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segunda-feira, janeiro 29, 2007

Anac tenta evitar novo apagão aéreo

A preocupação do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo e o primeiro teste de força vai ser o Carnaval. Mas, a Aeronáutica descarta possibilidade de greve ou operação-padrão, afirmando que não voltarão a ocorrer os problemas do ano passado
29/01/2007 01:17A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve anunciar esta semana, em Brasília, a criação de uma força-tarefa que deverá atuar em períodos de maior movimentação nos aeroportos, como feriados prolongados, para tentar evitar a repetição dos atrasos e cancelamentos de vôos que ocorreram no ano passado. O primeiro teste da força será o Carnaval. A assessoria da Anac não deu detalhes do trabalho que deverá ser feito pelos funcionários da agência. Mas informou que outras entidades que atuam no setor aéreo também deverão manter esquema especial de operação durante o período momino, quando é verificada grande movimentação de viajantes, tanto de ida na semana anterior quanto de volta nos dias seguintes. Uma das preocupações do governo é que surjam novos problemas com o trabalho dos controladores de vôo. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), no entanto, informou que não está sendo montado nenhum plano especial para os controladores. Um porta-voz da Aeronáutica descartou a possibilidade de uma greve ou operação-padrão desses profissionais e disse que problemas como os do ano passado não deverão mais ocorrer. Segundo o Cecomsaer, o número atual de controladores de vôo é suficiente para cobrir todas as escalas de trabalho e ainda manter uma margem de reserva. Isso porque, depois das crises do ano passado, 60 militares da reserva e civis aposentados foram chamados de volta ao trabalho e uma nova turma de controladores se formou no fim do ano. Além disso, foram remanejados controladores para o Cindacta 1, em Brasília, onde era maior a carência de pessoal. (das agências de notícias)

quinta-feira, janeiro 25, 2007

RAIO LASER

Vencer ou vencer
A participação de ACM, Paulo Souto e César Borges no encontro que discutiu, na terça-feira à tarde, em Salvador, a sucessão na União das Prefeituras da Bahia (UPB) acrescentou uma mensagem adicional aos prefeitos aliados do grupo no Estado: não está e scrito no manual de instruções do PFL a hipótese de perder o comando da entidade.
Meio solto
Enquanto o prefeito de Santo Estevão, Orlando Santiago (PFL), comemora o empenho da cúpula pefelista em sua campanha à presidência da UPB, Carlos Brasileiro (PT), de Senhor do Bonfim, enfrentaria dificuldades para mobilizar o núcleo duro do partido e envolver o governador Jaques Wagner na campanha.
Representante
Em encontro organizado pelo comando da campanha de Carlos Brasileiro à UPB, no último dia 9, os 110 prefeitos que se reuniram no Bahia Plaza Resort, em Camaçari para ouvi-lo e ao governador, se surpreenderam com a chegada do vice, Edmundo Pereira (PMDB), em lugar de Jaques Wagner.
Sem teto
Um dos articuladores oposicionistas da formação do bloco com o PDT, o deputado estadual Maurício Trindade (PR) salvou ontem a filiação de Jurandy Oliveira ao partido, ao emprestar seu gabinete para a realização da solenidade, depois que o líder pedetista, Roberto Carlos, negou-se a ceder a sala da liderança para o ato.
Mortal combat I
Apesar de evitarem o tempo todo falar sobre a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, ACM e Paulo Souto teriam gostado da agressividade demonstrada na reunião da bancada pefelista, na terça-feira, pelo pepista Roberto Muniz, que assegurou disposição de ser candidato a qualquer custo, mesmo avulso.
Mortal combat II
Para os dois líderes pefelistas, teria soado como música a tese de Roberto Muniz segundo a qual o novo governo precisa de enfrentamento a partir de agora se o grupo quiser retomar o poder em 2010 e a melhor maneira de iniciar o combate seria pela Assembléia Legislativa.
Dispostos
Os nomes de Elmar Nascimento (PR) e Roberto Muniz (PP) surgiram como alternativas para o caso da opção Jurandy Oliveira naufragar a partir de colocação feita pelos dois deputados, individualmente, durante a longa reunião da bancada pefelista na terça-feira, no hotel da família do senador César Borges, no Jardim de Alá.
De arromba
Líderes do Movimento dos Sem-Terra, José Rainha e João Pedro Stédile confirmaram presença na festa de posse que o deputado estadual Yulo Oiticica fará no próximo dia 2, no Clube 2004. São presença garantida também Walter Pomar, o secretário estadual Walmir Assunção e o presidente do PT, Marcelino Galo.
CURTAS
* Pano pra manga - A presença do deputado federal eleito Sérgio Brito (PDT) no ato de filiação de Jurandy Oliveira, ontem, na Assembléia Legislativa, era tudo de que alguns petistas precisavam para tentar semear de novo a discórdia entre o Palácio de Ondina e o Palácio Thomé de Souza, já praticamente superada desde que surgiram boatos do envolvimento do cunhado do prefeito João Henrique na tentativa de formar um bloco entre o partido e a base oposicionista. * Futuro - Candidato a presidente da Câmara dos Deputados pelo PT, Arlindo Chinaglia (SP) estaria oferecendo “espaço” a deputados baianos na eventual campanha do governador Jaques Wagner a presidente, em 2010, informa o site de Cláudio Humberto, para quem, frise-se, a tática estaria sendo considerada uma “piada”. . * Bate-chapa - No encontro em que a oposição recebeu o candidato do governo à presidência da Assembléia, Marcelo Nilo, na presença de Jurandy Oliveira, ontem, o deputado Paulo Azi (PFL), líder do governo passado, acabou confirmando o que bancada já esperava, ao dizer que o candidato da oposição virá da base. * Usurpação - Dezenove meses depois que os índios pataxó invadiram o campus das Faculdades do Descobrimento, a Justiça Federal de Eunápolis autorizou o imediato afastamento dos invasores. Os índios já sabiam há mais de um ano que a decisão lhes era desfavorável. Quando, ontem, a Polícia Federal chegou para cumprir a ordem judicial, os índios pediram mais 60 dias, no que foram atendidos pelo líder do aparelho policial. Resta saber se o juiz federal concordará com essa inusitada alteração de sua sentença. * Controle remoto - Os oposicionistas se organizaram ontem para acompanhar de longe, cada grupo ao seu modo, a filiação de Jurandy Oliveira (PRTB) ao PDT, de olho nas perspectivas que a iniciativa abre para que ele efetivamente se torne o candidato da oposição à presidência da Assembléia Legislativa. * Deadline - O namoro da oposição com a candidatura de Jurandy Oliveira, entretanto, tem prazo para começar e terminar. Se o novo pedetista não obtiver assinaturas de outros dois colegas de partido para formalizar o bloco com PR, PTN, o desembarque dos oposicionistas é certo numa candidatura puro-sangue, isto é, com a cara dos pefelistas ACM e Paulo Souto. * Stand-by - Os deputados Elmar Nascimento, do PR, e Roberto Muniz, do PP, são os nomes cotados para assumir a disputa pela presidência da Assembléia Legislativa, representando as oposições, no caso de Jurandy Oliveira morrer na praia com o deputado federal Severiano Alves e seu PDT.
Fonte: Tribuna da Bahia

