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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Livro-denúncia sobre assassinatos políticos no Brasil agora pode ser baixado de

A DÍVIDA PÚBLICA NÃO ACABOU!

Por Postado por Raymundo Araujo Filho 28/02/2008 às 22:53
Estou postando este excelente artigo, para demonstrar que a canalha reacionária que freqüenta o CMI em nome dos piores interesses, ou não irá postar nenhum comentário, ou concordarão com o presidente entreguista Lulla, a quem chamam de ESQUERDISTA. É para rir! Raymundo Araujo Filho
Acúmulo de Reservas Cambiais = Farra dos Especuladores e Explosão da Dívida Interna Depois de divulgar amplamente o pagamento antecipado ao FMI, em 2005, dia 21 de fevereiro de 2008 o governo anunciou mais um suposto marco histórico: o de que os ativos do país no exterior, constituídos fundamentalmente pelas reservas internacionais, superaram a dívida externa pública e privada. Alega o governo que esta é uma evidência da superação do problema da dívida. Em primeiro lugar, cabe ressaltar que este suposto recorde não passa de manipulação estatística, originada em 2001, durante o Governo FHC, e perpetuada no governo Lula: a exclusão dos empréstimos intercompanhia (dívidas de filiais de transnacionais no Brasil com suas matrizes no exterior) do cálculo da dívida externa. Estes empréstimos dobraram em 2007, passando de US$ 20 bilhões para US$ 42 bilhões, mas são ignorados pelo governo, para que possa propalar um suposto marco histórico. Em segundo lugar, o que está por trás deste acúmulo desenfreado de reservas cambiais? Uma verdadeira farra dos especuladores nacionais e estrangeiros, que trazem seus dólares em massa ao Brasil para comprar títulos da dívida ?interna?, em busca dos juros mais altos do mundo. O resultado disto é a explosão da dívida interna, que atingiu R$ 1,4 TRILHÃO em dezembro de 2007, tendo crescido 40% em apenas 2 anos! Em 2007, o governo federal gastou R$ 237 bilhões com juros e amortizações da dívida interna e externa (sem contar o refinanciamento, ou seja, a chamada ?rolagem? da dívida), enquanto apenas gastou R$ 40 bilhões com a saúde, R$ 20 bilhões com a educação e R$ 3,5 bilhões com a Reforma Agrária. E o governo ainda tem coragem de afirmar que a dívida não é problema! Conforme denunciado na 3ª Edição da Cartilha ?ABC da Dívida? (que estará sendo lançada em breve pela Campanha Auditoria Cidadã da Dívida / Rede Jubileu Sul Brasil), a recente isenção fiscal de Imposto de Renda sobre os ganhos dos estrangeiros, o estabelecimento e a manutenção de taxas de juros altíssimas, e a total liberdade de movimentação de capitais têm gerado as condições para um verdadeiro ataque especulativo contra o Brasil. Os investidores estrangeiros trazem seus dólares para investir na Bolsa e em títulos da dívida interna, e assim forçam a desvalorização do dólar frente à moeda brasileira (o Real). Os bancos e empresas nacionais também se aproveitam disso, tomando empréstimos no exterior (mais baratos devido às baixas taxas de juros) para emprestar ao governo brasileiro, por meio da compra de títulos da dívida interna, recebendo uma fortuna em troca disso, devido às altíssimas taxas de juros do Brasil. Não há limite algum para estas operações, e o Banco Central (BC) compra estes dólares e fornece títulos da dívida interna de acordo com o fluxo de moeda estrangeira ao país. Quando recebem seus lucros e juros em reais, os investidores podem trocá-los por maior quantidade de dólares ? uma vez que a moeda brasileira se valorizou ? e assim cumprir seus compromissos com o exterior, tendo um lucro extra. Em 2007, o Real se valorizou 20% frente ao dólar. Portanto, o investidor estrangeiro que no início de 2007 trouxe dólares para aplicar na dívida interna brasileira ganhou, durante o ano, 13% em média de juros, e mais 20% quando converteu seus ganhos em dólar. Portanto, em 2007, os estrangeiros ganharam uma taxa real de juros (em dólar) de mais de 30% ao ano! Por outro lado, o Banco Central, comprando a moeda estrangeira trazida pelos especuladores, termina ficando com o mico, ou seja, o dólar, que está se desvalorizando. O BC também aplica os dólares (recebidos dos investidores e exportadores) , só que em títulos do Tesouro Americano (que ajudam Bush a financiar seu déficit e suas políticas, como a invasão do Iraque), que rendem perto de um terço dos juros pagos pelo governo brasileiro pelos títulos da dívida interna. Além do mais, como o dólar está em forte desvalorização, os juros pagos pelo Tesouro Americano são, na realidade, negativos para nós. O resultado disto tudo é um imenso prejuízo para o Banco Central: chegou a R$ 58,5 bilhões apenas de janeiro a outubro de 2007. Este prejuízo é bancado pelo Tesouro Nacional, e correspondeu ao dobro de todos os gastos federais com saúde no mesmo período. Por outro lado, os banqueiros, que se beneficiam desta manobra, não páram de bater recordes de lucro. Portanto, este suposto marco histórico divulgado pelo governo esconde, na realidade, uma verdadeira reciclagem do velho mecanismo de espoliação da dívida externa, com uma nova máscara: o endividamento ?interno?. Este mecanismo é altamente rentável aos investidores estrangeiros, uma vez que, desta forma, eles ficam imunes à desvalorização da moeda americana, recebendo seus lucros e juros em uma moeda que não pára de se fortalecer frente ao dólar. Além do mais, quando o governo alega que possui recursos para pagar toda a dívida externa, faz uma apologia ao pagamento de uma dívida ilegítima e já paga várias vezes com o sangue e suor do povo, desde os anos 80, quando os EUA, de modo unilateral e ilegítimo, multiplicou as taxas de juros incidentes sobre a dívida externa, levando o Terceiro Mundo à recessão e ao desemprego. Não há saída para o endividamento sem uma ampla e profunda auditoria, que quantifique quantas vezes já pagamos esta dívida e a que custo social e ambiental. Somente assim poderemos nos libertar dessa amarra que continua nos aprisionando, apesar do governo prosseguir em sua manobra diversionista, tentando sistematicamente, através da divulgação de dados manipulados e parciais, desqualificar os movimentos sociais em favor da auditoria da dívida, na tentativa de esconder que o endividamento continua sendo, cada vez mais, o centro dos problemas nacionais.
* o Autor do texto é - Economista da Campanha Auditoria Cidadã da Dívida, Rede Jubileu Sul Brasil -
Fonte: CMI BRASIL

