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sexta-feira, maio 14, 2021

Governador do DF recebeu cota do orçamento secreto e enviou dinheiro para o Piauí


Ibaneis Rocha

Governador confirma esquema e diz que é tudo “legal”

Breno Pires e Vinícius Valfré
Estadão

O esquema do orçamento secreto criado pelo presidente Jair Bolsonaro para aumentar sua base de apoio no Congresso não se limita a atender a demandas de deputados e senadores. Um documento do Ministério do Desenvolvimento Regional revela que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pôde direcionar R$ 15 milhões da pasta para obras e compras de veículos e máquinas.

Uma parte desse dinheiro foi repassada por ele ao Piauí, Estado de sua família, distante 700 quilômetros em linha reta de Brasília.

Várias destinações – Aliado do presidente, Ibaneis indicou a verba para pavimentação, escoamento e aquisição de carros e, ainda, para despesas “administrativas” e de “fiscalização” da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), na capital federal.

Procurado pelo Estadão, o governador admitiu o envio de dinheiro da sua cota do orçamento secreto a outra unidade da federação. “Todos os recursos destinados ao Distrito Federal foram devidamente aplicados. Nos demais casos, como não havia projetos, o governador destinou as verbas a algumas prefeituras do Piauí”, disse, por meio de nota enviada por sua assessoria. Ele não esclareceu, porém, por que fez repasses ao Estado nordestino.

A explicação de Ibaneis Rocha à reportagem expõe também a falta de critério do governo federal para liberar os recursos à Codevasf.

VERBAS SEM PROJETOS – A inexistência de projetos para aplicação dos recursos, destacada na nota do governador, põe em xeque a necessidade de liberação feita pelo governo federal. Também descumpre o termo de transferência do dinheiro do ministério para o órgão, que previa a aplicação no Distrito Federal.

Na segunda-feira passada, o Estadão mostrou que a “estatal do Centrão”, como é conhecida a Codevasf, virou um duto para escoamento do dinheiro do esquema operado pelo governo. Na gestão Bolsonaro, a empresa passou a atuar em bases eleitorais de aliados do governo distantes 1.500 quilômetros das margens do Velho Chico. A sede da estatal fica em Brasília.

EMENDAS TIPO RP9 – Os recursos são provenientes de uma nova modalidade da emenda de relator-geral, a chamada RP9. Bolsonaro vetou uma tentativa do Congresso de impor a aplicação desse dinheiro por “contrariar o interesse público” e “fomentar cunho personalístico nas indicações”.

Uma série de 101 ofícios a que o Estadão teve acesso, contudo, revelou que o presidente passou a ignorar seu ato quando se aproximou do Centrão e implementou mais um “toma lá, dá cá”.

Toda essa negociação que definiu quem seria atendido e o que seria feito com o dinheiro ocorreu a portas fechadas dentro de gabinetes no Palácio do Planalto e distante do controle de transparência. Somente no Ministério do Desenvolvimento Regional foram R$ 3 bilhões liberados para um seleto grupo político, em dezembro de 2020.

SUPERFATURAMENTO – Como mostrou o Estadão, parte do dinheiro foi direcionada para comprar trator a preços até 259% acima da tabela de referência do governo, o que levou o escândalo a ser apelidado de “tratoraço” nas redes sociais.

O dinheiro que atendeu Ibaneis também vem de emendas tipo RP9, mas é de uma cota anterior, de julho do ano passado. O Ministério do Desenvolvimento Regional tem afirmado que “é do Parlamento a prerrogativa de indicar recursos da chamada emenda de relator-geral (RP9) do Orçamento”. O atendimento ao governador do Distrito Federal contraria essa versão. Procurado ontem, o ministério não se manifestou.

A emenda de relator foi criada em 2019, já no governo Bolsonaro. Ao contrário das emendas individuais e de bancada, ela deveria ser definida conforme critérios técnicos do governo. Documentos aos quais o Estadão teve acesso, porém, indicam que o dinheiro tem sido despejado nos redutos eleitorais dos políticos.

ALCOLUMBRE EM CENA – O esquema colocou nas mãos de políticos como o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por exemplo, o controle de R$ 270 milhões do ministério. Ele precisaria de 34 anos como senador para poder manejar esse volume de recursos considerando suas emendas individuais de livre direcionamento (R$ 8 milhões por ano).

Desde domingo, o Estadão revela, em uma série de reportagens, como o presidente Jair Bolsonaro montou o esquema. Ontem, o jornal mostrou que os documentos sobre a operação são mantidos em sigilo por parlamentares.

Um grupo de senadores alegou “segurança de Estado” e “risco a sua honra e de sua família” para esconder ofícios em que detalham onde queriam aplicar o dinheiro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – São tantos escândalos que ninguém se espanta mais. A impressão que fica é de que se trata de um governo movido a escândalos(C.N.)