"Parlamentares são vergonhosos"

Por: Hélio Rocha

João Ubaldo Ribeiro é o maior escritor brasileiro vivo – único a conquistar a unanimidade de público e crítica. De passagem pela Bahia, ele recebeu a imprensa em sua amada terra natal – a paradisíaca Ilha de Itaparica – enquanto se preparava para as comemorações do aniversário de 66 anos, terça-feira, dia 23 de janeiro. Sentado de costas para o mar da Baía de Todos os Santos e de frente para um Brasil cheio de incertezas, Ubaldo criticou as políticas interna e externa do governo Lula, denunciou o programa Bolsa-Família, a atuação do Congresso Nacional, alertou sobre o expansionismo americano em direção ao Brasil e as interpretações distorcidas que muitas vezes cercam a questão do racismo em nosso País. Feliz ao lado de amigos, parentes e políticos locais (que organizaram para ele uma festa digna de um superstar), esse aquariano sem papas na língua falou sem parar durante uma hora e meia, em entrevista que a Tribuna da Bahia – único jornal de grande circulação de Salvador a comparecer ao evento – publica com exclusividade.
ENTREVISTA
J.U.R. – Vou só fumar esse cigarro... Ainda conservo esse mal hábito... Mas amanhã eu vou largar! (risos) Fumo desde 15 anos e nunca parei. Só uma vez, mas acabei voltando por arrogância. Estava em uma festa (nessa época eu ainda bebia). Lá pelas tantas, me gabei de ter largado aquela desgraça e fumei dois Ministers para mostrar que era macho! Pronto! No dia seguinte, já comprei um no varejo... Comprei mais outro... Isso durou três dias. Mas na verdade eu quero parar... TB – O governo Lula anunciou uma série de medidas para favorecer o crescimento da economia. Como você vê essa política? J.U.R. – Se prepare, rapaz! Aperte o cinto que agora ninguém segura o país! (risos). Eu quero ver como o Brasil vai crescer 5% sem infra-estrutura nenhuma. É mentira! É mentira que o país tenha energia elétrica para segurar um crescimento superior a 5%! Se, por milagre, isso acontecesse, haveria uma crise de abastecimento energético. E Evo Morales estava esperando o quê para o gás subir? Estava esperando que o nosso “guia” assumisse novamente. Você vai ver o que vai acontecer com o gás natural. O que existe – com o perdão da má palavra – é uma espécie de puxa-saquismo diante de Hugo Chavez e sua liderança no continente. O Brasil está indo a reboque da Venezuela, o que não só é ridículo em termos econômicos como é ridículo em termos políticos, porque é a revivescência do “Peronismo” (N.R. Regime dos partidários do ex-presidente da Argentina, Juan Carlos Péron). Estamos virando peronistas e assistindo ao desenvolvimento de um governo populista no Brasil. TB – Por que isso acontece? J.U.R. – O povo brasileiro pensa, e mesmo as pessoas mais esclarecidas também pensam, que quem paga imposto no Brasil é “barão”, quando é exatamente o oposto: barão não paga imposto, barão faz duas coisas: como empresa ele repassa o imposto e como pessoa jurídica ele bota tudo em nome da empresa, do carro à casa, e recebe restituição por isso. Eu sei porque tenho amigos milionários que recebem restituição do imposto de renda. Um dos homens mais ricos que conheço já me confessou isso com vergonha. Eu perguntei: “Fernando (o nome dele é Fernando e eu não vou dizer mais nada a respeito dele), Fernando, você não fica aporrinhado que o imposto de renda leve 37% de tudo que eu ganho e chega no fim do ano ainda tenho que pagar mais?”. Ele disse: “Ubaldo, você é meu amigo eu vou te contar. Eu tenho vergonha disso, só que não vou fazer nada. Meus contadores me conseguem restituição”. Nós estávamos sentados diante de uma das 20 piscinas que ele deve ter lá na terra dele. Então, o povo pensa que imposto é tirar do bolso o dinheiro e entregar ao governo, aí é pagar imposto. Como o pobre nunca faz isso... Nunca pagou imposto de renda, ele acha que é o barão paga. Barão não paga imposto. Ou repassa ou não paga. TB – Quem paga imposto então? J.U.R. – Quem paga o imposto é o beneficiário do Bolsa-Família, que não está transferindo renda de ninguém para ninguém. O pobre não sabe que, quando ele paga R$ 1 de açúcar, R$ 0,40 são do governo. Mesma coisa com o café. Se for cachaça então, é 90%. Quer dizer, qual é a transferência de renda que está havendo nisso? Está havendo é a criação de um povo cuja sabedoria é expressa até em um verso de Luís Gonzaga, que, esse sim, foi um grande brasileiro. Um grande Luís! Luís Gonzaga, sanfoneiro que dizia: “Não dê esmola que vicia o cidadão”. É verdade! E você tem que levar em conta que a lei do menor esforço não é uma lei inventada por professor para poder dar carão em aluno. A lei do menor esforço é uma lei física. Se você soltar um fio d’água nessa mesa para escorrer, a água vai escolher o caminho que tenha mais facilidade para ela. Isso é uma lei universal da natureza. Então, nós vivemos em uma terra que já partilha das características litorâneas. É conhecido que povo de beira de praia é povo preguiçoso. É natural que seja preguiçoso! Não é porque seja pior que os outros, é porque a proteína animal é mais facilmente encontrada aí... Porque há uma série de facilidades para o sujeito sobreviver e o cara acaba ficando mais preguiçoso. Agora, imagine se o sujeito beneficiado pelo Bolsa-Família, com dois, três filhos, imagine se ele vai querer se abalar com o “rango” da família garantido, se vai querer jogar isso fora por um emprego de um salário-mínimo! Nunca que ele vai aceitar emprego coisa nenhuma! Ele vai é ficar no Bolsa-Família e vai constituir gerações dentro do Bolsa-Família. Nós hoje temos Bolsa-Família profissionais! Como temos MST profissionais! “Qual a sua profissão?”