PDT volta aos braços de João Henrique

Depois de intensas conversas em Brasília, o PDT finalmente decidiu retornar aos braços do prefeito João Henrique (PMDB). Ontem, o partido brizolista bateu o martelo após uma tensa reunião da Executiva Estadual realizada no escritório do deputado federal Severiano Alves, presidente regional da legenda, que proporcionou um resultado com seis votos favoráveis e três contrários. Votaram contrários, além do deputado Roberto Carlos e do secretário-geral Alexandre Brust, o vereador Gilberto José. O deputado Roberto Carlos, que teve de deixar a reunião antes do seu encerramento para um compromisso em Juazeiro, questionou as vantagens que o partido teria em voltar ao governo municipal. Ele disse que foi voto vencido, mas condicionou a sua posição à não indicação de Carlos Soares para a secretaria de Educação, cargo oferecido ao partido pelo prefeito João Henrique. “Eu sugeri o nome do professor Joviniano Neto, que tem referência dentro do partido. Imagine a gente entrar no governo e não botar uma pessoa do PDT?”, questionou o parlamentar, afirmando que o nome indicado pela corrente que negociou a volta ao governo não é filiado ao partido. Já Alexandre Brust, que vinha resistindo para que o partido não retornasse ao governo municipal, disse que estranhou a ausência do vereador Odiosvaldo Vigas na reunião e que aceitou o resultado porque é partidário. “Se eu defendo o estatuto, eu não posso apoiar um infiel”, disse, referindo-se à saída de João Henrique do PDT para o PMDB, em maio do ano passado. Para Brust, voltar ao governo não significa apoiar o projeto de reeleição de João Henrique. “A volta do partido à base de apoio do prefeito é um aceno, mas não é um fechamento de questão”, disse. As conversas para o partido voltar à base de apoio do prefeito João Henrique vinham sendo feitas em Brasília com o ministro Carlos Lupi, também presidente nacional do PDT. Da Bahia participavam das conversas o presidente regional, Severiano Alves, o senador João Durval e os deputados Marcos Medrado e Sérgio Brito. Pressionado por setores do partido que não aceitavam o retorno ao governo municipal, Severiano justificou que “não gostaria de contrariar o ministro Lupi, que tinha interesse no retorno”. Severiano alegou ainda que Lupi lhe transmitiu a preocupação do PDT marchar unido com um partido da base aliada do governo federal, atendendo a uma preocupação do próprio presidente Lula. “Cargos não são o problema”, declarou Severiano para explicar qualquer insinuação. Contudo, segundo Alexandre Brust, “ainda não se sabe a reação da militância com a decisão”. Ontem, a reunião estava marcada para a sede do partido, na Mouraria, mas foi deslocada à última hora para o escritório do deputado Severiano Alves, no Caminho das Árvores. Na sede, alguns militantes se fizerem presentes, mas o clima era de tranqüilidade. (Por Evandro Matos)
Relatório final é entregue ao Ministério Público
O relatório definitivo da CPI da Ebal foi entregue no início da tarde de ontem, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), em Nazaré, pelos deputados estaduais Arthur Maia (PSDB) e Zé Neto (PT) ao procurador geral da Justiça em exercício, Emenergildo Queiroz. O documento tem 234 páginas, 32 depoimentos ouvidos e 14 quebras de sigilo bancário. O parecer e os autos investigativos, contendo mais de 50 mil documentos analisados durante onze meses pela relatoria da CPI, uma das poucas concluídas em todo país, servirão para nortear as medidas judiciais adotadas pelo MPE. O presidente da Comissão, Arthur Maia (PSDB), e seu relator, Zé Neto (PT), afirmaram que foram utilizadas informações do Tribunal de Contas do Estado e da Auditoria Geral do Estado para a elaboração do documento. Para o deputado Zé Neto, relator da CPI, o sentimento é de missão cumprida. “Tecnicamente fizemos um belo trabalho e entregamos um relatório subs-tanciado e que vai dar respaldo para que o Ministério Público prossiga as investigações e puna os culpados”, disse. Ao receber a documentação, o procurador geral em exercício informou que na próxima segunda-feira, tomará as medidas para a distribuição do processo ao grupo de promotores que será responsável pela continuidade das investigações e encaminhamento das ações jurisdicionais indicadas no parecer. Além do material entregue ontem, referente a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos, outros documentos serão encaminhados ao MP na medida em que forem recebidos pela Assembléia. Zé Neto afirmou que com a entrega do relatório ao Ministério Público, a CPI cumpriu o papel a que se destinou e que após muitos anos sem a Assembléia ter a condição de conduzir funda-mentadamente uma CPI até o seu final, entrega-se esta peça para que o Estado Democrático de Direito seja reafirmado na Bahia. "A expectativa agora é que com as ações do MP, grande parte do Erário Público – da ordem de R$ 600 milhões - desviado seja restituído e que os envolvidos sejam punidos."(Por Carolina Parada)
Rangel sugere que TCM é mais forte que Assembléia
Mesmo só tendo conseguido 16 das 21 assinaturas para fazer pelo menos tramitar sua proposta de emenda constitucional, o deputado Paulo Rangel (PT) não desiste da idéia de extinguir o Tribunal de Contas do Município. “Fico arrepiado”, queixou-se em discurso na Assembléia Legislativa, “quando determinados deputados me dizem que não são malucos de assinar a proposta porque seus prefeitos serão perseguidos”. Inconformado com a falta de apoio dos colegas, ele disse ser “inadmissível admitir que os conselheiros do TCM tenham mais força sobre os parlamentares do que determinadas lideranças políticas”. Para Rangel, “a Casa não pode se agachar e se curvar a tal argumento”, pois isso signficaria uma “fuga ao critério indispensável para ser deputado, que é o da impessoalidade”. Depois de considerar “lamentável” que deputados do governo e da oposição tenham dito que a extinção do TCM irá “favorecer a corrupção”, o petista informou que o corte de contas tem pouco mais de 100 servidores concursados, número que sobe a mais de 300 com os funcionários à disposição e contratados pelo sistema Reda, além de 170 cargos comissiona-dos que consomem R$ 76 milhões anualmente. “Acho que todo os parlamentares têm as mãos limpas. Eu, particularmente, graças a Deus, não tenho vínculo com nenhum prefeito corrupto, com nenhum presidente de Câmara corrupto”, afirmou Rangel. Ele espera que a proposta receba mais assinaturas de apoio para que o tema seja debatido no plenário. “Vamos fazer a discussão. Esse dinheiro poderia ser aplicado na área social”, defendeu. Ao final do pronunciamento, em que disse ter “tentado de todo jeito e não soube como é gasto o dinheiro do Tribunal”, Rangel recebeu uma ligação do presidente do TCM, conselheiro Raimundo Moreira, convidando-o para uma reunião em que lhe daria as informações de que precisasse. Como estava de viagem marcada para a Paraíba, onde uma deputada tenta criar uma corte semelhante, o encontro ficou para a próxima semana. No plenário, o tema foi abordado também pelo deputado Carlos Gaban (DEM), que defendeu “a necessidade da existência de um órgão especializado na fiscalização das contas públicas municipais”. Disse ter conversado com prefeitos, que destacaram ”a função pedagógica do TCM”, pois, “diferentemente do tribunal estadual, o TCM orienta, esclarece e informa antes de punir”. Gaban contesta também a alegação de que a fusão do TCM com o TCE reduziria gastos. “Como se sabe, nos Estados onde não há TCM, as despesas com o TCE representam quantia maior que a da Bahia na manutenção das duas cortes de contas”. Quanto ao exemplo usado por Rangel, de que o Maranhão teria extinguido seu tribunal municipal no ano passado, Gaban afirma que isso ocorreu, na verdade, há mais de 20 anos, “por motivações de natureza meramente política”. (Por Luis Augusto Gomes)
Vacinação contra aftosa começa amanhã
Com objetivo de conscientizar pequenos, médios e grandes produtores de bubalinos e bovinos de todo o Estado, preocupação do governador Jaques Wagner, a primeira etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa 2008, começa amanhã às 10h30, com um dia de campo na Fazenda João Paulo II, localizada no km 515 da BR 101, no trecho entre Itabuna e Buerarema, na região sul do estado.A expectativa é reunir produtores, trabalhadores rurais e técnicos para receber orientações sobre a importância da vacinação, os procedimentos corretos e declaração. A campanha é coordenada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, e acontecerá até o dia 31 de março. Durante o período, todos os criadores estão obrigados a vacinar seu rebanho de bovino e de bubalino (bois e búfalos) contra a enfermidade. A multa é de 50 UFIRs por animal e de 150 UFIRs por propriedade que não declarar a vacinação. As campanhas são desenvolvidas pela Adab e acontecem anualmente em março e setembro. O diretor geral da agência, Altair Santana, afirma que os municípios que obtiveram, na etapa de setembro do ano passado, o percentual de vacinação inferior a 90%, receberão maior atenção, além dos criadores inadimplentes.
Fonte: Tribuna da Bahia

