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domingo, junho 12, 2011

Domingo, 12 de Junho de 2011 Notícias Home > Notícias 12/06/2011 - 07h00 Filho de Victorino Freire esculhamba livro de Sarney

Rudolfo Lago

Durante boa parte de suas vidas políticas, o falecido ex-senador Victorino Freire e o atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foram inimigos figadais na política maranhense. Victorino comandou a política maranhense por mais de 30 anos, e foi por seus braços que Sarney iniciou também sua vida política. Depois que Sarney tornou-se governador do Maranhão em 1965, os dois começaram a se afastar até se tornarem inimigos.

Como não poderia deixar de ser, por ser uma biografia autorizada, o livro Sarney, a Biografia (Editora Leya), da jornalista Regina Echeverria, traz a versão do atual presidente do Senado para os desentendimentos que teve ao longo da vida com Victorino Freire. A versão de Echeverria, porém, desagradou ao filho de Victorino, o ex-deputado federal Luiz Fernando Freire. O maior problema é que, além do ponto de vista negativo, o livro de Regina Echeverria traz, segundo Luiz Fernando, vários erros históricos. Diz, por exemplo, que Victorino foi chefe de gabinete de Martins de Almeida, nomeado interventor no Maranhão por Getúlio Vargas. Na verdade, ele foi secretário de governo. Diz que o pai de Luiz Fernando foi o candidato a vice-presidente na chapa de Christiano Machado, um candidato à Presidência que foi abandonado por seu partido, o PSD, em 1950, possibilitando a eleição de Getúlio Vargas. Na verdade, o candidato a vice de Christiano, diz Luiz Fernando na carta, foi Altino Arantes.
Para rebater o que é dito no livro sobre Victorino Freire, Luiz Fernando enviou duas cartas, no dia 17 de maio, para Sarney e para Regina Echeverria. Com a ajuda do jornalista Luiz Cláudio Cunha, o Congresso em Foco obteve o fac-símile dos originais das duas cartas.

Leia aqui a carta enviada a Sarney

Clique aqui para ler a carta enviada a Regina Echeverria

“A leitura do livro causou-me decepção, surpresa, indignação e asco”, escreve Luiz Fernando na carta a Sarney. “E lamentável a facilidade com que a versão dos fatos foi tão alterada e ferida sem a menor consideração pela verdade, como se ela não existisse”, completa. “Você é um homem que alcançou os mais altos postos da vida pública brasileira, ou pela competência ou pela sorte. A sua vida estará, favoravelmente ou não, nos livros de nossa história. Assim mesmo, permita-me dizer-lhe que, com todos os seus títulos e honrarias, não troco a sua biografia pela de meu pai”, conclui Luiz Fernando Freire.

Na carta a Regina Echeverria, Luiz Fernando atribui ao “folclore político” a informação de que seu pai teria mandado aplicar, nos anos 30, uma surra de chibata “em toda a diretoria da Associação Comercial”. A informação está na página 55 da biografia de Sarney. Também diz ser “fantasioso” o relato de que Sarney (na página 237 do livro) teria passado a andar armado depois que Victorino afirmou que tiraria “à pinça” seu bigode. Na década de 60, Sarney já usava seu famoso bigode.

“Só mesmo nas páginas do seu livro ele enfrentaria Victorino Freire. Oportunidades para atirar em meu pai, ele teve inúmeras, mas nunca nem sequer ensaiou fazê-lo. Se ele abrisse o paletó e ostensivamente mostrasse um revólver para Victorino Freire, meu pai atiraria logo nele, até porque isso era uma coisa que ele estava ansioso por fazer (…). Se por acaso, num rasgo de coragem, Sarney tivesse puxado um revólver para o meu pai, posso lhe garantir que ele não sobreviveria. Tanto ele sabia disse que nunca ameaçou meu pai com arma nenhuma”. Escreve Luiz Fernando Freire para Regina Echeverria.

Luiz Fernando Freire concui: “A tentativa de apresentar o senador Victorino Freire como tudo aquilo que ele não foi, além de desprezível, desmerece e desonra o seu trabalho. E em se tratando de biografias, existe nas bancas de revistas e livrarias um livro que está fazendo muito sucesso, intitulado Honoráveis Bandidos [de Palmério Dória, Editora Geração]. O retrato da capa do livro não é o do meu pai”. Honoráveis Bandidos é um livro não autorizado sobre a família Sarney.

Fonte: Congressoemfoco

Nos jornais: Dilma mantém aprovação apesar de Palocci e inflação

Folha de S. Paulo

Dilma mantém aprovação apesar de Palocci e inflação

A crise que levou à demissão do ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) na terça passada e a alta da inflação no país não tiveram impacto negativo na aprovação do governo Dilma Rousseff. Mas a imagem pessoal da presidente piorou e os brasileiros estão mais pessimistas com os rumos da economia, especialmente com o comportamento da inflação. Mesmo sem ter afetado a aprovação geral do governo, o caso Palocci foi prejudicial para Dilma, acreditam 60% dos brasileiros.

Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 9 e 10 de junho, 49% dos entrevistados consideram a gestão Dilma como ótima ou boa. No último levantamento, de março, eram 47%. A margem de erro da pesquisa, que ouviu 2.188 pessoas em todo o país, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Maioria aprova atuação de Lula no governo

No auge da crise que derrubou Antonio Palocci da Casa Civil, o ex-presidente Lula foi a Brasília para tentar estancar a primeira grande crise política do governo de sua sucessora, Dilma Rousseff. Para 64% dos brasileiros, Lula deveria mesmo participar das decisões de Dilma. Quatro de cada cinco pessoas acreditam inclusive que o ex-presidente já esteja fazendo exatamente isso.

Gleisi carrega fama de "trator" desde MS

Nos três anos em que participou do governo do PT em Mato Grosso do Sul, de 1999 a 2001, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) consolidou fama idêntica à relatada por colegas do Senado: era um "trator". Em 2002, por sete meses, foi secretária de Londrina (PR), onde é lembrada como "dura, mas doce".

Essas são as duas últimas experiências da petista no Executivo. O marido dela, Paulo Bernardo -ministro das Comunicações-, também atuou nas duas gestões. No governo sul-mato-grossense de Zeca do PT, ela foi condutora da reforma administrativa que incluía cortes de gastos e de pessoal, fusões e extinções de empresas públicas e mudanças no sistema previdenciário estadual.

Esvaziamento da Casa Civil deixa "gestora" sem ter o que administrar

A "gestora" Gleisi Hoffmann assumiu quarta-feira o cargo de ministra-chefe da Casa Civil sem ter praticamente nada a gerir de fato. Para dar instrumentos para que Gleisi possa atuar na gestão dos principais programas do governo, a presidente Dilma Rousseff terá que reverter o processo de esvaziamento técnico que promoveu na pasta durante o comando de Antonio Palocci.

Na quinta-feira, seu primeiro dia de trabalho, a Casa Civil afirmou que "ainda não há definição oficial" para mudanças em sua estrutura. A presidente, no entanto, conforme a Folha apurou, quer que Gleisi assuma a gestão e o controle dos programas dos ministérios, tarefa que Palocci não realizava por estar envolvido na articulação política.


O Estado de S. Paulo

Dilma retoma nomeações para atender aliados

O Diário Oficial costuma ser o prontuário da articulação política do Planalto. Na sexta-feira, uma canetada da presidente Dilma Rousseff restaurou os sinais vitais da relação do governo com os partidos da base. Logo na primeira página da seção 2, Dilma afiançou a nomeação de um aliado para o estratégico cargo de presidente do Banco do Nordeste (BNB), estatal com R$ 4 bilhões em investimentos programados para 2011.

A nomeação de Jurandir Vieira Santiago, sacramentada cinco meses e dez dias depois da posse de Dilma, mostrou o restabelecimento do fluxo de negociação do governo justamente na semana em que seu núcleo político se desintegrou, com a saída de Antonio Palocci da Casa Civil e do remanejamento de Luiz Sérgio da Secretaria das Relações Institucionais para a pasta da Pesca.

Os padrinhos de Santiago foram o PT e o PSB, os mesmos que desde 2003 asseguraram a presidência do banco para Roberto Smith, agora afastado.

Para terem o controle da direção do BNB, PT e PSB tiveram de fazer muito lobby, abandonar as divergências iniciais, em que cada um queria ter o domínio da instituição, e fazer gestões com a presidente e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Indústria reduz investimento, mas quer manter inovação

Pressionada pela desaceleração econômica e pelo avanço dos importados, a indústria brasileira de transformação deverá reduzir seus investimentos neste ano, menos em inovação. Pesquisa da Fiesp indica que os investimentos das empresas do setor deverão somar R$ 167,15 bilhões, o que representará redução de 4,7% em relação aos R$ 175.4 bilhões do ano passado. Os recursos destinados à inovação de processos e produtos, no entanto, deverão dar um salto de 16,6%, de R$ 17,4 bilhões, no ano passado, para R$ 20,3 bilhões, agora. Das empresas pesquisadas pela Fiesp, 33% disseram que não pretendem fazer nenhum investimento em 2011. No ano passado, eram 23,6%.

"Lamento que líderes do PT deem consultoria aos donos do dinheiro"

Sete anos após deixar o governo Lula, no qual foi assessor especial da Presidência, o escritor e assessor de movimentos sociais Frei Betto é um entusiasta da experiência do PT no poder e crítico ferrenho dos dirigentes da sigla. Em meio à crise política e ao impacto do lançamento do programa Brasil sem Miséria, Frei Betto falou ao Estado. Ele elogiou o plano social e não poupou ataques à direção petista no caso Antonio Palocci: "Já não encontro os dirigentes dando consultoria a movimentos sociais".

Agenda do pós-crise tem mais política e menos dependência

O escândalo que derrubou Antonio Palocci da Casa Civil despertou na presidente Dilma Rousseff uma outra forma de comandar a equipe. A escolha de Gleisi Hoffmann para substituí-lo deixou claro que o estilo é outro. E no troca-troca de função entre a ex-senadora Ideli Salvatti e Luiz Sérgio nos ministérios das Relações Institucionais e da Pesca, a presidente exibiu um lado desafiante.

De acordo com auxiliares que a acompanharam nos últimos dias, Dilma pareceu revitalizar-se com o episódio que derrubou Palocci, quando enfim escolheu uma ministra por sua vontade e não imposta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por 157 dias, ela foi refém da equipe montada por Lula.

PMDB vale mais após crise

O primeiro ato de independência da presidente Dilma Rousseff em relação ao PT, com a nomeação de uma ministra de fora do quadro paulista do partido, a aproxima do desenho que seu antecessor estabeleceu para administrar sua heterogênea base de sustentação.

Tal como Lula, embora mais destrambelhada, a presidente marcou território e transmitiu a determinação de não se submeter plenamente às imposições do seu partido, cujo núcleo paulista, de forma quase autista, vive uma guerra autofágica de efeito asfixiante para o governo.

