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domingo, janeiro 12, 2025

Monitores de 17 países respondem a Zuckerberg “em defesa da verdade”


Zuckerberg: Empresas precisam de 'mais energia masculina' - 11/01/2025 -  Tec - Folha

Monitores dizem que o trabalho deles é muito proveitoso

Juliana Causin
O Globo

Em carta aberta enviada a Mark Zuckerberg, 20 organizações de checagem classificam como “retrocesso” a decisão da Meta de encerrar o programa de verificação independente de informações. O documento alerta que o fim do fact-checking nas plataformas da empresa causará “danos reais em muitos lugares”.

“Acreditamos que a decisão de encerrar o programa de verificação de fatos da Meta é um retrocesso para aqueles que desejam ver uma internet que prioriza informações precisas e confiáveis”, afirmam os checadores.

ACESSO À VERDADE – O documento foi publicado pelo Instituto Poynter de Estudos de Mídia, dos Estados Unidos, uma organização sem fins lucrativos que fundou a Rede Internacional de Fact-Checking (IFCN).

Assinado por organizações de 17 países, o texto defende que o “acesso à verdade alimenta a liberdade de expressão”. Os checadores também destacam que alguns dos países onde o programa funciona são “altamente vulneráveis à desinformação que incita instabilidade política, interferência eleitoral, linchamentos e até genocídio”.

Em um vídeo nas redes sociais na terça-feira, Mark Zuckerberg, CEO e cofundador da Meta, anunciou que encerraria o programa de checagem de informações indepentente para o Threads, o Instagram e o Facebook. A medida, segundo ele, começa a valer nos Estados Unidos para depois ser expandida globalmente.

VIROU CENSURA – Zuckerberg alegou que o programa de fact-checking converteu-se em uma “ferramenta de censura” e que os profissionais que verificam Informações nas redes “se tornaram politicamente tendenciosos”. A Meta começou nesta semana a notificar checadores dos EUA sobre o fim dos contratos com a empresa.

No lugar da checagem independente, a big tech vai adotar modelo similar ao usado pelo X, de Notas da Comunidade. Nesse sistema, os usuários ficam responsáveis pela classificação do conteúdo que circula nas redes.

Na carta ao magnata da tecnologia, os checadores defendem que a ferramenta da Notas da Comunidade pode coexistir com o programa de verificação de fatos de terceiros. Também argumentam que o enfraquecimento das salvaguardas de moderação é ruim para o próprio negócio da Meta.

GOLPES E BOATOS – “Se as pessoas acreditarem que as plataformas de mídia social estão cheias de golpes e boatos, elas não passarão tempo ou farão negócios nelas”, afirma o texto, que é assinado por duas agências brasileiras, a Lupa e a Aos Fatos.

Criada em 2016, a rede de checagem contava com ao menos 80 organizações, segundo a Meta. Os checadores, responsáveis por identificar desinformação em publicações, precisavam ser auditados e seguir padrões estabelecidos pela International Fact-Checking Network (IFCN).

Na carta, as organizações ressaltam que a Meta “sempre elogiou o rigor e eficácia” do processo. Também lembram que os checadores nunca tiveram autoridade para remover conteúdo, o que era uma responsabilidade da big tech.

BONS RESULTADOS – “Pesquisas indicaram que os rótulos de verificação reduziram a crença e o compartilhamento de informações falsas”, defendem.

“E, em seu próprio depoimento ao Congresso, o senhor [Mark Zuckerberg] se gabou de o programa de verificação de fatos da Meta ser líder da indústria”, acrescentam, em referência à audiência do empresário, em 2021, no Congresso americano.

O grupo acrescenta que está “pronto” para trabalhar novamente com a Meta e ressalta que a verificação é essencial “para manter realidades compartilhadas e discussões baseadas em evidências, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Zuckerberg diz que o monitoramento virou censura e passou a ser feito sob critérios político-partidários. Os checadores – que não querem perder os empregos, é claro – alegam que há bons resultados e os frequentadores aprendem a se comportar. Então, é preciso ver as estatísticas. Por exemplo: a cada 100 postagens que os monitores pedem bloqueio, quantos são concedidos pela Meta? E qual a percentagem de bloqueios sob critérios meramente políticos? (C.N.)