. “Sem-Terra”. Instituímos essa profissão esdrúxula! O sujeito vive de ser sem-terra! Carteira de sem-terra, salário de sem-terra! Ainda temos uma oposição irresponsável em um país que parece ser governado por um bando de gozadores. A oposição apresenta, para aporrinhar Lula, o projeto do 13º salário do Bolsa-Família! (risos). Apresentou para sacanear! Se dissesse que eles estavam apresentando como uma coisa para valer, em que se visse espírito público dos caras, para dizer: “Não, eles estão pensando no Brasil”. Não, eles estão pensando apenas em sacanear Lula! E dar menos condições de governabilidade a ele! TB – Como você vê a atuação dos parlamentares brasileiros? J.U.R. – Essas pessoas estão brincando com o Congresso Nacional, que se desmoralizou. É a pior vergonha da nossa história e é, ao mesmo tempo, a instituição basilar – isso eu posso botar banca porque sou professor de ciências políticas e era bom professor! Pergunte aos meus alunos – então a instituição básica da democracia representativa é exatamente essa. São os nossos representantes que estão desmoralizando o Congresso no Brasil! Hoje, nove em cada dez brasileiros comuns (estou arriscando essa estatística) a quem fosse perguntado: “O que o senhor acha da idéia de botar para fora todos os deputados e fechar o Congresso?”. Nove entre dez brasileiros diria que é a favor! Eles estão fazendo o possível para tornar, aos olhos do povo brasileiro, o Congresso uma fonte de despesa, vexame, vergonha e etc. Diante de um presidente “que vai salvar o país! Vamos dar a ordem para salvar o país!”(fala Imitando a voz do presidente Lula) (risos). Quer dizer, ele não entende “bulhufas” do que está dizendo e está entregando a liderança do continente a um debilóide que é Hugo Chavez, que acha que vai fazer a mesma coisa que Bush, aquele débil mental. Os americanos fazem aqueles filmes de “Rambo” e eles mesmos acreditam... (risos). Eles acreditam que os árabes são ordinários, traiçoeiros e covardes, enquanto eles próprios são todos lindos... Nós vivemos essa hipocrisia, por exemplo, achando que a CIA não tem projetos em relação ao Brasil! Quá Quá Quá... (risos). T.B – Como assim? J.U.R. – Por que no Brasil se quer usar os padrões americanos de negritude? Segundo os quais todos aqui somos negros? E, portanto, perde-se o sentido a palavra “negro”? Porque eles querem dividir o país ao longo de linhas raciais! Vamos supor em uma fantasia alucinada minha, um delírio, se o exército deles quisesse invadir o Brasil e os negros brasileiros se aliassem aos negros invasores contra o inimigo branco! Quando a história do mundo prova, a ciência política e a antropologia já desmoralizam isso há anos! A escravidão não é um fenômeno racial. Os negros não foram o povo que em maior número foi escravizado. A escravidão é um fenômeno que existe desde o surgimento da humanidade. A maior parte dos escravos que existiram na história da humanidade não foi negra, ou seja, foi amarela ou branca. Foi negra também – a escravidão sempre foi o destino do vencido. Eles eram esfolados e mortos como os assírios faziam, ou eram transformados em escravos ou eunucos. Portugal, provavelmente, se escravizou um negro ou outro, foi sem querer ou por acaso... TB – Como assim? J.U.R. – Eu não quero dizer que o português foi bonzinho nem que escravidão tenha alguma coisa de boa. Estou apenas querendo ver as coisas como elas na realidade são. Portugal comprava “peças da índia” – nome que se dava ao lote de escravos já prontos para o comércio – porque a escravidão sempre existiu na África! O destino dos escravos que vieram para o Brasil era permanecer na escravidão, na própria África, ou morrerem! Portugal estabeleceu o Reino do Congo, onde hoje é Angola mais ou menos, meteu o rei Dom Afonso (Portugal era o dono do mundo), fez o papa nomear bispos e mantinha relações com as tribos. O que Portugal fez foi, no máximo, ajudar financeira e tecnologicamente os governos das nações negras que já dominavam seus vizinhos. Por exemplo, os “shanti” eram uma nação chamada de tribo (se for negra é tribo, se for branca, eles chamam de nação...) que foram muito escravizados pelos negros congoleses. Eram negros vencidos pelos próprios negros! Você sabe, por exemplo, que os japoneses nos acham todos iguais. O português podia achar os negros todos iguais, mas os negros se achavam tão semelhantes entre si quanto um belga e um napolitano. Para um negro, o outro negro era um estrangeiro inferior que ele vendia para o português, enquanto ele próprio não admitia ser escravizado e lidava de igual para igual com o colonizador, que fingia que lidava de igual para igual com ele para poder comprar escravos já cativos. T.B. – Como isso se reflete na realidade brasileira? J.U.R. – No Brasil, fala-se muito em cultura africana, que o negro é irmão... Te convidam para comer em um restaurante de comida africana, como se um continente com milhões de pessoas tivesse somente uma cultura! Me lembra uma vez em que fui homenageado em um jantar na Alemanha, e o anfitrião fez o comentário: “Preparamos para você uma atração especial de sua cultura sul-americana” – e apresentou uma banda de índios peruanos tocando flauta! (risos).
Fonte: Tribuna da Bahia

