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sexta-feira, julho 05, 2019

Polícia Federal investiga se sargento preso com a cocaína fazia lavagem de dinheiro

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Bagagem: Os 39kg de droga distribuídos em 37 pacotes foram achados na mala do sargento no Aeroporto de Sevilha Foto: El País
Sargento transportou os 39 quilos de cocaína numa só mala
Vinicius SassineO Globo
A Polícia Federal (PF) investiga a possibilidade de lavagem de dinheiro pelo segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, a partir de transferência de patrimônio a parentes e amigos. A Força Aérea Brasileira (FAB), por sua vez, levanta nomes de militares que faziam os voos oficiais rotineiramente com Rodrigues ao longo dos anos, diante da hipótese de que o segundo-sargento não agiu sozinho no tráfico de 39 quilos de cocaína até a Espanha.
Os investigadores acreditam que o transporte desse carregamento da droga, dentro de um avião da FAB, numa missão preparatória de viagem presidencial, não foi o primeiro feito pelo militar da Aeronáutica, em razão das características envolvendo o caso.
EM SEVILHA – O segundo-sargento foi preso no último dia 25 em Sevilha, capital da Andaluzia, no sul da Espanha. Ele participava de uma missão precursora para a viagem de Jair Bolsonaro ao Japão, onde ocorreu a reunião do G-20, o grupo de países mais ricos do mundo. O militar segue preso em Sevilha.
Não há imóveis em nome de Rodrigues no Plano Piloto de Brasília. A Aeronáutica disponibilizou a ele um imóvel funcional, pertencente à União, na Asa Sul, mas quem ocupa o local há pelo menos um ano e meio é sua ex-mulher e dois filhos dos dois, o que é apurado pela FAB.
Também não há imóveis em nome dele em Cidade Ocidental (GO), município onde viveu antes com a primeira mulher. Em Taguatinga (DF), Rodrigues comprou em março de 2017 um apartamento de 48,3 m2 a um preço de R$ 179 mil. Ele financiou R$ 137,6 mil desse valor, por meio da Fundação Habitacional do Exército, num prazo de 30 anos.
NADA DE VALOR – Não foram encontradas empresas das quais ele seja sócio e em seu nome estão um carro e duas motocicletas populares, compatíveis com a renda bruta de R$ 7,2 mil que recebe da FAB.
Além de ser alvo da Justiça espanhola, o segundo-sargento é alvo de duas investigações no Brasil. Uma é o inquérito policial-militar (IPM) instaurado pela própria Aeronáutica. Como o entendimento inicial é de que houve crime militar, Rodrigues responderá na esfera da Justiça Militar, em que a própria FAB conduz a investigação. A outra apuração foi aberta pela superintendência da PF em Brasília, por se tratar de tráfico internacional de drogas.
ENTROSAMENTO – Na tarde de ontem, pela primeira vez, investigadores da FAB se reuniram com profissionais da PF. A Aeronáutica cuidará das relações intramuros, com a concentração da investigação no tráfico de drogas que ocorre dentro da própria Força.
À PF caberá o foco extramuros, com a investigação concentrada em lavagem de dinheiro, formação de patrimônio e participação de organização criminosa no fornecimento da cocaína. A Aeronáutica decidiu compartilhar as provas existentes com a PF. Na segunda-feira foram realizadas buscas nos apartamentos ligados a Rodrigues.
A hipótese mais aventada pelos responsáveis pelo IPM é que Rodrigues não agiu sozinho, podendo ter contado com a parceria de civis ou de militares. Uma diligência a ser feita é o levantamento de militares que repetidamente viajavam com Rodrigues ao longo dos últimos anos.
DEPOIMENTO – O segundo-sargento deve prestar um depoimento à Justiça espanhola em até três semanas. Tanto um delegado da PF quanto investigadores da FAB vão viajar a Sevilha para colher informações e evidências sobre o caso.
Até agora, ele não teria dito nada às autoridades locais. Os investigadores planejam utilizar indícios decorrentes das buscas em depoimentos a serem colhidos do militar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Duas perguntas que não querem calar: Quem autorizou o voo para pouso na Espanha e especificamente em Sevilha, onde a droga seria entrega? Quem autorizou o sargento a desembarcar? (C.N.)

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