Vamos celebrar o Dia da Corrupção

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - Transcorreu, esta semana, o Dia da Roupa de Baixo. Não haverá que estranhar, num país que tem "dia" de tudo, até da geladeira. O inusitado foram as comemorações. Na estação rodoviária de Brasília um grupo de modelos desfilou de calcinha e sutiã. Foi a glória dos candangos, peões e flanelinhas que moram ou passam por lá.
Exortar para que a moda dos dias especiais pegue é redundância, porque já pegou. Basta consultar aqueles calendários mais sofisticados para se notar não haver um dia vago, sequer, nos 365. Na maioria deles acumulam-se homenagens, desde aos santos às mais esdrúxulas homenagens prestadas a categorias, religiões, esportes, máquinas e muita coisa a mais.
Apesar de tudo, falta um. Que tal criarmos o Dia da Corrupção? Sempre que fosse comemorado, estaria a população inteira autorizada a cometer lambanças de toda ordem. Os bancos e os banqueiros poderiam aumentar juros o quanto quisessem, enquanto as multinacionais remeteriam para o exterior lucros inexistentes. Funcionários públicos teriam a prerrogativa de utilizar cartões corporativos para despesas pessoais e familiares. Tecnocratas disporiam da condição de elevar impostos.
Aos deputados e senadores seria distribuído, senão o mensalão, ao menos o "anão". Ministros voariam sem restrições, a serviço, para Fernando de Noronha, fazendo jus a diárias. Prefeitos municipais receberiam propinas de empresas contratadas para recolher o lixo. Seriam aceitas como verdades absolutas as declarações de presidentes da República e de governadores, no sentido de que jamais imaginaram permanecer no poder um dia além do fim de seus mandatos.
Mas tem mais: os supermercados teriam o direito de diminuir o peso dos produtos vendidos, não o preço. Os motoristas de táxi ficariam livres para dar voltas imensas no rumo do destino indicado pelo passageiro. Pintores de parede seriam autorizados a misturar água na tinta e mecânicos de automóveis a engatilhar motores depois de consertar o defeito inicial. Madeireiros usariam livremente as motosserras.
Jornalistas poderiam mentir, professores enganariam alunos ensinando a escrever sal com "ç" e alunos enganariam professores apresentando trabalhos copiados do "google". Diretores de clubes de futebol estariam livres para receber gordas comissões pela venda de pernas-de-pau a clubes europeus, como se fossem craques.
Nos morros, favelas e periferias, nenhum policial sofreria punição caso matasse crianças com balas perdidas, assim como todos os traficantes se deixariam fotografar atirando com metralhadoras. No tráfego, nenhuma multa se aplicaria a quem avançasse sinais, dirigisse acima da velocidade máxima estabelecida ou trafegasse embriagado.
Em suma, o Dia da Corrupção mereceria olímpicas comemorações, de Norte a Sul, até que alguém lembrasse estar sendo a data festejada o ano inteiro.
Orfandade do Estado
Frase magnífica foi pronunciada pelo presidente Lula em sua recente visita ao Rio. Cercado pela multidão, ele declarou que "se o Estado não cuida da gente, gente que não deveria vai tomando conta". Referia-se aos narcotraficantes e às milícias estabelecidas nas comunidades carentes da antiga capital.
O problema está em que o Estado, ente etéreo e incorpóreo, é representado pela autoridade pública. Pelos governos e seus agentes. A eles caberia cuidar das gentes, garantindo os direitos elementares da pessoa humana. Se o representante maior do Estado critica o próprio, chamando-o à ordem por não cumprir suas finalidades, como desatar o nó exposto com tanta crueza e veracidade? "Gente que não deveria" amplia espaços de atuação em todos os patamares da sociedade, dos miseráveis aos elitistas. Talvez a solução devesse ser buscada nos antigos anarquistas do fim do século dezenove, aqueles que pregavam a abolição do Estado.
Vendedor de ilusões
Outra do nosso comandante, na mesma oportunidade: "Está na hora de parar de vender desgraças, vamos vender auto-estima". Não se cometerá a injustiça de discordar, muito menos de deixar de reconhecer que o presidente Lula desdobra-se, fazendo tudo ao seu alcance para proporcionar dias melhores ao País.
O diabo é que as desgraças não precisam ser vendidas. São distribuídas de graça. Basta assistir aos telejornais, às novelas, aos programas de auditório e sucedâneos. Quem quiser pode passar os olhos na imprensa escrita.
Descontando-se os exageros de alguns, ou a má-fé de outros, aos meios de comunicação cabe transmitir à sociedade tudo o que se passa nela, seja de ódio e de amor, de violência ou de paz, de certo e de errado. Se o conteúdo do que é divulgado prima pela desgraça, que não se culpe o termômetro pela febre do paciente.
Por certo que o presidente Lula não teve a intenção, mas, ao seu redor, começa a germinar a proposta de que, se a imprensa parar de vender desgraças, as desgraças desaparecerão. É bom tomar cuidado.
Impossível entender
Se o Banco Central fixa os juros em 6,5%, como explicar que os bancos tenham elevado para 50%, em média, a remuneração por empréstimos para pessoas físicas? Fica pior quando se atenta para o horror que são os juros do cheque especial, de 145%. Ou dos cartões de crédito, beirando os 200%.Alguma coisa cheira mal, especialmente porque ao Banco Central cabe fiscalizar a atividade bancária.
Outra impossibilidade de cognição está na denúncia feita pelo senador Francisco Dornelles, ontem. Ele não entende como um contribuinte que discorda da cobrança de impostos pela Receita Federal e recorre, primeiro à própria Receita, depois ao Conselho de Contribuintes, em seguida ao Conselho Superior de Assuntos Fiscais - ganha em todas essas instâncias, como então o governo, depois de tudo, ainda pode recorrer à Justiça para receber aquilo a que não tem direito? Com base nessa incongruência, o senador pelo Rio de Janeiro apresentou projeto de lei proibindo que o governo conteste no Judiciário uma decisão que ele mesmo tomou...
Fonte: Tribuna da Imprensa
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Globo quer cortar "Linha direta": um absurdo

