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sábado, outubro 16, 2010

Ex-aluna de Monica Serra: "eu não esperava tanta repercussão"

Bruna Carolina Carvalho
Direto de São Paulo

A bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, ex-aluna de Monica Serra - esposa de José Serra (PSDB) - na Universidade de Campinas (Unicamp), e responsável por tornar público no Facebook que Monica teria feito um aborto na época da ditadura militar, afirmou em entrevista ao Terra por telefone que se sente "muito assediada" e não esperava que seu post fosse gerar repercussão.

O jornal Folha de S.Paulo publicou, neste sábado (16), reportagem intitulada "Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna", assinada pela colunista Monica Bergamo. Um dia depois do debate da TV Bandeirantes, na última segunda-feira (11), Sheila postou em seu perfil no Facebook um texto que escreveu para "deixar minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema aborto. Sheila também deu entrevista ao Correio do Brasil, divulgada na última quarta (13).

Durante a entrevista, Sheila contou que se considera "uma pessoa muito frágil". Mas, ao assistir ao debate e ouvir a candidata à presidência do PT, Dilma Rousseff, dizer que Monica havia "falado que ela, Dilma, era comedora de criancinhas e o Serra ter ficado calado, não ter falado nada, zero, me indignei". Para a bailarina, a sensação foi de "inquietude" e, por isso, escreveu uma reflexão no site de relacionamento pessoal.

Perguntada pela reportagem do Terra se era filiada a algum partido político, a ex-aluna de Monica explicou: "não sou. Não gosto de política partidária. Gosto de política cidadã, que foi exatamente essa que eu fiz". A bailarina, que pretende votar na petista no segundo turno das eleições, disse também não temer por represálias. "Estou recebendo mais ou menos cinco mil mensagens de apoio para 50 de retaliação. Estranhamente, meus amigos me falam: 'ah não liga'. Mas, para mim, as cinco mil mensagens e as 50 contam".

Sheila não soube informar se o tucano paulista teve algum envolvimento na decisão do aborto na época. "Eu não sei de nada disso e nem se soubesse eu ia querer falar. Eu não estou fazendo uma apuração, nem buscando provas e nem denunciando nada", contou.

Leia abaixo a entrevista:

Terra: Em qual ambiente se deu esse relato sobre o aborto de Monica Serra? Vocês estavam em aula?
Sheila: Estou sendo muito assediada, não esperava. Mas confirmo tudo o que foi dito no Correio do Brasil e na Folha de S. Paulo.

Terra: Como era a relação de Monica com as alunas?
Sheila: Ótima relação. Uma relação de professor, quando é bom, é uma relação que transpassa a própria humanidade. A universidade tem essa função, falar sobre as coisas. Você fala sobre aborto, ditadura, sorvete, gatinhos, tudo. Não foi uma coisa confessional. Acabou surgindo... tem um monte de gente me atacando falando que eu expus a Monica Serra. Se você reler, vai ver que eu sou muito preocupada com a intimidade das pessoas. Não é que uma pessoa presidenciável não pode fazer o aborto. Do meu ponto de vista, não tem problema algum.

Terra: Foi uma confissão? Ela contou como se sentia em relação a esse assunto?
Sheila: Eu acho que ela escorregou numa coisa meio terapêutica. É muito importante deixar claro que o contexto era de ditadura militar. Era o assunto do exílio, da ditadura militar e o aborto dentro disso. Quando eu escrevi meu relato eu estava indignada por causa do debate da TV Bandeirantes. Como eu sou canadense, eu acho normal discutir as coisas. E meu próprio lado brasileiro ficou assustado. Eu não quero ser a garota que denunciou a Monica Serra. Eu sou a garota que está preocupada com a cidadania e com a saúde pública.

Terra: Você sabe se o marido dela, José Serra, teve algum envolvimento nessa decisão de abortar? Ele sabia?
Sheila: Eu não sei de nada disso e nem se soubesse eu ia querer falar. Eu não estou fazendo uma apuração, nem buscando provas e nem denunciando nada. Eu não sei, e mesmo se soubesse, não gosto de entrar nesse assunto. O que é problema meu é minha cidadania.

Terra: Você esperava essa repercussão?
Sheila: Zero. Não esperava e nem entendi. Me chocou porque eu não estava acompanhando as coisas do segundo turno, nem sei o que aconteceu. Depois do primeiro turno eu decidi que não queria acompanhar nada. Porque eu já tinha decidido que ia votar na Dilma. Mas mais do que por isso eu não gosto de baixaria, não gosto de violência. Quando eu assisti ao debate eu estava praticamente vazia de informação. Então, quando eu vi a Dilma falando que a Mônica Serra tinha falado que ela era comedora de criancinhas e o Serra ter ficado calado, não ter falado nada, zero, me indignei. Ficou aquela inquietude. Eu escrevi uma reflexão. Eu e meu marido, que é antropólogo, sempre escrevemos reflexões e colocamos no Facebook.

Terra: Você reafirma que não é filiada a nenhum partido?
Sheila: Não sou. Não gosto de política partidária. Gosto de política cidadã que foi exatamente essa que eu fiz.

Terra: Você disse à Folha de S. Paulo que votaria em Dilma Rousseff no segundo turno. Quais são os motivos da sua objeção por José Serra?
Sheila: Para mim, é inimaginável votar no Serra. Ele representa para mim o pior retrocesso para o Brasil desde as Diretas Já. Primeiro de tudo, um político que está num debate e fica se esquivando o tempo todo, tratando os brasileiros como imbecis. A Dilma ficou muito nervosa no debate. Mas prefiro uma pessoa que fica emocionada do que uma pessoa que não existe. Eu também votaria na Dilma por ela ser uma mulher.

