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quinta-feira, setembro 08, 2022

London Bridge is down': Morre, aos 96 anos, a rainha do Reino Unido, Elizabeth 2ª

 Quinta, 08 de Setembro de 2022 - 14:35


por Redação

'London Bridge is down': Morre, aos 96 anos, a rainha do Reino Unido, Elizabeth 2ª
Foto: Reprodução / Instagram

Morreu, nesta quinta-feira (8), aos 96 anos, a rainha Elizabeth Alexandra Mary, do Reino Unido. No trono desde 1952, Elizabeth II, como era conhecida a monarca, teve o reinado mais longo da história britânica. A informação foi confirmada pelos canais oficiais da família real. 

 

A causa da morte não foi esclarecida, mas ela estava sob supervisão médica desde que sua equipe de saúde expressou preocupação com o seu quadro.

 

Um comunicado do Palácio de Buckingham já havia informado na manhã desta quinta-feira (8) que os membros da família real foram chamados para ir ao palácio de Balmoral, na Escócia, residência de férias onde Elizabeth II estava desde julho.

 

Ao início da tarde, outro comunicado, desta vez da emissora estatal, a BBC, dava conta de que outros posicionamentos sobre o estado da rainha só seriam emitidos após todos os familiares estarem junto à ente querida.

 

De acordo com o protocolo oficial, o funeral deve ocorrer na Abadia de Westminster, localizada na na capital inglesa, e seu corpo deverá ser sepultado na Capela de São Jorge, ao lado de seu pai.

 

Desde outubro de 2021, quando passou alguns dias internadas, por recomendação médica, a rainha ia a poucos compromissos oficiais, sendo representada diversas vezes pos outros familiares. 

 

Em junho deste ano, na ocasião do Jubileu de Platina do seu reinado, a chefe de Estado sentiu um desconforto quando participava do desfile de abertura da festividade. Por conta disso, ela não pôde estar presente no do culto realizado na Catedral St. Paul.

 

Sua trajetória à frente do reinado teve início com a morte do seu pai, o rei George VI. Ao escolher o título pelo qual gostaria de ser chamada, ela optou pelo próprio nome, o mesmo da sua mãe.

 

Na época da posse, Elizabeth II já era casada com o príncipe Philip, o Duque de Edimburgo, morto em 2021. Os dois foram casados por 74 anos e tiveram quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward.

 

Devido ao posto como rainha, Elizabeth também era a chefe da Igreja Anglicana e das forças armadas britânicas. Ela foi a sexta mulher a assumir o trono britânico, aos 25 anos de idade.

 

A rainha era integrante da Dinastia de Windsor e ao longo da sua vida foi testemunha privilegiada de vários fatos da história mundial. Foi com ela que a monarquia atingiu um patamar pop. São de seu tempo acontecimentos como a transmissão de sua coroação em cadeia nacional e a produção de um documentário que mostrava a rotina da realeza.

 

Apesar de bem relacionada, "Lilibet", construiu uma extensa lista de desafetos. Entre os embates que se tornaram públicos estão princesa Diana, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos Jackie Kennedy e a ex-ministra do Reino Unido Margaret Thatcher.

 

Enfrentou ainda grandes mudanças políticas no decorrer das últimas sete décadas, a exemplo dos problemas na Irlanda do Norte, a descolonização do continente africano e, mais recentemente, a saída do Reino Unido da União Européia, com o Brexit. 


Elizabeth era soberana em 14 nações e líder da Commonwealth, conjunto de 53 países que já fizeram parte do Império Britânico.

 

A linha sucessória atual ao trono começa por Charles, o primogênito: 

  1. Príncipe de Gales: príncipe Charles (1948);
  2. Duque de Cambridge: príncipe William, primogênito de Charles (1982);
  3. Príncipe George de Cambridge (2013);
  4. Princesa Charlotte de Cambridge (2015);
  5. Príncipe Harry de Gales, filho mais novo de Charles (1984);
  6. Duque de York: príncipe Andrew, segundo filho da rainha Elizabeth (1960);
  7. Princesa Beatrice de York, filha mais velha de Andrew (1988);
  8. Princesa Eugenie de York, filha mais nova de Andrew (1990);
  9. Conde de Wessex: príncipe Edward, filho mais novo da rainha Elizabeth (1964);
  10. Visconde de Severn: James Windsor, filho de Edward.