Transparente ou Sigiloso?

Quando se trata da ética do homem público, o que prevalece, a transparência perante os cidadãos ou a confidencialidade que interessa à clientela? O jurista Walter Maierovitch analisa o enriquecimento de Antonio Palocci: "Ganhou proporcionalmente mais que Al Capone. Palocci embolsou R$ 20 milhões em dois meses, contra US$ 60 milhões do mafioso em 13 anos".

Estâncias crescem, mas sem estrutura

O Censo 2010 mostra que estâncias turísticas de SP ficaram abaixo da média em itens como acesso à rede de esgoto, água tratada, coleta de lixo e energia elétrica.

Transporte para Copa está atrasado

Cinco das 12 cidades-sede da Copa de 2014 estão com o calendário das obras de transporte tão atrasado que nem firmaram os contratos com a Caixa Econômica Federal.


O Globo

Taxa de incêndio paga viagem de bombeiros a Europa e EUA

Independentemente da crise no Corpo de Bombeiros do Rio, 33 tenentes-coronéis viajarão em agosto para a Europa, com recursos da taxa de incêndio, num roteiro que inclui Paris, Roma, Berlim e Lisboa, com R$ 14,3 mil para cada um durante a estadia. Outros 42 capitães embarcarão no mesmo mês para Atlanta, nos EUA, cada um com R$ 5.232 para as despesas do período. Os gastos, sem incluir passagens aéreas, chegarão a R$ 694 mil, revelam Antonio Werneck e Fábio Vasconcellos. A taxa de incêndio, criada para equipar o Corpo de Bombeiros, agora paga, além das viagens, construção de pontes no interior do estado. A corporação diz que os oficiais farão cursos e as despesas estão previstas em lei.

O problema da articulação política de Dilma 'não acabou'

Para o professor de Ética e Filosofia Política da Universidade de São Paulo Renato Janine Ribeiro, o problema de articulação política da presidente Dilma não acabou. Ele diz que o vice-presidente Michel Temer - "o mais forte que o Brasil já teve" - fica mais poderoso diante de três mulheres (Dilma incluída) com perfis parecidos: pouco maleáveis para a tarefa de reunir interesses tão dispersos quanto os da base aliada, especialmente com o PT dividido.

Governo Dilma investe na relação com o Congresso

Ciente de que os problemas de articulação política de seu governo não acabam com a saída de Antonio Palocci e de Luiz Sérgio, a presidente Dilma Rousseff e sua nova equipe palaciana - formada pelas ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais) - terão de garantir novo ritmo às ações federais e resolver "gargalos políticos" que estavam obstruídos na Casa Civil.

Para começar, será essencial que o governo encaminhe demandas represadas de aliados, para que Ideli se consolide no cargo mostrando serviço: fazendo nomeações para cargos federais nos estados e liberando emendas parlamentares apresentadas ao Orçamento da União ainda no ano passado.

Presidente do PT diz que partido não derrubou Palocci

O presidente do PT, o paulista Rui Falcão, isenta o PT de responsabilidade na queda de Antonio Palocci, até então o ministro mais poderoso do governo Dilma. Palocci será um paulista a menos na Esplanada dos Ministérios, e partiu de seu partido, o PT, a maior pressão para que apresentasse explicações sobre o crescimento de seu patrimônio.

Falcão concorda que a queda de Palocci significa um recomeço, uma nova etapa do governo Dilma. Ao mesmo tempo, diz que o episódio não interferiu no andamento do governo.

Crise expôs divisão interna no PT

Paralelamente ao discurso uníssono de que não há crise no PT, embora indisfarçável no caso da queda do ministro Antonio Palocci, petistas desejam pressionar a presidente Dilma Rousseff para que ela discuta mais suas decisões com a cúpula partidária.

O perfil centralizador de Dilma não agrada a integrantes da legenda. O clima azedou com a demora da presidente para dar solução ao caso Palocci, e a partir de agora a ideia em diferentes esferas do partido é tentar reforçar o canal de diálogo de Dilma com núcleos de base, que já vêm registrando dissidências.

- O governo deveria ter uma relação mais intensa e cotidiana com o partido. A base do PT não está no cotidiano do governo, que, com isso, vai acabar se fechando numa situação de poucos ouvidos e se distanciando da realidade - diz o deputado Raul Pont (RS).

Código Florestal: governo enfrenta disputas internas

Não bastasse o confronto com ruralistas pelo Código Florestal, o setor ambientalista do governo enfrenta disputas internas. Dois órgãos ligados ao Ministério do Meio Ambiente - o Serviço Florestal Brasileiro e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - brigam pela gestão de áreas protegidas.

Por lei, a gestão de todas as 310 unidades de conservação federais, divididas em 12 categorias, é responsabilidade do Instituto Chico Mendes. Mas o Serviço Florestal reivindica que três categorias - Reserva Extrativista (Resex), Floresta Nacional (Flona) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável - fiquem sob seu guarda-chuva.

Uma proposta do Serviço Florestal neste sentido vazou recentemente, reacendendo a discórdia entre os dois órgãos. Em jogo estão 125 unidades de conservação (40% do total), uma área que, somada, chega a 30,7 milhões de hectares.

Bombeiros são libertados

Cerca de 400 bombeiros deixam o quartel da corporação, em Niterói, onde ficaram presos por uma semana. Hoje, eles farão uma passeata pela orla de Copacabana. A PM suspendeu o estado de prontidão que seria mantido durante o ato.


Correio Braziliense

Brasil cresce, mas ainda é o país da desigualdade

Mesmo com a economia em boa fase e com os avanços sociais, o abismo entre as regiões está longe de ser reduzido. Ao longo da última década, as diferenças apenas ganharam novos formatos.

Planalto remodelado

Com as mudanças na articulação política, Dilma vai ampliar participação de parlamentares nas decisões.

Justiça: A cada hora, um pedido de pensão no DF

Assunto ainda delicado na sociedade brasileira, a cobrança de pensão alimentícia não para de crescer no país. Nos primeiros cinco meses de 2011, as varas de Família do Distrito Federal receberam 3.787 ações, 24 por dia. O aumento nos casos de divórcios colabora para a multiplicação dos processos.

No Gama: Ladrões usam explosivos em caixa eletrônico

Às 3h da madrugada de sábado, bandidos atacaram um terminal de saque localizado entre o Shopping do Gama e o Estádio Bezerrão. Os assaltantes fugiram sem o dinheiro, apesar da destruição do equipamento. É a primeira vez que a polícia registra um caso desse tipo no Distrito Federal.

Fonte: Congressoemfoco

Nas revistas: o tamanho do Estado brasileiro

Época

Estado Ltda.

A queda do Muro de Berlim parecia ter encerrado o debate sobre o tamanho do Estado na economia. Com a vitória de um sistema baseado na livre-iniciativa – o capitalismo – sobre outro baseado no planejamento estatal – o socialismo –, a conclusão era cristalina: o governo deveria limitar ao mínimo a regulação sobre as atividades privadas e cuidar (bem) dos serviços básicos, como saúde, educação, justiça e segurança. Deveria ser apenas um bandeirinha, no máximo o juiz do jogo econômico – nunca técnico, zagueiro ou artilheiro. Em setembro de 2008, porém, com a eclosão da crise global, os governos de quase todo o mundo tiveram de injetar trilhões de dólares para reanimar suas economias. Nos Estados Unidos e em outros países, o Estado assumiu o controle de bancos, seguradoras e até mesmo de montadoras de automóveis à beira da falência. Foi a deixa para a ressurreição dos críticos do modelo liberal, que predominara por quase três décadas e garantira ao planeta uma era de crescimento sem igual na história. Vozes antes relegadas a um papel secundário no debate voltaram à cena com ares de protagonistas. Uma delas, o economista americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia em 2001, afirmou recentemente a ÉPOCA: “Não é o tamanho do Estado que importa, é o que o governo faz”.

Nos últimos três meses, uma equipe de jornalistas de ÉPOCA dedicou-se a desfazer o nevoeiro que encobre essa questão. Com o apoio da empresa de informações financeiras Economática, mergulhamos em relatórios ministeriais, balanços e planilhas de dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), das estatais, da Bolsa de Valores e das empresas privadas sob influência do governo. Restringimos nosso trabalho às participações do governo federal – um critério conservador para estimar o tamanho do Estado, por omitir as estatais em poder de Estados e municípios. Mesmo assim, o levantamento inédito, cujos resultados são apresentados a partir da página 71 e estão disponíveis de modo interativo em epoca.com.br e em nossa edição para iPad, revela um quadro preocupante. No futebol da economia brasileira, o governo não é apenas juiz, bandeirinha, técnico, zagueiro e artilheiro ao mesmo tempo. Ele também corta o gramado do estádio, costura as redes e – se quiser – pode até mexer no tamanho das traves.

De acordo com o levantamento, existem hoje no país pelo menos 675 empresas de todos os setores com algum tipo de participação ou influência do governo federal. São participações diretas ou indiretas do Tesouro, dos bancos e das empresas estatais ou dos fundos de pensão (entidades híbridas, inegavelmente na órbita do governo). Dessas, o governo controla 276, se somarmos todos os tipos de participação. Levando em conta apenas as 628 empresas não financeiras, o faturamento soma R$ 1,06 trilhão, algo como 30% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) ou 2,5 vezes as vendas dos 50 maiores grupos privados nacionais (leia o gráfico abaixo) . Nas 247 empresas não financeiras controladas pelo governo, as vendas somam R$ 468,5 bilhões, ou 13% do PIB. E o valor de mercado das 99 empresas cujas ações são negociadas na BM&FBovespa totaliza R$ 1,7 trilhão, ou 71% do valor de mercado das empresas na Bolsa. A interferência do Estado na economia via estatais, BNDES e fundos de pensão é tão intensa que, durante a pesquisa, ÉPOCA teve de atualizar os dados de muitas companhias que receberam recentemente dinheiro do governo, como o frigorífico JBS ou a Cipher, especializada em sistema de segurança de informação. “O governo brasileiro é um dinossauro com apetite insaciável. Nunca tivemos um capitalismo de Estado tão evidente”, diz o economista Rodrigo Constantino, sócio da Graphus Capital, uma empresa de gestão de recursos do Rio de Janeiro.

Poodle na vida pessoal, pit bull na política

Na noite da mesma terça-feira em que a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann se sagrou ministra da Casa Civil, o deputado federal e conterrâneo José Carlos Becker de Oliveira e Silva, ou Zeca Dirceu, não cabia em si de felicidade. Em três minutos no telefone, disse: “Ela tem luz própria. Tem carisma. É meiga. Carinhosa. Encantadora. Ótima gestora, excelente formadora de equipes e tem uma disposição inacreditável para trabalhar”. Dirceu conhece a nova ministra da militância petista estadual, com campanhas memoráveis em que estiveram juntos e, até ontem, visitas movimentadas a municípios de sua base eleitoral, como Cruzeiro do Oeste, onde ele foi prefeito.