Terra: Você sente medo de sofrer alguma represália?
Sheila: Não. Estou recebendo mais ou menos cinco mil mensagens de apoio para 50 de retaliação. Estranhamente meus amigos me falam: 'ah não liga'. Mas pra mim as 5 mil e as 50 contam... todas que estão se espelhando no que eu fiz. Tanto essas como as que estão me julgando, são sintomas, todas eu escuto.

Terra: Mas você sente medo?
Sheila: Eu tenho medo? Não. Eu sou dona de um fato e de um relato. Só. Não sou eu que tenho que ter medo, vou te responder com uma pergunta: Eu estou na ditadura militar ou a ditadura militar já acabou no Brasil?

Terra: A Monica, durante o relato, você se lembra se ela contou detalhes?
Sheila: Que eu me lembre não. Era uma coisa assim... esquece que a Monica Serra é a Monica Serra. Estava numa aula com uma professora que você gosta, que todo mundo gosta, tinham umas oito ou dez alunas. Não é o clima de ficar contando detalhes, não tem nada a ver, ela estava triste.

Terra: Ela estava triste quando contou?
Sheila: Muito triste.

Terra: Era um trauma?
Sheila: Sim, muito. Mas não lembro muito bem. Isso aconteceu há quase 20 anos. Não lembro de detalhes.
Eu queria deixar claro que respeito a privacidade das pessoas, mas quando uma pessoa é uma pessoa pública ela tem outro tipo de responsabilidade ética. A opinião dela importa. Se um candidato já fez ou não fez aborto, ou se tem alguma coisa da vida pessoal dele que entre em jogo, não me importa. O que me importa é o discurso contraditório.
Uma coisa que eu fiquei feliz com esse bafafá todo é que abriu uma discussão sobre o aborto. Os brasileiros têm uma imagem de si, a priori eles se assustam e com o susto nem conversam. Pra relembrar que até uma pessoa militante como é o caso da Monica Serra e da Benedita da Silva, mesmo essas mulheres já passaram por um aborto. Esse assunto tem que ser separado da religião. No caso da Monica Serra, ela é contra, ela estava na ditadura, pela sua própria lógica deveria ser presa, porque ela diz que é crime. Uma mulher que faz aborto não merece sofrer o aborto e ir presa.

Redação Terra

Serra é criticado por padre durante missa em Canindé e Tasso toma as dores

Por: Érico Firmo |

Muita confusão durante a missa que José Serra (PSDB) acompanhou há pouco em Canindé, no Sertão Central do Ceará.

O repórter Ítalo Coriolano informa que, durante a missa, o padre mostrou panfleto com ataques da campanha de Serra a Dilma Rousseff (PT) e criticou a postura. Instaurou-se, então, uma enorme confusão.

Tasso Jereissati (PSDB) foi tomar satisfações com o padre, a quem chamou de petista.

Mas informações em instantes.



Mais sobre a confusão com padre, Tasso e Serra em Canindé

Por: Érico Firmo | Comentários: 2 Comentários

Mais do relato de Ítalo Coriolano sobre a confusão entre o padre, Tasso Jereissati (PSDB) e José Serra (PSDB) em Canindé.

Logo no começo da missa, o padre Francisco, que celebrava a cerimônia, começou a se queixar. Disse que quem estava lá para causar tumulto se retirasse, porque o povo lá estava para ouvir São Francisco, e não políticos.

Serra e Tasso estavam na plateia, em local de destaque.

Já no fim da missa, o padre mostrou panfleto de Serra com críticas a Dilma em temas relativos a religiosidade. E disse que ninguém podia falar em nome da Igreja e que aquela não era a posição da Igreja.

Tasso, que estava na frente, não se conteve e partiu para cima do padre, chamando-o de petista. Foi contido por assessora e por sua esposa.

A confusão se instaurou. Do lado de fora, manifestantes tucanos e petistas se enfrentaram.

Fonte: Blog O Povo

O resultado do Datafolha não é igual e tem a ver com a militância

O resultado do Datafolha que mantém os 54% a 46% dos votos válidos da pesquisa anterior não significa que nada mudou nesta semana que passou.

Ao contrário, leitores, ao contrário. Ele mede apenas dois pontos.

Mas no percurso entre esses dois pontos cuja distância é de uma semana, muita coisa aconteceu.

Serra cresceu sem parar na semana passada e o Datafolha acusou isso no sábado passado, quando registrou o mesmo resultado de hoje nos votos válidos, que agora é o que importa.

E Serra continuou crescendo até segunda-feira, quando praticamente empatou com Dilma nos trackings.

Depois Dilma voltou a crescer e o o tucano a cair. Agora o Datafolha, que foi às ruas na quinta e na sexta, apontou o mesmo resultado da semana passada.

Mas durante a semana houve uma inversão de tendência.

Ou seja, a campanha de Dilma acertou o tom quando entrou no debate das privatizações. Tom, aliás, que se iniciou no debate da Band no domingo, com Dilma indo pra cima de Serra.

E os trackings de hoje Dilma já mostraram Dilma com 55 e Serra com 45, uma diferença de 10 pontos.

Ainda há muita eleição pela frente. Mas em campanha inverter a tendência é algo fundamental.

E a campanha de Dilma conseguiu fazê-lo na hora certa.

Há méritos dos marqueteiros e da direção política, mas na opinião modesta deste blogueiro essa inversão de tendência se deve em muito aos milhões de brasileiros que assumiram a luta e foram disputar o voto para Dilma.

O que aconteceu nesta semana que está terminando em relação à militância de apoio a Dilma é algo inédito. Merece registro e um estudo de caso.

