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sábado, novembro 27, 2010

Homens acima do peso mantêm relação sexual por mais tempo


Thinkstock

Título oficial: Insight on pathogenesis of lifelong premature ejaculation: inverse relationship between lifelong premature ejaculation and obesity

Publicação: International Journal of Impotence Research

Quem fez: Ahmet Gökçe, do departamento de urologia da Universidade Erciyes, na Turquia

Instituição: Universidade Erciyes, na Turquia

Dados de amostragem: Entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, os pesquisadores compararam os resultados de 104 homens com ejaculação precoce e 108 de um grupo de controle.

Resultado: Os homens diagnosticados com ejaculação precoce eram mais magros que os saudáveis. Além disso, foi demonstrado que a prevalência da obesidade foi menor no grupo com ejaculação precoce que no grupo controle.

Pressão alta, problemas cardíacos, diabetes, derrame e alguns tipos de câncer são só algumas das condições de saúde que estão diretamente relacionadas à obesidade. Apesar de todas essas complicações, o excesso de peso pode trazer bons resultados para uma pequena parcela dos homens: os que têm ejaculação precoce. É o que diz um controverso estudo realizado por cientistas da Universidade Erciyes, na Turquia.

De acordo com a pesquisa, homens magros têm mais problemas com ejaculação precoce do que os que estão acima do peso. Para chegar aos resultados, os pesquisadores compararam o Índice de Massa Corpórea (IMC) e o desempenho sexual de cerca de 100 homens que reclamavam de uma ejaculação rápida com outros 100 homens de um grupo controle, que conseguiam manter relações sexuais por mais tempo. “Nós descobrimos que homens que sofrem de ejaculação precoce são magros”, disse Ahmet Gökçe, do departamento de urologia da universidade.

“A atividade sexual dos homens com IMC maior dura mais tempo porque eles possuem mais hormônios femininos em seu sistema, o que altera o equilíbrio químico no corpo”, sugere Gökeçe. Segundo a pesquisa, a relação sexual dos voluntários com excesso de peso durou 7,3 minutos, enquanto os voluntários mais magros marcaram 1,8 minuto durante o sexo. “Este é o primeiro estudo que investiga a relação entre a obesidade e a ejaculação prematura”, disse o pesquisador.

- O que já se sabia sobre o assunto
Otto Henrique Torres Chaves, urologista e chefe do departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia

Otto Henrique Torres Chaves, urologista e chefe do departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia

Até agora, as pesquisas científicas apontavam para o lado oposto: a obesidade está ligada à disfunção erétil. “É uma questão inusitada. A obesidade leva a uma síndrome metabólica, com doenças como hipertensão, diabetes e problemas cardiovasculares, que podem alterar a circulação peniana – o que leva à disfunção erétil e à ejaculação prematura”, diz Otto Henrique Torres Chaves, urologista e chefe do departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia.

A ejaculação precoce é a incapacidade de controlar a ejaculação antes, durante ou logo após a penetração. Acredita-se que a ejaculação rápida ocorra por conta de fatores psicológicos, como ansiedade. No entanto, segundo Chaves, estudos afirmam que o problema pode ter fator genético. De acordo com as pesquisas, homens com essa condição tinham uma variação do gene que controla a ejaculação, conhecido como 5-HTTLPR. Para Chaves, o estudo turco apresentou falhas importantes em sua metodologia, que abrangem desde como se mediu o tempo de ejaculação até o critério para saber a gordura corporal.

“No fim do artigo, o pesquisador afirma que mais estudos são necessários para confirmar essa relação. Esses aspectos devem ser levados em consideração na próxima pesquisa.”
Especialista: Otto Henrique Torres Chaves, urologista.
Envolvimento com o assunto:
chefe do departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia e professor titular da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

- Conclusão

Esqueça de adicionar alimentos calóricos na dieta, já que não está provado que o ganho de alguns quilos seja capaz impedir a ejaculação precoce. Por enquanto, a ciência oferece alguns tipos de medicamentos antidepressivos para lidar com o problema. “Essa situação deixa o paciente ansioso, dificulta ainda mais a relação com a parceira”, diz o urologista. De acordo com um levantamento realizado por Chaves, é possível encontrar resultados positivos se houver a combinação do tratamento com remédio associado à terapia de casal.

(Natalia Cuminale)

Fonte: Revista Veja

O mapa da batalha no Rio - VEJA

O mapa da batalha no Rio - VEJA

Nos jornais: o dia D da guerra ao tráfico

O Globo

O dia D da guerra ao tráfico

Seis blindados do Corpo de Fuzileiros Navais, da Marinha, transportando militares e policiais do Bope, fizeram a diferença ontem em operação policial histórica que retomou o principal bunker do tráfico, na Vila Cruzeiro, na Penha. O comboio foi aplaudido pelas pessoas nas ruas. Numa semelhança simbólica com o desembarque das tropas aliadas na Normandia - que abriu as portas para a derrota da Alemanha nazista -, a ação no Rio foi o Dia D do combate ao tráfico que, desde domingo, realiza ataques em várias áreas da Região Metropolitana.

Para escolher novos nomes, Dilma espera Lula e o PT

No último formato desenhado para o primeiro escalão de seu governo, a presidente eleita, Dilma Rousseff, definiu o futuro do atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo: cotado inicialmente para ocupar um cargo no Palácio do Planalto, ele deverá comandar o Ministério das Comunicações, para tocar o Plano Nacional de Banda Larga, o programa de universalização de acesso à internet em alta velocidade. E fará também a mediação do governo com as empresas de mídia. Para a definição de outros ministérios importantes, como o da Defesa e o da Educação, Dilma ainda precisa chegar a um entendimento com o presidente Lula e com seu partido, o PT.

'O torturador está sendo torturado'

Em discurso para agricultores e gestores de programa de agricultura familiar, o presidente Lula pediu que os movimentos sociais apoiem sua sucessora, Dilma Rousseff. Lula comentou a tortura sofrida por ela durante a ditadura militar:

- O torturador pensou que tinha acabado com a vida política dela. Agora deve estar sendo torturado por dentro. Se Dilma tomou choque, o choque que esse cara deve estar tomando por dentro... ver aquela menina virar presidente, sem o ódio que ele tinha, sem querer vingança, mas apenas construir e consolidar a melhoria de vida do povo deste país.

Governo já estuda corte de R$45 bi em 2011

O governo de Dilma Rousseff terá que apertar muito o cinto se quiser pôr em prática o discurso de austeridade fiscal pregado por sua equipe econômica. Embora o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já fale publicamente em cortar R$20 bilhões no Orçamento, os cálculos dos técnicos indicam que esse valor terá que ser muito maior - pelo menos R$45 bilhões - para que o governo feche as contas em 2011. Essa meta, de um esforço fiscal de cerca de R$45 bilhões, foi discutida ontem, em reunião da atual e futura equipes com representantes do Congresso responsáveis pela elaboração do Orçamento.

No Congresso, pressão para gastar mais

Mesmo com todas as medidas pensadas pela equipe econômica, o desafio de fechar a equação das contas públicas permanece. O governo terá que fazer um superávit primário (economia de dinheiro para o pagamento dos juros da dívida pública) equivalente a 3% em 2011. Levando-se em conta o atual cenário, será preciso cortar muito para cumprir essa meta.

Este ano, a equipe econômica teve que fazer uma manobra fiscal inédita para turbinar as receitas. Usou a operação de capitalização da Petrobras para obter R$32 bilhões. Sem ela, o superávit primário estaria em 2,1% do PIB: a meta de 2010 é de 3,1%. Em 2011, a manobra não poderá mais ser feita. Por isso, para fechar a conta dos R$45 bilhões, em fevereiro ou março será feito mais um corte no Orçamento de pelo menos mais R$20 bilhões.

Franklin critica Ministério das Comunicações

Em seminário promovido pela TV Cultura, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Franklin Martins, afirmou que o Ministério das Comunicações precisa passar por uma grande reformulação, para voltar a formular políticas para o setor:

- O Ministério das Comunicações precisa ser refundado neste país, para voltar a ser o formulador das políticas de comunicação - disse Franklin.

Ele firmou não ter planos de integrar a equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), a partir de 2011, mas disse que deixará um anteprojeto para a sucessora de Lula.

Em seguida, durante entrevista, afirmou que também deixará para Dilma um projeto de lei para o marco legal da internet.

Após discurso de Cunha, deputados do Rio pedem apuração de denúncias

O pronunciamento do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ontem assumiu ter tido contatos pessoais e profissionais com o empresário Ricardo Magro, alvo principal de inquérito sobre fraude no setor de combustíveis, mobilizou a bancada do Rio. O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) protocolou ontem mesmo pedido à Procuradoria Geral da República para investigar o caso. Ele argumenta temer que "os ladrões públicos, de atuação em âmbito nacional, com ramificações na Agência Nacional de Petróleo e no Parlamento brasileiro, apaguem as pegadas e dificultem a persecução criminal".

Um outro grupo de deputados decidiu encaminhar ofício à Corregedoria da Câmara para que requisite informações à Justiça do Rio sobre o inquérito.