Breno Pires e Vinícius Valfré
Estadão

O esquema do orçamento secreto criado pelo presidente Jair Bolsonaro para aumentar sua base de apoio no Congresso não se limita a atender a demandas de deputados e senadores. Um documento do Ministério do Desenvolvimento Regional revela que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pôde direcionar R$ 15 milhões da pasta para obras e compras de veículos e máquinas.

Uma parte desse dinheiro foi repassada por ele ao Piauí, Estado de sua família, distante 700 quilômetros em linha reta de Brasília.

Várias destinações – Aliado do presidente, Ibaneis indicou a verba para pavimentação, escoamento e aquisição de carros e, ainda, para despesas “administrativas” e de “fiscalização” da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), na capital federal.

Procurado pelo Estadão, o governador admitiu o envio de dinheiro da sua cota do orçamento secreto a outra unidade da federação. “Todos os recursos destinados ao Distrito Federal foram devidamente aplicados. Nos demais casos, como não havia projetos, o governador destinou as verbas a algumas prefeituras do Piauí”, disse, por meio de nota enviada por sua assessoria. Ele não esclareceu, porém, por que fez repasses ao Estado nordestino.

A explicação de Ibaneis Rocha à reportagem expõe também a falta de critério do governo federal para liberar os recursos à Codevasf.

VERBAS SEM PROJETOS – A inexistência de projetos para aplicação dos recursos, destacada na nota do governador, põe em xeque a necessidade de liberação feita pelo governo federal. Também descumpre o termo de transferência do dinheiro do ministério para o órgão, que previa a aplicação no Distrito Federal.

Na segunda-feira passada, o Estadão mostrou que a “estatal do Centrão”, como é conhecida a Codevasf, virou um duto para escoamento do dinheiro do esquema operado pelo governo. Na gestão Bolsonaro, a empresa passou a atuar em bases eleitorais de aliados do governo distantes 1.500 quilômetros das margens do Velho Chico. A sede da estatal fica em Brasília.

EMENDAS TIPO RP9 – Os recursos são provenientes de uma nova modalidade da emenda de relator-geral, a chamada RP9. Bolsonaro vetou uma tentativa do Congresso de impor a aplicação desse dinheiro por “contrariar o interesse público” e “fomentar cunho personalístico nas indicações”.

Uma série de 101 ofícios a que o Estadão teve acesso, contudo, revelou que o presidente passou a ignorar seu ato quando se aproximou do Centrão e implementou mais um “toma lá, dá cá”.

Toda essa negociação que definiu quem seria atendido e o que seria feito com o dinheiro ocorreu a portas fechadas dentro de gabinetes no Palácio do Planalto e distante do controle de transparência. Somente no Ministério do Desenvolvimento Regional foram R$ 3 bilhões liberados para um seleto grupo político, em dezembro de 2020.

SUPERFATURAMENTO – Como mostrou o Estadão, parte do dinheiro foi direcionada para comprar trator a preços até 259% acima da tabela de referência do governo, o que levou o escândalo a ser apelidado de “tratoraço” nas redes sociais.

O dinheiro que atendeu Ibaneis também vem de emendas tipo RP9, mas é de uma cota anterior, de julho do ano passado. O Ministério do Desenvolvimento Regional tem afirmado que “é do Parlamento a prerrogativa de indicar recursos da chamada emenda de relator-geral (RP9) do Orçamento”. O atendimento ao governador do Distrito Federal contraria essa versão. Procurado ontem, o ministério não se manifestou.

A emenda de relator foi criada em 2019, já no governo Bolsonaro. Ao contrário das emendas individuais e de bancada, ela deveria ser definida conforme critérios técnicos do governo. Documentos aos quais o Estadão teve acesso, porém, indicam que o dinheiro tem sido despejado nos redutos eleitorais dos políticos.

ALCOLUMBRE EM CENA – O esquema colocou nas mãos de políticos como o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por exemplo, o controle de R$ 270 milhões do ministério. Ele precisaria de 34 anos como senador para poder manejar esse volume de recursos considerando suas emendas individuais de livre direcionamento (R$ 8 milhões por ano).

Desde domingo, o Estadão revela, em uma série de reportagens, como o presidente Jair Bolsonaro montou o esquema. Ontem, o jornal mostrou que os documentos sobre a operação são mantidos em sigilo por parlamentares.

Um grupo de senadores alegou “segurança de Estado” e “risco a sua honra e de sua família” para esconder ofícios em que detalham onde queriam aplicar o dinheiro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – São tantos escândalos que ninguém se espanta mais. A impressão que fica é de que se trata de um governo movido a escândalos(C.N.)

Breno Pires e Vinícius Valfré
Estadão

O esquema do orçamento secreto criado pelo presidente Jair Bolsonaro para aumentar sua base de apoio no Congresso não se limita a atender a demandas de deputados e senadores. Um documento do Ministério do Desenvolvimento Regional revela que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pôde direcionar R$ 15 milhões da pasta para obras e compras de veículos e máquinas.

Uma parte desse dinheiro foi repassada por ele ao Piauí, Estado de sua família, distante 700 quilômetros em linha reta de Brasília.