ANASPS AFIRMA QUE PRESSÕES CONTRA AUXÍLIO

O vice-presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social , Paulo César de Souza, classificou hoje de “pirotecnia punitiva” toda a ação do Ministério da Previdência Social contra a concessão de auxílio doença e de aposentadoria por invalidez aos segurados, trabalhadores privados, acrescentando que se trata de “manobra diversionista do Ministro para abafar o monstruoso déficit de R$ 42,0 bilhões , só em 2006, e o déficit de acumulado de R$ 138,0 bilhões nos quatro anos da era Lula, marcada pela ampla desorganização da receita previdenciária”.
“É lamentável que os técnicos terceirizados do Ministério, responsáveis pelo déficit, pois foram fervorosos defensores da 2ª reforma da previdência para reduzi-lo, tirando direitos dos servidores públicos e dos trabalhadores privados, tenham elegido o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez como “vilões do déficit”, tal como fizeram no passado com o salário maternidade, disse. Os desvios na área de benefícios acidentários eram perfeitamente previsíveis com a terceirização da perícia médica, e com o estranho conluio de sindicatos com a administração previdenciária, igualmente terceirizada e entregue a políticos inescrupulosos.”
Paulo César de Souza assinalou que “ainda está longe, muito longe mesmo, das despesas com auxilio doença e aposentadoria por invalidez, geralmente com agravos à saúde dos segurados, representar ameaça à Previdência. A farsa precisa ser desmontada pois nela está embutida, de forma cruel e sem qualquer manifestação contrária das entidades dos trabalhadores, a redução do valor do auxilio doença e da aposentadoria por invalidez. É aplicação do fator previdenciário que achatou as aposentadorias previdenciárias, criado supostamente para reduzir o déficit”.
A ANASPS adota posição firme sobre a causa do déficit que não está na concessão de benefícios cada vez com valor médio abaixo do teto do salário de beneficio.
Segundo Paulo César de Souza a causa do déficit está no desmonte da Procuradoria Geral do INSS, na desorganização da Receita Previdenciária bem como na entrega do Ministério e do INSS a maus políticos e gestores públicos que nada fizeram, nos últimos quatro anos para:
- combater a sonegação estimada em 30/40% da receita;
- cobrar a mega dívida, administrativa e fiscal de R$ 300 bilhões;
- reduzir as renuncias contributivas que passam dos R$ 12 bilhões/ano;
- recuperar créditos, que se situou em níveis ínfimos de 1% da dívida;
- impedir mais beneficios e vantagens aos caloteiros através dos REFIS 1,2,3 e 4.
“A pressão sobre o auxilio doença e a aposentadoria por invalidez tenta colocar debaixo do tapete os desacertos identificados nas áreas da Procuradoria e da Receita Previdenciária, atenuados pela forte transferência de recursos do Tesouro para cobertura do déficit de caixa do INSS. Insistimos: nada absolutamente nada foi feito nos últimos quatro anos para fiscalizar, cobrar e arrecadar mais. Foram quatro anos de incompetência olímpica e siderúrgica. Lamentável neste processo a omissão das entidades dos Procuradores e dos Auditores Fiscais. Mas muito foi feito para não incomodar os devedores e beneficiar os caloteiros da Previdência”, observou o vice presidente da ANASPS.
A ANASPS divulgou que nos quatro anos de Lula, 2003-2006 (até nov) , foram concedidos 15,4 milhões de beneficios, correspondendo a 61% do estoque de 24,4 milhões, em dezembro de 2006. Na 2ª era de FHC, 1999-2002, foram concedidos 11,9 milhões de benefícios, correspondendo a 56% do estoque de 21,1 milhões em dezembro de 2006.
O valor médio do benefício evoluiu de R$ 272,73 em 1999, para R$ 379,66 em 2002; R$ 451,00 em 2003 e R$ 578,02 em 2006.
A quantidade de benefícios com o salário mínimo também evoluiu de 66,37% em dezembro de 2000 ( 13,0 milhões de 19,5 milhões) para 65% em dezembro de 2003 (14,2 milhões de 21,8 milhões) e 67,07% em dezembro de 2006 (16,4 milhões de 24,4 milhões).
20.01.2007Para maiores informações ligar para Karla Montenegro xx-61-3321-56 51 E-mail: imprensa@anasps.org.br ou comunicacao@anasps.org.br

INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,

INSS VIOLA CONSTITUIÇÃO, AGRIDE SERVIDORES,
CENSURA E-MAILS NA INTRANET E CRIA O “SECCURITY OFFICER”
PARA FISCALIZAR O CORREIO ELETRÔNICO. É UM ABUSO
O presidente do INSS, sr. Waldy Simão, num surto de intolerância e abuso do poder baixou a RESOLUÇÃO No- 31, DE 15 DE JANEIRO DE 2007, que “dispõe sobre aplicação de penalidades pelo uso indevido do Correio Eletrônico da Previdência Social no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS.”
Fundamentando-se em atos discricionários seus e de seu superior imediato, o ministro da Previdência, inclusive a esdrúxula “Portaria no- 311/INSS/PRES, de 15 de setembro de 2005, que designa o servidor Rômulo Nonato, matrícula no- 0.923.654, para exercer a função de Oficial de Segurança da Informação (Security Officer) no âmbito do INSS”, o sr. Waldy Simão foi longe demais.Como Oficial Superior da nova Santa Inquisição, estabeleceu:
- O Correio Eletrônico da Previdência Social, no âmbito do INSS, é de uso exclusivo de seus servidores, incluindo todos que se vinculem à Administração, ainda que de maneira transitória (art. 327 do CP);
- Cada usuário do Correio Eletrônico será credenciado com senha particular, de uso pessoal, vedado o seu empréstimo ou permissão de uso, sob pena de responsabilidade pelos dados e informações transportados em seu nome;
- A utilização do Correio Eletrônico, por meio dos computadores da rede corporativa ou sob qualquer forma de acesso remoto, destina-se às necessidades do serviço da Autarquia;
- As mensagens transportadas via Correio Eletrônico, em razão do princípio da publicidade (CF, art. 37, caput) e da própria natureza do serviço público, são, em regra, públicas.
- O Oficial de Segurança da Informação do INSS solicitará à administração do Correio Eletrônico da Previdência Social o monitoramento das mensagens encaminhadas ou recebidas, o que não implica violação de correspondência ou comunicação para qualquer fim.
É por aí vai, com umburocratês digno de nota ao adotar formulário de “caça às bruxas” e de criar inclusive o que classifica de “forense computacional”, definido “ como computacional como o conjunto de técnicas utilizadas para identificar e coletar evidências digitais, essenciais para uma possível ação administrativa contra o autor de utilização indevida dos meios eletrônicos disponibilizados pela Previdência Social”.
OPINIÃO DA ANASPS
No fechamento desta edição, esta maluquice não tinha sido revogada.É terrorismo puro contra os servidores, com o objetivo de evitar criticas internas aos desmandos, erros, irresponsabilidades cometidas pelo Ministro e pelo presidente e diretores do INSS.Há quatro anos que batem nos servidores de todos os lados, humilham e agridem, em seus locais de trabalho e em seus lares, com “as forças tarefas de ocupação e terrorismo de Estado”.Os caloteiros, os devedores da Previdência, jamais foram incomodados. Os que beneficiam os caloteiros idem. Os que fizeram R$ 130 bilhões de déficit, idem. Os que concederam R$ 50 bilhões de renuncias. Idem. A sede do INSS continua em ruinas, os tapumes estão desabando, as instalações do INSS estão em péssimo estado, falta dinheiro para compra de água, pagamento de luz e telefone, compra de material de expediente; há unidades praticamente sem servidores, falta gestão na imobiliária e na área de recursos humanos, os programas de computador são antiguados, lentos e quase sempre estão fora do ar.Abaixo a censura.
Fonte: Jornal ANASPS