“Ela sempre foi da nossa corrente”, disse o deputado. Não deixa de ser uma explicação já de si satisfatória para a chegada de Gleisi à Casa Civil: “Nossa corrente” é aquela tendência do PT que atendia por Articulação e de uns tempos até agora continua operosa como Construindo um Novo Brasil. Ostensivamente majoritária no partido – muitas vezes acusada de sacrificar a democracia a seus interesses pragmáticos –, é, como se sabe, a tendência do pai de Zeca, o ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu, do ex-presidente Lula, do ex-ministro Antonio Palocci, do marido da senadora, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e, por último, mas não menos importante, não mesmo, do ministro Gilberto Carvalho.

Dilma vai dar conta?

A presidente Dilma Rousseff chamou o então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para uma conversa, às 17 horas da terça-feira 7, em seu gabinete no 3o andar do Palácio do Planalto. Até a véspera, Palocci acreditava ainda que teria condições de ficar no cargo, apesar das suspeitas de enriquecimento ilícito e tráfico de influência contra ele por causa de sua atividade de consultor de empresas nos últimos quatro anos. Na noite da segunda-feira, Palocci calculou que ganhara fôlego para permanecer no governo depois de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ter mandado para o arquivo quatro representações dos partidos de oposição com pedidos de abertura de investigação.

Mais importante, porém, que a mudança na Casa Civil é a transformação do governo. Com a demissão de Palocci, Dilma tomou sua atitude de maior independência política em relação a Lula. Palocci chegou à campanha de Dilma, e depois ao cargo mais próximo dela, pelas mãos de Lula. Servia como símbolo de que Lula estava ali, cuidando de Dilma no Palácio do Planalto.

Depois da ostensiva passagem de Lula por Brasília em meio à crise deflagrada pelas revelações sobre o enriquecimento de Palocci, interpretada por todos como um sinal de preocupante fraqueza da presidente, sua demissão foi uma reação de Dilma para mostrar que o governo pode se livrar da sombra de Lula. Ela termina também o que alguns assessores chamam de fase de transição do governo Dilma em relação à gestão anterior. Até aqui, as prioridades foram o ajuste fiscal, o controle da inflação e a nomeação dos novos ocupantes dos cargos do segundo escalão. Depois o governo começaria a estabelecer seus programas e a mostrar resultados. Palocci caiu antes de isso acontecer. De acordo com um ministro próximo à presidente, o governo Dilma, com sua cara e personalidade próprias, só começa mesmo agora.


Istoé

O casal mais poderoso da República

Às 6h10 minutos da quarta-feira 8, o telefone tocou na casa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Ele atendeu e, ainda sonolento, ouviu do outro lado da linha: “É o assessor da ministra Gleisi?”, perguntava a jornalista de uma rádio da capital, em busca de uma entrevista com a nova titular da Casa Civil, que seria empossada no cargo horas mais tarde. “Claro que não, minha senhora. Assessor a esta hora da manhã?”, resmungou o ministro. Foi um sinal de que as coisas estavam mudando naquela casa. Escolhida pela presidente Dilma Rousseff para substituir Antônio Palocci, abatido pelo escândalo da multiplicação de seu patrimônio, Gleisi Hoffmann formará, com Paulo Bernardo, o primeiro casal ministerial da República. Casados há 13 anos, os dois se transformaram no par mais poderoso da Esplanada dos Ministérios. O orçamento administrado pelo casal soma nada menos do que R$ 11,7 bilhões, valor equiparável ao montante reservado pelo governo este ano para o programa Bolsa Família. “Nessa sociedade, eu entro no máximo com 10%”, já brinca o ministro.

Mas ele acha que tem seus trunfos. Conhecedor dos segredos da culinária, nos fins de semana é Paulo Bernardo quem prepara o molho de tomate para acompanhar uma macarronada de boa fama. Vegetariana convicta, Gleisi é fã do prato e o ministro das Comunicações ameaça se valer disso para dar o troco, no caso de a ministra da Casa Civil barrar algum projeto de sua pasta. “Ela vai ficar sem meu macarrão.”

A sina da Casa Civil petista

Instalada no quarto andar do Palácio do Planalto, a Casa Civil da Presidência da República é um cargo-chave na estrutura de governo. A proximidade do titular da pasta com o presidente transforma-o numa espécie de superministro. O posto costuma ser comparado ao de primeiro-ministro nos regimes parlamentaristas e os norte-americanos se referem ao chefe da Casa Civil brasileiro como chief of staff, ou seja, o responsável pelo monitoramento das ações de governo e pelo desempenho dos demais colegas do primeiro escalão. Assediado por empresários e políticos, cabe ao ministro da Casa Civil dar assessoramento direto ao presidente. Apesar de enfeixar esses imensos poderes, o cargo na era petista tornou-se de alta rotatividade. Em oito anos e cinco meses, a Casa Civil teve quatro ministros e um interino. Três foram demitidos em meio a crises políticas.

Nenhum deles teve o mesmo destino que o chefe da Casa Civil nos tempos em que Itamar Franco era o presidente da República. Assim como seus sucessores petistas, Henrique Hargreaves também foi abalroado por denúncias a respeito de seu comportamente ético. Antes de a crise contaminar o governo, no entanto, Hargreaves afastou-se do cargo para que fosse investigado. Ao cabo, nada foi provado e o então chefe da Casa Civil voltou ao Planalto ainda mais forte.

Dilma sem Palocci

Até surgir a denúncia sobre a multiplicação do patrimônio do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, o governo Dilma Rousseff vivia em lua de mel com a opinião pública. Pesquisa CNI/Ibope divulgada em abril indicava uma aprovação de 73%, semelhante à do ex-presidente Lula no início do segundo mandato. Mas, depois de 23 dias de crise política, o clima de harmonia rapidamente se desfez, a ponto de ameaçar a imagem de gestora competente que Dilma construiu no exercício do poder. Era preciso estancar a sangria com urgência, por mais dolorosa que fosse a decisão. Na noite da segunda-feira 6, Dilma comunicou às pessoas mais próximas que Palocci seria substituído no dia seguinte. Ninguém se surpreendeu, a não ser o próprio Palocci.

O ministro animou-se com a decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de arquivar os pedidos da oposição para que a origem de seu patrimônio fosse investigada. Viu ali uma tábua de salvação, uma espécie de sobrevida. Se nada havia contra ele nas esferas criminal e penal, poderia permanecer no cargo. A presidente Dilma, porém, tinha visão completamente oposta à de seu auxiliar. Tanto a decisão de Gurgel quanto a entrevista de Palocci à Rede Globo em nada alteraram o sentimento da opinião pública, escandalizada com os negócios milionários do chefe da Casa Civil. “O problema não é jurídico, é político”, disse Dilma a seus interlocutores.

Ela também viu no aval de Gurgel a oportunidade para se livrar do problema, sem agravar a situação de Palocci. O ministro, porém, manteve-se confiante. Durante a cerimônia de lançamento do evento Rio +20, na terça-feira 7, Palocci surgiu sorridente ao lado de Dilma. Ainda sonhava com o apoio da bancada do PT no Senado. Pediu à senadora Marta Suplicy (SP) que recolhesse assinaturas para uma moção a seu favor, mas a maioria da bancada rejeitou a ideia. “Isso é coisa de gente que está querendo ser mais realista do que o rei ou está procurando protagonismo”, reclamou Delcídio Amaral (PT-MS).


Carta Capital

E Dilma toma posse

Não foi do jeito sonhado e custou a queima de considerável capital político, mas a demissão de Antonio Palocci da Casa Civil na terça 7 parece marcar o início, de fato, do governo de Dilma Rousseff. Após ficar na defensiva no início da crise provocada pela revelação do extraordinário enriquecimento do ministro, a presidenta retomou a iniciativa política nos últimos dias: rendeu-se à necessidade de estreitar o contato com as lideranças da base aliada e fez uma escolha pessoal e instraferível para o lugar de Palocci. A senadora paranaense Glesi Hoffman, estreante na vida parlamentar em Brasília, não carrega "passivos" e tornara-se o grande destaque da bancada petista no Congresso nestes primeiros meses de mandato. Mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, foi escalada para ser a "Dilma da Dilma", gestora dos principais projetos do Executivo e mediadora dos conflitos entre os colegas de Esplanada. A presidenta parece também ter entedido outro ponto. Ela precisa se tornar o Lula de si própria.

A Justiça é cega, eis as provas

Nesta semana, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sem determinar diligências, quebrar sigilos e ouvir contratantes de consultorias financeiras e de serviços prestados por Palocci, contentou-se , sem cotejos, com as informações dadas pelo ex-ministro sob suspeita. Gurgel, em fim de mandato e aspirante à recondução no cargo cuja escolha competirá à presidenta Dilma, satisfez-se, na formulação de juízo sobre ilícitos, e sem sair à procura da verdade real, com a verdade escritural.

Fonte: Congressoemfoco

Campanha contra Poliomelite começa nesta segunda

Haroldo Abrantes | Ag. A Tarde
A campanha termina no dia 15 de julho
Haroldo Abrantes | Ag. A Tarde

A campanha termina no dia 15 de julho
Redação

Começa nesta segunda-feira, 13, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Devem ser imunizadas, crianças menores de cinco anos, como forma de prevenção da paralisia infantil, doença infectocontagiosa grave, transmitida principalmente por via oral.

Prevista para terminar no dia 15 de julho, a meta da campanha é imunizar 95% do público-alvo. No Dia D da campanha, que acontece em 18 de junho, serão instalados postos de vacinação em diversos pontos da capital.

Também durante esse período, será intensificada a vacinação contra o sarampo, devido epidemia da doença na Europa. Vão ser imunizadas crianças a partir de um ano e menores de sete. A vacina aplicada, a tríplice viral, também protege contra caxumba e rubéola.

Os pais ou responsáveis devem levar as crianças aos postos de saúde do município de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.

Fonte: A Tarde

Vereador é preso por falsidade ideológica na Bahia

Da Redação

Um vereador da cidade de São Félix do Coribe, a 872 Km de Salvador, foi preso nesta sexta-feira, 10, acusado de falsidade ideológica. Eleito pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Ulysses Santos Viana foi preso em cumprimento de um mandato de prisão preventiva expedido pelo juiz substituto José Luiz Pessoa Cardoso, da Comarca de Santa Maria da Vitória.

Ulysses era investigado desde 2004 e responderá por falsificação de documentos públicos, uso de documentos falsos e estelionato. Ele está detido na carceragem da Delegacia de Santa Maria da Vitória.

