A Polícia Civil de Sergipe apresentou na manhã desta terça-feira, 07, os detalhes da Operação Castelo de Cartas, realizada através do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública - Deotap, com o apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial - Dipol, que culminou na prisão de 17 pessoas envolvidas em fraudes de licitações de obras públicas em prefeituras de seis municípios sergipanos.
As prisões foram efetuadas por cerca de 100 agentes civis e delegados de polícia que cumpriram os mandados nas cidades de Canindé do São Francisco, Arauá, Malhador, Itabaianinha, Rosário do Catete e Japaratuba. De acordo com a delegada Danielle Garcia, foram 14 meses de investigações, sendo que a princípio somente o município de Pirambu seria investigado.
“No decorrer das investigações foi constatado que o grupo possuía ramificações e atuava em outros municípios sergipanos. As fraudes eram sempre em licitações de obras públicas e também em outros setores”, disse.
Entre os envolvidos presos nesta semana estão funcionários públicos e empresários do ramo de construção civil. São eles: Adilson Faria Pardo, considerado o chefe do grupo, Oswaldo Pardo Casas Melo, Michel Anderson Casas, André Vieira de Melo, Maria Rosenildes Barreto, Agenor dos Santos, Adonias Costa Lisboa, Vanessa Menezes Bigi, Valdelito Alves de Jesus, Sebastião Nabuco D´Ávila Filho, Paulo César Oliviera Souza, Cosme Carlos dos Santos, Alfredo da Cruz, Anderson Matias da Silva, que é policial, José Thiago de Carvalho, Jurandir Alvez Bessa e Paula de Azevedo Aquino, secretária de Adilson, e que aparentemente não sabia das irregularidades cometidas pelo chefe.
Ainda de acordo com a delegada, as obras em questão eram sempre referentes à construção e reforma de escolas, postos de saúde e pavimentação. “O grupo se reunia e entrava nas disputas de forma ilícita, montava os procedimentos para a licitação, onde já havia inclusive um ganhador pré-estabelecido, que era convidado a participar do processo sempre através de carta-convite”, disse a delegada.
A Polícia Civil teve o apoio do Ministério Público Estadual, nas investigações e segundo o promotor de Justiça do município de Japaratuba, Paulo José, o esquema logo foi descoberto. “Abrimos um procedimento administrativo para apurar as denúncias, e um grupo de promotores do município desencadeou as investigações, que logo apontaram para um esquema de corrupção ativo na cidade”, disse.
Durante a apuração dos dados foi constatado que uma investigação realizada pela Polícia Federal, possuía as mesmas diretrizes. “Trocamos informações com a Polícia Civil e percebemos que as investigações realizadas por eles se assemelhavam às nossas, onde foram constatadas fraudes em 26 municípios”, afirmou o delegado Carlos César.
Comentário:
Eu só lamento nessa altura do campeonato Jeremoabo não pertencer a Sergipe para ser agraciado com esse prêmio