VÁRIAS DESTINAÇÕES – Aliado do presidente, Ibaneis indicou a verba para pavimentação, escoamento e aquisição de carros e, ainda, para despesas “administrativas” e de “fiscalização” da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), na capital federal.

Procurado pelo Estadão, o governador admitiu o envio de dinheiro da sua cota do orçamento secreto a outra unidade da federação. “Todos os recursos destinados ao Distrito Federal foram devidamente aplicados. Nos demais casos, como não havia projetos, o governador destinou as verbas a algumas prefeituras do Piauí”, disse, por meio de nota enviada por sua assessoria. Ele não esclareceu, porém, por que fez repasses ao Estado nordestino.

A explicação de Ibaneis Rocha à reportagem expõe também a falta de critério do governo federal para liberar os recursos à Codevasf.

VERBAS SEM PROJETOS – A inexistência de projetos para aplicação dos recursos, destacada na nota do governador, põe em xeque a necessidade de liberação feita pelo governo federal. Também descumpre o termo de transferência do dinheiro do ministério para o órgão, que previa a aplicação no Distrito Federal.

Na segunda-feira passada, o Estadão mostrou que a “estatal do Centrão”, como é conhecida a Codevasf, virou um duto para escoamento do dinheiro do esquema operado pelo governo. Na gestão Bolsonaro, a empresa passou a atuar em bases eleitorais de aliados do governo distantes 1.500 quilômetros das margens do Velho Chico. A sede da estatal fica em Brasília.

EMENDAS TIPO RP9 – Os recursos são provenientes de uma nova modalidade da emenda de relator-geral, a chamada RP9. Bolsonaro vetou uma tentativa do Congresso de impor a aplicação desse dinheiro por “contrariar o interesse público” e “fomentar cunho personalístico nas indicações”.

Uma série de 101 ofícios a que o Estadão teve acesso, contudo, revelou que o presidente passou a ignorar seu ato quando se aproximou do Centrão e implementou mais um “toma lá, dá cá”.

Toda essa negociação que definiu quem seria atendido e o que seria feito com o dinheiro ocorreu a portas fechadas dentro de gabinetes no Palácio do Planalto e distante do controle de transparência. Somente no Ministério do Desenvolvimento Regional foram R$ 3 bilhões liberados para um seleto grupo político, em dezembro de 2020.

SUPERFATURAMENTO – Como mostrou o Estadão, parte do dinheiro foi direcionada para comprar trator a preços até 259% acima da tabela de referência do governo, o que levou o escândalo a ser apelidado de “tratoraço” nas redes sociais.

O dinheiro que atendeu Ibaneis também vem de emendas tipo RP9, mas é de uma cota anterior, de julho do ano passado. O Ministério do Desenvolvimento Regional tem afirmado que “é do Parlamento a prerrogativa de indicar recursos da chamada emenda de relator-geral (RP9) do Orçamento”. O atendimento ao governador do Distrito Federal contraria essa versão. Procurado ontem, o ministério não se manifestou.

A emenda de relator foi criada em 2019, já no governo Bolsonaro. Ao contrário das emendas individuais e de bancada, ela deveria ser definida conforme critérios técnicos do governo. Documentos aos quais o Estadão teve acesso, porém, indicam que o dinheiro tem sido despejado nos redutos eleitorais dos políticos.

ALCOLUMBRE EM CENA – O esquema colocou nas mãos de políticos como o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), por exemplo, o controle de R$ 270 milhões do ministério. Ele precisaria de 34 anos como senador para poder manejar esse volume de recursos considerando suas emendas individuais de livre direcionamento (R$ 8 milhões por ano).

Desde domingo, o Estadão revela, em uma série de reportagens, como o presidente Jair Bolsonaro montou o esquema. Ontem, o jornal mostrou que os documentos sobre a operação são mantidos em sigilo por parlamentares.

Um grupo de senadores alegou “segurança de Estado” e “risco a sua honra e de sua família” para esconder ofícios em que detalham onde queriam aplicar o dinheiro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – São tantos escândalos que ninguém se espanta mais. A impressão que fica é de que se trata de um governo movido a escândalos(C.N.)

Bolsonaro defende mesmo o voto impresso ou prepara um golpe contra o resultado da eleição?

Publicado em 14 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

TRIBUNA DA INTERNET | Piada do Ano ! Bolsonaro quer “sistema eleitoral  confiável” em 2022 e vai sugerir volta de voto impresso

Charge do Alpino (Yahoo Notícias)

Eliane Cantanhêde
Estadão

Sem rumo e comando racional, o governo pode até ter ilhas de normalidade, mas, no geral, é dividido entre ministérios onde “um manda e outro obedece” e três “gabinetes” cercados de mistério: o do ódio, o das sombras (ou trevas) e o gabinete secreto, revelado pelo Estadão, para jorrar dinheiro público escondido para parlamentares aliados, sem informar o básico ao distinto público que paga impostos: quem, como, onde e por quê.