Fonte: A Tarde

Proposta de mudança de terminal gera divergência

Arestides Baptista/Agência A TARDE
O remanejamento da estação esquenta o debate entre urbanistas e estudiosos do trânsito da capital
Hieros Vasconcelos

A possibilidade de mudar a Rodoviária de Salvador de localização sob a justificativa de que irá melhorar o trânsito na região do Iguatemi, conforme anunciou o governador Jaques Wagner em entrevista a uma rádio local, gera divergências.Embora a região seja um dos pontos com mais engarrafamentos da capital baiana e por onde passam, segundo a Transalvador, cerca de 130 mil carros por hora, urbanistas e especialistas de trânsito acreditam que a mudança em nada irá melhorar o tráfego.

Ainda não há nenhum projeto sendo realizado pela Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), conforme informou a assessoria de comunicação do órgão, no entanto, iniciou-se as discussões sobre o assunto. O local mais provável para a instalação da nova estação seria na BR-324, próximo de Valéria.

De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), o governador apenas lançou uma ideia, diante de um “consenso” de que a região estaria saturada. Para o arquiteto e professor de Urbanismo da Ufba, Armando Branco, a mudança deixaria em segundo plano os interesses dos passageiros, já que a Rodoviária é uma das mais bem localizadas do País, com serviços de fácil acesso.

Segundo ele, os engarrafamentos constantes na região são frutos, além da grande frota de veículos da capital (700 mil), da falta de um transporte de massa de qualidade e de vias bem projetadas. “O que se pode fazer para melhorar é reconstruir o acesso privativo dos ônibus e intervenções urbanísticas pesadas”, diz, se referindo ao equipamento conhecido como viaduto da rodoviária.

O especialista em geografia urbana e professor da Ufba, Climaco Dias, critica: “A estação faz parte de uma centralidade que tem um adensamento de serviços que facilitam a vida da população”, disse.

Saturada - O também especialista em trânsito Eduardo Sampaio acredita que a capital baiana precisa de uma Rodoviária maior e mais confortável para a Copa de 2014. “A rodoviária não tem muita influência no trânsito. Ela precisa sair dali porque ficou pequena para a cidade”.

Ele sugere aproveitar o terminal como uma estação de transbordo do novo sistema de transporte que virá para Salvador, seja VLT ou BRT.

O diretor de trânsito da Transalvador, Renato Araújo, afirma que a retirada da Rodoviária pode ajudar a melhorar o trânsito. Entre os planos para melhorar o trânsito na região, diz Araújo, estão a construção do BRT, que prevê seis viadutos.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A TARDE deste domingo, 12

Proposta de mudança de terminal gera divergência

Arestides Baptista/Agência A TARDE
O remanejamento da estação esquenta o debate entre urbanistas e estudiosos do trânsito da capital
Hieros Vasconcelos

A possibilidade de mudar a Rodoviária de Salvador de localização sob a justificativa de que irá melhorar o trânsito na região do Iguatemi, conforme anunciou o governador Jaques Wagner em entrevista a uma rádio local, gera divergências.Embora a região seja um dos pontos com mais engarrafamentos da capital baiana e por onde passam, segundo a Transalvador, cerca de 130 mil carros por hora, urbanistas e especialistas de trânsito acreditam que a mudança em nada irá melhorar o tráfego.

Ainda não há nenhum projeto sendo realizado pela Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), conforme informou a assessoria de comunicação do órgão, no entanto, iniciou-se as discussões sobre o assunto. O local mais provável para a instalação da nova estação seria na BR-324, próximo de Valéria.

De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), o governador apenas lançou uma ideia, diante de um “consenso” de que a região estaria saturada. Para o arquiteto e professor de Urbanismo da Ufba, Armando Branco, a mudança deixaria em segundo plano os interesses dos passageiros, já que a Rodoviária é uma das mais bem localizadas do País, com serviços de fácil acesso.

Segundo ele, os engarrafamentos constantes na região são frutos, além da grande frota de veículos da capital (700 mil), da falta de um transporte de massa de qualidade e de vias bem projetadas. “O que se pode fazer para melhorar é reconstruir o acesso privativo dos ônibus e intervenções urbanísticas pesadas”, diz, se referindo ao equipamento conhecido como viaduto da rodoviária.

O especialista em geografia urbana e professor da Ufba, Climaco Dias, critica: “A estação faz parte de uma centralidade que tem um adensamento de serviços que facilitam a vida da população”, disse.

Saturada - O também especialista em trânsito Eduardo Sampaio acredita que a capital baiana precisa de uma Rodoviária maior e mais confortável para a Copa de 2014. “A rodoviária não tem muita influência no trânsito. Ela precisa sair dali porque ficou pequena para a cidade”.

Ele sugere aproveitar o terminal como uma estação de transbordo do novo sistema de transporte que virá para Salvador, seja VLT ou BRT.

O diretor de trânsito da Transalvador, Renato Araújo, afirma que a retirada da Rodoviária pode ajudar a melhorar o trânsito. Entre os planos para melhorar o trânsito na região, diz Araújo, estão a construção do BRT, que prevê seis viadutos.

Leia reportagem completa na edição impressa do Jornal A TARDE deste domingo, 12

Agora que Palocci perdeu o poder, a honra e a dignidade, está começando o festival de denúncias, mostrando que o faturamento da Consultoria Projeto não passava de tráfico de influência.

Carlos Newton

A recém-lançada edição da Veja mostra que, em 30 dezembro de 2010, faltando apenas dois dias para terminar o governo Lula, a construtora Camargo Correa vendeu ao fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros) a participação acionária que detinha na holding de um grande banco por 3 bilhões de reais, numa negociação que teve participação direta de Palocci, na véspera do Ano Novo.

Era um negócio absolutamente normal na superfície, mas só foi fechado depois da intervenção de Antônio Palocci, que ainda nem tinha assumido a chefia da Casa Civil, mas já faturava em cima disso.

A “contratação verbal” da empresa de Palocci pela Camargo Correia ocorreu em pleno ano eleitoral, quando o então deputado federal já coordenava a campanha da presidente Dilma Rousseff. A conclusão do negócio ocorreu dois dias antes da posse, quando Palocci era coordenador da equipe de transição do governo Lula para o governo Dilma, se é que isso realmente existiu, pois nada mudou e todos sabem que o governo atual é Lula Rousseff, uma espécie de “baião de dois”.

A essa altura, já se sabia que Palocci ia assumir o comando da Casa Civil. Não houve contrato formal, até onde se sabe, nem pagamento pelo serviço. Mais a Camargo Correa doou 8,5 milhões de reais ao comitê eleitoral da campanha petista. Doou também para a campanha do candidato tucano José Serra, mas muito menos.

A revista Veja diz que não existem provas de que o acerto com a Petros tenha sido azeitado pela doação de campanha, mas, conhecendo os mecanismos de negócios entre as grandes empreiteiras e o estado brasileiro, é lícito indagar: Sem a doação, o negócio sairia da mesma forma?

Palocci sempre negou ter sido intermediário dos pleitos da Camargo Correa. “Não houve nenhuma prestação de consultoria”, respondeu a Veja, por escrito quando ainda era ministro. Repetiu o desmentido em sua entrevista ao Jornal Nacional.

A empreiteira também nega: “Mais uma vez, de forma expressa e específica, reforço que o ministro Palocci jamais prestou serviço ao Grupo Camargo Corrêa e ou suas empresas controladas ou coligadas de qualquer natureza por qualquer via em qualquer momento”. Mas acontece que a equipe da Veja teve acesso a documentos que mostram exatamente o contrário.

E vêm mais denúncias por aí.

Fonte: Tribuna da Imprensa

A falência do Estado de Direito

Carlos Chagas

Conforme publicou O Globo no fim de semana, conclui-se ser desleal a concorrência entre o estado de Direito e o crime organizado. Porque, se procurar emprego honesto, um jovem desfavorecido economicamente, com pouca ou nenhuma escolaridade, morador da favela, encontrará no máximo o salário mínimo, isto é, 525 reais por mês. Caso decida aderir aos bandidos que já controlam e até infernizam sua vida, disporá de muito melhores opções.

Para ingressar nas forças armadas, de preferência paraquedista ou fuzileiro naval, a fim de preparar-se para transferir conhecimentos bélicos ao narcotráfico, além dos vencimentos e do apoio dado pelas corporações oficiais, receberá do crime organizado um abono de 300 reais por semana. Conseguindo inscrever-se numa quadrilha qualquer, seja como “instrutor”, “avião”, “soldado” ou “fogueteiro”, sua remuneração poderá chegar a 1.500 reais, também por semana. Precisará ser aprovado em diversos “cursos”, como “guerra na selva”, “guerrilha urbana”, “tiro”, “natação em esgoto” e similares. Depois, o céu é o limite, como “gerente”, “empresário” e “controlador de ponto de venda de drogas”.

Dá para o humilhado, desprezado e indignado menino hesitar? Do poder público sofre apenas o abandono e a truculência, quando a polícia sobe o morro. Do narcotráfico, proteção para ele e sua família, remédios, alimentação, até ajuda em dinheiro para velórios e festinhas de aniversário. Seus valores são outros, ainda que o risco, infinitamente maior. Mas o que tem a perder o indigitado jovem, senão a própria vida, para a qual dedica importância relativa?

Essa realidade explica porque o crime organizado cresce, desce o morro e começa a dominar o asfalto.

Fazer o quê, do lado de cá? Os policiais que não se corrompem ganham bem menos do que seus adversários. Sofrem mais, até porque boa parte deles obriga-se a morar nas favelas, mesmo escondendo sua condição profissional e sua farda. Em termos de armamento, perdem sempre. Para não falar na permanente intranqüilidade. Muitos ingressam nas milícias, engodo logo desvendado, pois elas utilizam os mesmos métodos dos criminosos, explorando as comunidades e submetendo-as a constrangimentos parecidos, tudo dependendo da altura em que se encontram os casebres: mais para cima, submetem-se ao narcotráfico. Na subida do morro, às milícias.

Solução não dispõem sequer os candidatos a prefeito que insistem em fazer campanha nas favelas, a maior parte repelida ou sujeita a pedir licença aos dois lados. É a falência do estado de Direito.

COMEÇARAM OS PROTESTOS

Não demorou muito para aparecer o reverso da medalha. Os aeroviários estão em greve protestando contra a privatização dos aeroportos do Rio, São Paulo e Brasília. Mais do que isso: reagindo á hipótese da privatização de outros aeroportos. Alertam para a primeira conseqüência: demissões em massa, assim que empresas privadas assumirem. A fixação exclusiva no lucro sacrificará o sentido social do trabalho, além, é claro, de exigir dos que conservarem os empregos esforço acima de sua capacidade. Vão transformar os aeroportos privatizados em feiras livres, abrindo espaços inexistentes para todo tipo de atividades comerciais, prejudicando os passageiros já tratados como gado pela falta de instalações condizentes.