- O Legislativo, mais uma vez atingido, precisa agir em defesa própria, independentemente dos complexos e morosos processos no Judiciário - disse Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos que apresentou o ofício.

CNJ cria pente-fino para processos parados

Numa tentativa de coibir a impunidade no país, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu criar uma comissão especial para monitorar a tramitação de 200 processos judiciais de forte repercussão social que, por diversos motivos, estão parados na prateleira de alguma vara cível ou criminal. Entre os alvos do CNJ, está uma ação por improbidade administrativa contra o prefeito José Camilo Zito, de Duque de Caxias.

Segundo informações repassadas pelo Ministério Público Estadual ao CNJ, a Justiça local demorou mais de seis anos para notificar o prefeito à apresentar defesa prévia. Um dos promotores que está à frente do levantamento entende que a citação do réu poderia ter demorado, no máximo, um mês.

O Estado de S. Paulo

Dilma quer pasta forte ou secretaria só para cuidar de aeroportos e portos

Preocupada com o risco de colapso dos aeroportos na Copa de 2014 e o potencial de escândalo de obras bilionárias conduzidas pela Infraero, a presidente eleita, Dilma Rousseff, estuda a criação de uma pasta específica para cuidar do setor, cuja administração está subordinada atualmente ao Ministério da Defesa.

Um dos desenhos em análise pela equipe de transição coloca toda a área de aviação civil numa secretaria ligada diretamente à Presidência da República. Alternativamente, portos e aeroportos poderiam estar sob os cuidados de um novo ministério.

Atualmente existe uma Secretaria Especial de Portos, ocupada pelo PT. A administração de aeroportos é responsabilidade a Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária (Infraero), ligada ao Ministério da Defesa.

Palocci é confirmado na Casa Civil

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci será o chefe da Casa Civil do governo de Dilma Rousseff. Coordenador da equipe de transição, Palocci foi convidado pela presidente eleita, na quarta-feira, a assumir a pasta que já foi comandada por ela. Resistiu um pouco, pois preferia um ministério de menor visibilidade, mas aceitou a tarefa após longa conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao assumir a Casa Civil, ministério responsável pela coordenação do governo, Palocci será definitivamente reabilitado na cena política. Fiador do rumo econômico no primeiro mandato de Lula, o então comandante da Fazenda foi abatido em março de 2006, no rastro do escândalo da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, revelado pelo Estado. No ano passado, porém, Palocci foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Dilma havia planejado desidratar totalmente a Casa Civil – alvo de sucessivas crises nos últimos anos – mas mudou de ideia. Embora mais enxuta e sem projetos vistosos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que serão transferidos para o Ministério do Planejamento, a Casa Civil continuará forte e seu titular, o capitão do time.

Dráuzio Varella é cotado para assumir a Saúde

Nem petista nem peemedebista. A presidente eleita, Dilma Rousseff, quer um expoente da área técnica que possa dar projeção a uma gestão competente e profissional no Ministério da Saúde. "Ela procura um Jatene", comparou um petista ligado ao governo de transição e à cúpula do PT. O nome mais cotado é o do médico Dráuzio Varella.

As conversas para a composição do chamado ministério político se intensificaram após o anúncio da formação da equipe econômica do próximo governo, na quarta-feira.

Médico respeitado e conhecido internacionalmente, o nome de Adib Jatene, ex-ministro da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso, passou a ser usado como sinônimo de ministro que impõe prestígio à pasta ao mesmo tempo em que dá visibilidade ao cargo.

FHC critica disputas regionais no PSDB

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem as disputas entre setores regionais do PSDB pelo comando do partido e a antecipação do debate sobre as próximas eleições presidenciais. "Não se pode raciocinar em termos do PSDB de São Paulo ou de Minas", afirmou. "Tem que ser o PSDB do Brasil."

Para Fernando Henrique, antes de pensar em nomes para a futura eleição, o tucanato deveria definir o que pretende dizer. Referindo-se a um possível candidato mineiro ou paulista, afirmou: "Da minha parte pode ser mineiro, cearense, carioca, paulista. Essa não é a questão. O que é preciso fazer em primeiro lugar é definir a conversa com o País, saber o que o País quer."

Para ele, o partido também deve mudar. "Tem que se abrir mais, usar mais a internet. Tem muita gente jovem que nem entende o que estamos falando, assim como muitos de nós não entendem o que jovens falam."

Franklin propõe 'refundar' ministério

A 36 dias de deixar a Secretaria de Comunicações, o ministro Franklin Martins afirmou ontem que o Ministério das Comunicações "precisa ser refundado no Brasil" e que "o governo Lula ficou devendo nessa área". A frase foi dita na palestra que o ministro fez ontem de manhã na abertura do Seminário Cultura / Liberdade de Imprensa, promovido pela TV Cultura, em São Paulo.

O ministro respondia a uma pergunta do articulista Ethevaldo Siqueira, do Estado, sobre o alijamento do ministério das grandes questões do setor, como a volta da Telebrás e a Nova Lei de Comunicação Eletrônica. "Você está me metendo numa fria", disse. "Vou responder o que acho que é a essência (da pergunta)." Segundo ele, no Ministério das Comunicações, tocado durante a maior parte do governo Lula pelo candidato derrotado ao governo de Minas, Hélio Costa (PMDB), "precisa se passar, grosso modo, o que se passou com o Ministério de Minas e Energia no primeiro mandato. Tem de ser refundado".

AIB é multada em R$ 30 milhões por doações ilegais

O juiz Aloísio Sérgio Rezende Silveira, da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo, multou a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) em R$ 30,8 milhões por doações ilegais a candidatos e partidos na campanha eleitoral de 2008. Trata-se de uma das multas mais elevadas já aplicadas pela Justiça Eleitoral brasileira. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

A AIB representa os interesses do mercado imobiliário - entre seus associados estão algumas das maiores incorporadoras do País, como Agra, Cyrella e Coelho da Fonseca. Nas eleições de 2008, a entidade desembolsou R$ 6,1 milhões para financiar as campanhas de candidatos a prefeito e vereador em São Paulo. Os comitês eleitorais de PSDB, PT, PV e PSC também receberam repasses.

TJ manda arquivar ação penal contra Paulo Preto

A 7.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou nesta quinta-feira, 25, o trancamento da ação penal contra o engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Em junho, ele foi preso em flagrante no Shopping Iguatemi sob a acusação de receptar um bracelete de brilhantes em ouro branco 18 quilates.

O número de série da joia constava de um inventário de objetos furtados de um depósito da marca Gucci, em maio. Souza permaneceu preso por 72 horas até ser solto por ordem da Justiça.

Em votação unânime, os desembargadores entenderam que não há fato criminoso a ser imputado a ele. O próprio Ministério Público Estadual, em seu parecer, se manifestou pelo trancamento do processo que tramitava perante a 26.ª Vara Criminal de São Paulo.

STF dá aval para Receita acessar sigilo de investigados

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu o aval para que a Receita Federal tenha acesso ao sigilo bancário de contribuintes investigados sem prévia autorização judicial. Por 6 votos a 4, os ministros do STF derrubaram uma liminar que tinha sido concedida em 2003 a uma empresa do Paraná ameaçada de ter o seu sigilo quebrado pelo Fisco. A maioria dos ministros reconheceu a validade de uma legislação de 2001 que garante à Receita o direito de ter acesso aos dados bancários.

O ministro Carlos Ayres Britto disse que, assim como as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), a Receita Federal é um órgão de controle e deve poder ter os dados rapidamente e sem necessidade de autorização judicial. De acordo com Ayres Britto, o que não pode ocorrer é o vazamento dos dados.

Projeto no Senado restringe pesquisa

O Senado está discutindo um projeto que impõe restrições ao trabalhos dos institutos que fazem pesquisas eleitorais. O projeto, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), foi aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) e terá ainda de ser examinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de passar pelo crivo do plenário.

A proposta diz, por exemplo, que as pesquisas feitas no último mês da campanha terão obrigatoriamente de ouvir 0.01% do eleitorado - o correspondente a cerca de 13 mil eleitores. Hoje, as maiores pesquisa eleitorais costumam ouvir cerca de 4 mil pessoas. O projeto também obriga os institutos a terem seu plano de amostra aprovado previamente por pelo menos dois terços dos candidatos que estiverem na disputa eleitoral.

Folha de S. Paulo

Dilma define Palocci na Casa Civil e fecha núcleo político

A presidente eleita, Dilma Rousseff, anunciará na próxima semana os nomes de Antonio Palocci e Gilberto Carvalho para a Casa Civil e a Secretaria-Geral da Presidência, respectivamente.
Palocci desejava ir para a Casa Civil desde o começo, mas chegou a considerar a alternativa de assumir a Secretaria-Geral. Dilma tinha dúvidas sobre colocá-lo na pasta. Sempre disse que não queria superministros.
A presidente eleita acabou se convencendo de que Palocci era a melhor opção para gerenciar o governo.