Ilações ministeriais

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - A indagação continua: e o novo ministério? A última informação é de que começará a ser anunciado dia 5 de fevereiro, segunda-feira. Saber porque segunda-feira, e não domingo, constitui dúvida irrelevante, apesar de curiosa. Quer dizer que o governo não trabalha nos fins de semana? Claro que não, aliás, talvez não trabalhe sequer durante.
A especulação mais recente é de que o senador Francisco Dornelles será o novo ministro da Defesa, representando o PP e, mais do que o partido, o bom senso. Afinal, se já foi ministro da Fazenda, da Indústria e Comércio e do Trabalho, fica evidente sua propensão para curinga. Para os militares, alívio, tendo em vista a hipótese, de quando em quando admitida, de Aldo Rebelo. Apesar de acreditar em Deus, o homem é do PC do B, que décadas atrás desencadeou a guerrilha do Araguaia. Seria um pouco demais, mesmo na plenitude democrática.
Embaixada para Pires
Não deverá ser deitado ao mar como carga supérflua o atual ministro da Defesa, Waldir Pires, de reconhecida capacidade administrativa, jurídica e política, mas sem sorte por conta da crise nos aeroportos. Pode vir a ocupar uma embaixada, tanto quanto ser nomeado para a Advocacia Geral da União ou até a Consultoria Geral da República, que exerceu antes de 1964.
Guido Mantega viu crescer a cotação de suas ações para continuar, mas ficaria com os cabelos em pé, se não fosse careca, se soubesse o teor da conversa entre Lula e o ex-ministro Ciro Gomes. Como este logo depois cumpriu missão presidencial, tentando inutilmente um entendimento entre Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia, na disputa pela presidência da Câmara, há quem suponha o seu aproveitamento não na equipe econômica, mas na Coordenação Política, dita Relações Institucionais. Se viável essa ilação, Tarso Genro estaria a um passo do Ministério da Justiça. Caso contrário, Sepúlveda Pertence ainda continua no páreo para um ministério que Michel Temer, se convidado, jamais recusará.
O PMDB já pretendeu seis ministérios. Hoje ficaria contente com dois: preservar as Comunicações e conquistar outro de considerável orçamento, tanto faz se Transportes, Saúde ou Cidades. Dizem que o deputado Nelson Marchezelli, do PTB, já visitou as instalações do Ministério da Agricultura, apesar de o partido possuir o Ministério do Turismo. O problema é que o ministro Mares Guia está a um passo de trocar de legenda, ainda que dificilmente não de ministério.
Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento Industrial, joga nas onze. Deu sinais de que não queria continuar, pareceu que continuaria se recebesse intenso apelo do presidente Lula e agora, salvo engano, aferra-se à cadeira que exerce. O fato de viajar para Davos com o presidente, hoje à noite, pode significar que permanecerá, tanto quanto estar recebendo a derradeira homenagem do chefe.
Na marca do pênalti
Ministros atuais, daqueles que a gente nem sabe o nome, encontram-se na marca do pênalti, mas pelo menos dois continuarão. Quais? Talvez Silas Rondeau, das Minas e Energia, e Paulo Haddad, da Educação.
O presidente Lula, como seus antecessores, desde Deodoro da Fonseca, irrita-se com as especulações e até disporá do gostinho de não nomear quem já estava nomeado, só para desmentir a imprensa. Mas Delfim Netto ficará de fora? Martha Suplicy, também, apesar de o PT estar a um passo de perder espaço? Dos cotados para ficar, e tomara que não sejam mandados passear só por conta destas linhas, estão Dilma Rousseff, da Casa Civil, Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Haje, da Controladoria Geral da União, e quem mais?
Historiadores dizem valer o processo histórico mais do que os homens. Bertrand Russel dizia que se Napoleão não tivesse nascido, a Revolução Francesa acabaria desembocando em alguém como ele. Vamos discordar em parte. Os homens ainda são a mola mestra da História. Assim também no ministério.
Será irresponsabilidade supor os rumos do segundo governo Lula os mesmos, com estes ou aqueles ministros. Lula tem um quê de perverso, ao ficar adiando a reforma ministerial e ensejando especulações. Melhor faria se seguisse o exemplo de Getúlio Vargas, que antes de tomar posse, em 1951, rotulou sua primeira equipe de auxiliares como "o ministério da experiência". Depois, mudou mais de uma vez. No entanto, a tragédia de 1954 teria acontecido se aquele primeiro ministério tivesse continuado?
Fonte: Tribuna da Imprensa

Aposentados realizam manifesto em protesto à perda do poder de compra

Centenas de aposentados foram ontem às ruas reivindicar a recuperação do poder de compra da categoria e a revogação do fator previdenciário, alíquota de cálculo que, segundo a Associação dos Pensionistas e Aposentados da Previdência Social da Bahia (Asaprev-BA), reduz o valor do benefício. O grupo, que saiu da Praça da Piedade em direção à Municipal, aproveitou o dia nacional da categoria e o 84º aniversário da Previdência para chamar a atenção da sociedade para problemas que atingem os idosos.
Ao longo do trajeto, uma banda de música e mamulengos animavam o cortejo. Hoje, às 9h, haverá nova manifestação com a lavagem das escadarias da Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no Comércio, com a participação de cerca de dez baianas.
Segundo o presidente da Asaprev-BA, Gilson Costa de Oliveira, é necessária a recuperação do poder de compra das aposentadorias, tendo como parâmetro o salário mínimo. Pelo sistema atual, as aposentadorias superiores ao salário mínimo sofrem reajustes que acompanham a variação da inflação. O mínimo, por sua vez, tem uma reposição superior, mas que depende de decisões políticas. Para se ter uma idéia, nos últimos cinco anos, o salário mínimo subiu praticamente 100%, passando de R$ 151 para R$300, e os benefícios acima do mínimo foram reajustados em apenas 56,46%. “Nós não podemos ser mais prejudicados do que já fomos”, desabafou Oliveira.
A categoria aproveitou também para pedir mudanças no cálculo dos benefícios. No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, foi criado o fator previdenciário, um sistema de cálculo da aposentadoria que reduz o valor concedido em idade abaixo da expectativa de vida da população. “Com este sistema, parte-se do pressuposto de que, como se vai pagar por mais tempo ao aposentado, o valor será menor”, conclui o presidente da Asaprev-BA.
Estados – Em São Paulo, também foram registradas manifestações. Houve marcha no centro da capital, organizada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap/CUT). Durante a manhã, os manifestantes entregaram um documento sobre a condição dos aposentados, pensionistas e idosos ao INSS.
Fonte: Correio da Bahia

