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sexta-feira, setembro 09, 2022

Acabou tolerância com Golpistas!“Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”

 

em 9 set, 2022 4:04


                          Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
         “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.


Ulysses Guimarães, discurso da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988:

“A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca…

Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério…

Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”

Ontem, 08, a imprensa nacional publicou a repercussão dos discursos eleitorais de Bolsonaro no Dia da Independência do Brasil e os possíveis crimes eleitores de abuso de poder por parte do presidente, segundo alguns juristas. Bolsonaro tem atitudes criminosas ameaçando diuturnamente a democracia e não respeita a Constituição.

O presidente embusteiro não respeita a liberdade de expressão, a liberdade política. Bolsonaro ultrapassa os limites “dentro das quatro linhas” da Constituição e acha que jamais será punido.

A Justiça Eleitoral precisa mostrar a Bolsonaro que ele não está imune. Para ele não há limites legais e a violação das leis eleitorais precisa ser punida exemplarmente.

O gado é gado, e este espaço acabou a tolerância com estes ruminantes fascistas. Só o gado acha normal pagar mais de R$ 26 milhões para comprar imóveis em dinheiro vivo.

Bolsonaro é embusteiro, negacionista, vil e desonesto.

Está em jogo mais que uma eleição é a democracia, a liberdade e o futuro do País.

 

 

 

Bairro Jardins: um buraco já completou aniversário de um mês. Alguém caridoso colocou um pedaço de telha velha de PVC para alertar os motoristas e pedestres. Será que alguém da Prefeitura de Aracaju tem conhecimento desta “obra de arte” no meio da Avenida Hélio de Souza Leão no Bairro Jardins?  

Após ação do MP Eleitoral, TRE/SE nega registro de candidatura a Valmir de Francisquinho Na sessão da quinta-feira (8), por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral de  Sergipe (TRE/SE) negou o registro de candidatura a Valmir dos Santos Costa, o Valmir de Francisquinho. O Ministério Público Eleitoral impugnou o registro de candidatura dele ao Governo do Estado de Sergipe, por ter sido condenado por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2018. Cabe recurso.  De acordo com a ação do MP Eleitoral, Valmir de Francisquinho, que era prefeito do município de Itabaiana à época do pleito de 2018, usou da estrutura da prefeitura para potencializar a campanha eleitoral do filho, Talysson de Valmir. A condenação do TRE/SE já foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  Diante dos fatos, o MP Eleitoral argumentou que a condenação do TSE leva à inelegibilidade por oito anos, a contar das eleições de 2018, consequentemente, ele e o filho, Talysson ficam impedidos de se candidatar até 2026.

Autorizado a fazer propaganda no rádio e TV e a utilizar o fundo eleitoral O Relator do processo contra a candidatura de Valmir de Francisquinho, o juiz Edmilson da Silva Pimenta, negou a solicitação do Ministério Público que visava proibir o ex-prefeito de utilizar o fundo eleitoral, bem como fazer propaganda no rádio e na TV. Segundo o juiz, “a legislação eleitoral determina que o candidato com o registro sub-judice poderá realizar todos os atos de campanha, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito e ter seu nome mantido na urna eletrônica”, explica o Relator.

Solicitação A mesma votação no TRE que autorizou Francisquinho a utilizar o fundo eleitoral e a prosseguir com a propaganda no rádio e TV, aprovou a solicitação do Ministério Público Eleitoral (MPE) e de George Martins Moraes da Silva que indeferiu candidatura de Valmir em 2022. Segundo a defesa do candidato, a decisão que decretou a inelegibilidade não poderia ser aplicada por haver recurso com efeito suspensivo pendente de julgamento no TSE. Enquanto os recursos transitam na justiça, Francisquinho segue com campanha eleitoral por todo o estado.

Orla Sul: Buracos e fiação exposta. Esclarecimento da Cehop Sobre a nota “32 buracos com fios expostos na nova orla da Passarela do Caranguejo até a praia de Aruana”, a Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop) esclarece que os buracos ao lado dos postes nos trechos 1 e 2 da Orla Sul foram abertos para o furto de fios, cabeamentos e até mesmo de alguns postes, bem, como os atos de vandalismo (pichações, quebra de equipamentos) tem ocorrido há alguns meses, principalmente no período da madrugada por pessoas que agem com motocicletas e carros de passeio,  causando danos ao patrimônio público e por conseguinte gerando prejuízos ao erário.