Por: Pedro do Coutto

Li há alguns dias numa coluna da "Folha de S. Paulo" - está na internet - que a direção da Rede Globo pretende suspender o "Linha direta" que vai ao ar às quintas-feiras e, sem dúvida, figura entre os programas de melhor qualidade da emissora. Incrível destacar o "Big brother" e cortar o LD, inclusive com boa audiência para o horário. Se confirmado o corte, terá sido um equívoco grave. Mais que isso: um absurdo.
Há 54 anos no jornalismo, infelizmente, me acostumei a absurdos, a começar pelos que aconteceram, por exemplo, no "Correio da Manhã", jornal em que trabalhei. O "Linha direta" focaliza (ou focalizava) muito bem o eterno conflito humano que se desloca para as investigações policiais e daí para as decisões judiciais. Dois campos que, no mundo todo, em todas as épocas, motivaram obras extraordinárias. Não só livros de grande repercussão, mas filmes de altíssima qualidade também. Para citar um exemplo de sucesso duplo, total, nos dois campos, aí está o "Código Da Vinci" do jornalista Dan Brown. A vida e a arte convergindo.
Há uma infinidade de romances e contos, de um lado, e de filmes, de outro. No meio, peças de teatro como as inspiradas nos textos de Agatha Christie, a grande dama da história policial. São, no fundo, a fusão da reportagem e do vôo livre que caracteriza e realça a arte, síntese da realidade com a ficção. Pois os autores têm inevitavelmente sempre que partir de um ponto. O que torna muito tênue a linha que separa um plano do outro. Separa? Ou complementa? Tenho dúvida.
"Linha direta", acentuado pela atuação impecável de Domingos Meireles, sempre levou para a tela da principal rede de TV do País reportagens muito importantes, elucidativas até. O crime do Sacopã, ocorrido em abril de 52, uma delas. O acusado, tenente Jorge Alberto Bandeira, daquele ano até 2006, quando faleceu, sempre afirmou inocência. Muito bem. Quando Meireles convidou-o para dar seu depoimento, recusou.
Ficou no ar uma confissão tácita. O que não é suficiente para esclarecer o mistério em torno dos caminhos percorridos e pela convergência dos personagens envolvidos. Mas este é outro assunto. Outra matéria excelente, a que focalizou o terrível labirinto do cabo Anselmo. O crime da mala, ocorrido na década de 40. O assassinato do advogado Stélio Galvão Bueno pela própria mulher. A morte do cartunista Roberto Rodrigues, irmão de Nelson, na redação do jornal "A Crítica", de seu pai, por Sílvia Tibau.
Além destas, uma série de outras histórias que sempre receberam um tratamento de nível, tanto no que se refere à apresentação, quanto pela qualidade da imagem e das simulações feitas por atores pouco conhecidos, exatamente para conduzir a um processo semelhante ao do cinema-verdade. Processo que notabilizou Roberto Rossellini, notadamente com "Roma cidade aberta": o clássico "Paisá"; "O general de la Rovere". Todos com base na presença do nazismo na Itália e suas conseqüências no após guerra. "Roma cidade aberta", que tem Fellini como roteirista, o que poucos sabem, foi realizado ainda em meio a combates entre as forças militares e civis que lutavam pela cidade. O LD seguiu esta trilha. Percorreu muito bem o caminho.
Isso de um lado. De outro, contribuiu para a elucidação de uma seqüência de crimes até então insolúveis e para a prisão de criminosos que se encontravam foragidos da Justiça. Suas faces eram projetadas diante da multidão do outro lado da tela. Foram encontrados e presos.
A violência, a paixão, o ciúme, o ódio, o roubo, claro, fazem parte da tragédia humana. A pilhagem também. As figuras criminosas são de todas as épocas. Os conflitos humanos, também. Obras de arte definitivas foram produzidas a partir deles e com base neles. Estão tanto em Skakespeare quanto em Howard Koch, autor e roteirista de "Casablanca". Encontram-se em Dias Gomes, em Janete Clair, em Manoel Carlos, em Aguinaldo Silva. Situam-se nos romances de Alexandre Dumas. Os "Mosqueteiros" são para sempre. O western de John Ford, também.
Sem o conflito e o confronto é impossível fazer-se obras de arte. Como é igualmente impossível escrever-se a história. Seja das cidades, dos estados, dos países, do próprio universo. História? Lembremo-nos da divisão magistral de Marshall McLuhan: a era do relato, que antecede a imprensa de Gutemberg, que surgiu em 1440, e a do registro que a sucede. A cerca de 200 anos surgia a fotografia. Cem anos depois, o cinema. Na década de 1930 começava a televisão.
Hoje, com a internet, a pesquisa se amplia e consolida. Todas estas etapas pertencem ao processo da comunicação. Com os textos e as imagens, os personagens e os fatos tornam-se cada vez mais expostos. Nem por isso os conflitos desapareceram ou diminuíram.
Por isso, se a Globo cometer o erro de retirar o "Linha direta" do ar, o registro dos dramas e dos impasses se enfraquece, da mesma forma que o limite entre o legal e o ilegal na consciência coletiva. Será como deixar uma estante vazia, numa decisão que inclusive contradiz com os seriados da televisão a cabo que se baseiam em fatos reais que terminaram em crimes. Não se deve esquecer que é a realidade que inspira a ficção e não a ficção que inspira a realidade.
Afinal de contas, como digo sempre, ninguém até hoje escreveu algo que não tenha acontecido. O jogo das situações e das palavras é outra coisa. E a televisão, como o cinema, reflete o comportamento humano. "Linha direta" nunca inventou fatos. Apenas os refletiu, em nível alto, como um espelho da vida.
Fonte: Tribuna da Imprensa

