Certificado Lei geral de proteção de dados

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sexta-feira, novembro 16, 2007

Senadores cobram dados da Defesa

Brasília. À medida que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aumenta seu poderio bélico no país vizinho e as Forças Armadas do Brasil cobram mais atenção para o sucateamento da Marinha, Exército e Aeronáutica, cresce no Senado a iniciativa suprapartidária de acompanhar de perto a defesa soberania nacional. A senadora Marisa Serrano (PSDB-GO) e o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) propõem uma audiência do ministro da Defesa, Nelson Jobim, para explicar na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional o que o governo tem feito para renovar as Forças.
Para o ano que vem, o Ministério da Defesa ganhou um aporte de R$ 3 bilhões no Orçamento. Tem um plano audacioso, o de renovar a frota da Força Aérea Brasileira e a da Marinha, inclusive com a construção de um submarino nuclear. Em discurso no Senado, Papaléo Paes lembrou recente palestra do general-de-Exército Enzo Martins Peri e disse que ficou estarrecido ao saber que "a pobreza material do arsenal bélico" é maior do que imaginava.
- Ficamos sabendo que os fuzis de assalto dos soldados brasileiros têm, em média, 42 anos de uso; que 78% de nossos blindados já ultrapassaram a casa dos 30 anos, estando a grande maioria sem condições operacionais. E, pasmem, tomamos conhecimento de que nossos obuseiros e canhões são da época da 2ª Guerra Mundial, e já eram ultrapassados então - revelou.
Papaléo assinalou que o armamento de guerra, em grande parte, virou "sucata recondicionada". O senador disse ter o dever de exigir mais respeito e dignidade para as Forças Armadas, que deveriam ter a grandeza compatível com a importância geopolítica do Brasil. Destacou também o papel institucional das Forças Armadas, presentes em áreas inóspitas e vastas do país.
(Com Agência Senado)

Coisas que incomodam

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - Da novela "Coisas que incomodam", que apresentaremos de quando em quando, em capítulos, sobressaem hoje certas práticas peculiares à mídia moderna. Práticas execráveis, que, além de incomodar, irritam. Tome-se as edições de fim de semana de alguns jornalões. Na manhã de domingo vamos à banca, pedimos o matutino de nossa preferência e, chegando em casa, verificamos que a primeira página é fajuta, no todo ou em parte.
Em vez das notícias e das chamadas, encontramos inteiro ou pela metade um encarte anunciando sabe-se lá o quê. A reação da maioria dos leitores é arrancar aquele corpo estranho de um só golpe, amassá-lo e deitá-lo no lixo, mas que ele incomoda, não há que duvidar. Além de contribuir para sujarmos um pouco mais as mãos, no sentido literal, esse expediente faz-nos perder tempo e, na maioria dos casos, contribui para não comprarmos o que vai nele anunciado.
Para ficar na imprensa: aos domingos, compramos também uma revista semanal. Não se discutem sua linha editorial, suas idiossincrasias, suas meias verdades e suas agressões. Nas democracias, liberdade de imprensa significa cada um poder adquirir o veículo que melhor lhe agrade. O incômodo não é esse, mas o de verificarmos que, cada semana mais, some o espaço para material de redação e entra publicidade.
Nada contra ela, mas se vamos atrás de resenhas, reportagens, artigos e comentários semanais e encontramos cada vez mais propaganda, sentimo-nos lesados. Em especial quando fica evidente que determinado material apresentado como jornalístico exprime, no fundo, faturamento, ou seja, parcialidade para agradar o cliente, desprezando ou iludindo o leitor.
Irritados com os meios de comunicação tradicionais, vamos para a frente da televisão. Afinal, é domingo. O volume de publicidade chega a assustar, mas, como estamos atrás de notícias, entretenimento e serviços, agüentamos firme. Só que ninguém suporta, a cada intervalo na programação, ter de acionar as teclas dos controles remotos para diminuir o áudio na hora em que entram os anúncios, e aumentá-lo quando retorna o programa preferido.
Pode tratar-se de uma técnica de marketing, mas marketing criminoso, o fato de as emissoras subirem o volume da propaganda cada vez que ela aparece, como se o telespectador fosse bobo e comprasse mais em razão dos decibéis estabelecidos em torno dos produtos anunciados. Já houve uma lei proibindo essa lambança, mas, pelo jeito, a lei não pegou.
A tarde vem chegando. No almoço com a família recomendamos à cozinheira para não utilizar nada do que a televisão anunciou aos berros durante a semana inteira. Vamos assistir, primeiro, algumas partidas de futebol transmitidas da Inglaterra, Alemanha, Espanha ou Itália. É hora de a pressão sangüínea aumentar por conta de mais uma irritação.
Viagens à Europa custam caro para as empresas, por isso os locutores transmitem daqui mesmo, olhando como nós nas telinhas. Como não quiseram ter trabalho de conhecer os jogadores ou, ao menos, de prestar atenção nos números colocados nas respectivas camisas, narram tudo, menos a partida em questão.
Receberam dos produtores mil e uma informações irrelevantes, que apregoam, como quantas vezes determinado craque trocou de time, em que cidade nasceu, qual o nome de sua mãezinha, que campeonatos anteriores conquistou ou se prefere talharim ou inhoque. Mas nomeá-lo quando pega a bola e chuta, só de vez em quando, nos momentos em que o câmera, milhares de quilômetros adiante, resolve apresentar um plano fechado. No mais das vezes, são erros em cima de erros.
Mas tem pior. Se chove muito, se há tumulto nas arquibancadas, se as partidas estão atrasadas, deve o locutor preencher o tempo. Mesmo quando se acha presente no estádio onde o jogo acontece, é um desastre que nos incomoda mais do que outros. Determinado astro do microfone, outro dia, começou a divagar e, olhando para além dos muros do estádio, vislumbrou montanhas ao longe.
Como estava em Bogotá, na Colômbia, não teve dúvidas: mostrou a imagem afirmando tratar-se da Cordilheira dos Andes, centenas de quilômetros afastada. Teceu uma ode ao que não via e, momentos depois, quando um produtor lembrou que aquela era a modesta montanha de Santa Maria, encheu-se da mesma empáfia de sempre e comentou, mudando a geografia do continente: "É aqui que a Cordilheira começa..."
Por falar em comentários, trata-se de uma das maiores lutas de egos de que temos notícia. Porque muitas vezes as emissoras contratam comentaristas de muita competência, para analisar os craques e os juízes. Pois o artista do microfone não deixa que eles opinem. Fala bobagens antes, durante e depois dos colegas de profissão. Atropela-os e, não raro, demonstra não estar entendendo nada da partida. Se o comentarista dos árbitros, geralmente um antigo juiz, afirma que não foi pênalti, é logo contraditado. Aguardam a retransmissão da imagem. Quando ela vem, dando razão ao comentarista, o astro não dá o braço a torcer: "Para mim foi..."
Permanecendo à noite ainda diante da televisão, nessa curta relação das coisas que incomodam, é bom lembrar: quando criados, os canais a cabo anunciavam a transmissão de filmes sem intervalos, expurgados de publicidade. Ledo engano. No auge das cenas de suspense, somos interrompidos pela apresentação de diabólicos liquidificadores onde se colocam mandiocas imensas e saem, segundos depois, perfeitos bobós de camarão.
E se, com raiva, mudamos para a chamada TV aberta, o risco é pior. O filme anunciado, sem qualquer explicação, transforma-se num debate de luminares que vão discutir as partidas de futebol realizadas à tarde. A gente fica pensando se assistiram jogos realizados em Marte, tendo acabado de desembarcar de um disco voador...
Fonte: Tribuna da Imprensa