 Registros na SSP A Cehop ressalta que tem feito os registros de ocorrência na Secretaria de Estado da Segurança Pública e no tocante aos reparos, está fazendo o levantamento do que foi danificado e os respectivos custos financeiros, e, tão logo os conclua, dará início à reposição. 

Responsabilidade PMA A respeito do afundamento do piso em alguns pontos da calçada, a Cehop informa que não há nenhum deles nos trechos 1 e 2 da Orla Sul e que os existentes estão nas calçadas da Orla de Atalaia, cuja manutenção entre o farol da Coroa do Meio até o final da Passarela do Caranguejo é de responsabilidade da Prefeitura de Aracaju. 

Vegetação: remoção deve ser pela SEMA Quanto às três passarelas de concreto construídas no Trecho-01 da Orla da Sul, elas estão sendo utilizadas regularmente por todos os usuários, bem como por pessoas  com mobilidade reduzida até a areia próxima à praia. Já sobre a vegetação após as rampas de acesso entre as calçadas e o acesso à praia, somente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente é quem tem autorização para fazer a remoção.

Laranjeiras: prefeito Juca de Bala anuncia apoio a Laércio O candidato ao Senado Laércio Oliveira (PP) continua recebendo importantes apoios na sua caminhada rumo ao Senado Federal. Quem também decidiu unir forças ao seu projeto político foi o prefeito de Laranjeiras, Juca de Bala. “Assumimos um compromisso com ele para ajudar o nosso município. É isso que nós queremos e precisamos”, disse o prefeito. 

Objetivo único “Nós estamos unidos. O empresário Marcos Franco já tinha conversado comigo e com todo o seu agrupamento. Essa unidade em torno do nome de Laércio é super importante porque a gente vai junto com um único objetivo. Nós votamos nos candidatos do agrupamento de Marcos e do governador Belivaldo Chagas, queremos mostrar a Sergipe que estamos com um único propósito que é o de ajudar Laranjeiras e o Estado de Sergipe com desenvolvimento e geração de empregos”, declarou. 

Histórico Segundo Juca, para a escolha do nome de Laércio pesou muito o seu histórico de compromisso e respeito. “Os candidatos que a gente tem que escolher são aqueles que estiveram junto conosco durante esse mandato de um ano e meio e que estarão com certeza nos próximos dois anos e meio. Laranjeiras precisa de aliados como Laércio para, junto com o prefeito, tocar as demandas e ajudar aquele povo que a gente tanto ama e que tanto precisa”, concluiu Juca. 

Fábio Mitidieri apresenta propostas para a Saúde Pública de Sergipe na Somese O candidato ao governo pelo PSD, Fábio Mitidieri, e o vice Zezinho Sobral apresentaram as propostas do plano de Governo referentes à saúde pública do estado para representantes da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), na manhã da quinta-feira, dia 08.

Propostas Dentre as propostas apresentadas, Fábio destacou a prioridade para a descentralização dos serviços de saúde, com a construção de hospitais regionais no interior; a valorização dos profissionais de saúde e promoção do diálogo permanente com a categoria; investimentos em inovação e tecnologia, com a implantação do Sistema de Prontuário Eletrônico Único e sistema de consultas por telemedicina; criação do Programa Opera Sergipe, para agilizar a realização das cirurgias eletivas; criação de três novos Centros Diagnósticos e ampliação da lista dos exames realizados; fortalecimento dos hospitais regionais, ampliando as especialidades; garantia do pleno funcionamento do Hospital do Câncer e construção de Centros de Equoterapia públicos.

Experiência Fábio Mitidieri e Zezinho Sobral têm experiência na área e compromisso com a melhoria dos serviços de saúde em Sergipe. “Minha família atua nessa área médica há muitos anos aqui em Sergipe. Eu já trabalhei nas empresas da minha família e tenho experiência na gestão da Saúde. O meu vice Zezinho Sobral também já foi secretário de Saúde do Estado e conhece as demandas e o funcionamento dos serviços em Sergipe. Quando eleitos, teremos atenção especial para essa área. Quero promover a formação continuada das equipes de saúde, criação e implantação da residência multiprofissional, em todas as carreiras de saúde e ampliação da residência médica, de acordo com a necessidade da rede de saúde. Aqui nós já discutimos a criação dessa residência como forma de dinamizar o atendimento e oferecer mais conhecimento”, promete.

Elogio O presidente da Somese, Hesmoney Ramos, elogiou as propostas para e reforçou a importância da criação de uma residência médica no estado. “Esse debate é importante para que a sociedade médica possa conhecer as propostas do candidato e apresentar as suas ideias e as demandas do sistema. Fábio nos apresentou boas ideias para a Saúde do e ficamos contentes em saber que ele planeja criar uma residência médica aqui. Já era uma demanda da sociedade médica, até para dinamizar os serviços”, disse.