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Éramos felizes e não sabíamos!!!




Por: J. Montalvão
A situação de Jeremoabo é tão gritante que quando se tenta ou muda as coisas é sempre para pior.
A Câmara de vereadores de Jeremoabo, que atualmente é o centro negativo da política de Jeremaobo, tinha como Presidente eleito o Sr. Carlos Dentista, porém, esse se empolgou e quis mesmo atropelando a lei se perpetuar no poder, fomos contra, e a Justiça terminou fazendo valer a Lei.
Com a saída de Carlos Olimpio o vereador Josadilson assumiu interinamente a Presidência, onde depois do tempo permitido, deu um golpe e se apoderou do poder.
Com Carlos Olimpio, mais conhecido como Carlos Dentista, pelo menos tinha uma vantagem; seus irmãos nunca foram aquela Casa Legislativa, para desacatar vereadores nem tão pouco usarem da tribuna para querer imputar mancha nos homens de bens de Jeremoabo.
Como todos jeremoabenses sabem, aqui na nossa terra tem dois “point de encontros” para badalar todos acontecimentos de nossa cidade, principalmente a respeito de política ou politicagem, um em Paulinho de Darcy esse o mais badalado, e o outro em Nando de Dito.
No de Nando temos a figura de Zé de Olindo, que não deixa passar nada, e sempre vem com suas perguntas desconcertantes, onde, por exemplo, é um costumais defensor do Carlos, e essa semana mais uma vez fez a seguinte pergunta para que quem soubesse a resposta declinasse.A pergunta do Zé de Olindo: “por essa Câmara de Vereadores de Jeremoabo/Bahia, já passaram vários presidentes, porque nenhum nunca fez nada e ninguém sabe o que fazem com o dinheiro; se o Carlos Dentista ao assumir a Presidência, em apenas um ano com o dinheiro da Câmara comprou uma moto, um carro e construir um prédio que serve de referencia para Jeremoabo e ainda é chamado de ladrão”.
Eu tentei responder, não sei se convenci ao mesmo, porém, o Carlos Dentista com toda sua desastrosa administração (devido a conchavos políticos), foi o primeiro presidente a abrir a CAIXA PRETA da Câmara de vereadores de Jeremoabo/Bahia, demonstrando que ali jorra dinheiro, e não é sem recompensa que todo mundo quer ser presidente de Câmara.Aí eu deixo aqui a minha pergunta, e os vereadores que não são PRESIDENTES o que dizem ou denunciam?
Será que só são cegos, surdos e mudos para o Legislativo, ou para seus interesses pessoais?
E o povo vai continuar como avestruz?

Como não tenho vocação para bandidagem, nem tão pouco faço parte nem convivo com nenhuma quadrilha, desafio o cidadão Antonio Jadson do Nascimento a declinar o nome dos marginais falsificadores que trabalham ou operam na Prefeitura Municipal de Jeremoabo, ao tempo em que sendo tal denuncia efetuada em reunião do Legislativo Municipal perante todos vereadores, que os mesmo tenham a dignidade e responsabilidade de apurar ou no mínimo procurar as autoridades competentes, sob pena de conivência e apoio ao crime dos quadrilheiros.

A desonestidade e banalidade atingiram tão elevado grau de degradação, que há dias atrás, perante também todos vereadores, o atual presidente da Câmara de vereadores de Jeremoabo, denunciou perante seus pares, que o ex-presidente Carlos Dentista, todo mês recebia pela distribuição de água para as localidades onde inexistia aquele precioso líquido para sobrevivência, a importância de R$ 7.000,00 (sete mil reais), só que essa água não estava sendo transportada nem tão pouco chegava ao seu destino.

Com a palavra os vereadores de Jeremoabo/Bahia, e o Ministério Público, pois é o dinheiro público se evaporando!

Éramos felizes e não sabíamos!!!


Por: J. Montalvão


A situação de Jeremoabo é tão gritante que quando se tenta ou muda as coisas é sempre para pior.

A Câmara de vereadores de Jeremoabo, que atualmente é o centro negativo da política de Jeremaobo, tinha como Presidente eleito o Sr. Carlos dentista, porém esse se empolgou e quis mesmo atropelando a lei se perpetuar no poder, fomos contra, e a Justiça terminou fazendo valer a Lei.

Com a saída de Carlos Olimpio o vereador Josadilson assumiu interinamente a Presidência, onde depois do tempo permitido deu um golpe e se apoderou do poder.