E pelo que já sei do que está programado para a semana que entra, acho que essa vai ser a campanha da militância. Ela vai ser mais determinante, por incrível que pareça, do que foi nas duas vitórias de Lula.

Fonte: Blog do Rovoi

Novo vídeo: Chaui diz que Serra é ameaça à democracia

A relação entre as privatizações, o papel do Estado e o apagão no governo FHC


Venda de empresas do setor, além de sucateamento causado por falta de investimentos, gerou quadro caótico. Para reverter a situação, governo Lula teve que qualificar e intensificar a ação estatal.

Por Glauco Faria
[16 de outubro de 2010 - 13h10]
Há pouco tempo o jornal Folha de S.Paulo virou motivo de piada no Twitter ao dar manchete em uma edição de domingo na qual que atribuía à Dilma Rousseff a responsabilidade pelo consumidor ter pago R$ 989 milhões a mais do que deveria entre 2002 e 2007 por conta da tarifa social de energia. A argumentação do periódico caía por terra quando se constatava que a lei havia sido criada no governo FHC e ali o jornal perdeu a oportunidade e o gancho pra discutir a gestão do setor elétrico durante os oito anos de tucanato. Os prejuízos foram bem maiores.

Tomemos como base um outro relatório do mesmo Tribunal de Contas da União (TCU), órgão que fundamentou a matéria do diário paulistano. O mesmo calculou que o consumidor residencial arcou, por meio de repasse tarifário, com 60% do prejuízo total do apagão de energia que o Brasil sofreu em 2001 e 2002. Isso correspondeu à soma de R$ 27,12 bilhões à época, o que, em valores corrigidos, seriam R$ 45,2 bilhões em 2009. Outros R$ 18 bilhões foram custeados diretamente pelo Tesouro Nacional, ou seja, também pelo cidadão.

Mas é bom lembrar que existiram prejuízos de outra ordem. O racionamento fez com que a atividade econômica despencasse. A taxa de crescimento do PIB caiu de 4,3%, em 2000, para 1,3%, em 2001, tendo como consequências, entre tantas outras negativas, o desemprego e a queda da arrecadação. Mas o importante, para efeito de comparação entre os dois projetos que se enfrentam no segundo turno dessas eleições, é lembrar porque essa crise eclodiu.

Na época, a culpa era atribuída à falta de chuvas. O nível dos reservatórios que abasteciam o complexo hidrelétrico brasileiro havia baixado a níveis críticos no fim de 2000, no entanto, essa redução vinha ocorrendo desde 1997 e nada foi feito. E o governo sabia da urgência. Um relatório elaborado pela Comissão de Análise do Sistema Hidrotérmico de Energia Elétrica, em 2001, constatou que a a crise teria sido evitada caso as obras identificadas nos planos decenais da Eletrobrás tivessem sido plenamente executadas, no tempo devido.

Mas por que o governo não agiu a tempo? Pelas normas estabelecidas depois dos diversos acordos firmados com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o uso de recursos públicos era tratado de maneira igual, fosse gasto ou investimento, e era tolhido. Isso atava as mãos das estatais, mesmo daquelas que tinham resultados econômicos positivos e capacidade para investir com recursos próprios. Também não era permitido ao BNDES emprestar recursos a elas, ainda que, paradoxalmente, a mesma agência de fomento tenha sido fundamental para financiar e assegurar a privatização ocorrida no setor.

Na verdade, a privatização no setor de geração de energia não teve como objetivo principal a expansão da capacidade de produção, o que se privilegiou nesse processo foi a venda dos ativos existentes para os novos agentes, que compraram unidades de produção de eletricidade já instaladas. O marco regulatório implantado à época ajudou a criar um ambiente de incertezas que não incentivava a realização de novos investimentos.

Retomada do Estado

Pode-se ver que a situação, quando Lula assumiu em 2003, era das piores. As distribuidoras estavam em situação financeira difícil por conta do racionamento que derrubou a demanda, causando um elevado endividamento. Ao mesmo tempo, as empresas geradoras, a maior parte estatais, estavam insatisfeitas com a perspectiva de descontratação de energia e também sofriam com a queda da demanda, trabalhando em um ambiente de sobre-oferta.

Assim, foi necessário reforçar e qualificar a ação estatal. Estabeleceu-se um novo marco regulatório que dava estabilidade ao setor e garantia a expansão, promovendo a possibilidade de universalização dos serviços de energia elétrica. E isso só foi possível porque as empresas geradoras e transmissoras do grupo Eletrobrás (Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul) foram retiradas do Plano Nacional de Desestatização (PND) e puderam voltar a realizar investimentos. Foi preciso recuperar também empresas, por meio da atuação da Eletrobrás, que estavam sucateadas e não tinham entrado no rol da privatização por não terem mercado, como as dos estados do Acre, Rondônia, Amapá, Amazonas, Roraima, Alagoas e Piauí.

O depoimento do diretor de Engenharia da Eletrobrás, Valter Luiz Cardeal, é elucidativo em relação ao que acontecia nas gestões anteriores. Segundo ele, cada empresa que integrava o sistema “andava sozinha”, não havia uma coordenação que caracterizasse de fato uma holding. Além disso, ao contrário do discurso adotado por José Serra nessa campanha, havia uma grande apropriação política e foi preciso retomar essas empresas e estabelecer um só comando. Foram dispensados 36 “diretores políticos” e estabelecidas normas para buscar o aperfeiçoamento da governança e a reabilitação de negócios e distribuição de energia.