Associação de juízes ameaça greve inédita

Os juízes federais ameaçam cruzar os braços em 2011 se a presidente eleita, Dilma Rousseff, não conceder reajuste de 14,69% nos subsídios da classe. Eles protestaram contra a promessa do ministro Guido Mantega (Fazenda) de cortar novos gastos. "Se não houver negociação, podemos promover paralisação ou greve nos primeiros meses do governo Dilma", afirmou o presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Gabriel Wedy. A greve seria inédita -a categoria só parou uma vez, por um dia, em 2000.

Lula critica antigo bloco de países socialistas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem o antigo bloco socialista, dizendo que a Revolução Russa (1917) fez com que os capitalistas "tivessem medo do socialismo" e atendessem às necessidades da população.

De acordo com Lula, ele formulou essa tese após ter viajado por países socialistas e ela "pode não estar de acordo com cientistas políticos".
O presidente disse ainda que a visita que fez às duas Berlins, em 1985, o ajudou a embasar seu pensamento.

"Eu cheguei a Berlim Oriental, me deram 500 marcos para poder comprar coisas e não tinha onde comprar. A gente via pela televisão a Alemanha Ocidental, aquele povo com quase US$ 30 mil de renda per capita, tendo acesso a tudo."

Associação é usada para doar a candidatos

Os principais laboratórios farmacêuticos multinacionais usaram uma associação que representa seus interesses no Brasil para repassar R$ 1,8 milhão nas eleições a 18 candidatos a deputado federal e dois ao Senado.
A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) agrega 35 laboratórios instalados no país que, segundo a própria entidade, representam mais da metade do faturamento do segmento -R$ 18,5 bilhões. A Lei Eleitoral proíbe doações de entidade de classe ou sindicato. Também é vedada doação de pessoa jurídica, sem fins lucrativos, que receba recursos do exterior. Além disso, doações de associação impedem que seja estabelecida ligação entre o real financiador e o parlamentar beneficiado. A Interfarma nega irregularidades nas doações.

Deputada quer barrar pesquisas eleitorais 45 dias antes das eleições

A deputada federal Íris de Araújo (PMDB-GO) quer proibir a divulgação de pesquisas de intenção de votos 45 dias antes das eleições. O projeto será apresentado na Câmara na próxima semana. Segundo a deputada, a ideia é liberar a realização de pesquisas durante o período apenas para consumo interno. Íris nega que a intenção seja criar algum tipo de censura. "Pelo contrário, apenas pretendo garantir a lisura dos pleitos", afirmou. "Não podemos deixar que um eleitor se decida por pesquisas tabajaras", completou.

DEM não reagirá a debandada de Kassab

A direção do DEM decidiu não reivindicar o mandato do prefeito Gilberto Kassab, caso ele decida trocar o partido pelo PMDB. Ala que já dá como certa a saída do prefeito avalia que um embate na Justiça Eleitoral por conta de infidelidade partidária só traria mais desgaste à legenda, já enfraquecida pelas últimas eleições. O entendimento foi firmado após conversas com advogados do partido. Segundo juristas, mesmo que o DEM pedisse o mandato de Kassab à Justiça e ganhasse, a Prefeitura, pela norma atual, acabaria nas mãos de Alda Marco Antônio, a vice-prefeita, que é do PMDB.

Correio Braziliense

Cenas de uma guerra real

Nas filas de banco, nas salas de espera dos consultórios, nos bares, em todos os lugares do Rio o assunto é um só: a onda de violência na cidade e, sobretudo, o confronto entre policiais e traficantes. A TV transmitiu em tempo real a invasão liderada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) à Vila Cruzeiro, favela da Penha, Zona Norte do Rio — principal reduto do tráfico de drogas ao lado do Complexo do Alemão atualmente. Esses são locais em que a polícia não entrava há tempos. A população se juntou em torno das televisões espalhadas pelos estabelecimentos da cidade para assistir, estupefata, à batalha.

R$ 10 bi a mais no Orçamento

Uma nova reestimativa de receita do Orçamento da União para o próximo ano, no valor aproximado de R$ 10 bilhões, será usada para distribuir ainda mais recursos para emendas parlamentares e atender demandas da equipe de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). Esta é a segunda análise da comissão. No início do mês, os parlamentares aprovaram parecer que calculava aumento de R$ 18,4 bilhões na arrecadação, em relação à proposta original enviada pelo Executivo, de R$ 968 bi.

A partilha da verba inclui a previsão orçamentária para o Ministério da Micro e Pequena Empresa, promessa da petista durante a campanha eleitoral. A pasta deve ser — pelo menos nos primeiros meses de 2011 — a única criação do novo governo. Pelos cálculos, a saúde deve ganhar mais R$ 2 bilhões, atendendo aos apelos do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e da Frente Parlamentar da Saúde.

O sim de Palocci e as novas costuras

O aceite do deputado federal Antônio Palocci (PT-SP) para comandar a Casa Civil a partir de janeiro praticamente definiu o desenho dos ministros palacianos no governo Dilma Rousseff. O convite havia sido feito na semana passada, mas só ganhou a concordância de Palocci ontem. Sob a sua gestão, a pasta será remodelada e não vai cuidar de obras ou projetos específicos — terá caráter mais político. Com o lugar do coordenador da transição definido, o atual chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, deve ir para a Secretaria-Geral e Alexandre Padilha, permanecer onde está, na pasta de Relações Institucionais, responsável pelo dia a dia do Congresso. O atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tem a nomeação quase pronta para a Previdência Social.

Integração mais perto do "emergente" PSB

A presidente eleita, Dilma Rousseff, está decidida a tirar a Integração Nacional da cota de ministérios do PMDB. E já encontrou até uma explicação política para a mudança: o partido perdeu quase todo o espaço de poder na Região Nordeste, onde o ministério tem mais ações e projetos — inclusive um dos mais importantes, a transposição do Rio São Francisco, obra de R$ 4,5 bilhões, formatada nos tempos em que a pasta era conduzida por Ciro Gomes, do PSB.

Mudam nomes, não a política

Representantes de grupos de sem-terra e da agricultura familiar pressionam por mudanças na condução da política agrária da presidente eleita, Dilma Rousseff, e cobram um choque no setor. A previsão, no entanto, é de não haver nenhuma ruptura no modelo de funcionamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os cotados para assumir os cargos são alinhados com as atuais gestões.

Reforma na base do "desleixo"

“Aquilo não tinha a organização de uma obra.” A frase é de Carlos Magalhães, representante do escritório do arquiteto Oscar Niemeyer em Brasília. A equipe do homem que desenhou a Esplanada dos Ministérios é responsável pelo projeto da reforma do Palácio do Planalto, que demorou mais de um ano para ficar pronta e custou cerca de R$ 103 milhões aos cofres públicos. Uma matéria publicada ontem no Correio mostrou que, entregue há três meses, o espaço já tem infiltrações em paredes e tetos, poças acumuladas nas garagens e esquadrias com vazamento. De acordo com Magalhães, integrantes do governo federal foram alertados várias vezes sobre problemas na restauração do prédio, mas os avisos teriam sido ignorados.

Fonte: Congressoemfoco

Ódio brasileiro

“Óbvio que Serra ia perder. Foi o biótipo que o derrotou, mais do que a presidente eleita que, como todos sabem, é a cara do Lula”


O Brasil “nos” odeia na mesma proporção em que “nós” o odiamos. Igualzinho. O sentimento de revanche e discriminação com relação a “paulistas” no “resto do Brasil” não é muito diferente do sentimento que Mayara Petruso explicitou no tuiter com relação a nordestinos.

Generalização? Exagero? Talvez. Mas uma coisa eu posso dizer sem a menor chance de errar: “nós, paulistas” não temos, definitivamente, o monopólio da estupidez.

Se o sujeito for nascido na capital, branco, palmeirense e tremer o erre na ponta da língua, aí pode esquecer. Vocês decerto sabem de quem estou falando.

Óbvio que Serra ia perder. Foi o biótipo que o derrotou, mais do que a presidente eleita que, como todos sabem, é a cara do Lula. O homem-tucano é uma espécie ultrapassada e fora de contexto. O contexto ou o resumo da história localiza-se na zona sul da cidade, depois de Interlagos. São as classes C e D que representam o Brasil que invadiu São Paulo à revelia, para além de seus domínios morais e de conduta. Uma novidade que sopra do abismo. Um oxigênio que a rua Oscar Freire terá de aprender a respirar na marra e na base do ódio, sim. E é esse abismo que movimenta a economia do estado, como acontece com o “resto” do Brasil. O nome disso, caros coleguinhas do Dante Alighieri e do Clube Harmonia, o nome disso é distribuição de renda, e vocês fiquem à vontade para torcer os narizes, parar em fila dupla, viajar pra Disney e tuitar desbragadamente, não vai adiantar nada, perderam.

Um palpite. Cada vez mais, nesse Brasil pós-Lula, o “paulista” será menos brasileiro, dentro e fora de seus limites territoriais. Eu acho isso interessante. Anotem. No opportunity. E aqui cabe mais um vaticínio.