Por que a verdade dói e está fora moda

Por: Pedre Porfírio

"A verdade é filha do tempo e não da autoridade." (Bertolt Brecht, dramaturgo alemão - 1898/1956)
Houve um tempo em que uma pitada de verdade não fazia mal a ninguém. Hoje faz. Do jeito que a banda toca, você não pode ousar falar nem uma meia verdade. Nem um tiquinho, nada que possa ameaçar o circo da mentira que se instalou em nosso torrão.
Exagero na dose? Quisera. Aliás, como eu gostaria de estar errado. Mas infelizmente, na maioria das vezes, não estou. Principalmente porque vivo neste País tropical abandonado por Deus e hipócrita por natureza, que vileza. Aqui, mais do que em qualquer outro rincão, a verdade dói. E dói tanto que o que mais se ouve nas esquinas, em atos e omissões, é o "me engana que eu gosto".
Você quer o quê? O Brasil não cresce na economia, mas na política dão nó em pingo d'água. E não é só na política, não. Teve poder, tem tudo. Do bom e do pior. E tudo muda a cada instante, ao gosto ou desgosto do senhor.
Vige numa boa a jurisprudência de que toda verdade tem seu preço. Porque puseram você numa saia justa blindada. Você pensa que ouviu o galo cantar, mas nem isso. Antes você não sabia onde. Agora, nem as galinhas, porque puseram as raposas para tomar conta dos galinheiros.
Recorrendo a metáforas
Metáforas? Sim, como nos tempos da censura sem pudor. Agora, tudo é por baixo do pano. Eles têm o controle do seu hipotálamo, da sua hipófise. Operam sobre sua memória, devidamente miniaturizada. Como falou o velho mudo, está tudo dominado. Vale o escrito hoje. Jornal de ontem já não serve nem para embrulho.
É perigoso querer destoar. Ou te mandam calar a boca ou te mandam para o olho da rua. Foi o que me ensinou o meu filho, jornalista que nem eu, mas que passou por uma faculdade (sou do tempo em que escrever era vocação) e ainda faz ginástica na capital federal, o centro do furacão, onde quem bobeia dança e não consegue mais dar a volta por cima. - Nunca deixem que saibam que você sabe. Pega leve, banca o bobo, deixa que pensem que você só leu os manuais da redação. Passar disso é dar murro em ponta de faca.
Paul Joseph Goebbels, o marqueteiro do Führer, não inventou a roda quando disse que uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Aqui, aliás, basta repetir uma meia dúzia de vezes, sobretudo se for pela televisão, essa máquina plenipotenciária de embaralhar os cérebros seriados. O trágico é o tamanho do estrago. Antes, a mentira ficava na paróquia. Hoje, com toda essa parafernália cibernética, pega a aldeia global num piscar d'olhos.
Para assaltar o Iraque de olho no petróleo que ainda não estava à flor da terra, mister Danger - batizado George Walker Bush - convenceu a você e a meio mundo que Saddam Hussein desenvolvia um programa de armas químicas e biológicas. Você pegou pilha e ficou na sua, achando que aquela agressão era para a salvação da civilização ocidental e cristã.
Meteram bala, vasculharam casa por casa, e nem um papelote de urânio. Em compensação, o mentiroso mais perigoso do mundo fez a festa dos fabricantes de armas e das empresas petrolíferas, para as quais presta relevantes serviços, pagos a peso de ouro.
Agora, por conta dessa mentirada toda que não toca seu cérebro programado para ver inimigos ali do lado, do outro lado da fronteira, o cidadão-contribuinte norte-americano vai pagar uma baita conta. Os gastos militares dos Estados Unidos no Iraque e Afeganistão já beiram o trilhão de dólares, superando a conta paga na fracassada guerra do Vietnã.
Enquanto isso, a indústria bélica vai esquentando as turbinas pelo lado de cá, com a mudança no mapa político da América Latina. E não é para menos: John Negroponte, o monitor da política externa norte-americana (a Condoleezza Rice é uma piada) está mexendo seus pauzinhos na formatação de um novo monstro, o moreno peitudo contra o qual se alça o próprio racismo inconsciente da América branca.
Mas a exploração da ausência do apreço pela verdade não é exclusiva das manobras internacionais. Até num microcosmo do poder, trabalha-se com as ferramentas mais sofisticadas para impingir o triunfo da mentira, a destruição das últimas pedras da dignidade.
Medo de dizer
Há todo tipo de moeda na praça, da pecúnia sonante à exploração da maldita vaidade humana. Quanto mais inacessível for o antro da decisão, a maiores riscos estão expostos os simples cidadãos. Certas coisas eu não quero nem falar hoje, mas, decididamente, o alcance da impostura institucionalizada é uma questão de mercado.
Como você está confinado num cárcere privado e de nada sabe por inteiro, sou forçado a dizer, com todas as letras, que não sinto diferença no clima que respiro hoje em relação àqueles anos que me valeram cadeia e muitos só lamentam da boca para fora.
Eu particularmente escrevo com medo porque superpuseram a lei dos danos morais sobre a lei de imprensa, submetendo a liberdade de expressão a uma peça morta, escondida na teia de uma Constituição fragilizada e vilipendiada todos os dias.
Eu bem que queria dar um grito que está parado no ar. Mas se eu for além das quatro linhas, vou ficar no prejuízo. Já fui condenado num juizado especial a pagar uma indenização de danos morais para o sujeito que queria falar numa manifestação organizada por mim e eu não permiti.
E você enche a boca para falar mal de outros países, cheio de ilusões sobre a idéia de que vivemos num democrático mar de rosas. O único problema, para você, é a paranóia que os amontoados de miseráveis lhe causa.
Daí essa violência de Estado que extrapola os limites da razoabilidade. A pretexto de nos garantir segurança, que não percebemos nem como sensação, estão fazendo por aqui a nossa própria guerra, sem considerar, pelo menos, a Convenção de Genebra.
Se eu remexer nisso, você, que já sai de casa com um pé atrás com medo da própria sombra, vai achar que estou do outro lado.
Enquanto isso, a crônica dos nossos dias vai ficando cada vez mais turva, pelo menos para mim. Eu já não sei se calo a boca ou se ponho a boca no mundo, até porque esses poderes têm ouvidos moucos, enquanto a opinião pública virou uma mera repetidora das microondas de uma mídia pautada pelo mercado, o que dá ibope, o que repercute ou entra mais fácil nas nossas caixolas descuidadas.
coluna@pedroporfirio.com
Fonte: Tribuna da Imprensa

