícia armada a serviço de um governo e não mais uma instituição de Estado. Todas as capitais do País terão desfiles cívico-militares no dia 7, exceto o Rio.

Só ditadores, disse o general Selva, costumam querer exibir ao povo quem é que detém as armas. Era assim em Portugal, no regime salazarista, com seu lema “Deus, Pátria e Família”.

DISTÂNCIA DA CONFUSÃO – A data cívica – um patrimônio de todos – não deve ser prisioneira de quem deseja dividir o País. O quanto o exemplo de Mark Milley serve ou guiará seus colegas do Brasil ainda é incerto para alguns. Mas a maioria do Alto Comando do Exército quer distância da confusão.

Se ninguém esqueceu que a Marinha fez desfilar tanques diante do Congresso no dia da votação da PEC do Voto Impresso, em 2021, é também possível lembrar a recente advertência do general Otávio Rêgo Barros, ex-porta-voz de Bolsonaro e hoje seu crítico, ao comentar a postura dos militares diante de Trump. Ele escreveu:

 “A firmeza de atitude evitou que a egolatria do mandatário destruísse o país, na longa e tempestuosa noite do governo trumpista.” E completou: “Não cambiaram a temporalidade do poder por um vil rebaixamento de seus padrões morais”. É que no estado democrático de direito, como disse, “generais devem liderar, vestidos dos valores que os acompanham, e agir com a mesma fortaleza de convicções contra tentativas de refutar as regras da democracia”.


Piso de Enfermagem - Governo Federal Pode Pagar o Pato

file:///C:/Users/jdmon/Downloads/OPODER%20BR%2005-09.pdf 

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