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quinta-feira, abril 16, 2020

Onyx acha “insanidade” manter a política de distanciamento social por mais dois meses

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Onyx segue o seu líder, mas não se responsabilizará por infectados
Deu no O Tempo
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, voltou a defender a visão do presidente Jair Bolsonaro pelo isolamento parcial como medida de combate ao novo coronavírus no Brasil. Em transmissão ao vivo promovida pelo Itaú BBA, nesta quarta-feira, dia 15, Onyx afirmou que é uma “insanidade” manter a política de distanciamento social por mais dois ou três meses. Em estimativas do Ministério da Saúde, o pico da Covid-19 pode ocorrer entre maio e junho.
“Epidemias têm um perfil de 12 a 14 semanas (de duração), não dá para pensar que é razoável a gente ficar mais 60 ou 90 dias com o Brasil parado. Ao contrário, na minha visão, isso é uma insanidade”, disse o ministro da Cidadania.
PROTOCOLOS – Assim como Bolsonaro, Onyx contraria as orientações do Ministério da Saúde e de entidades médicas para defender que apenas idosos permaneçam isolados. “Precisa de um cuidado especial nessa faixa etária (acima de 60 anos). É o que venho defendendo, coerentemente com a visão do presidente Bolsonaro, temos que mobilizar prefeitos e governadores para retomar atividade econômica”, defendeu.
Embora reconheça que a pandemia é grave, o ministro avalia que os efeitos da crise econômica seriam piores. “A pandemia é grave? Sim. Tem risco? Tem. Mas tem que ter equilíbrio. As pessoas precisam fazer equilíbrio. Se nós, por ações de gestores, ao impedir atividade econômica, a gente destruir atividade econômica, a fome, a miséria vai matar mais que o Covid-19”, disse em outro momento.
EQUÍLIBRIO – Onyx colocou Bolsonaro como alguém que tenta liderar o equilíbrio no país, o que, na visão dele, provocou conflitos com prefeitos e governadores. “O presidente Bolsonaro lidera uma visão que tenta equilibrar os movimentos indispensáveis pela preservação da vida e da saúde das pessoas com a preocupação de que o Brasil não perca tudo aquilo que nós conquistamos a duras penas no ano passado. E não foi pouco”, disse.
Onyx disse, ainda, que o presidente tem capacidade de “olhar o todo”. “Isso é algo muito importante para o gestor”, avaliou o ministro.”O Brasil hoje equilibra, o presidente tenta liderar essa visão, e aí apareceu uma certa dissintonia entre governadores e prefeitos. Os prefeitos por uma razão óbvia, tem uma eleição programada para outubro deste ano, e alguns governadores quiseram pegar carona em um certo confronto com a visão do presidente”, declarou Onyx.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Onyx segue o mesmo discurso irresponsável de Bolsonaro, colocando no menu a ser servido a opção de morrer pelo vírus ou morrer de fome. É preciso deixar claro que enquanto não houver garantias mínimas, o apontamento pela quebra do isolamento não é a solução. Como ter equilíbrio infectado e proliferando isso para familiares? Lógico que a economia não poderia parar, mas roleta russa não é uma alternativa estratégica. Estaria o mundo todo errado e somente o Brasil certo, quebrando protocolos? Quem bate palmas para a insanidade governamental deveria obrigatoriamente abrir mão do respirador, caso seja infectado. O problema é que esta conta ainda não fecha, e na preguiça de resolver a equação, Bolsonaro e Cia acham melhor rasgar a prova e deixar ver no que dá. (Marcelo Copelli)  

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