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quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Procura-se um Lider de Oposição

José Carlos Werneck


CNJ apura pagamentos irregulares para juízes em tribunais estaduais

- FAUSTO MACEDO - O ESTADO DE S. PAULO -

Conselho pode propor desconto em folha da quantia creditada indevidamente na conta dos magistrados


CNJ mira contracheques milionários de magistrados



Direito utilitário
Condenado não precisa se arrepender para sair da prisão



LEI DA FICHA LIMPA VAI TIRAR CORRUPTOS DA POLÍTICA

Com a iminente validade da Lei da Ficha Limpa pelo Tribunal Federal para as próximas eleições, muitos postulantes a vagas em câmaras municipais e prefeituras deverão desistir das pretensões. A Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular com a mobilização de milhões de brasileiros foi sancionada como a Lei Complementar 135 de 04 de junho de 2010. Ela é um marco histórico e fundamental para democracia e a luta contra a corrupção e impunidade no país. Infelizmente ela não valeu nas últimas eleições e muitos corruptos foram beneficiados e hoje ostentam mandatos, mas caso efetivamente mantida a validade pelo STF, com certeza muitos bandidos que já deveriam estar na cadeia, não terão mais oportunidades para se proteger de praticas de corrupção em mandatos. Com a nova lei, eles não terão oportunidade de pelo menos postular uma candidatura. É chegado o momento de se dar um basta na corrupção deslavada que desvia recursos da saúde, da educação, da agricultura, da geração de emprego e renda, da merenda escolar e proporciona a fome, a miséria, a prostituição, o aumento do consumo de drogas, a violência física, as desigualdades sociais e muitas mortes. Se hoje não temos políticas públicas eficientes é em razão de que os recursos são desviados por bandidos travestidos de políticos e gestores de instituições públicas.(http://blog.oquartopoder.com/aldirdantas)


CNBB critica cortes nas verbas da saúde e faz ministro passar constrangimento na cerimônia da Campanha da Fraternidade

União Europeia diz que pode enfrentar falta de petróleo iraniano. (Traduzindo: podem invadir o Irã)


O apagão de mão de obra qualificada no Brasil

Sandra Starling


EUA financiaram a oposição ao governo de Assad por meio da campanha “Anunciando a Democracia Síria”.



Brasil

Defesa de Lindemberg pede anulação do júri

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Justiça rejeita ação contra ex-diretor geral da PF por irregularidade administrativa


Prisão de oficial que comandava UPP evidencia o acordo que Cabral fez com os traficantes para ‘pacificar’ as favelas.

Carlos Newton


Senador defende ensino de cidadania moral e ética em escolas


Quem tem riquezas para vender?

Carlos Chagas

Militar pode ser expulso por homofobia de general

Laci (à direita) já foi expulso. Fernando responde a processo. Agora, um terceiro militar está ameaçado de expulsão pela mesma história dos sargentos gays

Em defesa própria, o subtenente Davi Reis gravou conversa com o general Adhemar da Costa Machado Filho, em que ele faz declarações preconceituosas. Mas, em vez do general, quem corre risco de ser punido é ele

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Secult cancela concurso que daria vantagens a militantes políticos


administração pública

São Paulo discute exigir ficha
limpa de seu funcionalismo


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Leia a íntegra da nota do Centro de Comunicação do Exército

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Presidenta enfrenta dor de cabeça com inflação persistente, indústria fragilizada e importações em alta, além da paralisia no Congresso e das ameaças de greve do funcionalismo, destaca o Correio Braziliense.


Bem atrás do Palácio do Planalto, ao lado de um terreno do Senado, jorra de um esgoto uma água suja e fétida

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Mauro Santayana: A decisão do STF e o fim das oligarquias



Honrados X demagogos e aventureiros


Mauro Santayana, em artigo no Jornal do Brasil, comentando a decisão do Supremo em relação à constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa:

Ao longo da História, houve sempre o conflito entre a astúcia na luta pelo poder e a necessidade de que ele seja exercido por homens honrados. O grande problema é que, na imensa maioria dos casos, os homens honrados se sentem inibidos em reivindicar o poder político. Essa inibição abre espaço aos demagogos e aos aventureiros.