Os netos e bisnetos do coronel alagoano podem até adotar os shoppings e condomínios que imitam o modo de vida babaca do paulistano, mas a alma paulistana, sobretudo aquela que imigrou da Europa no final do século XIX e se fez com sacrifício, estudo, caretice e muito trabalho, essa cabe inteira no Parque Antártica, e vai ficar por lá mesmo. Não adianta. Nenhum Felipão vai dar jeito. As únicas coisas que se duplicarão a partir dessa alma - por uma questão de reciprocidade e devolução - são o ressentimento, a discriminação e o racismo, devidamente tropicalizados é claro.

Isso quer dizer que o casal, São Paulo e Brasil, vai continuar dormindo em camas separadas e fingindo amor eterno porque – aparentemente e como reza a etiqueta e as conveniências - um não pode viver sem o outro. Até que um grupo de tucanos-demoniacos, depois de muita humilhação e de mais algumas derrotas no Planalto Central, vai levantar a bandeira de São Paulo de Piratininga, e dizer chega. Quebrarão a cara, evidentemente.

Experimentem viajar pelo Brasil com um veiculo emplacado em São Paulo-SP. Abram a boca num boteco carioca e peçam “um chopis e dois pastel de carrrne”. Bem, isso é ridículo, isso é o lugar-comum, o básico. Vi coisas muito piores. Trabalhei com turismo em Santa Catarina, e testemunhei a volúpia dos nativos pela jugular de famílias paulistas, incluindo as criancinhas. Também vendi antenas parabólicas e títulos de clube de campo, orientado para xavecar aquela gente mal-humorada e comedora de pizza.

O ódio e o fascismo, repito, não são exclusividades dos alunos da Uniban. O fato de Geisy ser uma biscate é irrelevante diante da corrida ancestral pela estupidez – que, repito, não é monopólio de ninguém. Tive uma loja de carros usados e uma confecção de fundo de quintal que, graças a Deus, faliu. Conheci a sanha dos credores e dos senhorios. Pedi dinheiro emprestado, quebrei, levantei, sacudi a poeira, comi a mulher do gerente do supermercado “me fode, paulista” e, em 1987, tive a alma subtraída numa praça de pedágio em Jaguariúna. Uns sessenta quilômetros depois, perto do trevo de Mogi Mirim, a recuperei e dei a volta por cima e caí outra vez, assim sucessivamente: fiz muita merda e vi muita merda pelo caminho. O ódio brasileiro sempre esteve ao meu lado, e eu garanto que não é coisa que inventei. Um treco que se adquire por inércia e a partir do nascimento, que a gente leva no banco do táxi como se fosse um passageiro estressadinho. Se você vacilar, ele vira seu cúmplice.Vocês nunca andaram de táxi? Não fui eu quem inventou o complexo de vira-latas. Nem o de Pitbull. Vivi em Belém do Pará, e foi lá, num pasquim chamado PQP, que vi meu primeiro texto publicado por Raymundo Sobral: resisti incríveis três edições. Da pqp segui pra Macapá e passei alguns meses na Guiana Francesa, onde travei contato com Tomezinho, piloto e ladrão de aeronaves de pequeno porte que, além de ser um cara prático e monossilábico, me deu uma carona até a Serra da Canastra, bem longe da bacia Amazônica. Custou caro. Uma vendeta que percorreu 3 mil e tantos quilômetros. Tive de aprender a rezar para Nossa Senhora das Muambas. Vendi uns bagulhos trazidos da fronteira e comprei uma draga em sociedade com o diabo, ele mesmo, Tomezinho. Passei um ano no garimpo (essa história eu conto no meu próximo livro...), e achei alguns xibius que não valeram a lama em que me meti, e aí, antes de ser assassinado, resolvi me pirulitar e voltei pro sul. Onde conheci Marisete que de dia era manicure e de noite trabalhava no Scorpion’s Club. Isso aconteceu um ano antes de eu encalhar uma escuna num banco de areia no rio Camboriú, entre outras cositas legales e ilegales. Nesse meio tempo, fui testemunha de muita intolerância, perseguição e abandono. Essa tuiteira, Mayara Petrusi, é café pequeno. A propósito: qual a diferença de desejar o afogamento para os nordestinos, e dizer que Machado de Assis, apesar de feio, gago e preto era um sujeito bem humorado? Diferença nenhuma. Inclusive a platéia é a mesma. Os mesmos mamelucos baladeiros que lincharam a tuiteira, aplaudiram efusivamente o racismo da sinhá Lygia Fagundes Telles. Eta Brasilzão, terra de Iaiá.

Voltando à estrada. Percorri o Vale do Itajaí vendendo antenas parabólicas, dei um rolê em Brusque ( capital do moletom), fiz bons amigos em Balneário Camboriú, e sosseguei temporariamente o facho na Ilha de Santa Catarina. Troquei um Fiat Uno por uma casa de madeira na praia do Santinho. Era 1993 e lá nessa casa passei alguns meses na companhia de uma dúzia de hare-krishas. Eles acampavam no terreno vizinho e eu acabei me apaixonando pela mulher do monge hare-hare. Bem, posso dizer que ele não aprovou a insubmissão de sua escrava e quase saímos na porrada, lembro como se fosse hoje: “Vou te encher de porrada, paulistafilhodaputa”. “Vem monge, pode vir. Além de monge é corno”. O fato é que eu ia desjarretear os membros daquele babaca, meu sangue bandeirante borbulhou nas veias, e ele arregou quando vislumbrou altares profanados, velhos, crianças e mulheres grávidas passados a fio de espada, cidades devastadas, sangue, chamas e lágrimas vãs; o monge arregou quando viu Raposo Tavares, Anhanguera, Dias Velho e Hebe Camargo brilharem nos meus olhos vermelhos de “paulistafilhodaputa”. Tirei o monge do sério.

Mas eu já estava de saco cheio daquela pantomima e fui pra Porto Alegre comer mondongo no mercado público, e tchau. Uma semana depois estava de volta a Santos, logo me engajei na campanha de um dentista mal-intencionado que queria ser vereador. Fiz um jingle infame pra ele: “O Povo/ tá na boca do povo/ Dinho dentista” - nessa época morava no José Menino e cismei que ia comer a Lelé que não queria saber de mim, ela tinha nojo de mim. Também morei em E.S. do Pinhal e dei umas ciscadas na Alta Mogiana, em São João da Boa Vista pedi misericórdia pra Nossa Senhora dos Encalacrados e fiz promessas que sabia que jamais iria cumprir, depois, fui morar nas dependências de um curtume em Andradas-MG. Eu era o responsável pela seção de degola dos coelhos.

Saí de São Paulo-SP em 1985 e ainda não voltei. Ou melhor, voltei, dei um alô de 7 anos pra rapaziada e tenho saudades de cinco pessoas, as demais me incensaram quando tinham que incensar, me festejaram quando tinham que festejar, me traíram quando tinham que trair e me jogaram no lixo quando não precisaram mais de mim. Normal, tudo dentro do script, de modo que peguei minha viola, pus na sacola e dei mais um foda-se amplo, geral e irrestrito pra audiência. E fui viajar.

Estou há 25 anos na estrada e vivenciei situações de racismo e intransigência muito mais sórdidas e muito mais escrotas do que a tuitada imbecil de Mayara Petruso, numa época nada virtual e igualmente escrota. A diferença para os dias de hoje é que nossos coleguinhas não tinham, digamos, os “instrumentos” para serem eles mesmos. Todavia, o ódio sempre esteve presente – e, embora nunca tenha sido prerrogativa de preto, branco, nem de monge nem de executivo, ele, o ódio brasileiro, sempre foi muito bem preservado em escaninhos, divisões, muros e camadas de hipocrisia. Negá-lo é fomentar mais ódio. As pessoas o guardam como se fossem jóias de família. Quem quiser pode chamar de alegria brasileira.

Foi Pasolini quem inventou a internet.

Passei um final de semana inesquecível em Taguatinga, apesar dos carrapatos que trouxe na virilha. Perdi mil noites numa só noite no Largo do Machado e, por dois anos, vivi um amor de verdade em Copacabana. Nos idos dos oitenta, eu abastecia a camionete num posto de gasolina perto de Pouso Alegre, ia pra Ouro Fino trocar um guincho por um lote de 10 x 25 na cidade do menino da porteira. Nesse dia, aprendi que as palavras “cordialidade” e “imparcialidade” são as mais falsas e canalhas do dicionário. Não queria escrever isso aqui. Também não vou me estender sobre o incidente e a confusão que acorreu imediatamente na seqüência. Gente morta. Basta dizer que, à época, eu era conhecido como “paulista” e que, naquele dia enfumaçado, os fatos não estavam a meu favor. Como não estão agora. No entanto, como não sou 100% mentiroso e procuro - na medida do possível - não me omitir diante daquilo que me é cuspido nas fuças, vou generalizar e cuspir de volta. Gostem ou não gostem, aqui vai: o Brasil não combina com São Paulo e São Paulo não combina com o Brasil. Existe ódio. Um sentimento mal disfarçado, podre, latente, familiar e recíproco. E não é pouco ódio não.