O governo prometeu que não estenderia as privatizações a outros aeroportos, mas garantir, ninguém garante…

Fonte: Tribuna da Imprensa

Professora que diz ser filha de José Alencar nunca conseguiu que ele fizesse teste de DNA. Agora, pede que o meio-irmão faça o exame, também não consegue. E tinha gente que considerava José Alencar um exemplo.

Carlos Newton

O empresário José Alencar, vice-presidente de Lula duas vezes, era simpático e coisa e tal. Sua batalha contra o câncer emocionava o país, sua morte em março foi muito sentida. Porém, a mais longa batalha que ele travava nada tinha de meritória. Há mais de dez anos, Alencar vinha lutando para evitar que a professora Rosemary de Morais, hoje com 56 anos, fosse reconhecida como filha dele.

O riquíssimo dublê de empresário e político não só jamais admitiu fazer o teste de DNA, como ainda deu declarações classificando de “prostituta” a mãe de Rosemary, Francisca Nicolina de Morais, circunstância que revelou o verdadeiro caráter de José Alencar. Na verdade, Francisca era enfermeira e o relacionamento dos dois ocorreu em 1954, quando ambos moravam em Caratinga (MG). Na ocasião, nenhum dos dois era casado. Dona Tita, como Francisca era conhecida, morreu de câncer, aos 82 anos, sem ver o antigo namorado reconhecer a filha.

Rosemary foi criada pelos avós, e somente há 16 anos a mãe informou quem era seu verdadeiro pai. Ela chegou a tentar falar com Alencar quando ainda candidato ao Senado, mas não teve sucesso. Em 2001, Rosemary desistiu de tentar falar com ele e decidiu recorrer ao Judiciário.

A Justiça em Caratinga, no Vale do Rio Doce, demorou quase 10 anos para condenar o então vice-presidente da República a reconhecer a paternidade de Rosemary, mas a sentença foi de primeira instância e Alencar apresentou recurso.

Para apressar a decisão em segunda instância, Rosemary tenta agora que Josué, filho do casamento de Alencar com dona Mariza Campos Gomes da Silva, faça exame de DNA. Mas o suposto meio-irmão também está se recusando, o que sugere que a falta de caráter seja problema de família.

“Se ele não era meu pai, por que não fez o exame de DNA? Quando a pessoa não deve, não teme. Se não era meu pai, que fizesse o DNA, porque já ficaria livre desse tormento. E eu também” – desabafa Rosemary. Ela diz que sempre quis conversar com ele, mas nunca conseguiu.

O caso de José Alencar mostra como as aparências enganam. Ele procedeu exatamente como Pelé, que tinha uma filha na mesma condição, foi obrigado a reconhecê-la na Justiça, mas jamais a aceitou ou falou com ela. Nesse particular, o grande exemplo no Brasil é Roberto Carlos, que faz logo o exame de DNA e, em caso positivo, imediatamente incorpora o novo filho à família. Que Deus o mantenha assim, de coração sempre aberto.

Fonte: Tribuna da Imprensa

Bombeiros se emocionam ao reencontrar parentes e amigos no Rio

Bombeiros que foram presos chegaram ao Centro do Rio marchando. Militares farão um agradecimento em uma passeata no domingo (12)

11/06/2011 | 16:34 | G1/Globo.com

“Eu não tenho palavras, é uma emoção, uma felicidade enorme”, descreveu o tenente do Corpo de Bombeiros Adilson Bandeira, ao ser recepcionado neste sábado (11), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio por amigos e parentes após ficar sete dias preso. Ele e mais de 400 agentes deixaram o quartel de Niterói, na Região Metropolitana e se encaminharam para a escadaria da Alerj.

“A corporação estava retalhada antes desse movimento, e depois das manifestações conseguimos reatar uma união. Tenho 28 anos de corporação e nunca vi isso, é uma emoção grande. E reencontrar minha família é melhor ainda”, disse Adilson, após ver sua mulher e filhos.

Durante toda a manhã de sábado, familiares e amigos dos agentes se reuniram na Alerj para esperar os bombeiros. Os militares deixaram a Região Metropolitana de barca e chegaram à Praça XV, no Centro, por volta de 12h. A banda do Corpo de Bombeiros esperava os colegas e os acompanhou até as escadarias da Alerj. Marchando, os bombeiros passaram por um tapete vermelho, na Rua São José, ao lado da Alerj.

O cabo Marcelo Mata reencontrou os dois filhos e agradeceu aos que apoiaram. “Isso tudo serviu para a população aprovar e entender que as categorias podem reivindicar. A família é meu suporte, e vê-los de novo é muito importante”, disse.

Por volta das 14h, parte dos agentes já havia deixado a Assembleia Legislativa. “Agora os bombeiros vão para suas casas, ficar com as famílias. A intenção é desmontar o acampamento que montamos aqui na Alerj. Amanhã (domingo, dia 12) estaremos todos unidos na passeata, em Copacabana”, disse o porta-voz da corporação, o cabo Laércio Soares, se referindo ao movimento que vai se reunir em frente ao hotel Copacabana Palace na manhã de domingo (12).

Segundo o cabo Benvenuto Daciolo, um dos líderes do movimento que estava preso, "só sentamos para negociar se houver anistia", falou na manhã deste sábado.

De acordo com o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), 14 militares ainda aguardam a libertação no quartel de Charitas.

Prontidão da PM no domingo é suspensa
A Polícia Militar informou, neste sábado (11) que o comandante-geral Mário Sérgio de Brito Duarte, após conversa com o secretário de Defesa Civil, coronel Mauro Simões, decidiu suspender a escala extraordinária de domingo (12) da PM. As exceções são as unidades de Copacabana (19º BPM) e Leblon (23º BPM), e ainda as unidades envolvidas na operação policial da Vila Kennedy - Bope, BPChoque e 14º BPM.

O esquema de prontidão tinha sido determinado das 8h às 14h por causa de uma passeata de agradecimento dos bombeiros que está prevista para a manhã de domingo. O Sindicato estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) afirmou que também vai participar do evento. A categoria está em greve por tempo indeterminado por reajuste salarial.

Na noite de sexta (10), um grupo formado por nove militares que estava preso no Grupamento Especial Prisional (GEP), em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, já havia deixado a unidade.

O habeas corpus foi conseguido por um grupo de deputados federais na madrugada de sexta-feira. A decisão que favoreceu os presos foi do desembargador Cláudio Brandão, que estava de plantão judiciário na madrugada. Em parceria com a Auditoria Militar, técnicos da Diretoria Geral de Tecnologia da Informação (DGTEC) do TJ agilizaram a digitação dos alvarás.

Procurado pelo G1, o Tribunal de Justiça explicou que o habeas corpus é uma decisão liminar, que ainda vai ser julgada. Ou seja, será enviado por sorteio a uma Câmara Criminal. Nela, o relator, que também é um desembargador, poderá confirmar ou não a decisão.

MP denuncia bombeiros e PMs

Ainda na noite desta sexta-feira, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou à Justiça, os 429 bombeiros e dois PMs que foram presos após manifestação que culminou com a invasão do quartel. As informações são do MP-RJ. A denúncia foi subscrita pelos Promotores de Justiça Leonardo Cuña e Isabella Pena Lucas.

Secretário diz que não haverá perseguição a presos

O secretário estadual de Defesa Civil e comandante dos bombeiros no Rio, Sérgio Simões, declarou em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (10) que não haverá qualquer tipo de perseguição aos agentes.

Prisão no sábado

Os mais de 400 bombeiros estavam presos desde sábado (4), após policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) invadirem o quartel central do Corpo de Bombeiros. Mais de 2 mil manifestantes tinham tomado a unidade na noite de sexta-feira (3).

Fonte: Gazeta do Povo

Aprovação de Dilma resiste à 1ª crise política

Folha de S.Paulo

A crise que levou à demissão do ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) na terça passada e a alta da inflação no país não tiveram impacto negativo na aprovação do governo Dilma Rousseff.

Mas a imagem pessoal da presidente piorou e os brasileiros estão mais pessimistas com os rumos da economia, especialmente com o comportamento da inflação.

Mesmo sem ter afetado a aprovação geral do governo, o caso Palocci foi prejudicial para Dilma, acreditam 60% dos brasileiros. Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 9 e 10 de junho, 49% dos entrevistados consideram a gestão Dilma como ótima ou boa. No último levantamento, de março, eram 47%.

A margem de erro da pesquisa, que ouviu 2.188 pessoas em todo o país, é de dois pontos percentuais.

Houve queda na avaliação de Dilma somente entre os brasileiros que têm ensino superior. Entre os que não passaram do fundamental ou do médio, a aprovação ficou estável ou aumentou.

Já a imagem da presidente piorou em três dos quatro aspectos pesquisados, particularmente em relação à sua capacidade de tomar decisões.

Dilma levou três semanas para demitir Palocci depois de a "Folha de S.Paulo" revelar que o patrimônio do ministro havia aumentado 20 vezes em quatro anos. O fato deflagrou a maior crise do governo da presidente até agora.

Apesar de a maior parte dos brasileiros achar que a economia vai melhorar (42%) ou ficar como está (37%) nos próximos meses, o índice dos que apostam em dias piores subiu de 9% para 17% nos últimos três meses.

Fonte: Agora

Gleisi carrega fama de trator desde a administração em MS

Folha de S.Paulo

Nos três anos em que participou do governo do PT em Mato Grosso do Sul, de 1999 a 2001, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) consolidou fama idêntica à relatada por colegas do Senado: era um "trator". Em 2002, por sete meses, foi secretária de Londrina (PR), onde é lembrada como "dura, mas doce".

Essas são as duas últimas experiências da petista no Executivo. O marido dela, Paulo Bernardo --ministro das Comunicações--, também atuou nas duas gestões.

No governo sul-mato-grossense de Zeca do PT, ela foi condutora da reforma administrativa que incluía cortes de gastos e de pessoal.

Sofreu grande resistência do movimento sindical que dava suporte ao governo. "Nós a víamos como uma tecnocrata que defendia uma reforma neoliberal, aos moldes do governo de FHC", lembra o secretário-geral da CUT-MS, Alexandre Costa.

O sindicalista diz não ter boas lembranças das rodadas de negociação com a então secretária extraordinária de Reestruturação e Ajuste. "Ela era sempre muito dura." Houve debates acalorados e ameaças de greve.

Gleisi começou como responsável pela gestão de despesas e por cortes para reduzir o deficit, de quase R$ 20 milhões mensais. Em um ano, a arrecadação dobrou e o Estado conseguiu regularizar a folha de pagamento.

Para o deputado estadual Paulo Duarte (PT), que participou do governo, o casal de "estrangeiros" foi a escolha certa para a tarefa, mas não resistiu à "pressão política". "O remédio precisava ser amargo e desagradou. Houve um pouco de fogo amigo.