Caixa Econômica libera R$2,8 bilhões para aposentados

Verba será destinada para empréstimo com desconto em folha


Tatiany Carvalho
A Caixa Econômica Federal (CEF) anuncia recursos de R$2,8 bilhões em empréstimos a aposentados e pensionistas em todo o estado da Bahia, com desconto em folha, ao longo do ano 2007. O volume é 44% maior que o do ano passado. Ontem, Dia do Aposentado, a instituição confirmou seu interesse em cativar essa clientela através de um programa de vantagens voltado para os beneficiários da Previdência Social (INSS), que inclui tarifas diferenciadas e cartão de crédito com anuidade grátis, 12 meses de isenção na cesta de tarifas, dentre outros diferenciais.
O gerente regional de Negócios Pessoa Física da Superintendência da Caixa em Salvador, José Ronaldo Maia, comentou o bom desempenho que o crédito consignado vem registrando no estado. Segundo Maia, os aposentados e pensionistas do INSS contraíram R$75 milhões no ano passado através do consignado. De um total de 33 mil operações, o tíquete médio foi avaliado em R$2,3 mil. Para 2007, a CEF estima que os empréstimos devem atingir os R$100 milhões.
Esse trabalho de aproximação com os aposentados e pensionistas, bem definido através de ações de relacionamento, será representado fisicamente através de uma miniagência com atendimento exclusivo para essa clientela, na agência do Shopping Iguatemi. “A gente vai oferecer um atendimento diferenciado”, comentou. O início do funcionamento da unidade está previsto para ocorrer no prazo de 30 dias.
A CEF é uma das 44 instituições financeiras, em todo o estado, autorizadas a conceder o consignado para os beneficiários do INSS. A lista de todas as instituições pode ser conferida na página da Previdência, através do site www.previdencia.gov.br. A taxa de juros cobrada pela Caixa para o parcelamento em 36 meses é de 2,45% ao mês. Os empréstimos são liberados no prazo médio de quatro dias. A inadimplência atual é de 6% das operações.
Fonte: Correio da Bahia

STF pede explicações a Lula sobre uso do FGTS

Ação questiona a utilização dos recursos em obras de infra-estrutura definidas dentro do PAC


BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, anunciou ontem que pedirá informações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a medida provisória assinada na segunda-feira que criou um fundo de investimento com aplicação de R$5 bilhões do patrimônio líquido do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A MP faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que foi divulgado pelo governo na segunda-feira, e é questionada no STF por uma ação movida por três entidades sindicais.
A comunicação sobre o pedido de informações a Lula está em um despacho redigido ontem por Ellen Gracie. No despacho, a ministra também pediu às entidades sindicais que, num prazo de cinco dias, anexem à ação cópia da íntegra da MP. A presidente do STF acrescentou: “Após a juntada da peça faltante, solicitem-se informações ao senhor presidente da República, que deverá prestá-las no prazo de dez dias”.
Após as informações de Lula, Ellen Gracie já comunicou em seu despacho que será a vez de a Advocacia Geral da União e a Procuradoria Geral da República se manifestarem sobre a ação num prazo de cinco dias. A ação contestando o fundo de investimento do FGTS será relatada no STF pelo ministro Celso de Mello. Não há previsão de quando ocorrerá o julgamento. Na ação, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, a Força Sindical e a CGT sustentam que o fundo de garantia é um patrimônio dos trabalhadores. “Do nosso ponto de vista, o governo está confiscando R$5 bilhões, que podem chegar a 17 (R$17 bilhões), para criar um fundo para depois nos vender até 10% das ações. Ou seja, pega o nosso dinheiro para depois nos vender novamente”, disse, na terça-feira, o deputado federal eleito Paulo Pereira da Silva, que é da Força Sindical. (AE)
***Mantega diz que plano não mudará
BRASÍLIA - Apesar das queixas dos governadores, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o governo não tem intenção de modificar as medidas de desoneração fiscal contidas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Não vamos mudar as decisões já tomadas. Não temos como voltar atrás”, afirmou, ao chegar para a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O ministro argumenta que as desonerações anunciadas não afetarão os estados. “O PAC não tem medida que afete os estados”, disse. As reduções do PIS/Cofins, de acordo com Mantega, pesarão exclusivamente sobre o governo federal. “A única coisa que afeta os estados é a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, aprovada no Congresso Nacional com o apoio dos próprios governadores”, comentou. Ele lembrou, ao mesmo tempo, que a nova legislação também significará perdas de receitas para o governo federal. (AE)
Fonte: Correio da Bahia

Vacina contra vírus HPV está disponível no País

A primeira e única vacina aprovada contra o HPV, vírus responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero, chegou ontem à rede privada de saúde do País. O preço final ao consumidor vai ficar em torno de R$ 500 por dose em clínicas e laboratórios de análise, mas ele pode subir em breve, informou-se de São Paulo. O valor é mais baixo do que previa o fabricante, o laboratório Merck. A idéia era de que a dose saísse da fábrica com valor próximo disso e que as clínicas a vendessem por até R$ 700. Há uma semana, no entanto, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão do governo federal que estabelece os preços dos remédios no País, definiu o preço da dose: R$ 364,16. O laboratório entrou com recurso contra o valor do governo e vai mantê-lo, mesmo com o produto no mercado - a Merck importou inicialmente 45 mil doses. Mesmo antes da chegada ao mercado, pacientes já faziam "fila" para comprar o produto. Nos laboratórios Delboni, 50 mulheres aguardavam a vacina. Por causa do preço, a encomenda na maioria dos centros será pela demanda. É remota a possibilidade de estoque. A vacina Gardasil protege contra quatro tipos de HPV - dois deles oncogênicos (tipos 16 e 18), que respondem pelos casos de câncer de útero, e os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais. A aplicação é feita em três doses - a segunda é dada dois meses depois da primeira e a terceira, após seis meses da inicial. (das agências)
Fonte: O POVO