Renan ainda assombra governo

Para Tião Viana, condenação do senador alagoano produzirá "situação de risco" para Planalto na votação da CPMF
BRASÍLIA - O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), admitiu ontem que a eventual condenação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pelo Plenário vai produzir uma "situação de risco" para o governo, com reflexos na votação da emenda constitucional que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). "Mas não podemos tirar de Renan o direito de lutar para viabilizar seu mandato", afirmou o senador.
Antes da votação no Plenário, em sessão aberta marcada para a próxima quinta-feira, o pedido de cassação do mandato de Renan será submetido no dia anterior, quarta-feira, ao Plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A data foi acertada ontem entre Tião Viana e o senador Marco Maciel (DEM-PE), que preside a Comissão.
Com a derrota no Conselho de Ética, onde contou apenas com os votos de três colegas do PMDB, Renan chega politicamente fragilizado ao Plenário. Para reverter essa situação, vai cobrar apoio da base aliada do governo, sobretudo da bancada do PT - uma barganha que promete dar os votos do PMDB ao governo para aprovar a prorrogação da CPMF até 2011.
O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), concorda que o resultado do Conselho de Ética complicou a situação do presidente licenciado da Casa. Por isso mesmo, avalia que os votos dos petistas serão fundamentais para a absolvição de Renan. "Essa vai ser a grande questão", enfatizou.
Em 12 de setembro, quando se livrou do primeiro pedido de cassação, Renan teve ajuda do PT graças ao movimento de abstenção deflagrado no plenário pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP). "Vamos ver agora se o PT vai repetir no Plenário os votos contra Renan dados no Conselho de Ética", provocou Tasso, ao lembrar que, no Plenário, o voto é secreto.
Se não obtiver o apoio da base aliada e perder o mandato, Renan poderá usar a influência que tem na bancada do PMDB para dificultar a vida do governo na votação da prorrogação da CPMF. Além disso, estimular a disputa política pela presidência do Senado, o que também não interessa ao Planalto. Ainda mais agora que o governo tenta reunificar sua base para aprovar a renovação do imposto do cheque.
"Uma traição"
É diante desse cenário imprevisível que Viana adverte: "Espero que a base aliada tenha maturidade para tratar essas questões com bom senso". Se não bastassem as negociações em torno do destino de Renan, os governistas terão de enfrentar a obstrução do PSDB e do DEM.
Jereissati disse que não há hipótese de a oposição ajudar o governo a destrancar a pauta do Senado se o presidente Lula não vetar a Medida Provisória que permitiu o repasse de recursos de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a Estados e Municípios inadimplentes e durante o período eleitoral.
"Foi uma traição. Se o presidente não vetar isso vamos passar o tempo todo acusando o governo e seus líderes de falsos e mentirosos", reagiu o senador cearense. Viana disse que "infelizmente" a Câmara derrubou o acordo feito pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), com a oposição. Ele aposta no veto presidencial, já que o governo não pode partir para o confronto no momento em que está apertado para aprovar a prorrogação da CPMF.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Jobim é contra estrangeiras operando em céu brasileiro

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem ser contrário à abertura dos céus brasileiros para companhias estrangeiras. Segundo ele, conceder a liberdade para essas empresas poderem operar vôos dentro do País é prejudicial para as empresas brasileiras. "A abertura às companhias estrangeiras pode levar à quebra das empresas brasileiras", afirmou Jobim, em entrevista coletiva concedida após a abertura da IV Conferência do Forte de Copacabana: "Segurança Internacional - Um diálogo Europa - América do Sul", realizada ontem no Rio.
Jobim usou como referência os Estados Unidos, o maior mercado do mundo da aviação comercial, que não adotou a liberdade de mercado. "Isso é uma coisa perigosa em termos de segurança, inclusive nacional", acrescentou.
O ministro fez um balanço positivo da situação dos aeroportos no feriado e disse que espera uma solução para os passageiros da BRA que ainda têm passagens para voar até março do ano que vem, após a OceanAir ter informado que só havia garantia para os passageiros de vôos fretados da BRA.
"Espero que caminhemos para uma solução nesse sentido. Por enquanto, ainda está naquela fase de disputa das duas empresas para o fechamento dos negócios. Mas eu tenho confiança que logo a seguir vai se compor também a solução dos demais (passageiros de vôos regulares), que é o interesse que temos", disse Jobim.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Ministro e Lula discutem aumento a militares

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou ontem que provavelmente na próxima terça ou quarta-feira deve conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o soldo dos militares. Ele disse que pretende resolver essa questão ainda este ano.
Ele admitiu que o problema é sério porque qualquer aumento que se dê, mínimo que seja, sempre representa muito. A disposição de Jobim, entretanto, é negociar pessoalmente com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, autorizado pelo presidente Lula.
"É uma construção política complicada, tendo em vista as restrições orçamentárias. Mas é isso que nós vamos fazer." O orçamento das Forças Armadas para o próximo exercício poderá chegar a R$ 10 bilhões, se depender da disposição de Jobim. Durante a abertura da 4ª Conferência sobre Segurança Internacional, Jobim lembrou que este ano o governo conseguiu otimizar os orçamentos das Forças Armadas em R$ 3 bilhões.
"Estava previsto um orçamento para investimento e custeio de R$ 6 bilhões. O governo autorizou subir para R$ 9 bilhões e teremos na execução orçamentária uma promessa de chegarmos a R$ 10 bilhões", manifestou o ministro. Nelson Jobim ressaltou, entretanto, que os novos equipamentos destinados ao aparelhamento das Forças Armadas estarão vinculados a definições decorrentes do Plano Estratégico que está sendo elaborado.
"De forma tal que não sejam algo de ter que comprar as coisas, mas de ter que comprar tendo em vista as tarefas definidas. E aí você começa a legitimar essas compras com entendimento no Congresso Nacional." Ele salientou, também, que todas as compras estão vinculadas à transferência de tecnologia. "Não é possível você comprar equipamentos para as Forças que dependam de tecnologias não transferidas, porque aí você não tem a mobilização possível. Porque a primeira coisa que se faz para cortar a mobilização é impedir a importação de materiais estratégicos. A linha toda é essa: todas as negociações passam claramente pela transferência de tecnologia."
Fonte: Tribuna da Imprensa