Chuva forte causa alagamentos e deixa ruas intransitáveis em Aracaju

 em 11 jan, 2025 21:25


(Foto: Portal Infonet)

A forte chuva que atinge Aracaju desde às 19h deste sábado, 11, provocou alagamentos em diversos pontos da cidade e deixou ruas intransitáveis. O alerta de chuva forte emitido pelo Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) é válido até a madrugada da próxima segunda-feira, 13.

De acordo com Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), estão intransitáveis os seguintes pontos:

Avenida Juscelino Kubitschek (entre a Avenida Simeão Sobral e a Rua Artur Fortes); Avenida João Ribeiro (desde a interseção com a Avenida Simeão Sobral); Avenida Gentil Tavares; Rua Lagarto (na região do São José); Avenida Filadélfia Dórea; Itabaiana x São Cristóvão; Itabaiana x Geru; Euclides Figueiredo; Avenida Airton Teles; Acrísio Cruz; Avenida Augusto Franco; Heráclito Rolemberg; Orlando Dantas; DIA; e Zonal Sul.

Estavam intransitáveis e agora estão liberadas:

Avenida Beira Mar (toda a extensão da Atalaia ao Mercado); rótula Sinhazinha até a Avenida Hermes Fontes;  Avenida Francisco Porto; Avenida Nova Saneamento; Avenida Rio de Janeiro; Avenida Explosão; Avenida Barão de Maruim; Avenida Des. Maynard; e Avenida Heráclito ⁠Rollemberg.

A orientação é para que os motoristas evitem essas áreas e busquem rotas alternativas. Além disso, recomenda-se atenção redobrada ao transitar nas regiões afetadas, já que a previsão é de continuidade das chuvas, o que pode agravar as condições de tráfego.

Em caso de ocorrências no trânsito, a população pode entrar em contato com a SMTT pelo telefone 118.

Por Verlane Estácio com informações da SMTT

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Seguro-Desemprego 2025: atualização das faixas e valores do benefício

 em 12 jan, 2025 6:45 

Novo salário mínimo e reajuste de faixas salariais garantem benefício ajustado à inflação (Foto: Ascom/Sefaz)

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou a tabela anual utilizada para o cálculo dos valores do seguro-desemprego, com vigência a partir de 11 de janeiro de 2025.

Com isso, o valor do benefício do seguro-desemprego não será inferior ao salário mínimo vigente, atualmente fixado em R$ 1.518,00. Já os trabalhadores com salários médios superiores a R$ 3.564,96 receberão, de forma fixa, o teto do benefício, estabelecido em R$ 2.424,11.

O reajuste das faixas salariais para o cálculo do seguro-desemprego considera a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, o acumulado dos 12 meses anteriores ao reajuste foi de 4,77%.

A atualização do benefício atende aos requisitos previstos na Lei nº 7.998, de 1990, que regula o Programa do Seguro-Desemprego, e na Resolução nº 957, de 2022, do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT).

Faixas de Salário Médio necessárias ao cálculo do benefício seguro-desemprego – Cálculo da Parcela

  • Até R$ 2.138,76 – Multiplica-se o salário médio por 0,8
  • De R$ 2.138,77 até R$ 3.564,96 – O que exceder a R$ 2.138,76 multiplica-se por 0,5 e soma-se com R$ 1.711,01
  • Acima de R$ 3.564,96 – O valor será invariável de R$ 2.424,11
  • O valor do benefício do seguro-desemprego não será inferior ao valor do salário mínimo de R$ 1.518,00 vigente para o ano de 2025.

Quem tem direito?

Tem direito ao benefício o trabalhador ou trabalhadora que:

  • Tiver sido dispensado sem justa causa;
  • Estiver desempregado, quando do requerimento do benefício;
  • Ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física equiparada à jurídica (inscrita no CEI) relativos a
  • pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação;
  • pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e
  • cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações;
  • Não possuir renda própria para o seu sustento e de sua família;
  • Não estiver recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

Como solicitar?

O benefício pode ser solicitado nas Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTEs), no Sistema Nacional de Emprego (SINE), pelo Portal GOV.BR ou por meio do aplicativo Carteira de Trabalho Digital.