Ao sair, Bernardo voltou ao Paraná e foi trabalhar em Londrina, seu berço político, para ser secretário da Fazenda do novo prefeito Nédson Micheleti (PT). Gleisi seguiu o marido e foi nomeada secretária de Gestão Pública em abril de 2002. De lá, só saiu para integrar a equipe de transição de Lula.

Gleisi Hoffmann assumiu o cargo de ministra-chefe da Casa Civil sem ter praticamente nada a gerir de fato.

Para dar instrumentos para que Gleisi possa atuar na gestão dos principais programas do governo, a presidente Dilma Rousseff terá que reverter o processo de esvaziamento técnico que promoveu na pasta durante o comando de Antonio Palocci.

Fonte: Agora

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Veja opções de linha de crédito para reforma

Folha de S.Paulo

Não é só quem compra imóvel que tem direito a financiamentos com linhas especiais. Os bancos têm crédito específico para construção e reforma, que permite parcelar a compra de material, de itens de decoração e até a contratação de mão de obra.

As opções vão desde crédito para pequenas compras, a partir de R$ 70, até o valor de 50% de avaliação do imóvel. As taxas variam de 5% ao ano até 2,86% ao mês, com prazos de 12 a 180 meses.

Além de comparar a taxa de juros cobrada, o comprador deve estar atento ao modo como poderá usar a grana emprestada. Em alguns casos, o contratante pode distribuir o uso do montante conforme sua necessidade, como ocorre nas linhas do Bradesco e do Santander. Em outros, o dinheiro tem prazo para ser usado e só pode ser gasto em lojas conveniadas com o serviço --caso do Construcard da Caixa Econômica Federal.

O Itaú também oferece um cartão para construção desde abril. A diferença é que ele pode ser usado em qualquer loja do ramo que aceite a bandeira Mastercard, até para compra de itens de decoração.

O principal desafio em reformas é cumprir o orçamento. A dificuldade costuma vir de planejamento incompleto e mudanças durante a obra. "Considere uma margem de eventualidade de 10% a 15% no valor previsto", sugere o arquiteto Fabio Christe.

Ter fundo de reserva é especialmente importante quando a renda já está comprometida com o financiamento do material. "O senso comum de que 'reforma sempre dobra de valor e tempo' ocorre quando não se cumpre planejamento ou quando não existe projeto acordado entre as partes", afirma o consultor financeiro Fabiano Calil. Dentro do plano de obra devem estar orçamento, tempo de duração do projeto e finalidade do financiamento.

Fonte: Agora

Veja quando vale a pena a troca de benefício

Ana Magalhães
do Agora

O aposentado que trabalha e que continua pagando as contribuições previdenciárias pode conseguir, na Justiça, trocar o seu benefício por outro mais vantajoso. O aumento pode chegar a 63%. Porém, nem sempre a troca de aposentadoria (também conhecida como desaposentação) garante uma vantagem para o segurado do INSS.

Por isso, para entrar com uma ação, é preciso entregar cálculos que comprovem que a troca garante um aumento. Essa simulação pode ser feita por um especialista ou no site da Previdência Social.

Segundo o advogado previdenciário Daisson Portanova, do escritório Gueller, Portanova e Vidutto, cada caso precisa ser analisado separadamente, mas algumas situações são inquestionáveis. "Quem se aposentou de maneira proporcional e, depois, trabalhou tempo suficiente para pedir a aposentadoria integral, terá um aumento garantido", afirma o especialista. Esse tende a ser o maior beneficiado com a troca de aposentadoria.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste domingo,

Veja quando vale a pena a troca de benefício

Ana Magalhães
do Agora

O aposentado que trabalha e que continua pagando as contribuições previdenciárias pode conseguir, na Justiça, trocar o seu benefício por outro mais vantajoso. O aumento pode chegar a 63%. Porém, nem sempre a troca de aposentadoria (também conhecida como desaposentação) garante uma vantagem para o segurado do INSS.

Por isso, para entrar com uma ação, é preciso entregar cálculos que comprovem que a troca garante um aumento. Essa simulação pode ser feita por um especialista ou no site da Previdência Social.

Segundo o advogado previdenciário Daisson Portanova, do escritório Gueller, Portanova e Vidutto, cada caso precisa ser analisado separadamente, mas algumas situações são inquestionáveis. "Quem se aposentou de maneira proporcional e, depois, trabalhou tempo suficiente para pedir a aposentadoria integral, terá um aumento garantido", afirma o especialista. Esse tende a ser o maior beneficiado com a troca de aposentadoria.

Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora neste domingo,

Pandora e Stradivarius

Por Frei Betto

Conta o mito grego que Epimeteu ganhou dos deuses uma caixa que continha todos os males. Advertiu a mulher, Pandora, que de modo algum a abrisse. Mordida pela curiosidade, ela desobedeceu e os males escaparam.

Hoje, uma das caixas de Pandora mais ameaçadoras são as usinas nucleares – 441 em todo o mundo. Por mais que os Epimeteu das ciências e dos governos apregoem serem seguras, os fatos demonstram o contrário. As mãos de Pandora continuam a provocar vazamentos.

O vazamento da usina nuclear de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia, afetou milhares de pessoas, sobretudo crianças, e promoveu séria devastação ambiental. Calcula-se que Chernobyl provocou a morte de 50 mil pessoas.

Agora temos o caso da usina japonesa de Fukushima, atingida pelo tsunami. Ainda é cedo para avaliar a contaminação humana e ambiental provocada por vazamento de suas substâncias radioativas, mas o próprio governo japonês admite a gravidade. Se o Japão, que se gaba de possuir tecnologia de última geração, não foi capaz de evitar a catástrofe, o que pensar dos demais países que brincam de fogo atômico?

No Brasil, temos as três usinas de Angra dos Reis (RJ), construídas em lugar de fácil erosão por excesso de chuva, como o comprovam os desmoronamentos ocorridos na região a 1o de janeiro de 2010.

Ora, não há risco zero em nenhum tipo de usina nuclear. Todas são vulneráveis. Portanto, a decisão de construí-las e mantê-las é de natureza ética. Acidentes naturais e falhas técnicas e humanas podem ocorrer a qualquer momento, como já aconteceu nos EUA, na União Soviética e no Japão.

Em 1979, derreteu o reator da usina de Three Mile Island, nos EUA. Em Chernobyl, o reator explodiu. Em Fukushima, a água abriu fissuras. Portanto, não há sistema de segurança absoluta para essas usinas, por mais que os responsáveis por elas insistam em dizer o contrário.

Ainda que uma usina não venha a vazar, não são seguros os depósitos de material rejeitado pelos reatores. E quando a usina for desativada, o lixo atômico perdurará por muitas e muitas décadas. Haja câncer!

No caso de Angra, se ocorrer algum acidente, não há como evacuar imediatamente a população da zona contaminada. A estrada é estreita, não há campo de pouso para aviões de grande porte e os navios demorariam para aportar nas proximidades.

Cada usina custa cerca de US$ 8 bilhões. O investimento não compensa, considerando que a energia nuclear representa apenas 3% do total de modalidades energéticas em operação no Brasil. Nosso país abriga 12% da água potável do planeta. Com tantos recursos hídricos e enorme potencial de energias solar e eólica, além de energias extraídas da biomassa, não se justifica o Brasil investir em reatores nucleares.

Na Itália, eles foram proibidos por plebiscito. A Suécia agora desativa suas usinas, e a Alemanha decidiu, em maio deste ano, fechar todas as suas usinas nucleares.

Usinas nucleares são como violinos Stradivarius. Antônio Stradivari (1648-1737), italiano, construiu os mais perfeitos violinos. Mais de mil unidades, das quais restam 650. Hoje, um Stradivarius vale, no mínimo, R$ 5 milhões. Um violino nunca é exatamente igual ao outro. As madeiras utilizadas possuem diferentes densidades, a radiação sonora e a vibração diferem e podem ser percebidas por um bom ouvido. Todos os Stradivarius foram feitos por artesãos que souberam guardar os segredos de sua fabricação.

Assim são as usinas nucleares. Não existe uma exatamente igual à outra. Não é previsível o que pode ocorrer no núcleo de uma delas se houver um acidente, incidente ou crise. Assim como se reconhece a qualidade de um violino pelo seu som, apenas por sinais externos se pode avaliar a gravidade de um vazamento nuclear, verificando a temperatura, a radiação e emissão de isótopos radioativos como iodo 131, césio 137, estrôncio 90 e plutônio 238.

Um detalhe da caixa de Pandora: só não escapou o único bem que se misturava aos males – a esperança. E a ela nos atemos neste momento em que, em todo o mundo, há mobilizações pela desativação de usinas nucleares. É hora de o povo brasileiro reagir, antes que se rompam as cordas do violino e as malditas mãos de Pandora venham a abrir de novo a caixa nuclear.

Frei Betto é escritor, autor de “Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros.
Copyright 2011 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Assine todos os artigos do escritor e os receberá diretamente em seu e-mail. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)

Fonte: Correio do Brasil

Ministério Público entrega à Justiça novas denúncias contra bombeiros rebelados

Por redação, com ABr - do Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio entregou à Justiça três denúncias contra os 439 bombeiros militares que participaram da invasão do quartel central da corporação, na sexta-feira passada. A denúncia é subscrita pelos promotores de Justiça Leonardo Cuña e Isabella Pena Lucas, apontando os crimes cometidos por cada um dos militares.

A denúncia é subscrita pelos promotores de Justiça Leonardo Cuña e Isabella Pena Lucas, apontando os crimes cometidos por cada um dos militares

Um dos documentos faz referência aos 14 militares descritos na denúncia como líderes da manifestação. Em outra ação, são denunciados os policiais militares Marcos Roberto de Carvalho e Jorge Carra da Conceição, que permitiram permitiram “que os invasores praticassem danos às viaturas operacionais, esvaziando os pneus para que não pudessem sair do quartel”.

Na noite de ontem, por volta das 22h, os oficiais de Justiça da Auditoria Militar levaram os nove alvarás de soltura dos bombeiros militares presos no Grupamento Especial Prisional (GEP), no bairro de São Cristóvão. Eles foram recebidos com festa pelos parentes que os aguardavam do lado de fora. De lá, todos foram para o quartel do bairro de Charitas, em Niterói, onde estão presos os outros 430 colegas.

