No primeiro ano do governo Bolsonaro as Forças Armadas se desgastaram muito enquanto instituição.
Começou com a adesão de altos oficiais da reserva, muitos dos quais foram escorraçados do governo com humilhação.
A instituição se comprometeu quando a reforma da Previdência dos militares propiciou grandes vantagens para os militares, em especial os de alto escalão.
A instituição se confundiu com fatores negativos, tais como corporativismo, conservadorismo e ideologia no comportamento das Forças Armadas.
Acreditava-se que as Forças Armadas estariam imunes a novos envolvimentos políticos, 35 anos depois do fim da ditadura militar.
E que a formação de uma corrente democrática entre os militares seria capaz de perceber os prejuízos de uma associação com a política partidária - em especial com um projeto populista de poder.
Mas isso não aconteceu. As Forças Armadas, enquanto instituição, acabaram se identificando com esse governo populista.
Vale ler esta entrevista com o cientista político João Roberto Martins Filho.