Outras proposta O plano de governo da coligação Novo Tempo pra Sergipe, formada por Fábio, Zezinho e o candidato ao Senado, Laércio Oliveira, também pretende fortalecer o atendimento voltado aos sequelados da Covid-19 e outras doenças e fortalecer os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

“A verdade que fere é pior do que a mentira que consola.” Chico Xavier  E na próxima semana o titular deste espaço receberá uma documentação sobre as “entranhas” de uma entidade ligada a diversos sindicatos. Os apressados tenham calma, porque a documentação será estudada, inclusive do ponto de vista jurídico, para ser divulgada no início de outubro, após o 1º turno.  Quem fez o “mal feito” que comece a tomar lexotan.

Nossa Senhora das Dores: Nos dias16, 17 e 18 de Setembro será realizada a festa da Padroeira. Em mensagem, Delegado Wanderson Bastos destaca que SSP estará presente com todas as forças da segurança. “Não haverá espaço para criminosos”. Veja o vídeo:

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PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018

 

Cadê o Conselheiro Tutelar da Atalaia? Bebê é exposto ao sol e a chuva em esquina da Avenida Beira Mar Nos últimos dias quem pensa na Avenida Beira Mar (sentido centro/praias) de depara com uma mulher com um recém-nascido nas mãos pedindo dinheiro entre os carros. O bebê está sendo exposto ao sol, a chuva e até mesmo a poeira no local. Cadê o Conselho Tutelar da Atalaia? Cadê o juizado de menores?

 Ao lado da mulher, 3 limpadores de para-brisas não pedem para limpar os vidros dos carros, simplesmente jogam água e quando o motorista diz que não quer fazem cara feia. É demais eles pedirem primeiro? E só limparem de quem aceitar. Da forma que fazem a abordagem intimidam os motoristas, principalmente as mulheres. Um chega pela frente e o outro por trás do veículo já jogando água nos vidros. E a polícia não faz nada. Eles intimidam e causam medo!

INFONET

TSE precisa punir Bolsonaro, por haver violado a Lei Eleitoral no 7 de Setembro

Publicado em 8 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

TSE precisa punir Bolsonaro

Bolsonaro usou a máquina pública em benefício próprio

Merval Pereira
O Globo

O Tribunal Superior Eleitoral precisa tomar providências contra as manifestações do presidente Jair Bolsonaro neste Sete de Setembro, pois ele cometeu flagrante abuso de poder econômico e político. Em Brasília, tirou a faixa presidencial para fazer o discurso eleitoral, mas usou o mesmo ambiente para falar dos interesses dele e de seu futuro político.

Usurpou o desfile de sete de setembro para fins pessoais, o que não é aceitável. Violou a Lei Eleitoral. Misturou propositadamente os desfiles de sete de setembro e do bicentenário, que deveria ser uma festa maior, para transformá-los numa atividade política eleitoral.

DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA – O fato é que reuniu uma multidão em Brasília e outra no Rio de Janeiro e foi uma demonstração de força muito grande, mas numa data que não poderia ter sido usada para esse tipo de manifestação eleitoral.

Com toda certeza, Bolsonaro está abusando de sua condição de presidente da República. Ultrapassou a linha e a infração precisa ter consequências. Os presidentes dos outros poderes não quiseram participar do desfile, e a ausência deles é uma maneira de demonstrar descontentamento com a forma como a parada estava sendo usada por Bolsonaro. Foi uma resposta institucional importante, para mostrar que o presidente estava abusando de seu poder.

Foram feitas denúncias e a Justiça Eleitoral não pode se omitir.

STF e TSE não contam com ‘moderação’ de Bolsonaro após o Sete de Setembro


Entidades repudiam ataque de Bolsonaro ao TSE - CTB

Charge do Zé Dassilva ( NSC Total)

Bruno Boghossian
Folha

Apesar dos discursos menos agressivos e das articulações em curso por um armistício em relação às urnas eletrônicas, autoridades envolvidas no planejamento das eleições continuarão encarando Jair Bolsonaro como uma peça “imprevisível” nessa arena. Ministros que atuam em tribunais superiores consideram que, a partir de agora, é preciso neutralizar ameaças à votação mesmo que o presidente mantenha seus ataques.