Hoje, a Eletrobrás é a décima maior empresa do setor no mundo e, ao mesmo tempo que é uma holding de capital aberto voltada para o gerenciamento do setor elétrico também atua como uma agência de desenvolvimento que operacionaliza e participa de alguns dos principais programas sociais do governo, como o Luz para Todos, o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e o Reluz.

O resultado de toda essa reorientação também pôde ser visto, por exemplo, em 2006, quando o Sul do país enfrentou a maior seca dos últimos 60 anos e mesmo assim não houve problemas de abastecimento. A situação foi contornada porque o Brasil duplicou a capacidade de transmissão de energia entre o Sul e o Sudeste, que pôde mandar energia para a região vizinha. Dessa vez, São Pedro não precisou ser responsabilizado pelas mazelas de um Estado ausente.

Esse artigo foi escrito a partir de trechos do livro O governo Lula e o novo papel do Estado brasileiro (Fundação Perseu Abramo), disponível aqui.

Leia também: Privatizações: o debate que o PSDB não quer fazer.

Imagem adaptada a partir de foto de http://www.flickr.com/photos/informalismo_abstracto/.
Fonte: Revista Fórum

Frases celebres de Rui Barbosa.

Não se evita a guerra preparando a guerra. Não se obtém a paz senão aparelhando a paz.

As leis são um freio para os crimes públicos, a religião para os crimes secretos.

As leis que não protegem nossos adversários não podem proteger-nos.

Uma raça, cujo espírito não defende o seu solo e o seu idioma, entrega a alma ao estrangeiro, antes de ser por ele absorvida.

A escravidão do negro é a mutilação da liberdade do branco.

O pão é o ventre, o centro da vida orgânica. O ideal é o espírito, órgão de vida eterna.

A inteireza do espírito começa por se caracterizar no escrúpulo da linguagem.

O escritor curto em idéias e fatos será, naturalmente, um autor de idéias curtas, assim como de um sujeito de escasso miolo na cachola, de uma cabeça de coco velado, não se poderá esperar senão breves análises e chochas tolices.

A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.

Não há nada mais relevante para a vida social que a formação do sentimento da justiça.

A justiça pode irritar-se porque é precária. A verdade não se impacienta, porque é eterna.

A imprensa é a vista da nação. Por ela é que a nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do que ameaça.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

Não é possível estar dentro da civilização e fora da arte.

O governo da demagogia não passa disso: o governo do medo.

- De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

- Se os fracos não tem a força das armas, que se armem com a força do seu direito, com a afirmação do seu direito, entregando-se por ele a todos os sacrifícios necessários para que o mundo não lhes desconheça o carácter de entidades dignas de existência na comunhão internacional.

- A existência do elemento servil é a maior das abominações.

- Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado !

- Toda a capacidade dos nossos estadistas se esvai na intriga, na astúcia, na cabala, na vingança, na inveja, na condescendência com o abuso, na salvação das aparências, no desleixo do futuro.

- Na paz ou na guerra, portanto, nada coloca o exército acima da nação, nada lhe confere o privilégio de governar.

- A espada não é a ordem, mas a opressão; não é a tranqüilidade, mas o terror, não é a disciplina, mas a anarquia, não é a moralidade, mas a corrupção, não é a economia mas a bancarrota.

- Outrora se amilhavam asnos, porcos e galinhas. Hoje em dia há galinheiros, pocilgas e estrebarias oficiais, onde se amilham escritores.

- O ensino, como a justiça, como a administração, prospera e vive muito mais realmente da verdade e moralidade, com que se pratica, do que das grandes inovações e belas reformas que se lhe consagrem.

A acusação é apenas um infortúnio enquanto não verificada pela prova.

O direito não se impõe somente com a peso dos exércitos. Também se impõe, e melhor, com a pressão dos povos.

Mostrou-lhes a experiência e inutilidade das mesquinhas divisões, pelas quais se travam tamanhas batalhas.

O gênio do poder não se sacia senão com a absorção da consciência dos que servem.

A política não é o jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós se deu a alcunha de politicagem.

Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado.

A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.

A justiça atrasada não é justiça; é injustiça qualificada.

ACUSAÇÃO —“A acusação é apenas um infortúnio, enquanto não verificada pela prova. Daí esse prolóquio sublime, com que a magistratura orna os seus brasões, desde que a justiça criminal deixou de ser a arte de perder inocentes:Res sacra reus. O acusado é uma entidade sagrada” (Obras Completas, vol. XIX, t. III, p. 113).

DEFESA

A defesa não quer o panegírico da culpa, ou do culpado. Sua função consiste em ser, ao lado do acusado, inocente ou culpado, a voz dos seus direitos legais”(Obras Completas, vol.

XXXVIII, t. II, p. 10).

ELOGIO HISTÓRICO

“Caso, postos de parte os descontos humanos, houvessem de condensar numa síntese o meu curriculum vitae, e do meu naufrágio salvassem alguns restos, tudo se teria, talvez, resumido com dizer: Estremeceu a pátria, viveu no trabalho, e não perdeu o ideal (Discurso no Colégio Anchieta, 1981, p. 8).

ERRO

“Uma verdade há, que me não assusta, porque é universal e de universal consenso: não há escritor sem erros” (Réplica, nº 10).

“A toga do magistrado não se deslustra, retratando-se dos seus despachos e sentenças, antes se relustra, desdizendo-se do sentenciado ou resolvido, quando se lhes antolha claro o engano, em que laborava, ou a injustiça que cometeu” (Obras Completas, vol. XLV, t. IV, p. 205).

“Melhor será que a sentença não erre. Mas, se cair em erro, o pior é que se não corrija” (Oração aos Moços, 1a. ed. p. 46).

HONRA

—“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça,de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”(Obras Completas, vol. XLI, t. III, p. 86).