Àqueles que quiserem acreditar no amor, eu desejo toda a sorte do mundo. Claro que sim, vamos sempre dar uma chance para a paz, para a solidariedade e amizade. Corremos o risco de levar um tiro de um fanático-babaca, mas se não fosse por isso eu já estaria morto mesmo. O importante é não esquecer que o ódio nos espreita e carrega milhões de disfarces e boas intenções, o ódio brasileiro afaga, convida pra ir jantar e é o melhor anfitrião do mundo, o ódio é doce como uma compota caseira e sempre concorda contigo, ele é o rei dos elogios e às vezes aponta pequenos defeitos para valorizar as virtudes que nem você sabia que tinha, o ódio é surpreendente e encantador, ele tem muita paciência, o ódio é desprendido e jamais vai perder o timing, ele é a Vovó da Casa do Pão de Queijo, ele é bom vizinho que planeja seu fim toda vez que o beija na face e, uma hora, – pode escrever - ele vai dar o bote e estragar tudo, de leste a oeste e de norte a sul. Ininterruptamente. Portanto, quem puder amar, que ame e seja feliz e atire a primeira flor...porque a primeira pedra me atingiu naquela tarde no posto de gasolina. De chofre, bem no alvo, de forma irrevogável e para sempre, e as outras pedradas viriam na seqüência e chegam até hoje, implacáveis. Vocês não viram Easy Rider? Idem,ibidem.

Ou alguém pensa que aqui no Brasil é diferente porque as pessoas fingem que levam Sergio Bianchi a sério? Aqui o ódio é pior, muito pior.

* Considerado uma das grandes revelações da literatura brasileira dos anos 1990, formou-se em Direito, mas jamais exerceu a profissão. É conhecido pelo estilo inovador e pela ousadia, e em muitos casos virulência, com que se insurge contra o status quo e as panelinhas do mundo literário. É autor de Proibidão (Editora Demônio Negro), O herói devolvido, Bangalô e O azul do filho morto (os três pela Editora 34) e Joana a contragosto (Record), entre outros.

Fonte: Congressoemfoco


Outros textos do colunista Marcelo Mirisola*

Nas revistas: nós todos contra o tráfico

Época

Nós todos contra o tráfico

A quinta-feira 25 de novembro de 2010 entrou para a história do Riode Janeiro como o dia em que a cidades e insurgiu contra o tráfico. Hipnotizada, a população parou para assistir em casa e na rua às cenas de sua guerra particular, transmitidas ao vivo pela televisão. Pela primeira vez na história, veículos militares blindados da Marinha trafegaram pelas vielas de uma favela. Seis tanques de guerra, do mesmo modelo usado no Iraque, e dois veículos anfíbios abriram caminho para a entrada de homens do Bope na Vila Cruzeiro, o principal bunker do Comando Vermelho, maior facção criminosa do Estado. A Vila Cruzeiro, ao lado dos complexos de favelas da Penha e do Alemão, era considerada uma fortaleza inexpugnável, refúgio seguro para bandidos e traficantes.
Todos assistiram à ação da polícia como se estivessem diante do filme Tropa de elite, versão 3. A incursão envolveu 510 policiaise 88 fuzileiros navais. Foi uma resposta fulminante e bem coordenada aos atentados terroristas que, ao longo da semana, incendiaram pelo menos 95 veículos nas ruas. A polícia esperava conflito com os traficantes da Vila Cruzeiro, mas o que se viu foram dezenas de bandidos fugindo pela mata, demoto, picape ou a pé, rumo ao Complexo do Alemão. Moradores acenavam companos, toalhas e lençóis brancos, pedindo paze ajuda. Na sexta-feira, chegou um reforço com 800 soldados do Exército – e a ocupação dos morros era dada como certa. A dúvida era quando e como seria retomado todo o território em poder dos bandidos.

Antonio Anastasia: "O PSDB deve ter novas lideranças"

Eleito governador de Minas Gerais com 63% dos votos, o tucano Antonio Anastasia passou a campanha sendo chamado de “a Dilma de Aécio”. Mesmo consciente de que sua participação nas questões nacionais do partido ainda se dá a reboque de Aécio, ele não se furta a opinar. Pede reavaliação de diretrizes, novas lideranças e maior aproximação com a sociedade civil. Famoso pela pontualidade, ele tem enfrentado dificuldades para cumprir a agenda como gostaria. Anastasia recebeu ÉPOCA na sala de reuniões do hangar do governo no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte. A conversa foi depois de uma reunião com o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB), e outros governadores, em Brasília, e antes de um encontro com o presidente mundial da Philips, na Cidade Administrativa do governo mineiro.

Me dá um habitante aí

Em outubro, um carro de som circulava dia e noite pelas ruas de Minaçu, no interior de Goiás. A voz do prefeito Cícero Rodrigues (PSDB) convocava a população a atender os recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rodrigues foi à rádio da cidade, fez campanha boca a boca e contratou um serviço de telemarketing. Sua intenção era garantir que todos os moradores respondessem ao Censo 2010. “Faltavam poucos dias para acabar e disseram que a população estava em 27 mil habitantes”, afirma Rodrigues. Para ele, Minaçu teria 35 mil habitantes. Para decepção de Rodrigues, o Censo encontrou apenas 29 mil habitantes.

Como Rodrigues, outros 328 prefeitos do país têm razões para lamentar o resultado do Censo. Nesses municípios, o IBGE encontrou menos habitantes do que as projeções anteriores indicavam, e, por esse motivo, eles deverão receber menos recursos do governo federal por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O jeito Dilma de mandar

Dois governistas visitaram recentemente a presidente eleita, Dilma Rousseff, na residência oficial na Granja do Torto, em Brasília. Chamados para uma conversa com Dilma, cruzaram na chegada com o deputado Antonio Palocci. Entraram na ampla sala de reuniões da casa e encontraram a presidente eleita sentada a uma grande mesa. Ela estava acompanhada apenas de Anderson Dornelles, seu mais próximo e antigo assessor. A conversa transcorreu com os quatro na sala, sem que nenhuma outra pessoa interrompesse. Ao sair, os visitantes também não encontraram mais ninguém. O jeito reservado de tratar os assuntos relativos à formação do governo e a discrição adotada no processo de tomada de decisões se transformaram até agora na marca do estilo Dilma na montagem da equipe.

Sem dar nenhuma entrevista ou fazer pronunciamentos, Dilma, na semana passada, formou a equipe econômica e o núcleo político de seu governo. Permanecem em seus cargos o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, nomes bancados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas Dilma demonstrou que, mesmo prestigiando muitos integrantes da equipe atual, também pretende imprimir sua marca no governo. Nesses casos, alguns fatos deixaram evidente que ela procura agir com um misto de autoridade e pragmatismo.

Tombini contra o novo dragão

O gaúcho Alexandre Tombini já gozava da fama de economista eficiente no Ministério da Fazenda em 1993, quando nas salas vizinhas a sua era preparado o plano de combate à hiperinflação, a mais terrível inimiga da economia brasileira naquele tempo. Nascia o Plano Real, que se revelaria uma belíssima arma encolhedora de monstros. A inflação passou da casa dos 2.500% ao ano para perto de 5% em apenas três anos. Tombini não chegou, então, a entrar no embate diretamente. Dividia sua atenção entre outros assuntos – com apenas 29 anos, exibindo um espanhol perfeito e um título de doutor em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, coordenava negociações com os outros países do Mercosul e dava aulas como professor visitante na Universidade de Brasília (UnB). Como a inflação encolheu, mas continuou dando mordidas no bolso do brasileiro, Tombini teve sua chance de entrar em confronto direto com o monstro seis anos depois, em 1999, quando já estava no Banco Central.

Roberto Rodrigues: "Precisamos de um PAC para o agronegócio"

O empresário rural Roberto Rodrigues, de 68 anos, primeiro ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do governo Lula, conhece como poucos o agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil tem tudo para se consolidar como o principal produtor global tanto na área de alimentos como na de biocombustíveis. Mas Rodrigues diz que falta ao país uma política de Estado para o setor e uma estratégia mais agressiva para aproveitar as oportunidades no mercado externo. “O que me faz chorar é isso. O mundo espera muito de nós, mas nós não nos oferecemos ao mundo.”

Carta Capital

Confronto inevitável

Um velho amigo comentou dias atrás: “Ele se meteu em uma enrascada sem saída quando disse: ou ele, ou eu, como Golbery”. Bom assunto para um almoço pacato. Comparava o chefe da Casa Civil de três ditadores, Castello Branco, Geisel e Figueiredo, com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que se prepara a deixar seu posto para Alexandre Tombini, diligente funcionário do próprio banco do qual é o atual diretor de Normas.

O impasse para Golbery deu-se logo após a desastrada operação que resultou na tragicomédia do Riocentro, a 1º de maio de 1981. A bomba explodiu no colo do terrorista de Estado que a carregava de carro, destinava-se a provocar uma hecatombe em meio a um espetáculo musical que reunia 20 mil pessoas. Felizmente, uma apenas foi para o Além, quem sabe o Inferno, enquanto o que dirigia o veículo ficou gravemente ferido. O inspetor Clouseau não se sairia melhor.
O humor negro do episódio não haveria de abrandar a profunda irritação que tomou conta do chefe da Casa Civil de João Baptista Figueiredo. Logo depois de ser informado a respeito do evento, caminhou até o gabinete presidencial e exigiu a demissão imediata do comandante do I Exército, sediado na Vila Militar do Rio, o general Gentil Marcondes, primeiro responsável por uma missão de inauditas dimensões criminosas, da qual ele teria de estar necessariamente a par.