O do “ódio” alimenta a turba bolsonarista com fake news a favor do governo e contra adversários, convocando atos golpistas contra o Supremo e seus ministros. Quando esses ministros puseram a cúpula do PT na cadeia pelo mensalão e confirmaram a prisão do ex-presidente Lula pelo petrolão, tudo ótimo. Mas, quando dão um basta no golpismo do presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores, perderam a graça.

SEGUNDO GABINETE – O das “sombras” não foi criado às pressas por causa da CPI da Covid. Ao contrário, foi graças à CPI que o Brasil descobriu que ele fora montado lá atrás, no início da pandemia, para anular o Ministério da Saúde. Existe para ditar as normas e executar o negacionismo e os caprichos de Bolsonaro na pandemia, contra tudo e todos, a ciência e a OMS.

Nenhum médico, fosse Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich ou Marcelo Queiroga, iria, em sã consciência, com suas faculdades mentais preservadas, ignorar e fazer campanha, como o presidente faz, contra o uso de máscaras, o isolamento e as vacinas para conter o vírus, preservar os sistemas de saúde e salvar vidas.

Só fica uma dúvida: esse grupo das trevas faz a cabeça do presidente, ou só aplaude o que ele quer?

TERCEIRO GABINETE – Agora, depois de três meses de apuração, o repórter Breno Pires informa que há um terceiro gabinete, gerenciando um orçamento secreto para satisfazer as conveniências políticas de Bolsonaro e… comprar votos no Congresso.

As planilhas mostram curiosidades escandalosas e um certo protagonismo do ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre, que dirigiu a distribuição de R$277 milhões, quantia que ele levaria 34 anos de Senado para conseguir pelas emendas tradicionais.

Esse “gabinete”, abrigado no Ministério do Desenvolvimento Regional, criou um orçamento de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares extras inclusive para tratores e outros equipamentos agrícolas. De um lote de 115 máquinas, só 12 registram preços dentro do limite estabelecido pelo próprio ministério. E Alcolumbre, por exemplo, tem base política no Amapá, mas direciona recursos também para o Paraná. Apesar da rima, não faz sentido.

CONTRA A CPI – Esses “gabinetes”, o “secreto”, o do “ódio” e o das “sombras e trevas”, não devem ser os únicos e agora estão focados no mesmo ponto: a CPI da Covid.

O do “ódio” atiça a militância na internet tentando desviar as atenções para governadores e prefeitos. O das “trevas” mobiliza ministérios para fornecer aos governistas da CPI uma mercadoria inexistente: argumentos para defender Bolsonaro nas várias frentes de investigação, máscaras, isolamento, cloroquina, vacina… E o gabinete “secreto” amarra tudo, comprando votos e consciências.

Se o general da ativa Eduardo Pazuello entrou no jogo pela sabujice, parlamentares que tentam tapar o sol com a peneira aderem por motivações mais concretas, entre elas os tais tratores, ou a grana dos tratores.

TURMA DA MOTO – Enquanto os três gabinetes se esfalfam, o presidente distrai a plateia de moto, parabeniza a polícia do Rio pela chacina que choca o mundo, acusa a China de promover “guerra química” e articula uma manobra à la Trump para 2022.

Eleito sete vezes pelo voto digital, inclusive para a Presidência, ele ataca a urna eletrônica e enche o ambiente de tensão. Será que é só mesmo a favor do voto impresso, ou prepara um golpe contra os resultados da eleição?

Rejeição a governadores e Saúde cai, mas desaprovação de Bolsonaro segue alta

Rejeição a governadores e Saúde cai, mas desaprovação de Bolsonaro segue alta
Rui Costa | Foto: Mateus Pereira/ GOVBA

A rejeição da população brasileiro à atuação do Ministério da Saúde e dos governadores no combate à pandemia caiu. Por outro lado, a reprovação do trabalho feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue com índices altos.

 

Isso é o que mostra a nova pesquisa Datafolha, com margem de erro de dois pontos percentuais. Os pesquisadores ouviram 2.071 pessoas, de forma presencial, em 146 municípios do país, entre terça (11) e quarta-feira (12).

 

Uma reportagem do jornal, com base nos dados do instituto, aponta que, para 32% dos entrevistados, a atuação do Ministério da Saúde é ruim ou péssima. Foi uma queda de sete pontos percentuais em comparação com a pesquisa de março. O grupo que avalia a gestão como ótima ou boa oscilou positivamente de 28% para 30%, enquanto o grupo que julga a atuação regular cresceu de 32% para 37%.

 

Ao longo desse período, o comando da pasta passou do general Eduardo Pazuello para o médico Marcelo Queiroga.

 

Da mesma forma, os governadores também registraram queda em seus índices de rejeição. No geral, foram menos sete pontos percentuais na avaliação feita pela parcela que considera o desempenho deles ruim ou péssimo, chegando a 29%. Para 35% dos entrevistados, o trabalho dos governadores é regular, um aumento de cinco pontos percentuais e, no parâmetro positivo, houve uma oscilação para cima, com 35% da população avaliando os governos como ótimos ou bons.