JUSTIÇA —“Não há sentimento mais confrangente que o da privação da justiça”(Obras Completas, vol. XL, t. VI, p. 202).

— “Se alguma coisa divina existe entre os homens é a justiça”(Obras Completas, vol. XXV, t. IV, p. 329).

—“Justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta” (Oração aos Moços, 1a. ed., p. 42).

PÁTRIA, FAMÍLIA

“A pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício” (Discurso no Colégio Anchieta, 1981, p. 9).

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIApresunção — “O crime é a presunção juris et de jure, a contra a qual não se tolera defesa, nas sociedades oprimidas e acovardadas. Nas sociedades regidas segundo a lei a presunção universal é, ao revés, a de inocência”(Obras Completas, vol. XXIV, t. III, p. 87).

“Não perder de vista a presunção de inocência, comum a todos os réus, enquanto não liquidada a prova e reconhecido o delito” (Rui, Oração aos Moços, 1a. ed., p. 42).

— “Enquanto a acusação não prova, presume- se a inocência do acusado. Sobre isto não há contestação em escola alguma” (Obras Completas, vol. XXVIII, t. I, p. 197).

VERDADE“O maior, o mais inviolável dos deveres do homem público é o dever da verdade” (A Imprensa e o Dever da Verdade, 1920, p. 53).

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No culto dos grandes homens não pode entrar a adulação.

A eleição indireta tem por base o pressuposto de que o povo é incapaz de escolher acertadamente os deputados.

Só o bem neste mundo é durável, e o bem, politicamente, é todo justiça e liberdade, formas soberanas da autoridade e do direito, da inteligência e do progresso.

É preciso ser forte e conseqüente no bem, para não o ver degenerar em males inesperados.

Quanto maior o bem , maior o mal que da sua inversão procede.

Sem o senso moral, a audácia é a alavanca das grandes aventuras.

Não há outro meio de atalhar o arbítrio, senão dar contornos definidos e inequívocos à condição que o limita.

A acusação é sempre um infortúnio enquanto não verificada pela prova.

A mesma natureza humana, propensa sempre a cativar os subservientes, nos ensina a defender-nos contra os ambiciosos.

Os que ousam ser leais à sua fé, são cobertos até de ridículo.

Embora acabe eu, a minha fé não acabará; porque é a fé na verdade, que se livra acima dos interesses caducos, a fé invencível.

Nenhum povo que se governe, toleraria a substituição da soberania nacional pela soberania da espada.

O exército não é um órgão da soberania, nem um poder. É o grande instrumento da lei e do governo na defesa nacional.

A soberania da força não pode ter limites senão na força.

Um povo cuja fé se petrificou, é um povo cuja liberdade se perdeu.

O espírito da fidelidade e da honra vela constantemente, como a estrela da manhã da tarde, sobre essas regiões onde a força e o desinteresse, o patriotismo e a bravura, a tradição e a confiança assentaram o seu reservatório sagrado. [ Rui Barbosa ]

Na paz ou na guerra, portanto, nada coloca o exército acima da nação, nada lhe confere o privilégio de governar.

Toda a capacidade dos nossos estadistas se esvai na intriga, na astúcia, na cabala, na vingança, na inveja, na condescendência com o abuso, na salvação das aparências, no desleixo do futuro.

A existência do elemento servil é a maior das abominações. [ Rui Barbosa ]

Em cada processo, com o escritor, comparece a juízo a própria liberdade.

O homem, reconciliando-se com a fé, que se lhe esmorecia, sente-se ajoelhado ao céu no fundo misterioso de si mesmo.

A esperança é o mais tenaz dos sentimentos humanos: o náufrago, o condenado, o moribundo aferram-se-lhe convulsivamente aos últimos rebentos ressequidos. Obs.: A Ditadura de 1893.

Eu não troco a justiça pela soberba. Eu não deixo o direito pela força. Eu não esqueço a fraternidade pela tolerância. Eu não substituo a fé pela supertição, a realidade pelo ídolo.

Dilatai a fraternidade cristã, e chegareis das afeições individuais às solidariedades coletivas, da família à nação, da nação à humanidade.

Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz covarde.

A miopia intelectual é a mais constante geradora do egoísmo.

A força não constrói, não une, não pacifica. Os grandes exércitos e os armamentos são o infortúnio e o desassossego dos países militarizados.

· O delírio dos erros incuráveis acerba-se com os embaraços opostos pela razão. [ Rui Barbosa ]

Não há nada mais relevante para a vida social que a formação do sentimento da justiça.

Muito há que alguém disse: 'O sábio sabe que não sabe'.

A pátria é a família amplificada.

Se eu a coloco (a Bíblia) abaixo de todos os livros, ela é a que mantêm todos eles, se eu a coloco no meio dos outros livros, ela é a coração desses livros, e se eu a coloco em cima dos outros livros, ela é a cabeça e autoridade de todos os livros em minha biblioteca.
Rui Barbosa

Morreu Montalvão Machado, um dos fundadores do PSD


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Aos 88 anos

Morreu Montalvão Machado, um dos fundadores do PSD

Lisboa – Morreu esta terça-feira em sua casa, em Santo Tirso, o advogado Montalvão Machado, um dos fundadores do PSD.

Montalvão Machado morreu aos 88 anos, participou da fundação do PSD e ergueu o PSD Porto com Francisco Sá Carneiro. Foi líder da bancada laranja na Assembleia da República no final da década de 80 e conselheiro de Estado, entre outras funções públicas.

Em Dezembro de 2007, foi condecorado com a Grã Cruz da Ordem da Liberdade, numa sessão realizada na Câmara do Porto, pelo Presidente da República. Cavaco Silva disse, na altura que «era uma homenagem justa a um homem que sempre defendeu os valores da democracia e liberdade».