 

O substituto ou substituta deverá ascender ao trono ainda nesta quinta. A cerimônia de coroação só deve acontecer posteriormente. O rosto da pessoa escolhida deverá estampar a nova versão da moeda britânica, assim como selos, passaportes e uniformes oficiais.

Simone Tebet e Soraya Thronicke chamam Bolsonaro de “patético” e “desclassificado”

Publicado em 8 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Soraya Thronicke e Simone Tebet disputam palanques na corrida ao Palácio do Planalto

As candidatas ficaram envergonhadas com o “machismo”

Deu no Extra

As candidatas à presidência da República Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) reagiram às declarações machistas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, em seu discurso de 7 de setembro.

Após o desfile cívico-militar em Brasília, o Bolsonaro conclamou os apoiadores a compararem as primeiras-damas, fazendo menção a Michelle Bolsonaro e à mulher de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a socióloga Rosângela da Silva, a Janja. Ele ainda usou o palanque para dizer que é “imbrochável”. E puxou um coro com esta palavra no público presente. Depois beijou a mulher.

COMPARAÇÕES ― “Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas. Não há o que discutir. Uma mulher de Deus, da família e ativa na minha vida. Não é ao meu lado, não, às vezes ela está na minha frente. Eu falo aos homens solteiros: procure uma mulher, uma princesa, se case com ela para serem mais felizes ainda — disse o presidente, que depois puxou para si o coro de “imbrochável”.

No Twitter, Simone Tebet afimou que “o Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil”. A candidata do MDB disse que “como brasileira e mulher” se sentia “envergonhada e desrespeitada”. Já Soraya Thronicke afirmou que Bolsonaro “insiste em propagar que é imbrochável – informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro”.

Bolsonaro, que enfrenta rejeição do eleitorado feminino, conta com a participação de Michelle na campanha, já que a primeira-dama é popular entre o público evangélico.

Ao cancelar visita ao Congresso, Bolsonaro faz revide a boicote de Fux, Lira e Pacheco

Publicado em 8 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Em celebração à Independência, Pacheco faz defesa enfática da democracia —  Senado Notícias

Na sessão, Pacheco fez uma enfática defesa da democracia

Lucyenne Landim
O Tempo

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, cancelou a ida ao Congresso Nacional para participar de sessão solene pelo Bicentenário da Independência do Brasil. A informação foi confirmada pelo cerimonial do evento cerca de 30 minutos antes do início da cerimônia, marcado para 10h desta quinta-feira (6). O cancelamento também foi anunciado pelo Senado.

Não foi apresentada justificativa para a ausência. A agenda oficial de chefe de Estado não prevê outros eventos públicos do presidente nesta quinta. Há expectativa, no entanto, que ele cumpra compromissos da campanha eleitoral em Brasília (DF).

DE REPENTE – Além da agenda oficial informar a presença de Bolsonaro no “Aniversário do Bicentenário da Independência do Brasil” às 10h desta quinta, a ida dele foi anunciada tanto pelo Senado, quanto pela Câmara dos Deputados.

Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada – residência oficial do presidente da República na capital federal – por volta de 9h desta quinta e foi atender a apoiadores que estão no local no chamado “cercadinho”, ainda em indicação da ida ao Congresso. O momento foi transmitido no Facebook do candidato.

Nos bastidores, havia a expectativa de que Bolsonaro pudesse ter suas ideias confrontadas em algum discurso no Congresso, o que o desagradaria e poderia tensionar o clima de campanha eleitoral.

DISSE PACHECO – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por exemplo, afirmou que o “amplo direito de voto – a arma mais importante em uma democracia –  não pode ser exercido com desrespeito, em meio ao discurso de ódio, com violência ou intolerância em face dos desiguais”.

A desistência do presidente da ida ao Congresso acontece um dia depois dos atos convocados por ele pelo 7 de Setembro.

Nesta quinta-feira, a cerimônia no Congreso teve a presença dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco; da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; e do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux. Apesar de convidados, nenhum deles compareceu ao palanque de autoridades no desfile militar do 7 de Setembro. O procurador-geral da República Augusto Aras também foi à sessão solene no Congresso.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Como se vê, a ausência de Bolsonaro na sessão solene do Congresso foi apenas um revide aos presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo, que boicotaram o desfile em Brasília, como protesto ao aproveitamento político-eleitoral que Bolsonaro fez, usando o Sete de Setembro como instrumento de campanha. Apenas isso. (C.N.)