O comportamento de Bolsonaro no próximo Sete de Setembro é o que menos importa, de acordo com esse raciocínio. Ainda que o presidente segure a língua no feriado e repita gestos recentes em que repreendeu apoiadores golpistas, é quase impossível que ele desista de contestar a eleição em caso de derrota.

DESCONFIANÇA – Para a turma dos tribunais, Bolsonaro cultivou desconfianças sobre as urnas por tempo demais para imaginar que seus apoiadores aceitarão tranquilos um resultado negativo. Não é absurdo esperar casos de tumulto a partir do mínimo sinal de que o presidente está insatisfeito com a votação.

É por isso que um dos primeiros movimentos de Alexandre de Moraes à frente do TSE foi uma reunião com comandantes das polícias militares para pedir a repressão de ações radicais no dia da eleição. Depois disso, a corte também proibiu o porte de armas nos locais de votação.

Se o tribunal confiasse num processo de pacificação encabeçado por Bolsonaro, não precisaria ter feito nem uma coisa nem outra.

TESTE DAS URNAS – Nem mesmo a negociação com o Ministério da Defesa em torno do teste de integridade das urnas eletrônicas prevê uma mudança de comportamento de Bolsonaro. A única ideia, neste caso, é vincular os militares a um reconhecimento público da segurança do equipamento.

Esse tipo de plano já deu errado quando o TSE cedeu uma cadeira para as Forças Armadas na fiscalização das urnas. Os militares e Bolsonaro, afinal, estão no mesmo time.

Desta vez, os ministros esperam que o gesto seja suficiente para reduzir a coloração verde-oliva de uma contestação do resultado da eleição.

quinta-feira, setembro 08, 2022

Ruína e glória no bicentenário, quando o antigo é novo e o atual agora é velho

Publicado em 8 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Conheça a campanha “Juntos pelo Museu do Ipiranga” – Alumni

Museu do Ipiranga é reaberto com toda a sua imponência

Elio Gaspari
Folha e O Globo

Nesta quarta-feira (7) o Brasil completa 200 anos. Em tempos estranhos, dias estranhos. Nesta terça (6), em São Paulo, foi reinaugurado o museu que celebra a Independência. Nesta quarta, na avenida Atlântica, o presidente da República terá seu dia.

A festa do Brasil atual, no Rio, será dominada por Bolsonaro, com suas encrencas, divisões e radicalismos que levam a nada. A festa da reinauguração do Museu do Ipiranga foi amostra da vitalidade desta nação bicentenária. A celebração do passado mostrou o presente de um país que funciona.

SENTE-SE NA ALMA… -Sabe-se lá o que dirá o capitão em Copacabana. Seu governo foi incapaz de produzir um só evento relevante para essa data. Pensando-se o que foi o Bicentenário da Independência dos Estados Unidos em 1976, ou o Bicentenário da Revolução Francesa, festejado em 1989, sente-se na alma o peso do imobilismo.

Felizmente reinaugurou-se o Museu do Ipiranga. Celebrou-se o trabalho de centenas de operários, servidores públicos, museólogos, restauradores, engenheiros e arquitetos. Celebrou-se também a capacidade articuladora de governos responsáveis. Entre eles, o de João Doria que parece ter saído de moda, mas fez coisas que ninguém fez.

(Lula e Bolsonaro criaram salas museológicas autocelebrando-se no Palácio do Planalto. Um, expondo documentos pessoais. Outro, montando uma vitrine com o terno que usou no dia da posse.)

CAINDO AOS PEDAÇOES – Em 2005, quando começaram as conversas para recuperar o Museu do Ipiranga, ele estava literalmente caindo aos pedaços. A cripta onde repousava D. Pedro 1º, trazido de Portugal nas festas do Sesquicentenário de 1972, tinha virado mictório de notívagos.

O museu parecia uma daquelas burocracias nacionais que não tinham conserto. (Além da patriotada com os ossos de D. Pedro, o governo do general Emílio Médici patrocinou dezenas de iniciativas culturais relevantes.)

Em 2013 o Museu do Ipiranga foi fechado e começaram os trabalhos. O que foi reinaugurado nesta terça é uma nova instituição e será certamente o melhor museu do país, tanto na instalação, como no propósito. Mais de 2.000 caminhões de terra foram retirados para permitir a expansão física do museu sem alterar sua silhueta.

FLERTE COM O ATRASO – Centenas de peças foram restauradas, inclusive o Grito do Ipiranga, pintado por Pedro Américo em Florença. Isso não é pouca coisa num país onde museus pegam fogo e vive-se um tempo de flerte com o atraso.