 

Por outro lado, a rejeição ao presidente Jair Bolsonaro não arrefeceu. Ele registrou uma oscilação negativa de três pontos, tendo sua atuação avaliada como ruim ou péssima por 51% dos entrevistados. Essa rejeição é 18 pontos maior do que a verificada no início da pandemia, em março do ano passado.

Bahia Notícias

Firmino Alves: TSE nega recurso a Padre Agnaldo e cidade terá nova eleição

 

Firmino Alves: TSE nega recurso a Padre Agnaldo e cidade terá nova eleição
Foto: Reprodução / Bahia na Política

O município de Firmino Alves, no Médio Sudoeste baiano, terá nova eleição. Em decisão da noite desta quinta-feira (13), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou recurso do candidato Padre Agnaldo, o mais votado na eleição do ano passado. Por unanimidade, os ministros da Corte Eleitoral votaram contra o pedido de Agnaldo, segundo informou o Políticos do Sul da Bahia.

 

O ex-prefeito já tinha tido uma derrota no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) em janeiro passado (ver aqui). Os desembargadores indeferiram a candidatura de Agnaldo por abuso de poder econômico. Com isso, o presidente da Câmara local, Fabiano Sampaio, assumiu interinamente o Executivo da cidade.

 

Padre Agnaldo foi prefeito de Firmino Alves entre 2004 e 2012. No período teve duas contas rejeitadas, o que o colocou na lista de ficha suja e tornou a candidatura irregular. No dia 18 de dezembro do ano passado, eleitores de Padre Agnaldo chegaram a fechar um trecho da BA-262, na entrada da cidade, em que pediam a diplomação de Agnaldo, marcada para aquele dia (lembre aqui). 

Bahia Noticias

Senado aprova suspensão no aumento de preço de medicamentos em 2021

Senado aprova suspensão no aumento de preço de medicamentos em 2021
Foto: Arquivo/ Agência Brasil

O Senado aprovou projeto de lei (PL) que suspende o aumento de preço de medicamentos em 2021. O texto também determina a reversão de reajustes já aplicados em medicamentos este ano, havendo, inclusive, a restituição de pagamento já realizado. O projeto, aprovado por 58 votos a favor e 6 contra, segue para a Câmara dos Deputados.

 

Para o autor do projeto, Lasier Martins (Podemos-RS), o projeto é uma forma de diminuir a pressão sobre o orçamento das famílias que estão enfrentando o coronavírus e, também, daquelas com doentes que demandam uso contínuo de medicamentos. Lasier ressalta ainda que o cenário é de “recrudescimento da pandemia, inclusive com o surgimento de novas cepas virais”.

 

De acordo com a Agência Brasil, os medicamentos disponíveis no Brasil têm seus preços controlados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). Uma vez por ano, a Cmed fixa o teto de preços permitidos para a venda de medicamentos, mas esse controle não alcança todos os remédios. Determinadas classes terapêuticas de medicamentos isentos de prescrição, por exemplo, ficam de fora.

 

O relator, Eduardo Braga (MDB-AM), explicou que o projeto não “congela” preços, apenas impede o reajuste do teto pela Cmed. “Não se trata de congelamento de preços, trata-se de suspensão de qualquer reajuste no teto estabelecido pela Cmed tanto para preços de fabricantes quanto para preços a varejo, para o consumidor. Portanto, fazendo justiça a milhões de brasileiros que estão necessitando de acesso à compra de medicamentos."

 

Ainda segundo a Agência Brasil, apesar de não ter sido aprovado por unanimidade, o projeto teve vários apoios. Um deles foi de Kátia Abreu (PP-TO). A senadora rechaçou uma suposta quebra do preceito de livre mercado com o projeto. “Eu também sou a favor do livre mercado. Acontece que o livre mercado é uma tese importante para baratear produtos. Significa muita gente produzindo tudo, com grande concorrência, e os preços caindo. Agora, falar em livre mercado diante de um belo cartel não é democrático. É um grande cartel, onde os donos dessas fabricantes internacionais sempre foram muito grandes e ricos.”

Bahia Notícias

Testes de anticorpos após vacinação são incapazes de garantir se imunizante funcionou


por Everton Lopes Batista | Folhapress

Testes de anticorpos após vacinação são incapazes de garantir se imunizante funcionou
Foto: Priscila Melo/ Bahia Notícias

Neste início de imunização tímido no Brasil, com o alívio de finalmente receber a injeção vem também a dúvida: será que funcionou? Estou protegido? 

 

O sistema imune, assim como a ação dos vírus, é complexo e depende de uma variedade de moléculas para defender o corpo. Testes sorológicos, que medem somente anticorpos, podem até dizer se essas proteínas protetoras contra o patógeno foram geradas, mas são ainda insuficientes para atestar o sucesso ou o fracasso da imunização em uma pessoa.

 

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) não recomenda a realização de sorologia para avaliar resposta imunológica às vacinas contra a Covid-19.

 

"A complexidade da imunidade pós-vacinal, ou mesmo após doença natural, não corrobora a realização dos testes, pois os resultados não traduzem a situação individual de proteção", afirma a instituição em uma nota técnica publicada no fim de março deste ano.