Com Carlos Olimpio, mais conhecido como Carlos Dentista, pelo menos tinha uma vantagem, seus irmãos nunca foi aquela Casa Legislativa, para desacatar vereadores nem tão pouco usar da tribuna para querer imputar mancha nos homens de bens de Jeremoabo.

Como todos jeremoabenses sabem, aqui na nossa terra tem dois “point de encontros”, para badalar todos acontecimentos de nossa cidade, principalmente a respeito de política ou politicagem, um em Paulinho de Darcy esse o mais badalado, e em Nando de Dito.

O de Nando temos a figura de Zé de Olindo que não deixa passar nada, e sempre vem com suas perguntas desconcertantes, onde, por exemplo, é um costumais defensor do Carlos e essa semana mais uma vez fez a seguinte pergunta para que quem soubesse a resposta declinasse.

A pergunta do Zé de Olindo: “por essa Câmara de Vereadores de Jeremoabo/Bahia, já passaram vários presidentes, porque nenhum nunca fez nada e ninguém sabe o que fazem com o dinheiro, se o Carlos Dentista ao assumir a Presidência, em apenas um ano com o dinheiro da Câmara comprou uma moto, um carro e construir um prédio que serve de referencia para Jeremoabo?”.

Eu tentei responder não seu se convencia ao mesmo, porém, o Carlos Dentista com toda sua desastrosa administração (devido a conchavos políticos), foi o primeiro presidente a abrir a CAIXA PRETA da Câmara de vereadores de Jeremoabo/Bahia, demonstrando que ali jorra dinheiro, e não é sem recompensa que todo mundo quer ser presidente de Câmara.

Aí eu deixo aqui a minha pergunta, e os vereadores que não são PRESIDENTES o que dizem ou denunciam?

Será que só são cegos, surdos e mudos para o Legislativo, ou para seus interesses pessoais. E o povo vai continuar como avestruz?

Direito tem, quem direito anda

Por: J. Montalvão


Jeremoabo já se tornou o ponto culminante da boataria, fofoca, e para completar de difamação, e o pior quem não tem o rabo preso ou culpa no cartório são os difamados, é a teoria: ou anda de cocara comigo, ou eu ponho um rapo.

Uma das autoridades que conseguiu colocar um basta nisso foi o ex-Prefeito Lula de Dalvinho, que pelo menos durante o seu governo, não aceitou difamação, falou, tem que provar.

Hoje ao chegar ao prédio da Prefeitura o comentário generalizado, é que o senhor Jadson, usando uma emissora de rádio local, atirou “merda”, no ventilador na tentativa de atingir indistintamente todos os fu8ncionários e servidores daquela repartição> Não acho impossível o mesmo ter cometido essa insensatez, todavia, todavia, sempre procuro ter certeza para depois me manifestar, sendo que, baseado nesse princípio enviei uma missiva a diretoria do Rádio Vaza-Barris para me inteirar da verdade.


Jeremoabo, 28 de fevereiro de 2008.



Prezado Senhor


Venho através do presente amparado na Constituição Federal de 1988, Título II, Capítulo I, Art. 5°, Inciso V e XXXIV alínea “b”, solicitar de V.Sa., copia do programa de Rádio levado ao ar na data de ontem, onde foi entrevistado o cidadão Antonio Jadson do Nascimento.

Sem outro assunto para o momento, desde já agradeço as providencias por V.Sa., adotadas.


José Dantas M. Montalvão
CIDADÃO-ELEITOR-CONTRIBUINTE




Ilmo. Sr.
Diretor do Rádio Vaza Barris
Nesta





fraude no concurso para JUIZ do TJ-RJ 2006: pegaram a onda ...

Mônaco quer amplo direito de defesa para Cacciola

Vasconcelo Quadros Brasília
Um novo pedido encaminhado ontem ao Ministério da Justiça põe mais uma vez em suspense a decisão da justiça do Principado de Mônaco sobre a extradição do ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola, preso no país desde setembro do ano passado. A Corte de Apelações de Mônaco quer do governo brasileiro a garantia de que o ex-banqueiro terá ampla defesa jurídica no Brasil caso a extradição seja concedida. Em outro item da lista, as autoridades monegascas pedem a tradução, na íntegra, do documento de apelação contra a primeira sentença de Cacciola de 2005 - aquela em que ele foi condenado a 13 anos por peculato e gestão temerária no mercado financeiro - atendendo requisição dos advogados de defesa.
A argumentação dos advogados de Cacciola confirma a preocupação do governo brasileiro com a chicana denunciada no início do mês. Utilizando-se de um artigo da da Lei Fleury (o 594), o banqueiro está tentando convencer a Justiça de Mônaco de que o mandado de prisão contra ele - base da extradição - não tem validade jurídica porque ele recorreu da sentença sob o argumento de que o recurso só é permitido, pela lei, a réu que esteja respondendo em liberdade.
Argumentação
O argumento, na verdade, é uma tática para tentar derrubar a extradição, mas não tem amparo nas leis brasileiras. O que Cacciola tem é apenas um protocolo de apelação. Pela lei brasileira ele é simplesmente um condenado foragido e, embora a sentença ainda não tenha, à revelia, transitado em julgado, o recurso de apelação não tem validade. Não é o caso, por exemplo, dos dirigentes do Banco Central, que foram condenados no mesmo processo, mas estão apelando em liberdade porque não fugiram.
Uma nova audiência para analisar os documentos que estão sendo preparados pelo Ministério da Justiça está marcada para o próximo dia 3 de março em Mônaco. É provável que nesta data o Tribunal de Justiça de Mônaco dê, enfim, uma resposta ao pedido de extradição. O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior recebeu com naturalidade os novos pedidos, embora a tática da defesa represente um novo capítulo do caso e adie, mais uma vez, a decisão.
- A Constituição do Brasil garante ampla defesa a todo acusado - disse o secretário.
Ele afirma que o governo brasileiro dará a justiça de Mônaco todas as garantias de um julgamento justo. Tuma Júnior diz que compreende a preocupação de Mônaco com o argumento da ampla defesa, mas está otimista. Acha que o simples fato de Cacciola permanecer encarcerado em Mônaco é um dado positivo sobre a possibilidade de extradição.
Fonte: JB Online

