Por G1 SP
O presidente Jair Bolsonaro, que se recupera há seis dias de uma cirurgia realizada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, apresentou melhora nos movimentos intestinais neste sábado ( dia 14) e aceitou bem a dieta líquida que voltou a tomar na sexta-feira (dia 13).
“O Hospital Vila Nova Star informa que o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, continua apresentando melhora clínica progressiva. Permanece sem dor, afebril e com melhora dos movimentos intestinais. Aceitou muito bem a dieta líquida e segue com alimentação parenteral (endovenosa). Mantida fisioterapia respiratória e motora, deambulando pelo corredor. As visitas seguem restritas”, diz o boletim.
SEM A SONDA – Bolsonaro teve retirada a sonda nasográstica na sexta-feira (13), quando voltou a receber dieta líquida. Até então, ele vinha se alimentando apenas por dieta endovenosa.
Depois do boletim médico, o cirurgião Antônio Luiz Macedo, responsável pela cirurgia e recuperação do presidente, disse que ele permanece com uma aderência no abdome, que atrasa a recuperação após as cirurgias que ele fez. Questionado se o presidente tinha outros problemas de saúde, o médico disse que não.
“Eu não acredito que esta aderência seja decorrente da cirurgia. Porque são três cirurgias diferentes, ele foi muito bem tratado, mas repercutiu com uma paralisia intestinal longa e muitas aderências. Agora, já tinha bastante aderência. Na cirurgia do dia 28 de janeiro, já havia paralisia intestinal. A gente trata, e volta a aderência, então existe uma certa dificuldade no retorno normal da função intestinal. Mas ele está muito bem de saúde, com hemograma perfeito, não tem nada de saúde contra ele. Ele está com o coração perfeito, com saúde perfeita, com a musculatura perfeita. Não tem nenhum problema crônico que pudesse atrasar a função intestinal”.
ADERÊNCIAS PERSISTEM – De acordo com o cirurgião, as “aderências” que Bolsonaro possui no abdome “podem ser, mal comparadas, a uma cicatrização exagerada”, provocada pela facada que ele sofreu em 2018, quando “se espalhou uma mistura de sangue e pele dentro da barriga, gerando uma espécie de queloide interna. A aderência é um queloide que volta”.
Segundo o médico, a previsão é de que o trânsito intestinal de Bolsonaro melhore “nos próximos dias”, com o incremento da dieta pastosa, que pode começar a ser administrada a ele “talvez hoje (sábado) ao fim do dia”.
“A gente tem que sentir no feeling que o abdome dele está resolvido, está com bons ruídos”, acrescentou.
MAIS ALIMENTO – “Já estamos avaliando aumentar o volume da dieta líquida, pois o intestino já está funcionando melhor, ele tem uma melhoria persistente, então nós mantemos as expectativas positivas com a alimentação. Estamos sempre avaliando”, disse o cirurgião.
O porta-voz da presidência, coronel da reserva do Exército Otávio Rêgo Barros, disse que Bolsonaro estava nesta manhã bem disposto e acompanhado da primeira-dama, Michele Bolsonaro, e que queria ir ao jogo do Palmeiras contra o Cruzeiro, que ocorre na noite deste sábado, em São Paulo pela série A do Brasileirão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, uma notícia boa e outra ruim. O presidente está melhor e a recuperação prossegue. Porém, ainda há aderências, segundo o cirurgião. Aderências normalmente não causam qualquer problema, mas podem provocar obstrução intestinal, tornando necessária nova cirurgia. Isso significa que Bolsonaro terá de ter mais cuidados daqui para a frente e nada de exibicionismos, como andar de moto, de cavalo ou jetski. Os próximos dias serão decisivos, especialmente após voltar à alimentação pastosa e, depois, à alimentação sólida. Ou seja, o estado do presidente ainda inspira cuidados e a viagem a Nova York deve ser considerada de alto risco. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, uma notícia boa e outra ruim. O presidente está melhor e a recuperação prossegue. Porém, ainda há aderências, segundo o cirurgião. Aderências normalmente não causam qualquer problema, mas podem provocar obstrução intestinal, tornando necessária nova cirurgia. Isso significa que Bolsonaro terá de ter mais cuidados daqui para a frente e nada de exibicionismos, como andar de moto, de cavalo ou jetski. Os próximos dias serão decisivos, especialmente após voltar à alimentação pastosa e, depois, à alimentação sólida. Ou seja, o estado do presidente ainda inspira cuidados e a viagem a Nova York deve ser considerada de alto risco. (C.N.)