Os oficiais de Justiça chegaram ao quartel, às 23h45, com apenas 100 alvarás de soltura. Isso fez com que eles decidissem por permanecer no local. A previsão é que eles fiquem no quartel de Charitas até a manhã deste sábado, aguardando a chegada do restante dos alvarás para que todos deixem o local juntos.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Correio do Brasil

sábado, junho 11, 2011

Náufrago da Utopia: SE A ITÁLIA FOR AO TRIBUNAL DE HAIA, SAIRÁ DE MÃOS ABANANDO

Náufrago da Utopia: SE A ITÁLIA FOR AO TRIBUNAL DE HAIA, SAIRÁ DE MÃOS ABANANDO

PELAS NORMAS JORNALÍSTICAS, TENHO TODO DIREITO DE RESPONDER À 'FOLHA'

Prezada Sra. Suzana Singer, ombudsman da Folha de S. Paulo,
Prezado Sr. Otávio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S. Paulo,

peço que me seja concedido o direito de responder ao editorial desta 6ª feira (10/06) da Folha de S. Paulo, "Justiça desfeita", já que me considero pessoalmente atingido no seguinte trecho:
"Uma vez preso, aqui, [Cesare Battisti] despertou uma solidariedade fora de época e de propósito entre ex-militantes de esquerda e antigos adeptos da luta armada".
Ora, eu pertencia à esquerda em 1968, quando militei no movimento estudantil; e também em 1969/70, quando, ainda como esquerdista, fui "adepto da luta armada'' tendo integrado a Vanguarda Popular Revolucionária e a Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares, organizações que resistiam à ditadura militar pela via armada.

Minha solidariedade a Cesare Battisti foi expressa em 236 artigos escritos desde novembro/2008, que circularam amplamente na internet, a ponto de uma busca virtual associando nossos dois nomes revelar, hoje, a permanência de 65 mil citações (hits) no ar.

Além disto, dei palestras e participei de mesas-redondas sobre Battisti, em vários Estados; sou integrante do Comitê de Solidariedade a Cesare Battisti; grande parte dos meus artigos sobre o escritor italiano é mantida no ar no site do comitê, o http://cesarelivre.org; fui apresentado ao Senado brasileiro como defensor de Battisti, em plena sessão, pelo senador Eduardo Suplicy; e já fui citado na própria Folha de S. Paulo, em 15/01/2009, como um "escritor que comemorou a decisão" do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, de conceder refúgio humanitário a Battisti.

É público e notório, portanto, que preencho as três características discriminadas: sou ex-militante de esquerda; antigo adepto da luta armada (anistiado pela União e indenizado pelo Governo paulista por ter sofrido danos físicos, psicológicos, morais e profissionais durante a ditadura); e batalhei ininterruptamente, durante os últimos dois anos e meio, pela liberdade de Battisti.

Como são bem poucas as pessoas que se enquadram tão bem em todos estes quesitos, há justificados motivos para eu depreender que tenha sido um dos alvos do editorial.

Capa de uma edição dominical da "Folha", em 2009
Até como idoso, e amparado pelo Estatuto respectivo, considero ofensiva a imputação de que haja prestado "solidariedade fora de época e de propósito" a alguém, como se fosse incapaz de discernir a realidade e perdesse meu tempo com iniciativas "fora de época e de propósito".

Sendo óbvia a idade avançada de quem pegou em armas contra a tirania instaurada pelos golpistas de 1964, foi o mesmo que me chamar, eufemisticamente, de "velho caduco".

Então, por todos estes motivos, tenho direito, em consonância com as boas práticas jornalísticas, de responder a tal editorial. E o requeiro formalmente.

Atenciosamente,

CELSO LUNGARETTI

Obs.: mensagem enviada a Suzana Singer e a Otávio Frias Filho às 9h47 desta 6ª feira. A primeira confirmou recebimento.
Fonte: O Rebate

O Estado de S. Paulo

Nova coordenação mantém acesa disputa entre petistas

O novo formato dado pela presidente Dilma Rousseff para a coordenação política do governo mantém o racha interno na bancada do PT na Câmara. A escolha da ex-senadora Ideli Salvatti (SC) para a Secretaria de Relações Institucionais não contempla o grupo representado pelo presidente da Câmara, Marco Maia (RS), e pelo líder do partido, Paulo Teixeira (SP). Os dois defenderam até o último momento o nome de Arlindo Chinaglia (PT-SP), ex-presidente da Casa, para um posto político de destaque - o ministério ou a liderança do governo. Esse grupo perdeu a disputa e teve de aceitar a permanência do atual líder, Cândido Vaccarezza (SP). Este, por sua vez, também amargou uma derrota a não se viabilizar para o cargo de ministro.

Contra vontade do PT, Dilma põe Ideli na articulação e remaneja Luiz Sérgio

Depois da demissão, na terça-feira, do ministro Antonio Palocci da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff fechou a semana completando a nova equipe de articulação política e enfrentando a bancada do PT na Câmara. Contra a vontade do partido, a presidente nomeou a ex-senadora Ideli Salvatti (PT-SC) para a Secretaria de Relações Institucionais e deu um destino surpreendente para Luiz Sérgio (PT-RJ), o alvo da fritura dos colegas nos últimos dias.

Apesar de se dizer sem condições de continuar no governo, Dilma impôs a transferência de Luiz Sérgio das Relações Institucionais para o Ministério da Pesca - onde estava Ideli.

Assessores de Dilma disseram ontem ao Estado que a montagem da nova equipe política foi um "recado explícito" ao PT, mostrando que ela "não aceita prato feito". A presidente considerou "desrespeitoso" o comportamento de deputados do partido ao atacar o deputado Luiz Sérgio e tentar impor o nome de Cândido Vaccarezza (PT-SP) para o ministério.

Consulta a Temer serve para serenar aliados

O PMDB ficou satisfeito com a forma pela qual a presidente Dilma Rousseff tratou a cúpula do partido na montagem da articulação política do governo. Depois de ser surpreendido pela troca de comando na Casa Civil, desta vez o vice-presidente Michel Temer foi avisado na véspera. Ontem, ele e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), foram ouvidos sobre a escolha de Ideli Salvatti para o Ministério de Relações Institucionais.

A deferência de serem ouvidos para tratar da nova coordenação política do governo deixou Temer e Sarney confortáveis. Logo no início da conversa, a presidente foi clara quanto à disposição de fazer sua escolha por conta própria. E citou as qualidades de Ideli, destacando sobretudo a lealdade e a firmeza com que a ex-senadora defendeu o governo Lula, tanto como líder da bancada quanto à frente da liderança do governo no Congresso.

Ministra tem gosto pelo confronto e "pavio curto"

Escolhida articuladora política para azeitar as relações do Planalto com o Congresso, a nova ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ganhou no Senado um acervo de adjetivos que expressam uma personalidade pouco conciliadora: "tropa de choque" e "pavio curto".

São inúmeros os episódios em que Ideli foi escalada para confrontar a oposição ou marcar território na disputa com parlamentares de outros partidos da base aliada. Ao longo de oito anos de mandato, ela foi duas vezes líder do PT e três vezes líder do bloco do governo.

Sem intocáveis, sem consulta e só por deferência

Depois de degolar Antonio Palocci (Casa Civil), impor Ideli Salvatti e obrigar Luiz Sérgio a continuar na Esplanada, os 38 ministros do governo Dilma Rousseff fecharam a semana ruminando um recado explícito: na formação do ministério, depois de eleita, a presidente engoliu muitas indicações pagando o preço político do seu patrono e cabo eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva, mas, a partir de agora, não há mais ministros intocáveis.

Foi o que Dilma delimitou ao tirar do governo o nome mais lulista do ministério, um superpoderoso Palocci, que concentrava tudo no Palácio do Planalto e fazia sombra administrativa à "gestora gerentona" do governo Lula.

Ineficaz, pasta da Pesca é periferia do Executivo

Criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Pesca sempre esteve na periferia no Poder Executivo. E não foi diferente nos cinco meses de gestão da petista Ideli Salvatti na pasta. O ministério é muito mais conhecido pelo luxo de seu prédio-sede em Brasília do que pelos resultados que apresenta.

A pasta gasta R$ 575 mil por mês, num contrato de R$ 7 milhões por ano, com o aluguel de um prédio espelhado de 14 andares, onde 374 servidores estão lotados. O ministro e 67 assessores nem ficam lá. Eles dão expediente em dois andares de um prédio da Esplanada.

Aécio prega extinção do Ministério da Pesca

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu ontem à noite em São Paulo o fim do Ministério da Pesca, que será comandado pelo petistas Luiz Sérgio. Segundo Aécio, a forma como foi conduzida a substituição de Antonio Palocci na Casa Civil e a escolha de Ideli Salvatti para o Ministério das Relações Institucionais expôs a falta de importância do Ministério das Pesca. "Estamos assistindo o PT criar espaços para abrigar companheiros", afirmou. De acordo com ele, a decisão mais acertada a ser tomada é dar fim ao ministério.

Brasil vai apoiar Lagarde para comandar o FMI

O governo brasileiro decidiu apoiar oficialmente a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, para ocupar o cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo interlocutores da presidente Dilma Rousseff, Lagarde foi a candidata ao cargo que mais agradou ao Brasil, porque ela mostrou que os processos de reforma vão continuar e prometeu abrir espaço para os emergentes. O apoio do Brasil à candidatura da ministra francesa deve ser manifestado publicamente nos próximos dias.

Lagarde deve disputar o cargo com o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, e com Grigori Marchenko, ocupante de posto similar no Cazaquistão. O prazo para lançamento de candidaturas para o cargo mais alto do FMI encerrou ontem. O processo de escolha deve estar concluído até o dia 30 de junho.

Para Itália, decisão do caso Battisti foi política

A Itália eleva a pressão sobre o Brasil, suspende acordos, chama seu embaixador no País e acusa o governo de ter pressionado politicamente o Supremo Tribunal Federal (STF) a libertar o ex-ativista Cesare Battisti, na quarta-feira. "Diante do ocorrido, não há diplomacia que se sustente", declarou o ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, na manhã de ontem.

O governo de Silvio Berlusconi já havia anunciado que levaria o caso à Corte Internacional de Haia, mas não tomaria qualquer tipo de iniciativa diplomática contra o Brasil. Ontem, o discurso mudou e, por ordens do próprio Berlusconi, subiu o tom das críticas e ameaças. O governo brasileiro não acreditava em impactos na relação bilateral.

Para Mendes, STF saiu "menor" do julgamento

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, criticou duramente o posicionamento da Corte na decisão que manteve o ex-ativista italiano Cesare Battisti no País. Para ele, o Supremo saiu diminuído no episódio.


Folha de S. Paulo

Dilma dá articulação política a petista e contraria aliados

Contrariando PT e PMDB, seus dois principais aliados no Congresso, a presidente Dilma Rousseff escalou para articulação política a ex-senadora Ideli Salvatti, petista que estava no comando do Ministério da Pesca. Ela vai substituir o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais), alvejado pelos mesmos aliados, que consideram sua atuação como "fraca", sem interlocução com a "cozinha" do Planalto.