Jobim teme terroristas, mas não quer artefato

A descoberta de uma megareserva de petróleo e gás na Bacia de Santos reforça a necessidade de o Brasil aumentar e melhorar a sua capacidade de defesa e proteção contra a invasão de outros países e até de atos terroristas. Foi o que afirmou ontem o ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante a abertura de um evento internacional de segurança, no Rio. Para o ministro, o anúncio realizado pela Petrobras recentemente evidencia a necessidade de o País ter um submarino nuclear para proteger o campo recém descoberto.
"Para nós, é importante que esse fato do descobrimento aguça mais a necessidade de termos autonomia de produzir no Brasil (energia nuclear), fechando o ciclo do enriquecimento do urânio para a produção de propulsores. Não para a área de guerra, de bomba atômica. Essas coisas são bobagem", afirmou Jobim, na 4ª Conferência do Forte de Copacabana: "Segurança internacional, um diálogo Europa-América do Sul".
O ministro da Defesa de Portugal, Nuno Severiano Teixeira, também presente ao evento, defendeu o aparelhamento das Forças Armadas brasileiras para o Brasil ser um dos protagonistas na garantia da segurança e paz internacional.
"Naturalmente que suas forças armadas precisam do equipamento para o exercício da soberania, mas precisam também para produzir segurança internacional no quadro das parcerias que podem vir a desenvolver com outros atores, com a União Européia e com outros em prol da estabilidade e da paz internacional", afirmou Teixeira, também presidente do conselho de ministros de Defesa da União Européia.
Jobim afirmou que as próximas compras de equipamentos para as Forças Armadas no exterior devem seguir o critério de transferência de tecnologia. Nesse sentido, relatou que o ministro do Planejamento Estratégico, Mangabeira Unger, está em uma missão internacional para tratar desse tema. Segundo Jobim, Unger já esteve na Índia, na Rússia e atualmente está na França. Em janeiro, os dois ministros pretendem visitar os Estados Unidos.
Segundo ele, é necessário o desenvolvimento de um plano estratégico de defesa nacional que não tenha viés expansionista. Nesse sentido, lembrou do acordo fechado em junho, em Lisboa, no qual o Brasil e a União Européia se propõe a discutir de forma bilateral políticas e estratégias de defesa.
Uma iniciativa similar também está em desenvolvimento entre os países de língua portuguesa. "Temos uma reunião de ministros da defesa da comunidade de língua portuguesa em junho do ano que vem. Antes disso, evidentemente que haverá conversas bilaterais para começarmos a pensar também num entendimento que passe nessa comunidade, principalmente na África, quanto a troca de formulações de conceitos de defesa que sejam comuns à comunidade", afirmou Jobim.
Fonte: Tribuna da Imprensa

General defende construção da bomba atômica

Brasil seria alvo de cobiça por ter água e energia, o que pede "um cadeado forte na nossa tranca"
BRASÍLIA - O secretário de Política, Estratégia e Relações Internacionais do Ministério da Defesa, general de Exército José Benedito de Barros Moreira, defendeu, na terça-feira passada, que o Brasil desenvolva a tecnologia necessária para a fabricação da bomba atômica.
O general fez a afirmação, com espontaneidade e franqueza, ao responder à pergunta de um telespectador do programa "Expressão Nacional", da TV Câmara. No mesmo programa, ele disse que o Brasil é alvo de cobiça por ter água, alimentos e energia, o que exigiria "colocar um cadeado forte na nossa tranca".
Sobre a bomba atômica, o general afirmou: "Nós temos de ter no Brasil a possibilidade futura de, se o Estado assim entender, desenvolver um artefato nuclear. Não podemos ficar alheios à realidade do mundo".
O general Moreira deixou espantados os deputados Raul Jungmann (PPS-PE) e José Genoino (PT-SP) e o professor Antônio Jorge Ramalho da Rocha, da Universidade de Brasília (UnB), que também participavam do programa. Encarregado da estratégia e dimensionamento dos meios globais de defesa, o general admitiu que o País poderá descumprir o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). O descumprimento ocorreria, segundo ele, no caso hipotético de um país vizinho fabricar a bomba ou "no momento em que o Estado se sentir ameaçado". Confirmadas essas duas condições, o País estaria autorizado a desrespeitar o tratado e a fabricar a sua bomba atômica.
Na visão geopolítica do general José Benedito Moreira, o mundo estaria cada vez mais perigoso e imprevisível. "Não estou defendendo que desenvolvamos artefato nuclear. Nenhuma nação pode se sentir segura se não desenvolver tecnologia que o capacite a se defender quando necessário", tentou corrigir, diante dos parlamentares dispostos a minimizar a gravidade de suas afirmações.
Genoino chegou a lembrar que "artefato nuclear" é diferente de submarino nuclear, também defendido por Barros Moreira. Jungmann condenou um eventual rompimento do TNP, mas observou que, em tese, entendia o realismo exposto pelo general.
"Cadeado na tranca"
O general Moreira disse que o atual panorama aponta para um mundo violento e perigoso. Os sinais de eventuais conflitos entre os nossos vizinhos já teriam até sido captados pelo Ministério da Defesa. "Estamos colhendo na nossa área sul-americana pontos de tensão que podem se desenvolver e devem ser observados e acompanhados", disse o secretário de Política, Estratégia e Relações Internacionais do Ministério da Defesa, sem, contudo, mencionar os focos de tensão.
Para ele, as mudanças no plano global levaram o governo brasileiro a tratar como prioritário o reequipamento das Forças Armadas. O general Monteiro lembrou que, com a evolução econômica dos últimos anos, o Brasil se tornou alvo, já que é um país rico em água, minérios, alimentos e agora petróleo. "Esse alvo é nossa riqueza. O mundo carece de água, energia, alimentos e minérios. O Brasil é rico em tudo isso. Por isso tudo nós temos que colocar um cadeado forte na nossa tranca", afirmou.
O governo petista já teria percebido, na avaliação do general, as vulnerabilidades das Forças Armadas. Essa percepção teria sido imposta pelo ministro Nelson Jobim ao assumir o posto da Defesa. "Hoje, o próprio presidente da República percebe a necessidade de que as Forças Armadas sejam capazes de defender o País, já que não temos intenção expansionista. A chegada do ministro Nelson Jobim trouxe a sua percepção política. Já tardava a retomada do desenvolvimento militar", afirmou.
Fonte: Tribuna da Imprensa

quinta-feira, novembro 15, 2007

[Salvador] Polícia Federal põe fim à ocupação de reitoria e prende quatro estudantes


Por A Tarde On Line*


Numa ação considerada violenta pelos estudantes, a Polícia Federal pôs fim à ocupação de 46 dias da reitoria da Universidade Federal da Bahia. Às 6h da manhã desta quinta-feira, a PF desocupou o prédio cumprindo um mandado de reintegração de posse.