O corpo de Montalvão Machado encontra-se em câmara ardente desde as 11:00 na capela de São João, da Igreja das Antas, Porto, e o funeral realiza-se na manhã de quarta feira, para o cemitério do Prado do Repouso, na mesma cidade.

(c) PNN Portuguese News Network

2010-05-11 19:58:02

Enfim encontrei uma espécie de vacina contra o vírus do ficha suja de Jeremoabo; um passo de gigante no sentido da prevenção da corrupção municipal.

Até que rima com aquele outro nome CENSURADO no JEREMOABOHOJE


Corruptocilina

Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro*

A corruptocilina é um potente antibiótico que combate eficazmente corruptos e corruptores, por ação corrupticida, ou seja, eliminação dos corruptos e ação corruptoestática, interrompendo sua proliferação.

Os corruptos e corruptores causadores de doenças sociais tais como pobreza endêmica, subnutrição, mortalidade infantil, exclusão social, violência, acidentes rodoviários, vicio de drogas, e tantas outras, são eficazmente combatidos por esse antibiótico de última geração.

Sua ação corrupticida se dá pela repulsa do consciente coletivo agindo sobre o organismo dos agentes causadores das doenças sociais, produzindo neles debilidade orgânica, tornando-os suscetíveis de enfermidades que são naturalmente evitadas por pessoas socialmente sadias.

A ação corruptoestática se dá evitando, através do voto, que corruptos e corruptores invadam o sistema gerencial do Governo, impedindo sua ação deletéria sobre a organização da sociedade.

*Professor, sanitarista, empresário e escritor. www.vidacomqualidade.net

Auxílio-acidente após 2000 tem revisão no INSS

Gisele Lobato
do Agora

O segurado que recebeu um auxílio-acidente após 2000 pode ter direito a revisão. Pode ser beneficiado o segurado que tinha até 144 contribuições (12 anos) após julho de 1994. A correção é aceita no posto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o segurado já pode fazer o pedido.

O motivo do aumento é que o INSS não descartou as 20% menores contribuições feitas por esses segurados, e pode ter reduzido o valor do benefício. O instituto, por meio de um documento interno, afirmou que vai corrigir o valor de todos os benefícios por incapacidade (incluindo o auxílio-acidente, o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez) e das pensões que foram prejudicadas por esse cálculo.

A correção também é devida para o auxílio-acidente porque o cálculo desse benefício considera o valor do auxílio-doença, que é recebido pelo segurado do INSS antes da indenização. Nesse caso, para o segurado ter direito à revisão, é preciso que o auxílio-doença tenha sido concedido entre 2000 e 2009, período em que o instituto aplicou o cálculo incorreto.

Fonte: Agora

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Psicologia de massa do fascismo à brasileira

Autor Luis Nassif


Há tempos alerto para a campanha de ódio que o pacto mídia-FHC estava plantando no jogo político brasileiro.

O momento é dos mais delicados. O país passa por profundos processos de transformação, com a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo e político. Pela primeira vez na história, abre-se espaço para um mercado de consumo de massa capaz de lançar o país na primeira divisão da economia mundial

Esses movimentos foram essenciais na construção de outras nações, mas sempre vieram acompanhados de tensões, conflitos, entre os que emergem buscando espaço, e os já estabelecidos impondo resistências.

Em outros países, essas tensões descambaram para guerras, como a da Secessão norte-americana, ou para movimentos totalitários, como o fascismo nos anos 20 na Europa.

Nos últimos anos, parecia que Lula completaria a travessia para o novo modelo reduzindo substancialmente os atritos. O reconhecimento do exterior ajudou a aplainar o pesado preconceito da classe média acuada. A estratégia política de juntar todas as peças – de multinacionais a pequenas empresas, do agronegócio à agricultura familiar, do mercado aos movimentos sociais – permitiu uma síntese admirável do novo país. O terrorismo midiático, levantando fantasmas com o MST, Bolívia, Venezuela, Cuba e outras bobagens, não passava de jogo de cena, no qual nem a própria mídia acreditava.

À falta de um projeto de país, esgotado o modelo no qual se escudou, FHC – seguido por seu discípulo José Serra – passou a apostar tudo na radicalização. Ajudou a referendar a idéia da república sindicalista, a espalhar rumores sobre tendências totalitárias de Lula, mesmo sabendo que tais temores eram infundados.

Em ambientes mais sérios do que nas entrevistas políticas aos jornais, o sociólogo FHC não endossava as afirmações irresponsáveis do político FHC.

Mas as sementes do ódio frutificaram. E agora explodem em sua plenitude, misturando a exploração dos preconceitos da classe média com o da religiosidade das classes mais simples de um candidato que, por muitos anos, parecia ser a encarnação do Brasil moderno e hoje representa o oportunismo mais deslavado da moderna história política brasileira.

O FASCISMO À BRASILEIRA

Se alguém pretende desenvolver alguma tese nova sobre a psicologia de massa do fascismo, no Brasil, aproveite. Nessas eleições, o clima que envolve algumas camadas da sociedade é o laboratório mais completo – e com acompanhamento online - de como é possível inculcar ódio, superstição e intolerância em classes sociais das mais variadas no Brasil urbano – supostamente o lado moderno da sociedade.

Dia desses, um pai relatou um caso de bullying com a filha, quando se declarou a favor de Dilma.

Em São Paulo esse clima está generalizado. Nos contatos com familiares, nesses feriados, recebi relatos de um sentimento difuso de ódio no ar como há muito tempo não se via, provavelmente nem na campanha do impeachment de Collor, talvez apenas em 1964, período em que amigos dedavam amigos e os piores sentimentos vinham à tona, da pequena cidade do interior à grande metrópole.

