Posted on by Tribuna da Internet
Jussara SoaresO Globo
Criticado por integrantes do governo por declarações consideradas polêmicas, o vice-presidente Hamilton Mourão foi parabenizado nesta quinta-feira, em tom de brincadeira, pelo presidente Jair Bolsonaro por estar “há uma semana” sem falar com a imprensa. Ao ser questionado se analisava a possibilidade de ter um vice evangélico em uma possível disputa por uma reeleição em 2022, Bolsonaro disse que não gostaria de “queimar Mourão.”
“Pode ser, a gente não sabe. Não quero queimar o Mourão agora” — disse, completando: “Parabéns ao Mourão porque faz uma semana que ele não dá declaração a vocês” — disse, em meio a risos, mas observando que “se dá muito bem com Mourão.”
INTENÇÃO CLARA – Em uma forte aproximação com os evangélicos, Bolsonaro, segundo a coluna Lauro Jardim, do Globo, passou a falar abertamente da intenção de ter um evangélico como vice em 2022.
Ao ser perguntado se já havia se decidido a concorrer a reeleição, Bolsonaro afirmou que “se Brasil entrar nos trilhos” terá uma definição “lá na frente.” Ele observou que, embora não trabalhe pensando em um novo mandato, tem recebido o “apoio de muitos setores da sociedade.”
“Se o Brasil entrar nos trilhos, lá na frente a gente decide. Tenho apoio enorme de muitos setores da sociedade. Eu acho que a gente tá fazendo o possível, em parte Temer deu grande parte na reforma trabalhista, no acordo do Mercosul. Eu mesmo dizia no passado que era contra o Mercosul pelo viés ideológico” — observou.
NÃO-REELEIÇÃO – Bolsonaro negou que tenha, durante a campanha presidenciável, afirmado que não disputaria um novo mandato em 2022.
“Eu dizia na campanha que com uma boa reforma política eu colocaria na mesa a não-reeleição. Os governadores aceitariam a não-reeleição? Você acha que aceitariam? Todo mundo tem que estar no mesmo barco” — respondeu.
Em mais um aceno à bancada evangélica , o presidente Jair Bolsonaro se comprometeu na quarta-feira a entregar uma das duas vagas que poderá indicar para o Supremo Tribunal Federal (STF) a um ministro “terrivelmente evangélico” . Nesta quinta-feira, ele voltou ao assunto e disse que o futuro ministro também deverá ter conhecimento técnico. “Este terrivelmente evangélico será um profundo conhecedor das leis”.
BOM NOME – Ao ser questionado se o ministro André Luiz Mendonça, da Advogacia-Geral da União (AGU), ele admitiu que ele “é um bom nome” de uma lista de outros cotados para a função.
“Primeiro, da minha boca não saiu isso. Eu sei que ele é terrivelmente evangélico e posso garantir a vocês. Tem muitos bons nomes pra lá e André Luiz é um bom nome e com toda certeza e está em uma lista aí” — disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O Brasil está de cabeça para baixo (ou ponta cabeça, como dizem os paulistas). Tem um presidente que mal iniciou seu mandato e já está em campanha para reeleição, sem ter resolvido nenhum dos graves problemas do país. É como se a resolução dos problemas não fosse da responsabilidade dele. Ou seja, o regime “laisser faire” (“deixa rolar”, o mercado resolve…) de Adam Smith, multiplicado à “n” potência. Que Deus proteja os brasileiros, é só o que podemos dizer. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O Brasil está de cabeça para baixo (ou ponta cabeça, como dizem os paulistas). Tem um presidente que mal iniciou seu mandato e já está em campanha para reeleição, sem ter resolvido nenhum dos graves problemas do país. É como se a resolução dos problemas não fosse da responsabilidade dele. Ou seja, o regime “laisser faire” (“deixa rolar”, o mercado resolve…) de Adam Smith, multiplicado à “n” potência. Que Deus proteja os brasileiros, é só o que podemos dizer. (C.N.)