Estudantes saindo da reitoria da UFBA
Na ação da PF, foram utilizadas bombas de efeito moral que deixaram cerca de 20 estudantes feridos. Quatro estudantes foram presos: o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFBA, Gabriel Oliveira (História), e os alunos Luciana Barbosa (Medicina), Rodrigo Dantas (Ciências Sociais) e Marcos Grito (Comunicação/UNEB). Eles foram encaminhados à sede da Polícia Federal, onde foram fichados e estão prestando depoimento. Com escoriações pelo corpo, os estudantes foram encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica, no Complexo dos Barris, onde fizeram exame de corpo de delito. Eles devem ser liberados ainda hoje. Os outros manifestantes que ficaram feridos na ação da PF também se dirigiram ao Complexo Policial dos Barris. Lá, eles tentaram fazer exame de corpo de delito, mas não obtiveram sucesso por não possuírem uma guia necessária para o procedimento. Esta guia deveria ser liberada pela Polícia Federal que, segundo os estudantes, se recusa a fazê-lo. A PF alega que, por conta do feriado, a emissão das guias está impossibilitada. A maioria dos estudantes já deixou o Palácio da Reitoria. Um grupo está em frente à sede da PF, esperando informações sobre os estudantes detidos. Outro grupo está reunido no diretório acadêmico da Faculdade de Medicina, onde irão decidir sobre os rumos do movimento. Cerca de 30 agentes da Polícia Federal estão concentrados no Palácio da Reitoria. A ordem é desocupar qualquer prédio da UFBA que porventura venha a ser invadido pelos estudantes. Em entrevista coletiva, o delegado Rodrigo Bastos, que coordenou a ação, alegou que a PF estava cumprindo uma decisão judicial. ele afirmou que os agentes tiveram uma ação mais enérgica porque houve resistência por parte dos estudantes, que se recusavam a deixar o prédio. Segundo o delegado, alguns estudantes ainda deitaram numa faixa de pedestres em frente à reitoria, bloqueando o trânsito. Isso teria motivado o uso das bombas de efeito moral pelos policiais. O reitor Naomar de Almeida Filho considerou a ação da Polícia Federal um processo normal. "Se houve esse desfecho, é resposabilidade dos estudantes. A juíza já havia mandado oficiais de justiça solicitando uma saída pacífica, mas eles se negaram a sair" disse Naomar. De acordo o reitor, a reitegração de posse foi a única solução porque "o patrimônio público e o funcionamento normal da universidade estavam ameaçados". *Com informações de Valmar Hupsel Filho, Eder Luís Santana e Mirela Portugal do A TARDE
URL:: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=806681
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Comentários
Propostas
Ibsen 15/11/2007 14:12 ibsenreis@hotmail.com
Por razões pessoais não estou podendo participar das ações, mas o que sugiro é que o povo se reorganize, procure a mídia corporativa ou não(vcs sabem se ficarem calados a mída burguesa cai em cima e perde-se o apoio que já se tem dos demais estudantes e da população).Convocar assembléias de curso, pra depois convocar uma assembléia geral(de preferência marcar na própria reitoria, isso se nas assembléias de cursos forem aceito a reocupação da mesma para continuar o movimento).O movimento não pode ficar isolado só com a participação de universitários, os interesses em jogo interfere no futuro daqueles que também querem fazer parte dessa universidade.O apoio dos estudantes secundaristas seria de fundamental importância, mas sei de toda dificuldade disso acontecer, o controle dos partidos após a Revolta do Buzu, enfraqueceu em muito a participação dos secundaristas em qualquer ato, sem falar da desconfiança daqueles que não fazem parte de nenhum partido e não viveu aquele ano.Por isso torna-se necessário serem bem claros e diretos nos objetivos da ocupação na divulgação das suas reinvidicações para não dá vazão à outras interpretações caluniosas.
Fonte: CMI Brasil

Renan pode renunciar à presidência semana que vem

Renan Calheiros (PMDB-AL) informou a algumas das principais lideranças do Senado, governistas e oposicionistas, que vai renunciar à presidência da Casa. Desistiu da idéia de renovar o pedido de licença de 45 dias, que vence no próximo dia 26 de novembro. Abdicará ao comando da Casa antes dessa data. Em troca do gesto, espera obter a preservação de seu mandato.

O senador vai a julgamento no plenário do Senado, pela segunda vez, na próxima quinta-feira (22). Gostaria de renunciar à presidência no dia seguinte, quando a absolvição já estivesse no embornal. Foi aconselhado, porém, a bater em retirada antes de subir o cadafalso. Sob pena de açular os ânimos da oposição, receosa de que, livre da cassação, Renan atreva-se a reocupar o gabinete de presidente.

A iminência do novo julgamento provocou em Renan Calheiros uma curiosa metamorfose. Antes, comparava-se ao coco –“Para tirar o coco, não basta balançar o pé que ele não cai. Quem quiser, vai ter que subir no pé e retirar o coco com as próprias mãos.” Agora, soa num timbre que revela humildade inaudita.

Nos diálogos que manteve nas últimas horas, Renan diz coisas assim: “Estou há três anos cumprindo esse papel [de presidente do Senado]. Chega. Não quero mais saber disso. Se tiver oportunidade, no que ainda me resta de mandato, vou tentar me recuperar do que sofri politicamente com todo esse episódio.”

Alertado acerca das intenções de Renan, o presidente interino do Senado, Tião Viana, pôs-se a preparar a sucessão interna. Em consulta que fez à assessoria da Casa, foi informado de que, confirmando-se a renúncia, terá de convocar eleições para a escolha do substituto de Renan em exíguos cinco dias.

Ou seja, se Renan renunciar até a próxima quarta-feira (21), véspera de seu julgamento no plenário, Tião terá de preparar a eleição para a semana seguinte. Assim, a votação da emenda da CPMF, prevista para dezembro, já ocorreria sob nova direção. Algo que fez acender a luz amarela no Palácio do Planalto.

Lula e seus operadores políticos trabalham discretamente para livrar Renan da cassação. Imagina-se que, se tiver o mandato passado na lâmina, o senador pode causar ao governo problemas adicionais. Não teria dificuldades para arrastar meia dúzia de votos contra a CPMF. Algo que, numa votação de placar apertado, pode significar a rejeição à prorrogação do tributo.

O Planalto gostaria de ver José Sarney (PMDB-AP) acomodado na presidência do Senado. Sarney quer. Mas condiciona o envolvimento na empreitada a uma unanimidade que parece inexeqüível. Parte do PSDB, à frente Arthur Virgílio (AM), líder do tucanato, acena com a hipótese de erguer barricadas no plenário contra uma eventual candidatura de Sarney.

Mesmo no PMDB, o nome de Sarney não atravessa olimpicamente toda a bancada. Um bom naco de peemedebistas considera o senador algo personalista. Diz-se que, diferentemente do que fazia Renan, prioriza nos contatos com o governo os seus próprios interesses, em detrimento das reivindicações da bancada.

Afora Sarney, há uma penca de nomes alternativos: José Maranhão (PMDB-PB) é o preferido de Renan. O que leva parte da oposição a rejeitá-lo. Edison Lobão (PMDB-MA), aliado de Sarney, tenta erguer-se como espécie de terceira via. No início da próxima semana, PSDB e DEM discutirão a posição a adotar. No cesto das duas legendas há nomes como o de Pedro Simon (PMDB-RS), para o qual o Planalto torce o nariz, e Garibaldi Alves (PMDB-RN), mais aceitável aos olhos de Lula.
Escrito por Josias de Souza
Fonte: Folha Online

Tropa de Elite: "O medo não nos absolverá"

Escrito por André Ribeiro Giamberardino



Holocausto: momento de exceção?