 

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), uma das autoridades de saúde mais respeitadas no mundo, também não recomenda o teste para verificar a ação da vacina.

 

"Os testes podem ser feitos cerca de 30 dias depois da vacinação completa, mas por mera curiosidade. Neste momento, eles não têm efeito prático nenhum e ainda podem causar confusão -- a pessoa pode achar que a vacina funcionou quando não está protegida, ou o contrário", diz o médico geneticista David Schlesinger, diretor da Mendelics, empresa especializada em diagnósticos genéticos.

 

Quando entramos em contato com um patógeno, como um vírus ou uma bactéria, nosso corpo dá início à resposta imunológica adaptativa com a produção de diversas moléculas, entre elas, as proteínas que chamamos de anticorpos.

 

Essas moléculas carregam uma caixa de ferramentas para desativar o vírus, mas nem todas bloqueiam a ação do invasor. Os anticorpos que o fazem são os chamados neutralizantes.

 

Os testes mais simples, os de tipo rápido, vendidos em farmácia, são pouco sensíveis e dizem apenas se temos ou não anticorpos contra o vírus, sem especificar se são neutralizantes. Além disso, a qualidade dos testes varia, não valendo para um diagnóstico mais preciso.

 

No âmbito da pesquisa clínica, existem testes capazes de dizer se a pessoa desenvolveu anticorpos neutralizantes e até apontar sua quantidade, afirma o médico patologista Carlos Eduardo dos Santos, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML).

 

Para a ciência, análises de anticorpos são importantes para saber como o sistema imune da população vacinada se comporta ao longo do tempo. Segundo Santos, o exame pode dar pistas sobre quando será necessária uma dose de reforço para estender a proteção.

 

Mas individualmente esse teste mais preciso ainda não tem indicação formal e só deve ser feito com pedido médico em casos específicos, como o de uma pessoa com um sistema imune menos eficiente.

 

Mesmo quando um bom exame indica a presença das proteínas neutralizantes, não é possível ter a certeza de que a imunização foi bem-sucedida. Isso porque não se sabe a quantidade necessária delas para garantir proteção.

 

Há outra lacuna. O teste não capta a existência de uma resposta imune celular, com os linfócitos que destroem as células infectadas pelo vírus e produzem outras substâncias de defesa.

 

Em algum momento no futuro será possível saber com segurança qual é a molécula ou o anticorpo que, quando presente no organismo em uma determinada quantidade, garante a imunidade completa.

 

Os estudos feitos antes da liberação do uso das vacinas e os dados coletados após a imunização em larga escala em países como Estados Unidos, Reino Unido e Israel são sólidos para indicar que os imunizantes em uso são seguros e eficientes contra a pandemia.

 

Dados publicados mostram que as chances de ser internado ou morrer com o Sars-CoV-2 caem drasticamente depois da imunização completa, que ocorre cerca de um mês depois da segunda injeção para as vacinas usadas no Brasil, aplicadas em duas doses.

 

Ainda assim, nenhuma substância testada contra qualquer doença (incluindo a Covid-19) oferece 100% de eficácia, e é possível verificar um número muito pequeno de pessoas que, mesmo tendo recebido o imunizante, se infectam --em casos raríssimos, podem até morrer.

 

As novas variantes do Sars-CoV-2, algumas mais transmissíveis, são outro fator de atenção. Ainda não se sabe com precisão se as vacinas disponíveis são capazes de combater todas as novas versões do patógeno.

 

Por isso, cuidados básicos como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos devem ser mantidos mesmo após as duas doses do imunizante. Uma retomada mais segura deve ser feita apenas quando ao menos 70% de toda a população estiver imunizada, o que deve proporcionar grande queda na circulação do Sars-CoV-2.

 

Na quinta-feira (13), o CDC anunciou a suspensão quase total do uso de máscaras nos EUA, ao ar livre ou em ambiente fechado, para os completamente vacinados. A proteção ainda é necessária em locais específicos, como aviões e hospitais.

 

Ao todo, os EUA já aplicaram mais de 260 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, e a decisão mostra o que os estudos clínicos apontaram e os cientistas têm reforçado: as vacinas funcionam e são nossa melhor arma para pôr fim à pandemia.

Bahia Notícias

Mourão nos enganou, mas se iguala a Bolsonaro ao atacar a CPI, um instrumento democrático


Charge do Aroeira (Portal O Dia/RJ)

Vicente Limongi Netto

Demorou, mas o vice-presidente Hamilton Mourão caiu na vil, destrambelhada e desastrada esparrela de Bolsonaro. A seu ver, a CPI da Covid possibilitou a volta de nomes esquecidos da política, “vestindo camisola de virgem”. A exemplo do estúpido Flávio Bolsonaro, a debochada e vulgar fúria de Mourão apenas contribui, mais ainda, para acirrar os ânimos.