Eleitortes acham que todo político é corrupto

SÃO PAULO - Os eleitores brasileiros estão divididos entre céticos e otimistas, revela uma pesquisa encomendada pela Justiça Eleitoral ao Instituto Nexus e à Cultura Data. Os otimistas dizem que acreditam no poder transformador do voto, já os céticos vêem o voto como uma perda de tempo e tendem a ser contra sua obrigatoriedade. O consenso entre os eleitores que participaram da pesquisa é de que os "políticos são todos corruptos", que não fazem nada pelo povo.
Entre os pesquisados há uma percepção geral de que a classe política não trabalha em benefício da população e visa seus próprios interesses. Para os entrevistados, os políticos são enganadores - prometem muito durante a campanha e não fazem nada daquilo que prometeram - traem e abandonam o eleitor.
Sobre o sistema político brasileiro, a visão não é muito diferente. Os participantes do estudo acreditam que mesmo um político sendo honesto ele terá que se corromper para se adaptar ao sistema. Segundo a pesquisa, a mídia parece desempenhar papel preponderante na formação da noção de que "todos os políticos são corruptos".
De acordo com o estudo, o voto tem significado positivo para a maioria dos entrevistados. Entre as principais qualidades levantadas estão o poder de mudar, a possibilidade de melhora, a responsabilidade, o direito de escolha e o exercício da cidadania.
Mas alguns atribuem ao voto a escolha baseada na sorte e a sensação de perda de tempo. Outro sentimento associado ao momento do voto é a insegurança, se a escolha que fizeram é a mais acertada e se o candidato votado vai corresponder às suas expectativas. O voto obrigatório foi criticado em todos os grupos.
O levantamento, realizado nos últimos dias 25 e 26 de janeiro, foi aplicado em 12 grupos de sete a 10 pessoas nas cinco regiões do País e abrangeu todas as classes sociais, faixas etárias e de escolaridade
Fonte: Tribuna da Imprensa

Oportunidade para Dilma

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - São duas as hipóteses a respeito do convite feito pelo presidente Lula à ministra Dilma Rousseff para acompanhá-lo em visitas semanais aos canteiros de obras do PAC e aos Territórios da Cidadania. A primeira, parecendo ser a chefe da Casa Civil a solução sucessória que melhores chances apresenta para o PT, devendo, assim, submeter-se desde já a uma exposição explícita junto ao eleitorado. A outra, de que melhor para o presidente será manter Dilma ao seu lado em vez de deixá-la solta no Palácio do Planalto durante suas ausências, criando casos e batendo de frente com ministros e parlamentares.
Quem quiser que escolha a sua interpretação, mas a verdade é que a nossa "dama de ferro" tropical necessita tornar-se conhecida da sociedade e do eleitorado, se pretende mesmo candidatar-se em 2010. Pelo jeito, nessas viagens, o presidente Lula exigirá que Dilma discurse na maior parte das oportunidades, faturando de modo especial os dividendos do PAC e de outros programas desenvolvimentistas. A idéia é ampliar a imagem do governo, deixando de ser o samba de uma nota só, assentado apenas no Bolsa-Família. Essa campanha poderá ficar com Patrus Ananias, ainda que por enquanto o ministro da Integração Social não tenha sido incluído na caravana permanente que percorrerá o País.
Vão demorar os resultados, se favorecerem a popularização da chefe da Casa Civil. Não se espere a ascensão dela nas próximas pesquisas eleitorais, porque promover imagens é tarefa demorada. Mesmo assim, pode dar certo, faltando dois anos e oito meses para as eleições presidenciais. Desde que, por certo, o governo não venha a escorregar em alguma casca de banana do tipo cartões corporativos e sucedâneos.
Se Dilma Rousseff conseguir afirmar-se como pré-candidata sugerida e quase declarada, é bom que se prepare para enfrentar temporais. Não demora muito e campanhas serão deflagradas contra ela, começando por tentar caracterizá-la como perigosa agente do esquerdismo anacrônico e até do comunismo insepulto.
Nos anos de chumbo a ministra foi guerrilheira, terrorista, assaltou bancos e viu-se submetida à prisão e à tortura. Essas características dão votos em muitos segmentos, mas também servem ao extremo oposto. Logo irão acusá-la de inimiga da política econômica que deu certo, partidária das estatizações, aliada de Hugo Chávez e até de Fidel Castro.
Em suma, mais um lance acaba de acontecer no xadrez sucessório, desta vez por iniciativa do presidente Lula. Por coincidência, no mesmo dia em que o deputado Devanir Ribeiro, do PT, ressuscitou a proposta do terceiro mandato, anunciando a próxima apresentação de emenda constitucional modificando o parágrafo quinto do artigo 14 da Constituição. Ninguém duvida de que se nem Dilma nem qualquer outro companheiro conseguirem razoáveis índices de preferência popular, ano que vem, chegará como um tsunami petista a tese da permanência do presidente Lula no poder.
Lupi
Busca-se uma explicação lógica para a blitz que continua sendo desencadeada sobre o ministro Carlos Lupi, do Trabalho. Porque depois do estranho parecer do Conselho de Ética da presidência da República, exortando-o a demitir-se ou exonerar-se da presidência do PDT, mudaram o disco mas não mudaram a música. Agora, o ministro é acusado de favorecer ONGs ligadas ao partido que preside.
Acontece não haver lei que proíba acumular funções de governo com mandatos partidários. Os exemplos existem aos montes, através dos anos. Sergio Motta, todo-poderoso ministro das Comunicações no governo Fernando Henrique, verdadeiro coordenador político naquele período, era o secretário-geral do PSDB e ninguém protestou.
Por trás da opinião do Conselho de Ética existirão poderosos auxiliares do presidente Lula, assim como dirigentes do PT. Sem falar nos representantes das elites econômicas, porque Lupi parece o único ministro a botar o pescoço de fora e insurgir-se contra a anunciada reforma trabalhista proposta como forma de extinção dos últimos direitos sociais que sobraram para os assalariados. Não aceita a livre negociação entre patrões e empregados em substituição às poucas prerrogativas do trabalhador.
Na questão das ONGs, é preciso ressalvar que muitas são sérias e honestas, enquanto outras, fajutas, servem para enriquecer cabos eleitorais e malandros criados à sombra de partidos políticos próximos do poder. Se o PDT e o Ministério do Trabalho favoreceram essa última categoria, que se investigue e que se puna os culpados.
Agora, as ONGs ligadas ao partido que Lupi preside pareceriam integradas por congregados marianos, se comparadas com boa parte daquelas que o PT formou, dirige e explora até hoje. Por que, então, essa artilharia permanente contra o ministro do Trabalho, aliás, alimentada pela maioria da grande imprensa?
"Elementar, meu caro Watson", diria o genial Sherlock Holmes: "Porque a grande imprensa faz o jogo das elites..."
Divisão no Nordeste
Será singular a reunião de amanhã entre o presidente Lula e os governadores do Nordeste, em Aracaju. Porque desde D. Pedro II que a choradeira costuma ser imensa, quando os dirigentes nordestinos encontram algum representante do poder central. Aliás, com razão, porque quando olha para o Sul Maravilha o Nordeste se irrita. Os privilégios concedidos da Bahia para baixo por todos os governos sediados no Rio e em Brasília só fazem aumentar a distância econômica entre as regiões, apesar de tantos planos, programas, coordenações e superintendências.
O problema é que amanhã será diferente. Quando os governadores do Nordeste começarem a desfiar queixas, lamentos e reivindicações, o presidente Lula poderá pedir que primeiro procurem entender-se. Falarem uma linguagem única.
Porque o Nordeste, hoje, está dividido. De um lado, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. De outro, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Como ponto de atrito, o desvio das águas do rio São Francisco, que o primeiro grupo defende e o outro abomina. A decisão foi tomada pelo presidente, as obras já começaram mas o estrilo continuará por muito tempo. Ficará mais fácil dialogar com o Nordeste rachado.
Fonte: Tribuna da Imprensa