O Holocausto materializado na criação de campos de extermínio durante a Segunda Guerra Mundial não deve ser explicado nem como evento exclusivamente pertencente à história judaica, tampouco como um momento de exceção e barbárie a se considerar "fora" de uma história de progresso e desenvolvimento da civilização ocidental. Esta é a premissa basilar do livro Modernidade e Holocausto, de Zygmunt Bauman, cuja ousada proposta (que mereceria reflexão à parte) é a de se compreender ambos os fenômenos como faces da mesma moeda, já que em nenhum momento as ações nazistas conflitaram com os princípios de racionalidade próprios da civilização moderna, mas foram, ao contrário, absolutamente adequadas aos ideais de eficiência e consecução dos objetivos traçados [BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Trad. de Marcos Penchel. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998, p. 37]. Constatou-se, no mesmo sentido, que os agentes, funcionários e mesmo dirigentes dos campos de concentração não eram monstros nem psicopatas, mas pessoas normais segundo os parâmetros clínicos. As tentativas de análise do assunto remeteram à compreensão de um complexo processo de produção social da indiferença moral [BAUMAN, 1998, p. 38; e também ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Trad. de José Rubens Siqueira. São Paulo: Cia. Das Letras, 1999], que permitiu àqueles seres humanos executarem o extermínio de outros, seus iguais, sem a perturbação de sentimentos de piedade ou compaixão.

Portanto, o Holocausto é trazido na obra de Bauman como muito mais que mera recordação histórica de horrores que ninguém, hoje, aprovaria, mas como um paradigmático sinal de advertência [CHRISTIE, Nils. La industria del control del delito: la nueva forma del holocausto? Trad. de Sara Costa. Buenos Aires: Editores del Puerto, 1993, p. 167]. Advertência no sentido de que, ao revés de evento isolado na história do século XX, há a possibilidade de os mesmos fatores que o possibilitaram, naquelas específicas circunstâncias, vestirem hoje nova roupagem a fim de novamente legitimar e banalizar a barbárie.

‘Indústria’ penal, nazismo e desumanização

Aplicando as idéias de Bauman ao sistema penal, Nils Christie identifica na indústria de controle do delito um impulso de expansão que não encontra limites, pois especialmente fundado na crença em um estado de guerra [CHRISTIE, 1993, p. 22]. O autor é claro ao delimitar o problema não no questionamento da existência de um controle formal, mas em seus limites, aduzindo que a fúria dos processos de criminalização e execução das penas privativas de liberdade nos conduziriam a uma nova forma de extermínio em massa. E o faz considerando que a dimensão mais severa do poder do Estado, hoje, seria o cárcere, já que a morte e a tortura física já teriam encontrado seus limites na maioria dos países [CHRISTIE, 1993, p. 33].

É que ele ainda não conhecia a tropa de elite do capitão Nascimento!

Retrato cru da violência entre policiais e traficantes de drogas no Rio de Janeiro, a referida produção nacional cumpre seu papel enquanto provocação. Entretanto, sem uma mediação para a crítica, faz com que esta dependa das perspectivas anteriormente trazidas pelo espectador, possibilitando interpretações variadas do que se passa na tela do cinema. E são exatamente as reações da maior parte do público e da mídia que revelam aspectos substanciais desta generalizada concepção das políticas de segurança pública como necessariamente militarizadas e sem limites, com conseqüências trágicas.

Poder-se-ia citar os aplausos recorrentes durante e após as sessões, comentários das pessoas ou reportagens nos jornais e revistas; mas basta que se leia a revista Veja, por exemplo, que divulga pesquisa segundo a qual 72% dos entrevistados responderam que "os traficantes do filme são tratados como merecem" e 53% que o capitão Nascimento é um herói. A própria capa da revista afirma ser o filme um sucesso porque trata bandido como bandido (revista Veja, Edição 2030, 17 out. 2007).

Ocorre, aqui, a sucessiva afirmação de crenças que se equiparam em muito ao processo de produção social da indiferença moral a que se referiu Zygmunt Bauman quando escreveu sobre o Holocausto nazista. E isto é assustador.

Como superar a "piedade animal que afeta todos os homens normais na presença do sofrimento físico" [BAUMAN, 1998, p. 39] foi o problema central na metodologia de formação dos agentes nazistas. Tratava-se de expulsar os indivíduos por demais emotivos e entusiasmados e valorizar aqueles com elevados padrões morais, cumprindo, para tanto, as seguintes condições iniciais: (a) a violência seria autorizada e sua execução necessária perante a disciplina da organização; (b) aquele a quem seria dirigida a violência teria que ser desumanizado, a partir de definições ideológicas.

As premissas da ‘violência autorizada’ e o Bope

No âmbito de formação de um agente do Bope, explicitado no filme, as condições são as mesmas. Quanto à primeira delas, salta aos olhos o paradoxo de se valorizar o caráter e a honestidade de policiais que depois irão torturar crianças para atingirem seus objetivos, mas este é apenas aparente: "através da honra, a disciplina substitui a responsabilidade moral" [BAUMAN, 1998, p. 41], substituindo todas as outras "virtudes" possíveis.

A "violência autorizada" é tida por necessária a partir da crença de que há uma guerra. Adota-se o princípio da vingança, de pura e simples retribuição. Aceita-se que os métodos cruéis e desumanos adotados pelos traficantes de drogas justifiquem que o mesmo seja feito pelo Bope, esquecendo-se que este é, ainda, o Estado, e indiretamente, todos nós.

A tortura como método de trabalho e a execução sumária de penas de morte não são exatamente novidades no exercício de poder dos órgãos do sistema penal, especialmente nos países latino-americanos [ZAFFARONI, Eugênio Raúl. Em busca das penas perdidas: a perda de legitimidade do sistema penal. Trad. de Vânia Pedrosa e Amir Lopes da Conceição. Rio de Janeiro: Revan, 1991]. Além de sua inegável seletividade estrutural, o próprio sistema penal viola, diariamente, a legalidade, através de violência e corrupção, apontadas no decorrer de Tropa de Elite como um problema crônico da polícia "comum". Sutilmente, parece-se aceitar a idéia de que os policiais do Bope são honestos, incorruptíveis e defensores do bem comum, sendo seus métodos e ações necessários, contingentes ou mesmo, justos.

A segunda condição apontada para a "produção da indiferença" no âmbito do Holocausto é a desumanização das vítimas. São necessários, para tanto, fortes componentes ideológicos, que nas circunstâncias da época se traduziram no discurso da purificação racial, equiparando judeus a "piolhos", por exemplo [BAUMAN, 1998, p. 47], e no atual contexto são explicitados pelo maniqueísmo radical e sentimentos exaltados quando se fala dos bandidos.