A solução encontrada por Dilma foi promover um troca-troca -como prêmio de consolação, Luiz Sérgio assumirá a vaga de Ideli no Ministério da Pesca. Foi a segunda mudança ministerial feita por Dilma em menos de uma semana. Na terça, Antonio Palocci foi demitido da Casa Civil e deu lugar à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Palocci caiu depois que a Folha revelou que ele multiplicou seu patrimônio nos últimos quatro anos. Com a escolha de Gleisi e Ideli, Dilma quis passar a mensagem de que não pretende se submeter a pressões de sua base aliada no Congresso, principalmente de seu partido, o PT.

Escolha de Ideli é elogiada pela oposição

No Congresso, a nomeação de Ideli Salvatti para a Secretaria de Relações Institucionais foi mais elogiada pelos líderes oposicionistas do que pela base aliada. O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), disse que Ideli tem "preparo e habilidade de se relacionar no Congresso", por isso afirmou que não vê problemas no chamado "estilo truculento" da ex-senadora.

Já os governistas deram declarações públicas protocolares sobre a escolha. Reservadamente, avaliam a mudança como ruim e acreditam que não vai ajudar a melhorar a relação entre Executivo e Legislativo. Acham, até, que pode deixar a base mais dividida.

Estilo agressivo esconde o lado festeiro e vaidoso

Quem vê Ideli Salvatti em ação, sempre em defesa incondicional e apaixonada dos governos do PT, não imagina que a paulistana de 59 anos, radicada em Florianópolis, é carnavalesca, fã de Chico Buarque e boêmia. O lado festeiro da nova responsável pela articulação política do governo Dilma Rousseff fica mais restrito à capital catarinense.

"Se o PT virou dor de cabeça, tomaremos Novalgina", diz Ideli

Nova articuladora política do governo, Ideli Salvatti (PT-SC) assume o posto chamando o PT "à realidade". Para ela, é "impossível" o partido não ter como prioridade a unidade. A eles Ideli manda um recado da presidente Dilma: ninguém pode colocar interesses individuais acima dos do governo. À Folha a ministra diz que ela e a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, terão uma relação mais "harmoniosa" do que teve a dobradinha Luiz Sérgio-Antonio Palocci, seus antecessores.

Sua tarefa imediata não é pacificar o PT?
Se meu partido virou dor de cabeça, tomaremos Novalgina até resolver.

Sua nomeação indica insatisfação de Dilma com o PT, já que o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) trabalhava para ser ministro?
Nas duas escolhas que a presidente fez, pesou muito a relação que a gente tem com ela. Acho que ela buscou essa proximidade. Não tenho problema com ninguém.

Lula promete ajuda para empresa que o contratou

O ex-presidente Lula prometeu ao presidente da Tetra Pak, Paulo Nigro, procurar autoridades do governo Dilma Rousseff para ajudar a empresa a reduzir impostos sobre embalagens de leite. Ele disse que falaria com o ministro Guido Mantega (Fazenda) para defender um pleito da multinacional: reduzir o ICMS cobrado por alguns Estados sobre as embalagens de leite longa vida. O petista fez a promessa ao fim de uma palestra fechada para convidados da Tetra Pak, na noite de quarta-feira. Seu cachê neste tipo de evento é estimado em R$ 200 mil - ele não confirma o valor.

Lei do cadastro positivo é aprovada com três vetos

A lei que cria o cadastro positivo -lista de bons pagadores- foi sancionada ontem por Dilma Rousseff com três vetos, atendendo pedidos de órgãos de defesa do consumidor. Foram excluídos o parágrafo que impedia o cancelamento do cadastro, se houvesse alguma operação de crédito não quitada, o que limitava o acesso gratuito às próprias informações e o que liberava o compartilhamento de dados sem autorização. A expectativa é que consumidores e empresas incluídos no cadastro positivo tenham acesso a juros mais baixos. Em tese, um bom pagador oferece risco menor de inadimplência, fator que influencia nos juros.

Embaixador brasileiro é chamado de volta à Itália

A Itália convocou ontem para consulta o seu embaixador no Brasil, Gherardo La Francesca, após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de não extraditar o italiano Cesare Battisti. A convocação foi decidida para que o governo italiano faça análise dos acordos bilaterais com o Brasil e de um possível recurso ao Tribunal Internacional de Haia. Battisti foi condenado na Itália por quatro assassinatos. Anteontem, os ministros do STF decidiram manter a orientação do ex-presidente Lula Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditá-lo, o que fez aumentar as tensões na relação diplomática.


O Globo

Dilma se cerca de mulheres no Planalto

O Planalto virou o Palácio das mulheres da presidente Dilma Rousseff. Com a chegada da ministra Ideli Salvatti à Secretaria de Relações Institucionais, agora são três mulheres, contra dois homens, entre os chamados ministros palacianos - aqueles com gabinete próximo ao da presidente. No começo do mandato, Dilma tinha à sua volta apenas a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, e quatro homens. Agora, ao lado de Helena, estão Ideli e também a nova chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Entre os palacianos, restaram dois homens: Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e José Elito Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional). [Ontem], o senador Roberto Requião (PMDB-PR) comemorou no Twitter o novo perfil do Ministério de Dilma: "Viva o matriarcado da Dilma. Parabéns, Ideli. Você na articulação será uma verdadeira mãe para os parlamentares".

Unir petistas da Câmara é 1º desafio de Ideli Salvatti

O primeiro grande desafio da nova articuladora política do governo, ministra Ideli Salvatti , será tentar sanar a crise e as fissuras na bancada do PT na Câmara, que se arrastam desde a disputa pela eleição do presidente da Casa.

Dividida, a bancada perdeu a batalha ao tentar convencer a presidente Dilma a manter alguém indicado pelos deputados na coordenação política. De público, elogiaram a decisão da presidente. Nos bastidores, o clima era de derrota.

Um dos símbolos da fragilidade do PT na Câmara é justamente o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que pretendia o cargo de Luiz Sérgio. Pela segunda vez consecutiva, Vaccarezza perde na disputa interna na bancada a indicação para uma vaga de maior destaque. Na primeira, teve que abrir espaço para a eleição de Marco Maia como presidente da Câmara. Outra parte da bancada tentava emplacar o ex-presidente Arlindo Chinaglia (PT-SP), sem sucesso.

PT vive hora angustiante, diz Jorge Viana

O senador Jorge Viana (PT-AC) deixou [ontem] seu estilo normalmente moderado e fez críticas contundentes à forma como o seu partido agiu nos últimos dias. Disse que o momento - com a queda de dois ministros em menos de seis meses de governo - é angustiante e não de comemorações de eventuais vencedores da guerra que resultou nas trocas de Antonio Palocci e Luiz Sérgio.

Afirmou que o PT precisa "tomar juízo", para não entrar em autofagia, como o PSDB.

Em conversa com O GLOBO por telefone - o petista já não estava em Brasília nesta sexta-feira quando foram anunciadas as trocas no Ministério -, disse que o PT, com suas brigas internas, jogou mal, enquanto o PMDB se consolida. E defendeu que a presidente Dilma e o vice Michel Temer participem mais da articulação política.

Lula: Itália deve respeitar nossa 'normalidade democrática'

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reprovou [ontem], em São Paulo, a postura de contestação da Itália em relação à decisão brasileira envolvendo o ex-ativista italiano Cesare Battisti . O Supremo Tribunal Federal mandou soltar nesta semana Battisti e decidiu não extraditá-lo ao país.

- Não vejo nenhuma razão para a Itália não tratar isso como uma questão da normalidade democrática e soberania do Brasil - afirmou Lula, durante encontro, em São Paulo, com o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala.

Lula disse que se sentiu reconhecido com a decisão dos ministros.

Soltos, líderes dos Bombeiros pedem anistia

Nove líderes do movimento dos bombeiros deixaram na noite de [ontem] o Grupamento Especial Prisional (GEP), em São Cristóvão. Eles pretendem passar a noite do lado de fora do quartel de Niterói, onde estão os mais de 400 agentes presos. Há buzinaço na saída dos bombeiros, que seguem de carros particulares.

A prioridade, segundo eles, é a anistia de todos os detidos. A ideia é que todos saiam juntos da prisão pela manhã de sábado. No mesmo dia em que a Justiça determinou a soltura dos bombeiros presos após a invasão do Quartel Central da corporação , o Ministério Público denunciou 431 envolvidos na manifestação.

A denúncia - subscrita pelos promotores de Justiça Leonardo Cuña e Isabella Pena Lucas - aponta a prática de violência nos protestos e desobediência a ordens. Eles enviaram três denúncias à Justiça, e dividiram os militares por tipo de crime cometido.

Uma delas se refere apenas aos 14 líderes do movimento dos bombeiros. Dois PMs também foram denunciados por permitirem que os manifestantes depredassem viaturas. Além disso, 14 militares - dez oficiais e quatro praças - vão responder ainda por terem liderado a invasão ao Quartel Central, o que agrava a pena desse grupo, se condenado.

OIT alerta sobre o risco de trabalho infantil perigoso

A crise global tornou ainda pior as relações de trabalho o mundo passou a correr o sério risco de não cumprir as metas de erradicação do trabalho infantil até 2020, assim como a extinção das piores formas de exploração de crianças e jovens no mundo do trabalho até 2016. A conclusão é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que divulgou [ontem] em Genebra, na Suíça, o mais novo relatório sobre o assunto: "Crianças em trabalhos perigosos: o que sabemos, o que precisamos fazer".


Correio Braziliense

Empresas de ônibus dão calote de R$ 29 milhões

Os grupos empresariais que controlam o sistema de transporte público não respeitam sequer os órgãos fiscalizadores. Todos os dias, as 14 concessionárias que operam no Distrito Federal são autuadas por colocarem nas ruas ônibus com pneus carecas, sem equipamentos obrigatórios de segurança - como extintores de incêndio e tacógrafos - e até com faróies queimados ou por não cumprirem horários e itinerários. Mas os barões do transporte não quitam a maioria das multas aplicadas pelo DFTrans. Desde 2003, deixaram de pagar aos confres públicos R$ 29 milhões, dívida que se acumula também pela inoperância do poder público. Ontem, o governador Agnelo Queiroz anunciou uma intervenção no sistema. "A população terá conhecimento da margem de lucro correta para o empresário. O que não pode é um sistema tão precário como esse, de péssima qualidade, deixar o povo na rua", prometeu.

Ideli à frente da articulação

Num claro recado ao PT e aos alidaos de que não aceita pressões, a presidente Dilma comanda a dança das cadeiras e elege Ideli Salvatti a articulaladora com o Congresso. Luiz Sérgio ganhou a Pesca.

Economia começa a reduzir o ritmo

Após quatro aumentos na taxa básica de juros, o nível de atividade na produção e no comércio perde força. Analistas ponderam se essa desaceleração será suficiente para segurar a inflação.

Fonte: Congressoemfoco

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