Agora, esse ódio não está poupando nenhum setor. É figadal, ostensivo, irracional, não se curvando a argumentos ou ponderações.

Minhas filhas menores freqüentam uma escola liberal, que estimula a tolerância em todos os níveis. Os relatos que me trazem é que qualquer opinião que não seja contra Dilma provoca o isolamento da colega. Outro pai de aluna do Vera Cruz me diz que as coleguinhas afirmam no recreio que Dilma é assassina.

Na empresa em que trabalha outra filha, toda a média gerência é furiosamente anti-Dilma. No primeiro turno, ela anunciou seu voto em Marina e foi cercada por colegas indignados. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho de outra filha.

No domingo fui visitar uma tia na Vila Maria. O mesmo sentimento dos antidilmistas, virulento, agressivo, intimidador. Um amigo banqueiro ficou surpreso ao entrar no seu banco, na segunda, é captar as reações dos funcionários ao debate da Band.

A CONSTRUÇÃO DO ÓDIO

Na base do ódio um trabalho da mídia de massa de martelar diariamente a história das duas caras, a guerrilha, o terrorismo, a ameaça de que sem Lula ela entregaria o país ao demonizado José Dirceu. Depois, o episódio da Erenice abrindo as comportas do que foi plantado.

Os desdobramentos são imprevisíveis e transcendem o processo eleitoral. A irresponsabilidade da mídia de massa e de um candidato de uma ambição sem limites conseguiu introjetar na sociedade brasileira uma intolerância que, em outros tempos, se resolvia com golpes de Estado. Agora, não, mas será um veneno violento que afetará o jogo político posterior, seja quem for o vencedor.

Que país sairá dessas eleições?, até desanima imaginar.

Mas demonstra cabalmente as dificuldades embutidas em qualquer espasmo de modernização brasileira, explica as raízes do subdesenvolvimento, a resistência história a qualquer processo de modernização.

Não é a herança portuguesa. É a escassez de homens públicos de fôlego com responsabilidade institucional sobre o país. É a comprovação de porque o país sempre ficou para trás, abortou seus melhores momentos de modernização, apequenou-se nos momentos cruciais, cedendo a um vale-tudo sem projeto, uma guerra sem honra.

Seria interessante que o maior especialista da era da Internet, o espanhol Manuel Castells, em uma próxima vinda ao Brasil, convidado por seu amigo Fernando Henrique Cardoso, possa escapar da programação do Instituto FHC para entender um pouco melhor a irresponsabilidade, o egocentrismo absurdo que levou um ex-presidente a abrir mão da biografia por um último espasmo de poder. Sem se importar com o preço que o país poderia pagar.
# posted by Oldack Miranda/Bahia de Fato

ABGLT pede respeito e defesa de ideias na corrida presidencial

Diante do rumo que a campanha presidencial tem tomado no segundo turno, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, entidade que congrega 237 organizações da sociedade civil em todos Estados do Brasil, divulgou nesta sexta-feira (15) uma carta aberta aos candidatos.

No texto a instituição destaca que nos últimos dias tem assistido perplexos à instrumentalização de sentimentos religiosos e concepções moralistas na disputa eleitoral e se dirigiu a ambas as candidaturas para pedir respeito à democracia, à cidadania de todos e de todas, à diversidade sexual, à pluralidade cultural e religiosa.

“Não é aceitável que o preconceito, o machismo e a homofobia sejam estimulados por discursos de alguns grupos fundamentalistas e ganhem espaço privilegiado em plena campanha presidencial”, diz um trecho do documento.

A instituição destaca que causa extrema preocupação constatar a tentativa de utilização da fé de milhões de brasileiros e brasileiras para influir no resultado das eleições presidenciais. Ainda segundo ABGLT, nos últimos dias, ficou clara a inescrupulosa disposição de determinados grupos conservadores da sociedade a disseminar o ódio na política em nome de supostos valores religiosos.

“Não podemos aceitar esta tentativa de utilização do medo como orientador de nossos processos políticos. Não podemos aceitar que nosso processo eleitoral seja confundido com uma escolha de posicionamentos religiosos de candidatos e eleitores. Não podemos aceitar que estimulem o ódio entre nosso povo”, ressalta.

A instituição diz ainda que o movimento LGBT e o movimento de mulheres defendem é apenas e tão somente o respeito à democracia, aos direitos civis, à autonomia individual. “Queremos ter o direito à igualdade proclamada pela Constituição Federal, queremos ter nossos direitos civis, queremos o reconhecimento dos nossos direitos humanos. Nossa pauta passa, portanto, entre outras questões, pelo imediato reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo e pela criminalização da discriminação e da violência homofóbica”, pontua.

A entidade solicita que os candidatos voltem a conduzir o debate para o campo das ideias e do confronto programático, sem ataques pessoais, sem alimentar intrigas e boatos e que eles não maculem suas biografias e trajetórias e não neguem seu passado de luta contra o obscurantismo.

A ABGLT finaliza o documento ressaltando que acredita na democracia e num país onde caibam todos seus 190 milhões de habitantes e não apenas a parcela que quer impor suas ideias baseadas numa única visão de mundo. “Vivemos num país da diversidade e da pluralidade”, conclui.

Fonte: Tribuna da Bahia

FHC lança mão de bravata e chama Lula para conversa ‘cara a cara’

Por Redação, de São Paulo
Fernando Henrique Cardoso

FHC pediu desculpas e saiu assim que Alckmin e Aloysio chegaram

Ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) resolveu aparecer na campanha do tucano José Serra. Em um discurso inflamado, ele chamou o presidente Lula de “mesquinho” por atribuir ao atual governo as conquistas nas áreas social e econômica que, segundo FHC, seriam de sua gestão na presidência.