Talvez resida aqui o mais profundo fosso de mediocridade na compreensão da sociedade brasileira sobre seus próprios problemas; reproduzindo massivamente as noções da criminologia etiológica, de matriz positivista, segundo a qual crime é um fenômeno existente em si mesmo e criminoso, um indivíduo portador de defeitos inerentes à sua constituição biológica ou moral ("bandidos são bandidos", e ponto). Mesmo com as críticas consistentes realizadas no decorrer do século XX, a partir de diversas perspectivas ideológicas (e não apenas marxista), ainda se estigmatiza a problematização de tais noções como demagogia esquerdista. Não se percebe que a utilização compulsiva e raivosa da palavra "bandido" enquanto materialização de um monstro não significa necessariamente sua transformação em "mocinho", mas antes uma romantização ao contrário sustentada pela difusão do sentimento de terror.

Desumanização vertical e descrença

Esta desumanização, enfim, é um processo vertical e dotado de tendência generalizante em relação à população pobre dos morros e favelas, a maioria sobrevivente sem participar do mercado do tráfico e que espera estar bem longe quando o carro preto passar, como canta o Rappa no refrão da música ao final do filme.

A romantização de bandidos como bestas cruéis e sedentas de sangue é, de fato, uma necessidade para a produção da indiferença, mas é também uma premissa fantasiosa e cientificamente desprezível. Não se está a dizer que não existe violência individual. É evidente que muitas vezes pessoas fazem mal às outras, pelas mais diversas razões. Inclusive, talvez a maioria delas ocupe posições de alto status social. Para todos os casos, porém, há a previsão de um processo e de aplicação de penas, segundo determinadas regras, que, além de valerem para todos, guardam a indispensável função de limitação do poder do Estado nos termos da Constituição da República.

Não se ignora que há tortura, todos os dias, nas delegacias, presídios e esquinas do país; que milhares de presos cautelares cumprem mais tempo presos antes da sentença do que a pena que um dia receberão [vide Relatório do Ministério da Justiça em: Depen. Sistema penitenciário no Brasil: dados consolidados. Brasília: Ministério da Justiça, 2006]; que o cárcere destrói personalidades e potencializa a violência; que as alterações legislativas sucessivas não fazem diminuir os índices de violência e, apesar de termos um Código de Processo Penal cuja base é cópia do Código Rocco, do fascismo italiano, ouvimos muitos dizerem que ele "favorece a impunidade".

A reação de aprovação ao que mostra Tropa de Elite choca porque aponta para uma descrença da sociedade em instituições certamente criticáveis, mas não no sentido de uma reconstrução democrática e sim em prol da barbárie. A aprovação da atuação do Estado à margem da legalidade, com intuitos de extermínio, é própria de sociedades em guerra, cuja existência mitológica interessa apenas quem quer legitimar a violência sem limites e encher ainda mais os cofres da indústria armamentista. Não há guerra, porém, entre uma nação e crianças que "brincam" de "fogueteiras". São crianças brasileiras, que amanhã serão bestializadas enquanto bandidos a serem abatidos como animais. Desistir de suas vidas é desistir do país e não pode ser outra a metáfora do capitão Nascimento ao cobrir a bandeira do Brasil com a bandeira do Bope, no enterro do capitão Neto.

Se há um mérito no filme talvez seja o de desmascarar sentimentos, dos quais se deve tomar consciência, antes que seja tarde demais. A produção social da indiferença, nos termos materializados há décadas na Alemanha nazista, não serve hoje como analogia apenas aos agentes do Bope, mas a todos nós. Faz com que cidadãos modalidade "de bem", porque trabalham, amam sua família e têm medo da violência, aceitem o desprezo por todas as conquistas e garantias individuais de outros "não pessoas", bandidos, sem se darem conta, assim como Eichmann, de estarem sendo co-responsáveis por um novo holocausto. Luta-se, enfim, "para não deixar morrer a esperança, tão cara à modernidade, por aquilo que sempre foi ter que conquistar: a exclusão social está começando a ganhar a marca da realidade revoltada (justamente pela perda dela, a esperança)" [COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. "O gozo pela punição (em face de um estado sem recursos)". COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda; MORAIS, Jose Luis Bolzan de; STRECK, Lênio Luiz (org.). Estudos Constitucionais. Rio de Janeiro: Renovar, 2007, p. 150]. E não pensemos, quando a situação for definitivamente insuportável, com as balas perdidas da guerra deles entrando no quarto de cada um de nós, que o medo, então, nos absolverá.


André Ribeiro Giamberardino é mestrando em Direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná.
Fonte: Correio da Cidadania

Cientistas dizem estar perto de 'ler' pensamento de paciente

BBC Brasil - BBC
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- Cientistas dos Estados Unidos anunciaram que podem estar muito próximos de "traduzir" o pensamento de um homem que perdeu a fala após um acidente de carro. Segundo artigo na revista New Scientist, os pesquisadores da Universidade de Boston implantaram eletrodos no cérebro do paciente, Eric Ramsay, que está paralisado, mas consciente, há oito anos. Os eletrodos registraram impulsos nas áreas do cérebro envolvidas na comunicação verbal. Agora, os cientistas devem usar os sinais gerados para criar um software que traduz os pensamentos em sons. Apesar de os dados ainda estarem sendo analisados, os pesquisadores acreditam que poderão identificar corretamente os sons que o cérebro de Ramsay estaria formulando, em 80% dos casos. "Esperamos que este estudo abra um novo caminho para descobertas", disse Joe Wright, da Neural Signals, que ajudou a desenvolver a tecnologia utilizada. "Temos a esperança de levar o paciente a um nível de conversação, mas ainda estamos bem longe disso", admite. Especialistas em neurociência concordam que a experiência é um avanço emocionante. "Os resultados obtidos nos Estados Unidos não saíram completamente do nada", disse Geraint Rees, neurocientista da University College London (UCL). "Já vínhamos avançando no sentido de decodificar o vocabulário primitivo. Mas este é certamente um capítulo interessante." Rees, no entanto, critica o uso de eletrodos dentro do cérebro. "Essas técnicas invasivas, em que algo está introduzido no cérebro, sempre trazem riscos", afirmou. Para os especialistas, a leitura do pensamento ainda está longe de ser alcançada. "Existe uma grande diferença entre uma técnica como esta, que pega os sinais que o paciente deseja que sejam pegos, e ser capaz de entrar na mente de uma pessoa", explicou John Dylan Haynes, do Instituto Max Planck para Ciências Cognitivas e do Cérebro, localizado em Leipzig, na Alemanha. "É muito emocionante estarmos começando a conseguir traduzir alguns pensamentos simples, mas ainda estamos longe de ter uma máquina capaz de ler pensamentos."
BBC Brasil -