O chefe da nação, o vice Mourão e outros agressivos e grosseiros figurões governistas trocam a civilidade do diálogo pelo açodamento do confronto. Colecionam intermináveis e inacreditáveis sandices e tiros nos pés.

UM GENERAL DE VERDADE – Nessa linha, soam como lúcidos e bem vindos os repúdios do general Otávio Santana do Rego Barros, no artigo intitulado “Em tempos do  cólera”, no Correio Braziliense de 11/5:

“Reações que levam à irracionalidade e a crenças rígidas como o negacionismo, a rejeição das vacinas e a busca de bodes expiatórios. Reações que suscitam odiosos ataques muitas vezes apócrifos ao indivíduo em vandalismos amorais. São ares que respiramos aqui em terras de Santa Cruz”.

DESESPERO GERAL – Os insultos e provocações do destemperado senador que é conhecido como “Rei das Rachadinhas”, Flávio Bolsonaro, ao senador-relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, mostram o desespero que tomou conta dos “predadores do ódio”, na definição do próprio Calheiros.

O calejado senador do MDB sabe que quem com porcos se mistura, farelo come. Sobretudo se os porcos são engravatados sem postura nem compostura e com o braço na tipoia.

O relator, o presidente e o vice-presidente da CPI não perdem de vista que a infame missão do filho número 01 do mito de meia pataca, é tumultuar os trabalhos da comissão.

MAIS INVESTIGAÇÃO – Calheiros garante que a resposta às ofensas dos tresloucados é o aprofundamento das investigações. É preciso fazê-lo o quanto antes.

Em respeito e homenagem ao número estarrecedor de mais de 426 mil mortos, que enlutaram famílias e humilham o Brasil aos olhos do mundo.

Mas isso logo acabará, porque o Brasil é muito maior do que eles.

Marco Aurélio Mello não quis saber por que Michelle Bolsonaro recebeu os R$ 89 mil de Queiroz


Pode ser uma imagem de texto que diz "PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, POR QUE SUA ESPOSA MICHELLE RECEBEU R$ 89 MIL DE FABRÍCIO QUEIROZ? PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, POR QUE SUA ESPOSA MICHELLE REČEBEU R$ 89 MIL DE FABRÍCIO QUEIROZ? VALE DO ECO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO POR QUE SUA ESPOSA MICHELLE RECEBEU R$ 89 MIL DE FABRÍCIO QUEIROZ? PRESIDENTE JAIR BOLSONARO POR QUE SUA ESPOSA MIL MICHELLE RECEBEU FABRÍCIO QUEIROZ? PRESIDENTE QUE R$ M BOLSONARO. POR MICHELLE FABRÍCIO QUEIROZ? PRESIDENTE POR EIROZ7 M DUKE"

Charge do Duke (OTempo)

Rayssa Motta e Rafael Moraes Moura
Estadão

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, mandou arquivar o pedido de abertura de uma investigação sobre os R$ 89 mil em cheques depositados pelo ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, pivô da investigação das ‘rachadinhas’ envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e pela mulher dele, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ao todo, foram pelo menos 27 repasses, entre 2011 e 2016.

A decisão atende ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que se manifestou contra a abertura da apuração.

CAIU NA ROTINA – Normalmente, quando o Ministério Público Federal, que é o titular da ação penal, se manifesta pela rejeição de uma notícia-crime, é de praxe que os ministros promovam o arquivamento do pedido.

“Considerada a manifestação do Ministério Público, mediante ato do Órgão de cúpula, arquivem”, escreveu o decano.

O nome da primeira-dama apareceu na investigação das rachadinhas pela primeira vez no final de 2018. Na época, um relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo Estadão, identificou as movimentações suspeitas na conta do ex-assessor de Flávio Bolsonaro e listou parte dos depósitos para Michelle Bolsonaro, que totalizaram R$ 24 mil.

DISSE BOLSONARO – Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro justificou as transferências como devolução de um empréstimo a Queiroz. O restante dos cheques foi relevado pela revista Crusoé no ano passado.

Em parecer enviado ao Supremo, Aras disse que as movimentações financeiras de Queiroz já foram alvo da investigação no Ministério Público do Rio de Janeiro que, no entanto, não comunicou indícios de crimes envolvendo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou a mulher dele. Os promotores fluminenses já ofereceram à Justiça uma primeira denúncia no caso.

Na avaliação do chefe do Ministério Público Federal, por enquanto não há elementos capazes de justificar a abertura de uma investigação sobre os cheques na conta de Michelle. “Os fatos noticiados, portanto, isoladamente considerados, são inidôneos, por ora, para ensejar a deflagração de investigação criminal, face à ausência de lastro probatório mínimo”, afirmou Aras.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O arquivamento mostra que há leniência com relação a esse tipo de ilegalidade, e todo mundo quer saber por que Michelle recebeu R$ 89 mil do magnânimo Queiroz. Se não queria ser investigada, a primeira-dama não deveria entrar nas rachadinhas do marido e da família em geral. Não pega bem, digamos assim. É só lembrar da mulher de César, o imperador romano. (C.N.)

