Pepe EscobarAsian Times
É uma declaração muito importante, do comandante Amir Ali Hayizade, das Forças Aeroespaciais do Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica do Irã (Guardian Corps of the Islamic Revolution of Iran): Demonstra que, ao contrário do que foi noticiado, não houve apenas falha humana na derrubada do Boeing ucraniano.
O que aconteceu foi resultado de uma série de erros e de omissão, a começar pela decisão de não ser implantada uma zona aérea de exclusão. Ou seja, alguns burocratas têm um inferno de erros a pagar.
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DIZ O COMANDANTE IRANIANO AMIR ALI HAYIZADE
“Preferiria estar morto, e que esse incidente jamais tivesse acontecido. Nós, no Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica do Irã, aceitamos toda a responsabilidade, e estamos prontos a implementar qualquer decisão tomada pelo sistema.
DIZ O COMANDANTE IRANIANO AMIR ALI HAYIZADE
“Preferiria estar morto, e que esse incidente jamais tivesse acontecido. Nós, no Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica do Irã, aceitamos toda a responsabilidade, e estamos prontos a implementar qualquer decisão tomada pelo sistema.
Eu estava no oeste do país, acompanhando ataques a bases dos EUA no Iraque, quando ouvi as notícias. Sacrificamos nossas vidas pelo povo, por toda uma vida, e agora aí estamos, desgraçados por nós mesmos, obrigados a defender nossa reputação diante de Deus e a nos explicar diante do povo.
Havíamos pedido ao sistema que se estabelecesse uma zona aérea de exclusão, considerada a situação de guerra. Mas o pedido não foi aprovado, sob específicas considerações.
O operador da Defesa Aérea enviou mensagem aos seus comandantes; mas, depois de não receber qualquer resposta por 10 segundos, tomou a decisão de derrubar o avião.
Informei aos oficiais [funcionários] iranianos na manhã de 4ª-feira, e disse que considerávamos a hipótese de que nosso avião tivesse sido derrubado. Mas o Estado-maior das Forças Armadas pôs sob quarentena todos os que sabiam sobre o evento, e decidiu adiar qualquer declaração.
Os oficiais [funcionários], incluídas autoridades da Aviação, que continuaram a negar o tiro de míssil, não são culpados. Disseram o que disseram a partir do que sabiam.
Nós éramos os únicos responsáveis. Naquele momento estávamos prontos à guerra total com os EUA. Tínhamos relatos de disparos de mísseis contra o Irã.
Aquela tragédia foi causada por um erro individual.”
O Comandante Amir Ali Hayizade, das Forças Aeroespaciais do Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica do Irã repetiu várias vezes que a responsabilidade não caberia à Organização de Aviação. Toda a responsabilidade cabe às Forças Armadas e aos que falharam e não controlaram a situação (talvez, por não terem implantado a zona aérea de exclusão aérea).