STF mantém liminar que suspende artigos da Lei de Imprensa

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou ontem a liminar, concedida na semana passada pelo ministro Carlos Ayres Britto, que derrubou 22 pontos da Lei de Imprensa. Mas, ao contrário de Britto, os ministros decidiram que as ações baseadas nessa lei que já estão em andamento na Justiça continuarão a correr normalmente.
Para contornar o fato de que artigos da Lei de Imprensa estão suspensos, as ações contra jornalistas e empresas de comunicação serão analisadas com base nos artigos da Constituição e dos Códigos Civil e Penal que tratam dos crimes de calúnia, injúria e difamação.
As penas previstas na Carta e nos dois códigos são menores do que as determinadas na Lei de Imprensa, que foi criada em 1967, durante a ditadura. Outros artigos suspensos são o que permite a censura a espetáculos e diversões públicas e o que dá poderes ao governo para a apreensão de jornais e revistas que ofendam a moral e os bons costumes.
Divergência
A decisão de ontem vale até o Supremo julgar em definitivo o assunto. Os ministros acertaram um prazo de seis para fazer isso. O mais provável é que no julgamento do mérito da ação, que foi apresentada pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), em nome de seu partido, todos os artigos da Lei de Imprensa sejam derrubados.
A possibilidade de substituir pontos da Lei de Imprensa pelos artigos da Constituição e dos Códigos Civil e Penal levou alguns ministros, como Britto e Carlos Alberto Menezes Direito, a sugerirem que o Brasil não precisa de uma lei que regule especificamente a atividade dos jornalistas e meios de comunicação.
Ao contrário, argumentaram, a Constituição nem sequer permitiria a existência de uma Lei de Imprensa. Os dois embasaram sua opinião no artigo 220 da Constituição, que estabelece: "Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social".
"É incompatível com a Constituição uma Lei de Imprensa", afirmou Britto. "Nenhuma lei pode trazer embaraço à informação jornalística", acrescentou Direito, repetindo a Carta. O ministro Celso de Mello, por outro lado, acha que essa questão não é de alçada do Supremo. "Deveria o Estado brasileiro ter uma Lei de Imprensa? Claro que não nos compete responder a essa pergunta", disse.
Esse conflito também deve ser resolvido quando o Supremo avaliar o mérito da ação apresentada pelo PDT. No julgamento, todos os artigos da Lei de Imprensa serão analisados separadamente. Os pontos que os ministros entenderem que não estão de acordo com a Constituição de 1988 serão suspensos.
Os artigos que tiverem correspondência na Constituição poderão ser mantidos. Uma terceira possibilidade será derrubar integralmente a lei e aplicar para jornalistas apenas os Códigos Penal e Civil. Nesse caso, os ministros decidirão ainda se a Constituição permite que o Congresso aprove uma nova Lei de Imprensa.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Delegado que indiciou Palocci é exonerado

RIBEIRÃO PRETO (SP) - Benedito Antonio Valencise, que comandou as investigações da "máfia do lixo" (envolvendo o deputado Antônio Palocci Filho) em Ribeirão Preto, entre 2004 e 2006, não é mais o seccional da região. Ele foi surpreendido na tarde de terça-feira, por telefone, ao saber que fora exonerado da função na cidade.
Um novo substituto, Rafael Rabinovici, que estava no Departamento de Trânsito (Detran), em São Paulo, foi nomeado para o cargo. A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) justificou que a saída de Valencise foi uma "mudança administrativa". Valencise não falou com jornalistas ontem. Ele deverá tirar uma licença-prêmio e férias antes de saber o seu novo destino profissional.
A exoneração de Valencise, após quatro anos na cidade, soou estranha, pois ocorreu na semana seguinte aos novos episódios envolvendo o deputado federal e ex-prefeito e ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci Filho. Foi Valencise quem indiciou Palocci, no final de 2006, como "chefe" da quadrilha do lixo, que teria supostamente desviado mais de R$ 30 milhões dos cofres públicos em contrato de varrição e coleta do lixo com a empresa Leão Leão. Outros assessores do ex-ministro também foram indiciados.
Por Palocci ter foro privilegiado como deputado, o caso foi ao Supremo Tribunal Federal (STF). E, na semana passada, reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que, em junho de 2007, o advogado Rogério Tadeu Buratti registrou em cartório, em São Paulo, uma retratação, negando as acusações que tinha feito contra Palocci, inocentando-o de todas as irregularidades no inquérito.
Durante as investigações, Buratti havia citado, em troca da delação premiada, que Palocci teria recebido propina mensal de R$ 50 mil pelo contrato do lixo, que seria destinada depois ao Diretório Nacional do PT. Valencise citou o ato da retratação de Buratti como "falcatrua", pois o advogado teria indicado todo o caminho para descobrir o esquema fraudulento. Buratti era a testemunha central da promotoria na denúncia contra Palocci.
Fonte: Tribuna da Imprensa

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