Resultado do Datafolha terá reflexos intensos e trará à tona entrevistas de Mourão

 Publicado em 14 de maio de 2021 por Tribuna da Internet

Presença política de Mourão vai se tornar um ponto de referência

Pedro do Coutto

Com base nos números revelados ontem pelo Datafolha, cresce a importância da entrevista do general Hamilton Mourão aos repórteres Gustavo Uribe e Leandro Colon, publicada na Folha de São Paulo de 11 de março de 2021. Nessa entrevista, de página inteira, o vice-presidente da República afirmou que o povo é soberano e se ele quiser a volta de Lula, “paciência”, teremos que aceitar pois vivemos em um regime democratico que sustenta o estado de direito. Devemos receber o resultado naturalmente.

A opinião de Mourão na ocasião é a mesma mantida em relação às questões políticas do momento. Ele, por exemplo, afirmou em uma entrevista à GloboNews que o general Eduardo Pazuello não tem como deixar de comparecer à CPI da Pandemia e deve fazê-lo à paisana, usando, portanto, trajes civis, uma vez que o cargo que desempenhou não é militar.

PONTO DE REFERÊNCIA – A presença política de Hamilton Mourão vai se tornar um ponto de referência após a divulgação e levantamento do Datafolha, porque  se o presidente Jair Bolsonaro, desde o início de 2020, encontra-se em campanha pela sucessão, no momento em que sentir que o voto popular não poderá levá-lo a um novo mandato, tentará interromper o processo sucessório, provavelmente baseado na expressão que voltou a usar de “meu Exército”.

Ingressaremos, dessa forma, num período bastante sensível com o deslocamento de ações políticas para o universo das Forças Armadas. Não creio que as Forças Armadas possam participar  de uma tentativa de golpe de Estado, pois as afirmações dos generais Edson Pujol e Paulo Nogueira representam um posicionamento bastante claro quanto ao respeito à Constituição, à democracia e à liberdade.

Jair Bolsonaro deve estar sendo aconselhado nesta altura dos acontecimentos a tentar a reconquista do espaço em áreas carentes como colocou em prática, ampliando as medidas do governo no Nordeste. Aliás, as ações no Nordeste e em todo o país com base no auxílios-emergenciais e da distribuição das cestas básicas, conforme observei na época, produziram efeitos, mas que se evaporam através do tempo.

MANUTENÇÃO DE PROGRAMAS – Evaporam em período curto, principalmente ao que se refere ao auxílio de emergência. Quando se começa a liberar qualquer medida importante para os grupos que estão sofrendo até fome, não se pode recuar e deixar de se manter tais programas. É natural que todos os incluídos em faixas de melhoria, seja ela qual for, tenham sempre na imaginação a perspectiva de que o que era essencial continuaria a ser permanente.

Dessa forma, o auxílio de emergência que começou com um determinado valor e que agora termina com outro menor, causa um sentimento de frustração, uma vez que os beneficiados passam a sair de uma esfera relativa de conforto para um plano de decepção.

RELATIVIDADE – Como definiu Einstein, “tudo é relativo, só Deus é absoluto”. O relativo não pode ser de maneira alguma afastado da visão das pessoas que analisam os fenômenos políticos e que sabem que tais análises não podem ser calcadas em superfícies de gelo, como se o que aconteceu ontem pudesse ser mantido na neve ao longo dos espaços de tempo que vem a seguir na política, na economia, na administração, nas relações humanas.

O Datafolha destacou com bastante nitidez a realidade política atual. Se esta realidade mudar ou não, o caminho das urnas é outro assunto. Mas, pessoalmente, acho que não mudará, pois em matéria de voto, no caso voto de aprovação ou rejeição, quando o candidato recua dificilmente irá se recuperar.

DEPOIMENTO DE PAZUELLO –  Jussara Soares, O Globo de ontem, publica matéria revelando que a Advocacia Geral da União está preparando recurso ao Supremo para que o ex-ministro Eduardo Pazuello possa ficar em silêncio no depoimento marcado pela CPI no dia 19, quarta-feira. A AGU pensa alegar que na verdade Pazuello comparecerá como investigado e não como testemunha.

Entretanto, de forma surpreendente, o senador Flávio Bolsonaro defende a presença do ministro e que ele responda as perguntas que lhe forem endereçadas. Disse que Eduardo Pazuello terá a oportunidade de responder e rebater as acusações em massa que foram publicadas pelos jornais e divulgadas pelas emissoras de televisão.

LUCRO DOS BANCOS  – Larissa Garcia, Folha de São Paulo, informa que o lucro da Caixa Econômica Federal no primeiro trimestre do ano alcançou R$ 4,6 bilhões.  

O banco Itaú, no mesmo período, teve um lucro de R$ 65 bilhões, o Bradesco de R$ 64 bilhões; o Banco do Brasil de R$ 4,9 bilhões. Como não há crédito sem débito, e vice-versa, deixo uma pergunta no ar: quem pagou todos esses lucros? E ainda falta o Santander divulgar as suas contas no período de janeiro, fevereiro e março.


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