– Quero ver o Lula que fez o PT votar contra o (plano) Real dizer que estabilizou o Brasil. Pra que ser tão mesquinho? – questionou o tucano.

Durante o encontro, que reuniu dezenas de prefeitos e candidatos eleitos e não eleitos do PSDB em um hotel luxuoso de São Paulo, o sociólogo aposentado rebateu duramente as declarações da presidenciável petista Dilma Rousseff sobre a possibilidade de o tucano privatizar a Petrobras, caso eleito.

– Agora vem falar que eu quero privatizar a Petrobras? Quem é esse (presidente da Petrobras) Gabrielli para falar que eu queria privatizar a Petrobras? Essa senhora que é candidata, essa das duas caras, disse outro dia que nós vendemos refinarias. É mentira – bradou o tucano.

Durante o discurso, Fernando Henrique, exaltado, pediu inúmeras vezes votos a Serra e não abriu mão da bravata:

– Presidente Lula, terminadas as eleições, quando você estiver de pijama, vamos conversar cara a cara. Eu vou dizer a ele: ‘você fez muita coisa boa, mas não precisava ser tão mesquinho, rapaz’.

O ex-presidente também criticou o atual governo, afirmando que prevaleceram as indicações partidárias aos cargos de diretoria e detrimento ao mérito.

Ainda sobre o PT, FHC disse que os partidários de Dilma “caíram da cadeira” e não esperavam o segundo turno.

– Este governo, esse partido chamado PT, acha que o eleitorado é criança. É bobo. Acha que é só ir na TV falar um monte de mentira que todo mundo acredita – diz ele.

Fernando Henrique, em seguida, pediu desculpas e deixou o local assim que Geraldo Alckmin (PSDB), governador eleito por São Paulo, Aloysio Nunes (PSDB), senador eleito por São Paulo, e Gilberto Kassab (DEM), prefeito da capital paulista, subiram ao palco, alegando que tinha outros compromissos.

Fonte: Correio do Brasil


Tarso vê ambiente pré-golpista nas eleições do segundo turno

Por Redação, com colaboradores - de Porto Alegre
Tarso Genro

Ex-ministro da Justiça, Tarso Genro venceu a corrida eleitoral no RS

Governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) disse, na noite desta quinta-feira, em Porto Alegre, que, em relação à disputa presidencial, está havendo “uma campanha de golpismo político só semelhante aos eventos que ocorreram em 1964 para preparar as ofensivas” contra o então governo estabelecido.

Para um público de cerca de duas mil pessoas, que lotava o Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, na plenária de mobilização da campanha da petista Dilma Rousseff para o segundo turno da eleição presidencial no Estado, Tarso fez críticas duras aos adversários de Dilma na eleição, avaliando que hoje a ameaça é mais grave, porque inclui a “manipulação da informação com cumplicidade da maior parte da grande imprensa”. O governador eleito finalizou seu discurso avaliando que a situação pode “redundar em uma eleição ilegítima”, na qual um candidato quer se eleger “com base na mentira, na inverdade, na calúnia e na difamação”.

Mesmo sem a presença de Dilma, o PT e os partidos aliados prepararam um grande evento para o que apontam como a “arrancada” da campanha do segundo turno da petista. Nas escadarias, na entrada do prédio e no salão, militantes distribuíam pilhas de adesivos, folders com os 13 compromissos de Dilma e um documento com os principais pontos de organização da campanha no Estado e pré-roteiros das lideranças estaduais até o dia 30 de outubro.

Dentro do salão, na mesa principal, com direito a discurso, estavam, entre os representantes de siglas aliadas, o senador Sérgio Zambiasi (PTB), o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), o presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Júnior, o deputado federal Pompeo de Mattos (PDT), que na eleição estadual concorreu como vice do principal adversário de Tarso, o peemedebista José Fogaça, e o deputado federal Mendes Ribeiro Filho (PMDB). Mendes, que coordenou a campanha de Fogaça, chegou à plenária após passar a tarde em uma tensa reunião do PMDB gaúcho na qual foi decidido indicar ao diretório do partido proposta de apoio ao adversário da petista, José Serra (PSDB), mas respeitando os que preferirem Dilma. Em seu discurso, lembrou à plateia a importância de que peça votos.

Zambiasi, que durante seu discurso foi aplaudido de pé pelo público, também recheou as falas de críticas aos adversários na eleição presidencial. Ele começou sua manifestação respondendo a uma pergunta que ficou em suspense durante toda a campanha.

– Tarso, eu votei em ti – declarou.

Em seguida, disse que os adversários “fracassaram com os trabalhadores e aposentados”.

– Não venham agora prometer o que não vão cumprir – afirmou.

Ao final da plenária, questionado sobre o fato de Serra ter visitado o Estado antes de Dilma neste segundo turno e de a mobilização dos serristas estar bem mais organizada do que no primeiro turno da eleição, Tarso resumiu:

– Não nos atemoriza.

Ele também minimizou a definição majoritária do PMDB em favor de Serra.

– Foi boa, porque liberou os que preferem a Dilma – comemorou.

Além dos partidos que já apoiam a petista no Rio Grande do Sul, Tarso segue em busca de dissidentes em siglas que, no Estado, preferem Serra, como é o caso do PP.
– Já conversei com o Mano Changes (deputado estadual do PP, vinculado aos eleitores jovens) e antes do final da semana vamos falar novamente – concluiu.

Fonte: Correio do Brasil

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