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quarta-feira, junho 08, 2011

Rio Vermelho pode virar circuito da folia

Nelson Rocha

Acriação oficial do Circuito do Carnaval no Rio Vermelho. Este será o tema de uma audiência pública que acontece hoje, a partir das 19h, no salão paroquial da Igreja de Santana. Moradores, lideranças comunitárias e políticos estarão reunidos para juntos aprovarem, ou não, a ideia carnavalesca que desperta atenção, provoca ira e ganha adeptos, mas não muitos.

O Padre Ângelo Magno, por exemplo, responsável pela paróquia, é da opinião de que “não há a necessidade de se expandir o carnaval. “Esse bairro ficará comprometido e sacrificado com esta possibilidade, no meu entender. Será mais um bairro da cidade a ser prejudicado em relação a sua vida naqueles dias”, disse a esta Tribuna.

Segundo o pároco, “há razões muito outras, mas eu não sou a favor. Inclusive irei fazer com a comunidade um abaixo assinado, daqueles que também se colocam contrário a isso, para nós fazermos o nosso encaminhamento.

O problema da violência tem sido um dos grandes problemas da nossa própria realidade brasileira. E se sabe, muito bem, que aí está um momento que é restrito, mas considerável de violência. Desde que o carnaval chegou até Ondina, já se aventava em fazer chegar até o Rio Vermelho. Esperamos que isto não aconteça”, enfatizou o Padre Magno.

Para Carmela Talento, que dá voz à comunidade local através do seu blog do Rio Vermelho, “não resta dúvida que foi uma boa iniciativa da Câmara Municipal, por intermédio dos vereadores Pedro Godinho, Aladilce Souza e Olivia Santana, trazer para o Rio Vermelho a discussão sobre o projeto que eles assinaram, oficializando o carnaval no bairro.

Somente para relembrar, o projeto já estava publicado no Diário Oficial do Município e, certamente, seria votado sem o conhecimento da comunidade, isso porque, os vereadores entenderam que se tratava de unanimidade, visto que foi apresentado por uma Central de Entidades, que congrega cerca de 10 entidades, inclusive a Paróquia, embora o Padre Ângelo já declarou que é contra essa iniciativa.Ontem mesmo ele se prontificou a assinar qualquer manifesto contrário à oficialização do carnaval no bairro. É a tal prática de se fazer as coisas sem consultar ninguém”, escreveu.

Ainda conforme Carmela, “felizmente, alertados por um morador, a Amarv e a Colônia de Pesca z1, formaram uma comissão que foi integradapor Branco (presidente da Colônia) Loli (Amarv) e Pino ( morador) que procuraram a vereadora Aladilce, para informar que muitos moradores não concordavam com inclusão do Rio Vermelho no circuito oficial do carnaval, e foi assim que houve a decisão de convocar uma audiência pública, no próprio bairro, para discutir a questão com a mais ampla participação da comunidade. O que se espera desse evento é que os moradores realmente compareçam a tenham condições de se manifestar de forma ordeira e civilizada e que seus argumentos sejam levados em consideração”, concluiu.

Carnaval das marchinhas

“Sou contra a criação oficial deste circuito. O carnaval que queremos aqui é o do bloco Os Palhaços, de bandinhas de sopro e percussão, no chão, sem trios e camarotes”, diz Marcos Santos Souza, o Branco, líder da colônia de pescadores local. Já o músico e empresário Tadeu Mascarenhas, que mantém uma longa e afinada relação com a vida artística do bairro, é radicalmente contra a ideia.

“Sou totalmente contra. Acho até que deveriam acabar com alguns circuitos que existem, em vez de procurarem criar outros”, sugeriu.

O radialista Luiz Fernando, 52, nascido e criado no bairro, é uma voz a favor da criação do circuito oficial do Carnaval no Rio Vermelho.

“O espaço aqui é bom. Sou a favor de tudo que gere recursos pra o nosso bairro”, declarou confirmando sua participação na audiência pública de logo mais. O técnico Jorge Fraga, 70, que reside a 40 anos no bairro, também é a favor, mas de um carnaval “no estilo do que acontece no Pelourinho, não o de trios elétricos. As ruas aqui são muito apertadas e traria muita confusão pro lado de cá”, comentou.

Fonte: Tribuna da Bahia

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