 

Fonte: Agência Gov

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Confira o que fazer para regularizar o título de eleitor


Situação regular do título equivale à tranquilidade. Pedido de regularização pode ser feito sem sair de casa (Foto: TSE)

Estar em dia com a Justiça Eleitoral é fundamental para começar o ano com tranquilidade. Por isso, é importante para a cidadã ou o cidadão manter o título de eleitor atualizado, o que pode ser assegurado com a solução de pendências perante a Justiça Eleitoral.

Além de cumprir uma responsabilidade intrínseca à cidadania, a regularidade eleitoral traz diversos benefícios. Ela permite o exercício do direito de a pessoa votar e de ser votada em um pleito, caso se candidate, entre outros pontos.

Como faço para consultar a situação eleitoral? 

Para auxiliar a eleitora ou o eleitor a checar se está em situação regular ou tem alguma pendência, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibiliza o serviço de “Autoatendimento Eleitoral”, que pode ser acessado pelo site do Tribunal. O serviço é fácil, gratuito e permite que a pessoa realize os procedimentos necessários sem sair de casa.

Para consultar a situação eleitoral, você deve proceder da seguinte forma:

  1. Acesse o Portal do TSE.
  1. Na parte direita da página de abertura, em “Autoatendimento Eleitoral”, faça a consulta em “Situação eleitoral”, preenchendo os dados requisitados.
  2. Se o título estiver cancelado ou suspenso, será necessário realizar a regularização.

Quando o título de eleitor pode ser cancelado? 

O título pode ser cancelado por razões como falecimento, ausência à votação em três eleições consecutivas sem justificativa e pagamento de multas eleitorais e não comparecimento à revisão obrigatória do eleitorado no município onde se vota.

Consulte se você tem débitos eleitorais.

Como regularizar o título cancelado? 

Se o título estiver cancelado, siga o passo a passo e regularize a situação:

1 – Acesse o “Autoatendimento Eleitoral”.

2 – Clique em “Título Eleitoral”.

3 – Vá até a opção “6 – Regularize seu título eleitoral cancelado”.

4 – Preencha o formulário e envie os documentos solicitados.

5 – Anote o número do protocolo e acompanhe o andamento do pedido também pelo “Autoatendimento Eleitoral”, na opção “Acompanhe uma solicitação”.

Quando o título de eleitor pode ser suspenso? 

O título de eleitor pode ser suspenso em casos como:

– prestação de serviço militar obrigatório;

 condenação criminal definitiva;

– condenação por improbidade administrativa transitada em julgado;

– recusa ao cumprimento de obrigações legais ou prestação alternativa.

Como regularizar o título suspenso? 

Para a cidadã ou o cidadão regularizar o título de eleitor suspenso, é necessário apresentar documentos que comprovem a retomada dos direitos políticos, como:

– comunicação do Ministério da Justiça

 portaria ou certidão judicial;

– certificado de reservista, entre outros.

Após obter o documento específico, dirija-se ao cartório eleitoral para fazer a regularização.

Por que é preciso manter o título de eleitor em dia? 

Estar com a situação eleitoral regular garante acesso a serviços e a direitos importantes. Sem essa regularidade, você pode enfrentar impedimentos como:

– inscrição em concurso e posse em cargo público;

 contratação para cargo comissionado em órgão público, como prefeitura;

– participação em programas sociais do governo;

– matrícula em instituições públicas de ensino e inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) – para maiores de 18 anos;

emissão de passaporte;

– regularização do CPF, entre outras vedações.

Saiba mais sobre o título de eleitor.

Fonte: TSE

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sábado, janeiro 11, 2025

Jeremoabo: A Inacreditável Descoberta do Veículo sem Motor que Consome Combustível



Jeremoabo: A Inacreditável Descoberta do Veículo sem Motor que Consome Combustível

Um fato inusitado e, ao mesmo tempo, alarmante tem causado espanto e indignação nos moradores de Jeremoabo. De acordo com documentos oficiais, um dos veículos da Prefeitura teria consumido impressionantes 6.339,886 litros de combustível, gerando um custo total de R$ 40.044,32 durante o período de janeiro a dezembro de 2024. Até aí, poderia parecer apenas mais um dado administrativo, não fosse por um detalhe surreal: o veículo em questão estava sem motor no período desses gastos.