Descoberta uma síndrome que só ocorre no Brasil

Grupo de médicos brasileiros rastreou 45 famílias com a sindrome variante da Li-Fraumeni, até há pouco descrita em apenas 280 famílias no mundo. Os cientistas seqüenciaram o gene defeituoso e perceberam que a mutação, ao contrário dos demais casos, ocorria em outra região do gene, o que a torna tão específicaGiovana Girardida Agência Estado
25/01/2007 02:12Uma mutação genética, que deve ter ocorrido pelos idos de 1800 em um brasileiro que deixou descendentes, deu origem a uma síndrome encontrada hoje aparentemente apenas em famílias que vivem no País. A doença rara predispõe o indivíduo a ter diversos tipos de tumores ao longo da sua vida. A doença brasileira é uma variante da síndrome de Li-Fraumeni, que até recentemente havia sido descrita em apenas 280 famílias em todo o mundo. Há alguns anos, no entanto, médicos do Hospital do Câncer A.C. Camargo, em São Paulo, começaram a observar um número significativo de pessoas com o mesmo problema, que se caracteriza por uma mutação no gene TP53, responsável pela expressão da proteína p53 que, com a falha, fica inativa. O grupo, liderado pela oncogeneticista Maria Isabel Achatz, rastreou pelo menos 45 famílias brasileiras com a síndrome. Os cientistas seqüenciaram o gene defeituoso e perceberam que a mutação, ao contrário da observada nos demais 280 casos conhecidos, ocorria em outra região do gene, e é isso que a torna tão específica. Uma revisão da descoberta está prevista para ser publicada no próximo mês na revista Oncogene. A p53 já é muito pesquisada entre os estudiosos de câncer. Em condições normais, ela é responsável pelo controle do ciclo celular, mas, quando inativa por algum tipo de mutação no gene, as células tumorais se proliferam com facilidade. Essa falha é hoje considerada responsável por mais de 50% dos tipos de câncer. Acontece que entre os pacientes com a síndrome de Li-Fraumeni, o problema é muito mais complicado. Como a doença é hereditária, os portadores apresentam a mutação em todas as células do seu corpo - e não apenas em um determinado tecido, como ocorre com os demais tipos de câncer. Com isso eles apresentam uma probabilidade muito maior que o resto da população de desenvolver algum tipo de tumor - sem contar que ele pode ocorrer mais precocemente, em qualquer parte do corpo e em diferentes momentos da vida. Até os 40 anos, a chance é de 50%, ante 1% do resto das pessoas, podendo chegar a 90% com o passar dos anos. Os casos mais comuns são de tumores do sistema nervoso central, de mama e os infantis. Entre as crianças a chance de desenvolver câncer aumenta tanto que por algum tempo se suspeitou que a mutação ocorria apenas entre elas. Um trabalho com 35 crianças de Curitiba sugeriu que se tratava de um raro tumor infantil. Mas a equipe de Maria Isabel tem provado que a síndrome é comum em adultos. Entre os pacientes observados pelo grupo de Maria Isabel, ela conta o caso de uma mulher que no intervalo de alguns anos desenvolveu uma série de tumores, sem que eles estivessem relacionados por metástase. Inicialmente ela teve um sarcoma na veia cava (que sai do coração), um ano depois um câncer de mama, seis meses depois um tumor na tireóide e, após um ano e meio, outro câncer no pulmão. Quando sua árvore genealógica foi puxada, os cientistas conseguiram descobrir o primeiro caso em um antepassado desta paciente que viveu nos anos 1850. Casos de câncer foram rastreados em sete gerações dessa família. "Além da sua capacidade de aparecer em qualquer parte do corpo, esse gene mutante tem um caráter dominante, o que aumenta sua incidência", explica Maria Isabel. Por conta dessa ação devastadora da doença, a pesquisadora considerou muito bem-vinda a descoberta de cientistas americanos de que, com a reativação da p53, é possível regredir os tumores. "A molécula é estudada desde os anos 90, já se sabia da sua relação com o surgimento de tumores. Agora foi reacesa a chama de que talvez, com ela, possamos encontrar uma cura", comemora.
Fonte: O POVO

Governo e MP acusam STF de beneficiar criminosos

Criminosos condenados a mais de 50 anos de prisão estão saindo da cadeia depois de cumpridos cinco anos, segundo denuncia o Ministério Público, que culpa decisão do Supremo Tribunal Federal em favor de autores de chamados crimes hediondos. Alguns ganham direito à visita periódica ao lar e não retornamRoberta Pennafortda Agência Estado
25/01/2007 02:12O Ministério Público e o governo do Rio estão preocupados com os sucessivos casos de criminosos de alta periculosidade que saíram da cadeia em razão de benefícios concedidos pela Justiça e que, segundo investigações policiais, já teriam voltado a cometer crimes. Em alguns casos, eles obtiveram permissão para visitar a família, mas não retornaram aos presídios; noutros, conseguiram a liberdade condicional, apesar de condenados a penas altas. Nos últimos sete meses, dois traficantes perigosos ganharam as ruas, por motivos diferentes. Marcelo Soares de Medeiros, o Marcelo PQD, ex-líder do Morro do Dendê, está em regime semi-aberto (só dorme na prisão). Ele conseguiu ainda o direito à Visita Periódica ao Lar (VPL), que lhe permite ir para casa a cada 15 dias (saindo no sábado e voltando no domingo). Na semana passada, na primeira oportunidade que teve, ele saiu e não voltou. Sentenciado a 21 anos e seis meses de prisão, PQD estaria foragido no Complexo do Alemão, protegido por comparsas, e já teria planejado uma invasão ao Dendê, para retomar as bocas-de-fumo. Ex-chefe do tráfico do Morro da Mangueira, Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, condenado a 43 anos, conseguiu o livramento condicional por ter cumprido um terço da pena. Está solto há sete meses. Coordenador do 8º Centro de Apoio Operacional da Execução Penal do Ministério Público (MP), o promotor Cristiano Lajóia critica duramente a liberação dos presos. Segundo ele, os juízes da Vara de Execuções Penais (VEP) se baseiam só no relatório da direção do presídio e num exame criminológico, feito por um psicólogo, um psiquiatra e um assistente social, para as decisões. "O MP vem recorrendo da concessão desses benefícios e tem sido uma luta inglória. Os juízes da VEP não têm avaliado qualquer outro fator, como os informes do setor de inteligência de que o preso ainda comanda facções criminosas", afirmou o promotor. "Não é possível que pessoas com penas superiores a 50 anos saiam após cinco. É um escárnio com a sociedade". Os benefícios são concedidos porque uma decisão do STF estabelece que quem pratica crimes hediondos (entre eles, homicídio qualificado, estupro e tráfico de drogas) pode pleitear progressão de regime após o cumprimento de um sexto da pena.
Fonte: O POVO

Buemba! Lula tem um piriPAC!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E o PAC? Pacote para Acelerar o Crescimento. PACote de Viagra! PAC quer dizer Plano de Ataque ao Contribuinte! Ou, como diz o chargista Neo: Plano Aloprado de Crescimento! E isso não é um plano, é um trocadilho: Lula teve um piriPAC. Deixaram o homem trabalhar e ele teve um piripaque! O PAC emPACa. E botaram o Mantega pra acelerar o crescimento. Então botaram o homem errado. O que faz crescer não é Mantega, é FERMENTO! Rarará! E tão dizendo que esse plano é pra acordar o Brasil, esse gigante adormecido. Então é um PAC para acordar um PAQuiderme! Rarará! E com esse fatídico buraco trocaram o nome do prefeito de São Paulo: não é mais Kassab. É KASSAMBA! Gilberto Kassamba. Já tem até gripe nova: gripe Kassab, aquela que te leva pro buraco! Rarará! E hoje é aniversário da cidade. São Paulo foi fundada há mais de 400 anos e AFUNDADA pelo buraco. São Paulo é a capital da gastronomia: todo mundo come todo mundo. Rarará! SP Fashion Bicha Urgente! A semana de moda ecológica. Aí perguntaram pra uma modelo o que é sustentabilidade. Resposta: "É quando sustenta o salto da gente". Rarará! E tem um termo ecológico chamado neutralidade. Aí perguntaram pra uma modelo: "O que é neutralidade?" Resposta: "É quando a gente usa Neutrox". Rarará! E anoréxica não pode mais desfilar. É como restaurante por quilo: você pega a modelo, bota no prato e pesa. Se pesar menos de uma grama, não desfila! Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como diz o outro: é mole, mas, se provocar, ressuscita! Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha 'Morte ao Tucanês'. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Vinhedo, interior de São Paulo, tem uma casa de garotas chamada Casa das Máquinas! Uau! Mais direto, impossível. Viva o antitucanês! Viva o Brasil! E atenção! Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. Hoje não tem! Empaquei! Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! E vai indo que eu não vou! simao@uol.com.br