Anatel acaba com limitações para mercado de TV a Cabo

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira (25) mudanças no Planejamento do Serviço de TV a Cabo, que acaba com a limitação do número de emissão de outorgas para empresas em cada localidade e com a necessidade de licitação para a concessão.

Cada outorga deverá custar R$ 9 mil e poderá ser dada para atuação em mais de um município. A Anatel vai elaborar uma regulamentação específica estabelecendo condições para as novas concessões, que podem ser em relação a limites ou a encargos, como já foi adotado na abertura do mercado de telefonia fixa e na licitação de telefonia celular de terceira geração.

A intenção da Anatel com a abertura do mercado é aumentar a competição e contribuir para a massificação do serviço de TV por assinatura, que hoje atende a 9 milhões de assinaturas.

Mudanças na Igreja Católica?

Depois de fazer uma declaração polêmica dirigindo-se aos brasileiros sobre o direito ao aborto em plenas eleições presidenciais, o papa Bento XVI voltou ao centro das atenções no domingo 21 com a divulgação de um trecho de uma entrevista concedida ao jornalista alemão Peter Seewald em que falou, pela primeira vez, positivamente sobre o uso da camisinha. “Quando a intenção é reduzir o risco de infecção, pode ser, no entanto, um primeiro passo para abrir o caminho a uma sexualidade mais humana”. Essas palavras do pontífice fazem referência às relações que envolvem prostituição e é um pequeno trecho que está no livro “Light of the World: The Pope, The Church and the Signs of the Times” (“Luz do Mundo: o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”), sem previsão de lançamento no Brasil, divulgado pelo jornal do Vaticano L’Osservatore Romano.

O ministério de Dilma, até aqui sem surpresas!

Depois de definidos os principais nomes na área econômica, são dadas como certas as indicações de Antonio Palocci para a Casa Civil e Gilberto Carvalho para a Secretaria-geral da Presidência no ministério da presidenta Dilma Rousseff. Cargos importantes da dita “cozinha” do Planalto.

São muito fortes também as tendências para que Paulo Bernardo assuma o Ministério das Comunicações e José Eduardo Martins Cardoso o da Justiça. Giles Azevedo seria seu chefe de gabinete e a jornalista Helena Chagas substituiria Franklin Martins na Secom.

Se confirmados estes seis nomes, nenhuma surpresa será constatada, a reforçar a expectativa que o governo Dilma tenha a cara e o coração da continuidade do governo Lula.

Outros nomes dentro da seara petista são ventilados quase todos os dias na imprensa. Alguns podem ser simples balões de ensaio, colocados no ar pelos próprios interessados ou seus simpatizantes. Outros, porque, de fato, estão nos planos da presidenta.

Dilma e os Direitos Humanos

Ofuscada pela batalha política da divisão de cargos do primeiro escalão, a sucessão de Paulo Vanucchi, secretário especial de Direitos Humanos da Presidência da República, irá definir como a presidente eleita Dilma Rousseff se comportará diante de uma crise anunciada. Na primeira semana de dezembro, a Corte Interamericana de Direitos Humanos deverá condenar o Brasil por conta da detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado de 70 pessoas, entre membros do PCdoB e camponeses da região do Araguaia, por agentes do Exército brasileiro, entre 1972 e 1975, com o objetivo de erradicar os focos de guerrilha lá montados durante a ditadura militar. O Brasil é o único país da América Latina que, baseado numa Lei de Anistia prestes a se tornar um estorvo jurídico internacional, jamais julgou os criminosos que mataram, torturaram e deram sumiço a opositores políticos durante o regime dos generais (1964-1985).

Até agora, não se sabe qual será o modelo de política de Dilma Rousseff para a área de Direitos Humanos. Dentro da equipe de transição, uma série de nomes começou a circular, ainda de forma incipiente, até porque a decisão será tomada por ela e pelo futuro ministro da Justiça, provavelmente, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). Isso porque, embora a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) seja subordinada à Presidência, esta deve estar em sintonia com a Comissão de Anistia, subordinada à pasta da Justiça. As expectativas dos movimentos de Direitos Humanos e de amigos e familiares de mortos e desaparecidos políticos em torno do tema crescem com a hesitação da presidente eleita em falar sobre ele. A provável decisão desfavorável ao Brasil na Corte Interamericana, sediada na Costa Rica, contudo, deverá mudar esse quadro.

Gaza? Não, Rio de Janeiro

Os helicópteros das tevês acompanham, dia após dia, a elevação de torres de fumaça provocadas por dezenas de veículos incendiados em diversos pontos da cidade, em ataques que fizeram ao menos 30 vítimas em menos de cinco dias. Não, não se trata de noticiário recente sobre a Faixa de Gaza. Tampouco das tensões em Juárez ou Tijuana, cidades dominadas pelo tráfico ao norte do México. Tal era o saldo, até as 17 horas da quinta-feira 25, da onda de violência no Rio de Janeiro.

E com fortes tendências a piorar, com a reação armada do poder público. Após um ataque contra o Caveirão – veículo blindado que deveria inspirar medo nas falanges criminosas escondidas nos morros cariocas –,— o governo fluminense aceitou o auxílio das Forças Armadas. Com isso, aumentou o peso da artilharia empregada na batalha contra o tráfico, que pode ter palco na Vila Cruzeiro. A entrada de seis blindados da Marinha na favela do bairro da Penha, no subúrbio da capital carioca, foi transmitida ao vivo, enquanto os repórteres faziam a contagem dos baleados durante a ação: três, logo nas primeiras horas.

IstoÉ

Força, Rio! - Parte 1

Com um tiro certeiro de cidadania e autoridade, o governo do Rio de Janeiro conseguiu finalmente alvejar um inimigo que há décadas aterroriza a população do Estado. O tiro tem nome e sigla: Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, projeto de policiamento comunitário que já resgatou nos últimos dois anos mais de 300 mil favelados do mundo de terror instaurado historicamente pelos traficantes de drogas. O inimigo que foi gravemente ferido é o crime organizado. Ao instalar as UPPs em favelas, o governador Sérgio Cabral rompeu com a ordem até então vigente nas comunidades carentes: a violência dos bandidos é que determinava o que podia ou não ser feito. As armas eram a lei e o crime organizado detinha o controle territorial. Isso acabou nas 12 comunidades pacificadas até agora, atingindo diretamente a receita do narcotráfico. Na semana passada, a reação veio forte e orquestrada.

Força, Rio! - Parte 2

“É muito importante que o ambiente físico seja normalizado o mais rapidamente possível”, diz o psicólogo Christian Kristensen, pesquisador do Núcleo de Estudos em Trauma e Estresse da PUC do Rio Grande do Sul. “As pessoas ficam com sentimento de vulnerabilidade”, diz a psicóloga carioca Marcele de Carvalho, do Centro Psicológico de Controle do Stress. Para o sociólogo Renato Lima, secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Rio sofre com um esquema tático de guerrilha que foi adotado pelos traficantes. Diz ele: “O que está acontecendo são reações esperadas. Diante de uma restrição de seus territórios, o crime reage para provocar o pânico e desestabilizar a polícia, numa tentativa clara de criar acordos.” Ele acredita que o governo deva continuar a investir pesado na análise de informações como uma medida de prevenção ao crime organizado: “O Estado não pode retroceder.”

Remendo áereo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está sentindo um cheiro de caos no ar. A ameaça de greve de aeronautas e aeroviários e a animação das companhias aéreas com o notável crescimento das vendas de passagens este ano são prenúncio de confusão. Em dezembro de 2006, ano em que a aviação brasileira registrou 102 milhões de passageiros, o País conheceu o que passou a chamar de “apagão aéreo” – multidões se espremendo nos saguões dos aeroportos, gente dormindo pelos cantos, um sem-número de voos cancelados e uma coleção de desrespeitos ao consumidor. De lá para cá, não houve melhorias significativas nos aeroportos do País, mas o movimento aumentou. Este ano, o número de passageiros deve saltar para 153 milhões. Só em dezembro, 14 milhões de pessoas tentarão embarcar nos aeroportos do País. A proximidade das festas de fim de ano e a pressão dos aeronautas fizeram acender o sinal vermelho para a Anac, que começou a se movimentar para evitar a reprise do apagão. A dúvida é se faz isto a tempo.

Palocci é confirmado na Casa Civil do governo Dilma

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci será o chefe da Casa Civil do governo de Dilma Rousseff. Coordenador da equipe de transição, Palocci foi convidado pela presidente eleita, na última quarta-feira, a assumir a pasta que já foi comandada por ela. Resistiu um pouco, pois preferia um ministério de menor visibilidade, mas aceitou a tarefa após longa conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O novo núcleo duro do Palácio do Planalto também abrigará Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, na Secretaria-Geral da Presidência. Carvalho e Luiz Dulci, que ocupa essa cadeira, são os únicos sobreviventes do antigo grupo de conselheiros de Lula, formado em 2003. A exemplo do que ocorre hoje, todos os auxiliares escolhidos por Dilma para a chamada "cozinha" do Planalto são filiados ao PT e próximos a Lula.