A descoberta, feita pela nova gestão do prefeito Tista de Deda, revela uma situação que ultrapassa os limites do absurdo e beira o cômico, caso não fosse tão trágico para os cofres públicos. Afinal, como pode um veículo sem motor consumir combustível? Essa façanha parece desafiar as leis da física e da mecânica, colocando Jeremoabo no mapa mundial como um local de "inovações" extraordinárias.

Uma Descoberta "Revolucionária" ou Caso de Polícia?

Com a descoberta, Jeremoabo corre o risco de atrair a atenção de cientistas e engenheiros do mundo todo, incluindo a NASA, que poderiam vir estudar essa tecnologia "pioneira". Afinal, se um veículo sem motor pode se mover e consumir combustível, não seria necessário fabricar motores, revolucionando a indústria automotiva global e reduzindo custos de produção.

No entanto, a realidade é muito menos glamourosa. Estamos diante de mais um caso de má gestão pública e indícios de corrupção, que infelizmente marcaram a administração anterior. O que deveria ser motivo de progresso para o município, transforma-se em um escândalo que envergonha os cidadãos e expõe o descaso com o dinheiro público.

A "Assinatura" da Gestão Anterior

Este episódio reforça a marca registrada da gestão de Deri do Paloma e sua equipe, incluindo a Secretária de Educação, que já foram alvo de críticas por irregularidades no transporte escolar, superfaturamento e acúmulo de cargos ilegais. Agora, a suspeita de fraude no consumo de combustível eleva ainda mais o nível de desconfiança em relação ao uso dos recursos públicos.

Uma Nova Era de Transparência

A nova administração de Tista de Deda tem pela frente o desafio de investigar e responsabilizar os envolvidos neste e em outros casos de irregularidades. Além disso, é fundamental implementar mecanismos rigorosos de controle e transparência para evitar que situações como essa se repitam.

O povo de Jeremoabo merece respostas e justiça. Não é aceitável que, em um município com tantas necessidades básicas, recursos sejam desviados ou gastos de forma fraudulenta.

Parabéns Irônicos

Por fim, parabéns (com ironia) à gestão de Deri do Paloma por essa "descoberta revolucionária". Afinal, transformar um veículo sem motor em um consumidor de combustível é, de fato, um feito digno de destaque – mas não pelo motivo que eles gostariam.

Jeremoabo não precisa de escândalos para se destacar. O que o município realmente precisa é de gestão responsável, ética e comprometida com o bem-estar de sua população.

O caso está longe de ser uma piada: é uma questão de polícia.

Carro sem motor teria gasto 6 mil litros de combustível em Jeremoabo

 

Carro sem motor teria gasto 6 mil litros de combustível em Jeremoabo

Veículo da Prefeitura teria consumido, de acordo com documentos oficiais, mais de 6 mil litros de combustível em 10 meses

Por Rodrigo Tardio

10/01/2025 - 16:04 h | Atualizada em 10/01/2025 - 22:27
Veículo da Prefeitura de Jeremoabo, na gestão Deri do Paloma
Veículo da Prefeitura de Jeremoabo, na gestão Deri do Paloma - 

Um caso que deixou a população de Jeremoabo revoltada na gestão do ex-prefeito, Deri do Paloma (PP). Um dos veículos da Prefeitura teria consumido, de acordo com documentos oficiais, 6.339,886 litros de combustível, o que representou um custo total de R$ 40.044,32 reais, durante o período de janeiro a dezembro de 2024. O que mais espantou os munícipes foi o fato do veículo citado na denúncia estar sem o motor à época dos gastos apontados.

A denúncia aponta ainda que nenhuma apuração foi feita pelo Executivo Municipal. Um posto de combustível teria emitido notas frias e colaborado diretamente para a execução do esquema fraudulento.

"Não há justificativa para que os responsáveis por essa fraude permaneçam impunes. Cabe aos órgãos competentes investigar a fundo, identificar todos os envolvidos e garantir que a justiça seja feita", disse um munícipe.