O pacote vale uma nota de R$ 3

Por: ELIO GASPARI


As promessas de crescimento econômico feitas por Nosso Guia são como as notas de três reais. Ninguém pode dizer que são falsas, pois nunca se viu uma verdadeira. O espetáculo da segunda-feira indicou que terminaram as férias do companheiro e seu pacote não traduziu uma estratégia econômica, expressou apenas uma excitação marqueteira. Ouça-se esse blablablá: "Individualmente importantes e complementares dentro de suas respectivas áreas, os projetos sociais e de infra-estrutura selecionados estão estreitamente associados entre si. Na verdade, eles formam ambos um único conjunto voltado para a dupla tarefa de inserir de modo competitivo o país na economia mundial. (à) A seleção desses projetos obedece a uma finalidade operacional específica: submetê-los, a partir de agora, a um esquema especial de gerenciamento." Parece a parolagem do comissariado. Na verdade, é parte do lero-lero tucano no lançamento do pacote "Brasil em Ação", há dez anos. Seis rodovias do pacote desta semana atravessaram invictas quatro anos de tucanos e outros quatro de petistas. A principal novidade produzida por Nosso Guia foi uma tentativa de avanço sobre o patrimônio dos trabalhadores. Lula pediu ao Congresso que autorize o uso do dinheiro do FGTS para financiar obras públicas passando o risco de crédito dessas transações da Caixa Econômica para um comitê de comissários. Querem jogar entre R$ 5 bilhões e R$ 17 bilhões da caixa do FGTS num fundo de infra-estrutura. Se o negócio der errado, caberá ao Tesouro cobrir o buraco. Tesouro de quem? De Lula? De Guido Mantega? Não, o Tesouro dos impostos dos contribuintes. Nosso Guia poderia dar um exemplo de confiança na iniciativa entregando o seu cheque mensal de R$ 4.509,68 do Bolsa-Ditadura aos sábios que gerenciarão o fundo. O caráter compulsório desse avanço ofende a própria lógica do governo. No ano passado os trabalhadores puderam investir até metade de seu saldo no FGTS em ações da Petrobras. Foram 310 mil os cidadãos que correram esse risco. Tiveram um rendimento de 680% contra 43% da remuneração do Fundo de Garantia. Se o novo Fundo é uma boa idéia, a aplicação pode ser voluntária, desde já, e não daqui a pelo menos dois anos. Se não há tanta certeza assim, as chaves das arcas do FGTS devem continuar onde sempre estiveram, na Caixa Econômica. Essas cautelas são necessárias porque todos os grandes ataques à bolsa da Viúva foram praticados em nome do progresso. Basta puxar pela memória e pensar o que foram os investimentos em Angra 1 e Angra 2 ou na Ferrovia Norte-Sul. Felizmente, ficaram de fora do projeto de Lula as obras de Angra 3 e o gasoduto TransPinel, de Hugo Chávez. Pena que a ekipekonômica tenha ficado curta de neurônios na hora de trabalhar o estímulo ao financiamento de casas para o andar de baixo. Isso porque ela se revelou espertíssima ao desonerar computadores para o andar de cima. Sempre que se retira um imposto cobrado sobre essas máquinas deve-se comemorar, mas não se pode esquecer que o novo teto de R$ 4 mil (US$ 1.900) para a isenção de PIS e Cofins é dinheiro suficiente para comprar os modelos mais caros e potentes do mercado nacional. No mercado americano, esse ervanário compra um daqueles Macintosh de 20 polegadas de dar água na boca.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Salvador tem segunda mais cara refeição do país

Valor médio do almoço fora de casa na cidade é de R$16,94, abaixo apenas do preço em Brasília


Pedro Carvalho
Salvador tem a segunda mais cara refeição fora de casa do país. De acordo com levantamento requisitado pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o valor médio do almoço é de R$16,94, abaixo apenas dos R$17,45 cobrados em Brasília. Foram avaliadas as categorias de restaurante do tipo comercial, self-service, executivo e a la carte. Neste último segmento, especificamente, a capital baiana tem o valor mais alto do Brasil, com a refeição custando, em média, R$29,53.
Surpreso com o resultado da pesquisa, o presidente da seccional baiana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, José Ronaldo Teixeira, disse não acreditar que os dados sejam influenciados pelo fato de Salvador ser uma cidade turística. “Hoje, temos muitos estabelecimentos de alto padrão, que devem ter influenciado no resultado final do levantamento”, disse. Mas, lembrou que dos cerca de dez mil restaurantes da cidade, apenas dois mil estão na formalidade, enquanto que 80% permanecem funcionando informalmente. “Temos que criar condições, junto com os poderes públicos, para mudar esta realidade”, citou.
A pesquisa da Assert, na verdade, teve como objetivo oferecer parâmetros para que os participantes do sistema de vales e tíquetes possam definir valores adequados à realidade de cada região do país. Foram pesquisados, pelo instituto TNS Interscience, 2.438 estabelecimentos de 32 municípios das cinco regiões do país. A avaliação considerou preços de refeições completas, que incluem prato principal, bebida, sobremesa e o cafezinho, tendo sido calculadas as médias de valores entre os pratos mais caros, mais baratos e mais vendidos. No caso dos restaurantes por quilo, foram considerados 500g de refeição, mais o valor de 200g de sobremesa, além do preço de uma lata de refrigerante ou de um copo de 300ml de suco de laranja.
Entre os 95 restaurantes pesquisados em Salvador, constatou-se que o valor médio nos estabelecimentos tipo comercial foi de R$8,78, praticamente o mesmo da média nacional, que foi de R$8,79. Já nos restaurantes self-service chegou a R$12,77, sendo elevado para R$24,84 nos executivos.
Esta é a quarta edição do estudo. “Ele apresenta o comportamento do comércio entre os meses de novembro e dezembro de 2006. O intuito é fazer um levantamento para que as empresas possam ajustar o valor do benefício que concedem aos seus funcionários, atendendo o que determina o Programa de Alimentação do Trabalhador em termos de alimentação adequada”, informou o presidente da Assert, Artur Almeida.
Fonte: Correio da Bahia

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