O novo Museu do Ipiranga é uma providencial lição do vigor dos brasileiros. Ofendem-se as atividades culturais, e de uma instituição arruinada saiu uma grande obra.

Demoniza-se o serviço público, e a burocracia cultural produz esse monumental resultado.

ANTIGO VIROU NOVO – Satanizam-se as alianças do empresariado com o poder público, mas 36 empresas cacifaram boa parte do serviço.

O antigo virou novo e o que deveria ser novo velho é. Tempos estranhos ecoam o século 16, quando os caetés comeram o bispo Sardinha e o equivalente ao secretário da Receita, Antonio Cardoso de Barros.

A turma que reconstruiu o Museu do Ipiranga colocou na rede um site precioso. Nele, quem tiver alguns minutos para perder, saberá como se trabalhou.

Bolsonaro muda regras para liberar antes da eleição R$ 5,6 bilhões do orçamento secreto


TRIBUNA DA INTERNET | Orçamento secreto pode passar por mudanças no fim do  ano, preveem líderes dos partidos

Charge do Cazo (Arquivo Google)

Alexandro Martello
g1 — Brasília

A Secretaria especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia informou ao g1 nesta quinta-feira (8) que deverão ser liberados rapidamente R$ 5,6 bilhões para as chamadas emendas de relator. Com isso, os recursos podem sair antes do primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro.

A liberação será possível por que o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto na última terça-feira (6) que alterou regras de programação orçamentária.

MANIPULAÇÃO – Conhecidas como orçamento secreto, as emendas de relator são recursos que não são distribuídos igualmente entre todos os parlamentares — ao contrário das demais emendas (individuais, de bancada ou de comissão).

Os repasses ficam, na prática, a critério de conversas informais e acertos com o relator, e geralmente privilegiam parlamentares da base aliada do governo. Em posse desses recursos, eles podem autorizar obras em seus redutos eleitorais.

Esse tipo de emenda também ficou conhecida como orçamento secreto devido à dificuldade em obter informações sobre quem as indicou e como onde foram feitos os gastos. O uso dos recursos também está relacionado a possíveis esquemas de corrupção.

MANOBRA – A liberação de recursos de forma imediata só será possível porque o presidente Jair Bolsonaro editou, na última terça-feira (6), decreto alterando as normas de programação orçamentária e financeira relativas ao bloqueio, ou desbloqueio, de recursos.

Com a nova regra, por exemplo, ficou mais fácil liberar valores para gastos. Até então, o governo só podia liberar, ou bloquear valores, quando houvesse a chamada “apuração bimestral” ou “extemporânea” de todas as despesas obrigatórias, ou de outros fatores que afetassem os valores sujeitos ao teto de gastos (regra que limita as despesas à inflação).

Isso era feito por meio dos relatórios de receitas e despesas, que faziam um levantamento detalhado considerando toda a arrecadação e gastos já realizados, e projetando-os para o resto do ano. Em posse desses números, o governo podia bloquear ou desbloquear recursos para os ministérios ou emendas parlamentares.

MEDIDAS PROVISÓRIAS – Com o novo formato autorizado por decreto presidencial, não será mais preciso aguardar esse levantamento mais detalhado. Bastará ao governo que haja “legislação específica” que seja publicada entre os relatórios de avaliação de receitas e despesas primárias.

A “legislação específica” que possibilitará ao governo, diante das novas regras orçamentárias, liberar os recursos são duas Medidas Provisórias editadas no fim de agosto.

A primeira adiou pagamentos de benefícios ao setor cultural (leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2), e a segunda limitou gastos o de ciência e tecnologia (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

FORÇA DE LEI – Medidas provisórias têm força de lei assim que publicadas no “Diário Oficial da União”. Precisam, contudo, ser aprovadas pelo Congresso Nacional, que pode alterar o conteúdo da MP, para se tornarem leis em definitivo.

Deste modo, se as Medidas Provisórias forem rejeitadas posteriormente pelo Parlamento, o governo será obrigado a bloquear recursos orçamentários para fazer os pagamentos ao setor cultural e de ciência e tecnologia. Nesse caso, o orçamento dos ministérios, que já está em valores historicamente baixos, pode ser prejudicado.

Mas isso somente ocorrerá lá na frente, bem depois das eleições.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em 2014, a então presidente Dilma Rousseff disse que “ia fazer o Diabo para vencer a eleição”. Realmente, fez, venceu e depois foi derrubada. Oito anos depois, Bolsonaro segue o exemplo, ao pé de letra. Em nome de Deus, está fazendo o Diabo para sair vitorioso. (C.N.)

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