Reconheça-se que a decisão do STF, na aprovação da Lei da Ficha Limpa, tal como ela foi concebida, foi tomada sob a pressão da cidadania. Essa pressão, ao contrário do que pensam os juristas puros, leitores apressados de Kelsen e outros, é sempre legítima – se moderada pela prudência. Quando houver o abuso nas decisões colegiadas de segunda instância, cabe aos tribunais superiores zelar pela proteção dos cidadãos contra as eventuais intrigas e chicanas.

Por Mauro Santayana*


A política é a mais necessária e a mais difícil das atividades humanas. Ela se exerce em todos os atos da vida, porque se trata de contratos cotidianos, de negociações mais difíceis e menos difíceis, sem as quais não seria possível a vida em comum. Esses convênios se dilatam no tempo e em suas dimensões e conseqüências, na construção dos Estados e na administração do bem comum.

Ao longo da História, houve sempre o conflito entre a astúcia na luta pelo poder e a necessidade de que ele seja exercido por homens honrados. O grande problema é que, na imensa maioria dos casos, os homens honrados se sentem inibidos em reivindicar o poder político. Essa inibição abre espaço aos demagogos e aos aventureiros.

Daí a explicação de Disraeli para a solidez da Inglaterra, em seu tempo. Ali, dizia o Lord de Beaconsfield, aos homens de bem não faltava a audácia, um atributo normal dos canalhas. Não têm faltado, mesmo entre nós, homens de bem ousados, na defesa da República, e, graças a eles, a nação vem sendo construída. Afinal, toda edificação de uma nacionalidade pode ser definida como uma revolução permanente. E como Danton definia as revoluções, para elas il faut d’audace, et encore d’audace, et toujours d’audace.

O ponto de gravidade dos debates foi o do direito de defesa. No ordenamento jurídico brasileiro é possível a um réu provido de dinheiro e, dessa forma, de numerosos e competentes advogados, postergar a sua punição ad-aeternum. Como sabemos, há, tramitando pelos tribunais, processos iniciados quando muitos dos atuais ministros do STF ainda não haviam nascido. Os autores e réus morrem, mas os processos parecem destinados ao juízo final. Quando os réus são pobres, a justiça tampouco é célere.

Os advogados de defesa, de um modo geral – há sempre exceções – sejam contratados, ou de ofício, cumprem as formalidades e deixam o processo caminhar normalmente. Amontoam-se, nos cárceres, presos esquecidos, sem julgamento, e até mesmo de pena cumprida, esperando pelo alvará que os liberte. É preciso encontrar um limite para as apelações e embargos que vão impedindo que a justiça se faça, na absolvição e na punição, conforme o caso.

É certo que temos, no Brasil, mais advogados do que necessitamos. Sendo assim, é quase natural que se multipliquem os pleitos, e que se dilatem as decisões. Os códigos, com seus prazos e delongas, são redigidos por advogados. Explica-se, dessa forma, o volume espantoso de processos que sobem da primeira instância até o STF, com causas que deveriam encerrar-se na comarca em que se iniciaram.

O direito foi protegido, ao só serem considerados inelegíveis aqueles que tiverem sido condenados por uma decisão plural, seja no Tribunal do Júri, seja nos tribunais de segunda instância – e, como é do bom senso, os que renunciaram aos mandatos a fim de esquivar-se de um processo político movido pelos seus pares.

Não estaremos, é certo, protegidos totalmente contra a corrupção e outros abusos da prática política. Há sempre meios de burlar as normas da lei. Mas já é um bom começo. Teremos, os cidadãos, que nos preparar para substituir alguns dos homens públicos em quem votávamos, fosse por desconhecer seus desvios, fosse por perdoá-los, em nome de nossos próprios sentimentos. Estamos, a partir de 1985, com avanços e recuos, nos livrando das oligarquias, e o processo deve continuar. A decisão do STF é talvez o passo mais importante nesse caminho.

Assim faremos, com o tempo, a pátria que merecemos.

*Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973).

Fonte: Carta Maior





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