Feira dos Importados movimenta R$ 10 milhões de contrabando

Edson LuizDo Correio Braziliense


-A Polícia Federal estima que os contrabandistas presos na Operação Sete Erros, desencadeada na terça-feira, movimentaram quase R$ 10 milhões em um ano, comercializando os produtos na Feira dos Importados. As investigações indicam que o maior volume de negócios ocorria principalmente nos fins de semana, quando as mercadorias chegavam ao Brasil em pequenas quantidades para evitar a fiscalização da PF e da Receita Federal. As mercadorias eram autênticas, mas chegavam a Brasília de forma ilegal e sem pagar imposto. No Distrito Federal, eram vendidas a preços muito inferiores aos da feira e do comércio formal de Brasília. Tanto é que, na fase inicial da apuração, a PF achava que se tratava de mercadoria roubada. “Eles praticavam concorrência desleal em relação aos demais comerciantes, já que importavam diretamente dos fornecedores e os preços cobrados no Distrito Federal eram os mesmos do Paraguai e, mesmo assim, não pagavam nenhum tributo no Brasil”, explica a delegada Valquíria Andrade, superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal. A PF descobriu que o grupo, considerado pelos investigadores como uma “organização criminosa familiar”, é formado por sete irmãos libaneses. Em Brasília, o comando estava nas mãos de Ali Ismail Diab. Três de seus irmãos dirigiam os negócios em Ciudad del Este, no Paraguai, onde a família possui lojas de informática e aparelhos eletrônicos. A PF ainda não tem estimativa do custo e nem a quantidade do material apreendido com o grupo durante a operação. A avaliação inicial era de que a mercadoria valeria em torno de R$ 300 mil, mas os investigadores acreditam que o montante seja três vezes maior. Atualmente, os contrabandistas evitam trazer grandes volumes para fugir das apreensões. A tática é abastecer o suficiente para atender os dias mais movimentados: sexta-feira, sábado e domingo. Semanalmente, segundo levantamentos da PF, o grupo movimentava em torno de R$ 200 mil. Para trazer os produtos do Paraguai, eles contratavam mulas — pessoas para fazer o transporte ilegal — que partiam de Ciudad del Este com as mercadorias. Raramente o trabalho era feito pelos principais integrantes da organização, mas um dos presos na terça-feira, o libanês Hassan Ismail Diab, já havia sido indiciado pela PF pelos crimes de contrabando e de descaminho. Há dois meses, uma pessoa presa com contrabando o apontou como o verdadeiro dono da mercadoria. Concluída a apuração de contrabando e descaminho, a PF vai direcionar a investigação para o setor de crimes financeiros, por ter sido detectada remessa de grandes somas de dinheiro para Foz do Iguaçu, que pode ter como destino final o Paraguai. Após a coleta dos depoimentos e a conferência dos equipamentos apreendidos, a PF deverá pedir a prisão preventiva dos sete irmãos e de outras 12 pessoas. Duas delas não estão entre os integrantes do grupo e foram detidas em um depósito de mercadorias.
Fonte: Correioweb

Previsão de seca para Norte e Nordeste e chuva para o Sul

A segunda parte do relatório Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) sobre o aquecimento global, que será divulgado na semana que vem na Espanha, trata um pouco das conseqüências do fenômeno no Brasil. E as previsões são alarmantes: parte da Amazônia vai se tornar área semi-árida, o Nordeste perderá mais reserva de água e se tornará árido. No Sul, o problema será o oposto: excesso de chuva.
As conclusões não são aceitas por todos os cientistas, pois a falta de dados sobre o Brasil dificultou a análise. O que se prevê, entretanto, é que a floresta amazônica, que abriga a maior biodiversidade do mundo, terá perdido entre 10% e 25% de sua área atual - já 20% menor do que quando era intocada - até 2080. O deflorestamento é um fato, advertem os cientistas. A variação no número de perda de área verde depende da elevação da temperatura.
Esta é a conclusão de consenso, apoiada por metade dos especialistas do painel da ONU. O texto traz ainda a possibilidade mais "catastrófica": até 2080, toda a floresta terá desaparecido, vítima da ocupação desordenada, do abate de árvores para o setor madeireiro e abertura de clareiras para criação de pasto e plantação de lavouras de soja.
Em outro modelo analisado pelo IPCC, a região Nordeste deve perder até 75% de suas fontes de água doce com o aumento da temperatura. A alta no nível do oceano promete submergir manguezais no litoral nordestino.
No Sul, a população terá de se adaptar a mais chuvas.
Os cientistas para o fato de que as providências para conter o desastre, como preservar a Amazônia, devem ser tomadas rapidamente. Daqui a 10 anos será tarde, apostam.
Fonte: JB Online

Lula defende Chávez no bate-boca com o rei

Enquanto o rei da Espanha insistiu em repetir a palavra democracia durante seu bate-boca com o líder venezuelano, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi direto ao ponto ao sublinhar ontem que no país vizinho "há democracia" e reiterar que "ainda é favorável ao ingresso da Venezuela no Mercosul".
- Podem criticar o Chávez por qualquer outra coisa. Podem inventar. Agora, por falta de democracia na Venezuela, não. O que eu sei é que a Venezuela já teve três referendos, já teve três eleições não sei para onde, já teve quatro plebiscitos - disse Lula depois de almoçar com o colega de Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, no Itamaraty.
Lula, entretanto, evitou tomar partido na polêmica:
- Não há divergência apenas entre o rei Juan Carlos e o Chávez. Há muitas divergências entre outros chefes de Estados. E a divergência faz parte de um encontro democrático. Não acho que houve exagero. Houve uma fala do Chávez que o rei achou que era demais. Essas coisas acontecem. A diferença é que o rei estava na reunião.
Em seguida, o presidente contou como foi o comentário do rei:
- Quem falou 'cala-te' foi o rei, não foi um de nós. Entre nós, divergimos muito. Fazemos uma reunião como em qualquer país civilizado. Como é que você pensa que são as reuniões do G-8? Você acha que todo mundo chega lá, tem um protocolo, tem que rir na hora certa? Não.
Ao defender o ingresso da Venezuela no Mercosul - assunto deve ser votado na próxima semana na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara - o presidente disse que mantinha sua posição:
- O que nós precisamos é respeitar a autonomia e a soberania de cada país. Se dermos menos palpite nas regras do jogo de outros países e olharmos o que nós estamos fazendo, todos sairemos ganhando. Se a gente achar que pode dar palpite em tudo, que só pode acontecer no mundo aquilo que a gente gosta, seremos eternamente infelizes.
Em uma ampliação da polêmica pela região, o governo da Bolívia anunciou que acusará o Partido Popular, o maior da oposição espanhola, de conspirar contra o presidente Evo Morales nas regiões do país que reivindicam mais autonomia:
- Há evidências de que está em andamento uma confabulação das oposições dos dois países. Em breve, vamos denunciar o complô. O Partido Popular do ex-chefe de governo José María Aznar, que controla 54% do Parlamento espanhol e mais de 60% dos municípios da Espanha, está financiando os departamentos que ganharam com o "sim" no plebiscito sobre autonomias regionais - atacou o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana.
Fonte: JB Online

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