Veja

Guerra contra o tráfico avança no Rio

A lógica do ministério de Dilma

Fora do poder, Lula quer provar que mensalão não existiu

Francisco Cembranelli, um herói do Ministério Público

Funcionários podem quebrar sigilo sem ordem judicial
Fonte: Congressoemfoco

Fotos do dia

Fabiana Semprebom, 26 anos, é a novata da grife Victoria's Secret Bombeiros retomam as buscas por dois irmãos desaparecidos em Americanópolis Policiais trabalham na implementação de unidade pacificadora na Vila Cruzeiro
O Tricolor vai escalar jogadores até das equipes de base para enfrentar o Atlético-GO Alessandro treina no CT do Parque Ecológico Manifestantes protestam no Masp contra comércio de pele de animais

Leia Notícias do seu time


Justiça aumenta atrasados da pensão

Ana Magalhães
do Agora

A Justiça aumentou os atrasados da pensão por morte do INSS. Uma decisão da TNU (Turma Nacional de Uniformização), a última instância dos juizados especiais federais, determinou que o benefício do INSS deve ser pago ao filho menor de idade desde o dia da morte do segurado, independentemente de quando foi feito o pedido da pensão.

A legislação determina que a pensão é devida desde o dia da morte se o pedido do benefício for feito em até 30 dias. Se o requerimento for feito após isso, a pensão será paga desde a data do pedido.

No caso julgado pela TNU, o segurado morreu em outubro de 2005, mas o pedido da pensão foi feito só um ano depois, em outubro de 2006. Pela regra seguida no INSS, o dependente poderia receber a pensão só a partir dessa data.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste sábado

Anatel multa operadora em mais de R$ 1 milhão por violar sigilo de Geddel Vieira Lima

Agência Basil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) multou a operadora de telefonia TIM em R$ 1.036.225,95 pela violação do sigilo telefônico do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). O ato, publicado hoje (26) no Diário Oficial da União, diz que a prestadora é responsável pela inviolabilidade do sigilo das telecomunicações em toda sua rede, bem como pela confidencialidade dos dados e informações.

Segundo a Anatel, a Maxitel, operadora que foi comprada pela TIM, violou sem autorização judicial o sigilo da comunicação do deputado e não apresentou à Anatel os esclarecimentos e informações quando foram solicitados.

A TIM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está analisando o conteúdo publicado no Diário Oficial.

Fonte: Tribuna da Bahia

Milhares de homens, bandidos e policiais, desarvorados e desorganizados, não sabiam o que fazer. A partir de quinta-feira, reforçados pela Marinha. De ontem, pelo Exército e FAB. O que adianta se não têm planos?

Helio Fernandes

O que parecia ser “apenas” a guerra do asfalto, com a propagação pela televisão, e a utilização do helicóptero, sofreu três alterações importantes. 1 – A audiência cresceu de verdade, todos os canais transmitindo, se sobrepondo, se repetindo, usando toda hora, dia e noite, as mesmas imagens. Que eram realmente impressionantes.

2 – Também impressionante o número espantoso de bandidos, que mantinham ao mesmo tempo, uma guerra e uma guerrilha. A das ruas e superfície, e a dos morros, das mais diversas favelas, e se fundindo, se auxiliando, se socorrendo, se fortalecendo, mas não se organizando em nenhum momento.

3 – As imagens da televisão mostraram a mais de 40 milhões de telespectadores que as tropas militares estavam tão desorientadas, desorganizadas e disperçadas, quanto as “tropas” de bandidos. Os marginais em fuga maluca, eram calculados em 3 mil, as forças da repressão, (no asfalto, nos morros) em mais do que isso.

Esse relato investigativo e analítico, vai até a noite de ontem, sexta-feira. Exército e Aeronáutica estavam entrando em ação. Mas qualquer seja a participação, não ultrapassará o limite que fez a Marinha. É preciso ressaltar e registrar, para não desgastar as Forças Armadas.

Essas Forças Militares têm que assumir o comando, mas o Ministério da Defesa não admite. Então entram com mais homens, aumentam o número, mas não a capacidade ou a eficiência. Então, o que se viu na televisão foi rigorosamente o seguinte.

Os bandidos fugiam a pé, de carro ou de motocicleta, passando entre as tropas militares. Estas não tinham planos, ordens, organização. Perplexas, tentavam correr mais do que os bandidos, estes quase pedindo “licença ou autorização” para fugirem, os perseguidos correndo junto com os perseguidores.

Na verdade, as forças militares só tinham duas opções. Na primeira, precisavam de ORDENS SUPERIORES. Na segunda, mesmo com ordens, não poderiam cumpri-las. Primeira opção: metralhar os milhares de bandidos-traficantes, o que provocaria satisfação dos milhões de cidadãos “colados” nas televisões. (Talvez com pequeníssima exceção).

A segunda opção, impossível de ser adotada: PRENDER os milhares de bandidos desesperados, que atravessavam vários locais, morros e favelas, para chegarem ao Alemão, que todos consideravam a salvação. E chegaram mesmo, não tinha ordens para coisa alguma. No morro, só um bandido ligeiramente ferido.

Nos bairros, Zona Norte. Zona Sul, centro, avenidas de acesso até para municípios da Baixada, domínio total do crime. Carros incendiados aumentando em número e em selvageria. Dava a impressão de que os bandidos-traficantes perceberam a transferência dos policiais militares para o alto, passaram a comandar as ruas.

E com isso atingiam diretamente a população. Na quinta e na sexta-feira, o expediente em empresas públicas e particulares, escolas e universidades, diminuiu ou cessou completamente. É que tendo ou não tendo carro, dezenas de milhares de pessoas teriam que passar à noite por zonas “conflagradas” (é a palavra).

Os carros poderiam não escapar do incêndio. Os “pedestres” não tinham nem condução, os ônibus desapareciam. Assim que o dia escurecia, sumiam todos.

***

PS – Ontem, sexta-feira, poderia ter havido uma decisão. Três mil bandidos eliminados, representariam a tranqüilidade para milhões de cidadãos, a recuperação da imagem do Poder. E o fim para o que os órgãos de comunicação, durante muito tempo, rotularam como PODER PARALELO.

PS2 – Só existe PODER PARALELO quando o PODER DE VERDADE desaparece. Este já sumiu mesmo, o libelo dos dois filmes intitulados “Tropa de Elite”, não deixa margem a qualquer dúvida.

PS3 – Todos reconhecem, jornalões, membros do governo, cidadãos, estes sofrendo 24 horas por dia: “Estamos em plena guerra”. Não há discordância. E se reconhecemos a guerra mortal, temos que reconhecer que é preciso decisão autêntica, fora da rotina da concessão.

PS4 – Perdemos ontem oportunidade excepcional, não podemos desperdiçar outra, se é que surgirá. Mas na guerra, a única CONCILIAÇÃO está na História: A RENDIÇÃO INCONDICIONAL. Não há acordo entre bandidos e cidadãos, estes com seus representantes nos governos.

Helio Fernandes |/Tribuna da Imprensa

A responsabilidade dos usuários de drogas

Carlos Chagas

Quando eclodem as guerras, os países envolvidos dedicam-se a analisar suas causas, justificando-se pelo envolvimento nos confrontos. Ainda em 1939 as democracias européias acusavam a Alemanha de invadir outras nações, ao tempo em que Adolf Hitler alegava o esbulho do Tratado de Versailles contra o povo germânico.

Sucedem-se as explicações sobre a conflagração no Rio, com a polícia e as autoridades denunciando a extensão do crime organizado no controle das favelas e os narcotraficantes sustentando que a miséria e o desemprego não lhes deixaram outra opção de sobrevivência.

Só que ambos os lados em choque, com raras exceções, omitem o fator principal de responsabilidade pela conflagração: os usuários de droga. Não tivessem os viciados se multiplicado em progressão geométrica e não estaríamos assistindo essa novela de horror.

Os números não deixam mentir: só da Vila Cruzeiro escaparam perto de 600 narcotraficantes, refugiando-se no Complexo do Alemão. Multiplique-se pelas outras mil favelas fluminenses o número de bandidos empenhados em adquirir, vender e distribuir cocaína, maconha e outras drogas, e se terá o número aproximado de dezenas de milhares de criminosos assolando a antiga capital e adjacências.

Isso significa número muito maior de viciados, daqueles que recebem a droga a domicílio ou freqüentam as bocas de fumo. Duzentos mil, quinhentos mil, no Rio? São eles os responsáveis pela guerra. Carregam a culpa pela intranqüilidade da população inteira, mais os assassinatos, os roubos e as depredações. No entanto, são tratados como vítimas, coitadinhos, pobres doentes contaminados pela angústia…

Aqui para nós, é preciso criminalizá-los. Identificá-los. Expô-los à sociedade. Torná-los responsáveis perante a Justiça, aplicando-lhes penas que, mesmo não sendo de prisão, precisam ser conhecidas dos vizinhos, parentes, patrões e empregados. Em especial os melhor favorecidos, os ricos e os integrantes das elites. Vale repetir, são eles os culpados pelo que vai acontecendo, porque se não existissem, não existiria o narcotráfico. Nem a guerra.

