Diversos deputados baianos receberam doação eleitoral da JBS em 2014; veja lista
Roberto Brito (PP) recebeu mais de R$ 1 milhão de doação legal
Breno Cunha e Leandro Oliveira
redacao@varelanoticias.com.br
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O empresário Joesley Batista foi alçado ao posto de protagonista maior da Operação Lava Jato após a delação premiada que pode derrubar diversos políticos. O que poucos sabem é que a empresa de Joesley, a JBS, realizou doações a diversos partidos políticos no Brasil nos últimos anos e alguns nomes da Bahia receberam quantias provenientes da empresa em suas respectivas campanhas no ano de 2014.
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Com o montante de R$ 53.962.807,92, a JBS ocupa a primeira colocação no ranking das empresas que mais realizaram repasses financeiros a candidatos deputados federais. O número equivale a 7,8% das doações totais da Câmara, beneficiando cerca de 178 parlamentares. Destes, 11 são baianos, segundo o portal Transparência Política, da Fundação Getúlio Vargas.
O baiano que mais recebeu em doação da JBS foi Roberto Britto (PP). O deputado recebeu R$ 1.100.000,00 para sua campanha, via doação do partido. Já Mário Negromonte Jr. (PP), arrecadou R$ 850 mil da empresa, também via doação partidária.
Confira a lista completa:
Alice Portugal – PC do B – R$ 400.000,00
Benito Gama – PTB – R$ 284.774.00
Davidson Magalhães – PC do B – R$ 600.000,00
José Rocha – PR – R$ 300.000,00
Lúcio Vieira Lima – PMDB – R$ 200.000,00
Mário Negromonte – PP – R$ 850.000,00
Paulo Azi – DEM – R$ 100.000,00
Roberto Brito – PP – R$ 1.100.000,00
O VN conseguiu contato com alguns dos deputados envolvidos.
Já a comunista Alice Portugal (PCdoB) afirmou que “foi doação do partido, o partido fez uma doação e passou para seus candidatos em todo o Brasil. O PCdoB recebeu doações legais e em todo o Brasil fez doações legais para os candidatos. Eu sei que a direção nacional fez até um agradecimento público na época, foi uma doação legal com toda a estrutura e rigor da lei. Não tive qualquer tipo de contato com a JBS”.
Enquanto isso, o deputado Benito Gama declarou que o questionamento sobre a possibilidade de existência de um pedido de contrapartida foi uma “pergunta indecente”. “[Indecente] típico de algumas pessoas que você convive, mas comigo não”, respondeu ao repórter do VN.
Nota da redação deste Blog - Pelo andar da carruagem parece que Negromonte está em todas.