Na contramão dos gastos com combustíveis, ainda de acordo com a denúncia, os ribeirinhos atingidos pelas enchentes do Rio Vaza Barris, não tiveram a mesma assistência, uma vez que além de sem emprego, ficaram sem auxílio. Enquanto isso, a gestão de Deri do Paloma teria realizado gastos com festas, em detrimento das prioridades do município.

Imagem ilustrativa da imagem Carro sem motor teria gasto 6 mil litros de combustível em Jeremoabo

A reportagem procurou o ex-prefeito Deri do Paloma, e ainda aguarda resposta aos questionamentos.

https://atarde.com.br/municipios/carro-sem-motor-teria-gasto-6-mil-litros-de-combustivel-em-jeremoabo-1302651

Deputado do PL é condenado a pagar R$ 2 milhões sob acusação de incitar atos golpistas

 Foto: Reprodução/TV Câmara

Deputado General Girão (PL-RN) durante sessão na Câmara11 de janeiro de 2025 | 13:01

Deputado do PL é condenado a pagar R$ 2 milhões sob acusação de incitar atos golpistas

brasil

O deputado federal General Girão (PL-RN) foi condenado pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte a pagar R$ 2 milhões em danos morais coletivos sob acusação de estimular atos antidemocráticos depois das eleições de 2022.

A decisão também estabelece multa à União em razão de nota conjunta assinada por comandantes das Forças Armadas no governo Bolsonaro em meio aos acampamentos golpistas e determina a realização de cerimônia pública com pedido de desculpas. Cabe recurso.

No caso de Girão, a 4ª Vara Federal do Rio Grande do Norte determinou que ele apague, em até dez dias, publicações no Instagram, Facebook e X relacionadas aos atos pós-eleição.

Para os procuradores do Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte, que moveram a ação em 2023, o deputado usou ativamente as redes sociais para incitar manifestações antidemocráticas, especialmente a continuidade de um acampamento bolsonarista montado em 2022, em frente ao 16° Batalhão de Infantaria Motorizada, em Natal.

A reportagem procurou representantes da defesa de Girão e membros do gabinete parlamentar, mas não recebeu resposta até o momento. Cabe recurso à decisão.

Girão foi um dos parlamentares que questionou a legalidade da eleição de 2022, em que Lula (PT) venceu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Em publicações, o deputado do PL afirmava que só o povo era “capaz de destituir e derrubar” governos.

A decisão da Justiça Federal foi proferida na semana em que os ataques de 8 de janeiro completaram dois anos.

Na sentença, o juiz Janilson de Siqueira afirma que as falas de Girão afrontaram “o Estado de Direito, a ordem jurídica e o regime democrático, pondo em ameaça a legitimidade do processo eleitoral e a atuação do Poder Judiciário”.

O juiz afirma ainda que as publicações configuram “discurso de ódio contra as instituições democráticas com divulgação de notícias falsas acerca do resultado das eleições, confundindo e incitando o povo e as Forças Armadas à subversão contra a ordem democrática”.

A decisão também determinou que União, estado e município paguem R$ 1 milhão em danos morais coletivos por permitirem a continuidade dos acampamentos e condena a União a pagar R$ 2 milhões de indenização por conta de uma nota conjunta assinada pelos então comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, em novembro de 2022.

O entendimento é que três manifestações públicas por escrito, assinadas pelas Forças Armadas, deram a bolsonaristas o entendimento de que os acampamentos tinham legalidade. Exército, Marinha e Aeronáutica chamaram os atos antidemocráticos de “manifestações populares”.

Em uma nota assinada pelos comandantes à época — almirante Almir Garnier Santos (Marinha), general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) —, a palavra “povo” aparece todas as vezes em caixa alta, enquanto “democracia” e “estado democrático de direito” apareciam em letras minúsculas.

Para a Justiça Federal, a nota estimulava “a ideia equivocada de legitimidade dos discursos de falsa insurreição, o que deu ensejo a um ambiente propício para a intentona de 8 de janeiro de 2023”, afirma a Justiça Federal na sentença.

Na sentença, o juiz determina que a União promova, em até 60 dias, uma cerimônia pública de pedido de desculpas, com participação dos comandantes das Forças Armadas.

A União também terá de promover um curso de formação aos militares brasileiros para revisitar o episódio dos atos antidemocráticos de 2022.

Yuri Eiras, Folhapress

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