APOIO POPULAR

O povo do Rio aplaudiu a entrada das Forças Armadas na guerra travada em seu território. A Marinha saiu na frente, com os fuzileiros navais e seu equipamento. O Exército entrou ontem, assim como a Aeronáutica. Algo de novo aconteceu no cenário institucional, mais do que elogiável. Foram superadas décadas de indecisão. Ainda bem. Importa menos saber quem comanda as operações, pois a defesa da ordem pública é dever dos militares.

DILMA NO RIO?

O senador Pedro Simon sugeriu ontem, da tribuna do Senado, que a presidente Dilma Rousseff siga para o Rio o mais breve possível, solidarizando-se com a população e apoiando as autoridades empenhadas na guerra contra o crime organizado. O problema é que o presidente Lula ainda não foi. Talvez possa ir hoje, quando voltar da Guiana.

IMPASSE

PMDB e PT ainda não se entenderam a respeito da presidência da Câmara. A tradição recomenda que o partido com a maior bancada indique o presidente. Nesse caso, seria um petista, assim como a presidência do Senado está e continuará com o PMDB, com número superior de senadores. Quanto a promover um rodízio entre os dois partidos, na Câmara, só se for estendido ao Senado. Não chega a ser uma iniciativa ética buscar a formação de blocos com outras legendas, visando quebrar as maiorias. Até porque, o vento que sopra de um lado, sopra de outro.

Fonte: Tribuna da Imprensa

sexta-feira, novembro 26, 2010

Faltou o conselheiro aconselhar...



A Verdade e a Dúvida

A Verdade não é sagrada
A Verdade não tem segredos
A Verdade não é incontestável
A Verdade não tem mistérios
A Verdade não é absoluta

A Verdade tem que ser aberta e transparente – ela nada deve temer ou proibir - , portanto, deve-se sempre duvidar de tudo que for inquestionável, mesmo quando uma grande maioria diga ser aquele que duvida alguém vil, desumano, louco, herege(1), excêntrico ou etc. As grandes mentiras normalmente são as “verdades inquestionáveis”. A Verdade não teme questionamentos, nem ameaça quem dela duvide.

Não acredite somente porque uma grande maioria acredita em uma “verdade”; uma multidão pode ser convencida a fazê-lo por técnicas de indução de pensamentos, para as quais mentes incautas estão indefesas.

A história da humanidade é um amontoado de mentiras e verdades; ela contém a versão dos que estavam de posse do poder na ocasião em que foi escrita.

Uma mentira pode estar maquiada de modo a se parecer com a Verdade. Essa maquiagem pode ter fundo religioso, político ou econômico. Usualmente se apela para o lado emocional de modo a romper a barreira de resistência da mente.

Uma “Pequena Verdade” pode ser distorcida a tal ponto que se transforma em uma “Grande Mentira”, tomada por muitos como uma “Verdade Absoluta”.

Duvidar não custa nada, mas acreditar pode custar a perda do uso da razão.


Deve-se questionar sempre quando:

Duvidar seja pecado
Duvidar seja blasfêmia
Duvidar seja amaldiçoado
Duvidar seja heresia(1)
Duvidar seja proibido
Duvidar seja injúria
Duvidar gere uma ameaça

Verdade e dúvida caminham juntas na mesma direção e sentido.(2)



(1) Herege no sentido pejorativo, pois no sentido literal significa livre pensador.

(2) Uma reta traçada de pólo a pólo da Terra, por exemplo, define uma direção; o sentido pode ser norte-sul ou sul-norte.

Luciano SF




O Dono da Verdade

Reuniram-se: um judeu, um muçulmano e um cristão, dando início a uma discussão.

O judeu disse: Jeová é o dono da Verdade.
O muçulmano retrucou: Não; Alá é o dono da Verdade.
O cristão então falou: Vocês dois estão enganados, só Deus é o dono da Verdade.

Ouviu-se então uma voz que disse: Os três estão errados; eu sou a Verdade e não tenho dono.

Moral: cada um tem a sua verdade, porém a Verdade a ninguém pertence.

Lucianos SF/ Jornal Delfo

Estou transcrevendo o texto acima, tendo em vista o medo que os habitantes da “capitania hereditária de Jeremoabo”, tem para transmitir a verdade, denunciar as irregularidades, ou apresentar seu protesto ou pensamento.

Ao tentar entender uma reportagem de autoria de Cristina Fam, que transcreverei abaixo, tive que apelar para quem entende de hieróglifos , de bola de cristão, de pai de santo, adivinhões e profetas.

Como não resido mais em Jeremoabo, e pouco coisa estou tomando conhecimento, achei interessante sua matéria intitulada “Nocaute”, e tive a curiosidade em procurar saber de que se tratava.

Pasmem senhores, todo arrodeio, só para informar um acontecido que para mim é só mais um caso, e que não vejo motivo para não informar diretamente o acontecido, pois se realmente for verdadeiro, nada a temer.

Procurei a “rádio peão”, que aumenta, mas não inventa, e fui informando que a matéria abaixo, se trata do locutor Adalberto da 106.9, FM Jeremoabo, que contestou decisão judicial, e em contrapartida, foi obrigado a ler através da mesma emissora de comunicação, 15 laudas em que a autoridade judicial local se respaldou para decretar certa preventiva.

Se a realidade ou verdade é esta, não asseguro, porque estou escrevendo o que me informaram, porém, as evidências confirmam o fato.

Nas devidas proporções me fez lembrar o saudoso Leonel Brizola contra a toda poderosa TV Globo


Nocaute
Cristina Fam
Crédito: Divulgação
A novidade está no ar, o microfone não mente.
Foi num dia importante para tecer comentários, criticas, opinião pessoal, ou não, depende do lado usado, atacando a verdade; a coisa soprou pros quatro cantos da freguesia, para esse mundo e o outro; o furacão do achismo perdeu a oportunidade de ficar calado, mas, ganha fama.

Especialista em assunto aleatório, tocado pelo sentimentalismo, criticando o que está acima do seu baixo entendimento, transmitiu em ondas sonoras a “verdade”, propagou sobre algo que a população desconhecia; aguçando a curiosidade de muitos sobre fatos verídicos.

Foi chamado na chincha, levou puxão de orelha, repreendido em nome da lei, o arrocho foi providencial, já que o cabra se acha.
Pois, recebeu o furo do ano, deve ganhar o premio ‘fora que deu’, mas, ainda teve que corrigir e informar o fato na integra, na pressão, o pé que coube na bota. A sede saciada com a verdade refrescou, entretanto esquentou pegou fogo, -água meus netinho, azeite senhora avó; o pote da informação legal ateou fogo.
Por pura ignorância, espalhou ele a maior fofoca da cidade, pura dinamite; vontades de muitos deveriam ser abafadas. Ele jogou a coisa nas ondas do ventilador, foi muito longe, não é possível recolher palavras ao vento.
Pois bem: a fala mais ouvida fecundou a população que nem atinava para tal fato; dura realidade passo a passo do boletim foi lido em grande audiência, as fofocas mais tocadas, noticiadas de primeira mão, ate surdo tomou conhecimento da novidade, muitas vezes o giro não faz jirau, muito menos quem vem do chão desce ao porão.

Absurdo ou não, quem o conhece sentiu a vergonha espalhada transmitida em ondas; olha que a coisa foi longe; até especialista em letras apagadas e ciências ocultas não consegui prever o furo da noticia.
Quem tem amigo assim não precisa de inimigo, foi o próprio quem espalhou a bomba, ninguém desligou; depois o comentário, não o assunto e, sim, ele o falador, -
o bicho leu até umas horas, agora não leia para dar uma dor. Fio do “cabrunco” corajoso!

Os homens inteligentes, educados, conhecem o seu verdadeiro lugar; jamais tomar a frente daquilo que não lhe pertence, vem o chefe que é supremo, para repreendê-lo.

Pintura só clássica, mas tem gente que não dorme, vigia, pegou o bicho com a boca no trombone; colheu o plantado, jabuti não sobe em pé de jurema. Sem dar nome ao boi, para não constranger mais, o que foi passado na freguesia do sertão de cima.

Foi a lição mais amarga transmitida em nome da verdade, arrebitado desconfortavelmente, azoando a goela, acuado, no zôo particular da corroída opinião; dizem que foi pior, a dor é sentida, a junta de revoltados sigilosamente conspira a favor do indigente maltrapilho.

O microfone não mente; o abuso da liberdade alforriada em freqüência modulada, parecer “técnico” apita pelada da 5ª divisão, atochando um belo gol contra, deu frango! Encurralado em freqüência, horário determinado, aberto o microfone; explicito jogo de palavras, por livre e espontânea pressão, nocaute!
postado por Redação Portal JV

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