A cirurgia mais antiga da história: um pé amputado há mais de 30 mil anos.




A descoberta foi feita na Indonésia. Há mais de 30 mil anos, uma criança foi operada para amputar o pé e, já na altura, existia a percepção da "importância de remover o membro para sobreviver":

Até agora, a história ditava que a intervenção cirúrgica mais antiga de sempre foi descoberta em França e foi feita há sete mil anos. Mas há novidades: uma equipa de investigadores da universidade de Griffith, na Austrália, encontrou evidências de que, afinal, há uma cirurgia mais antiga. Aconteceu há 31 mil anos e terá sido feita a uma criança, na ilha do Bornéu, na Indonésia.

Segundo os resultados da investigação publicada na revista Nature, foram encontrados ossos de um pé amputado, que permitiram concluir que há mais de 30 mil anos já existiam conhecimentos médicos suficientes para este tipo de intervenção. Aliás, os responsáveis pela investigação concluíram precisamente que quem fez a intervenção tinha “conhecimento detalhado da anatomia dos membros e dos sistemas muscular e vascular para evitar a perda fatal de sangue e infeção”. “Provavelmente, perceberam a importância de remover o membro para sobreviver”, acrescentaram.

Os restos foram encontrados na região tropical de Sangkulirang–Mangkalihat, uma zona montanhosa, dentro de uma caverna, cujo tamanho é semelhante ao de uma catedral, dizem os investigadores.

Os responsável pela cirurgia tiveram ainda o cuidado de garantir o cuidados a ter num pós-operatório. Existem vestígios de uma infeção, que pode não ter ocorrido depois da amputação. Ainda assim, a ferida “terá sido limpa regularmente e desinfetada, talvez usando recursos botânicos disponíveis no local com propriedades medicinais para prevenir infeções e aliviar a dor”.

Esta descoberta mostra então o “nível avançado de experiência médica desenvolvida”, com conhecimentos de anatomia, de fisiologia e de procedimentos cirúrgicos. No relatório publicado surge também a hipótese de que este tipo de intervenções foi desenvolvido através de tentativa e erro.

Observador (PT)

EUA: 3 milhões de frangos são abatidos com novo surto de gripe aviária

 




Uma granja avícola de Ohio, na região centro-oeste dos Estados Unidos, identificou um surto de gripe aviária, informaram autoridades agrícolas estaduais e federais nesta quarta-feira.

O caso confirmado no fim de semana em Defiance County afetou cerca de 3 milhões de frangos, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. A fazenda de ovos já iniciou o processo de abate de seu rebanho, disse o veterinário estadual Dennis Summers.

Após uma pausa de vários meses, a doença que obrigou ao abate de 43 milhões de frangos e perus até agora este ano nos Estados Unidos reapareceu na região mais cedo do que o esperado pelas autoridades, com casos em Indiana, Minnesota, Dakota do Norte e Wisconsin na última semana.

Vários surtos também foram identificados nos estados ocidentais dos Estados Unidos.

O surto no início do ano que contribuiu para o aumento dos preços dos ovos e da carne pareceu se dissipar em junho, mas as autoridades alertaram na época que poderia haver uma recuperação no final do ano.

Estadão / Dinheiro Rural

Governo ‘tesoura’ Farmácia Popular para garantir orçamento secreto em 2023




O governo Bolsonaro cortou em 59% o orçamento em 2023 do programa Farmácia Popular, que atende mais de 21 milhões de brasileiros com medicamentos gratuitos, para garantir mais recursos para o orçamento secreto - esquema revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo de transferência de verbas a parlamentares sem transparência. As despesas para atendimento da população indígena também sofreram uma "tesourada" de 59%.

Na contramão do corte desses programas, as emendas de relator incluídas no orçamento da saúde cresceram 22%. As emendas parlamentares individuais e de bancada impositivas (que o governo é obrigado a executar) aumentaram 13%.

O levantamento foi feito por Bruno Moretti, assessor do Senado e especialista em orçamento da saúde. Os dados completos serão publicados em Nota de Política Econômica do Grupo de Economia do Setor Público da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A parcela gratuita do Farmácia Popular é voltada para medicamentos de asma, hipertensão e diabetes. Em 2022, as despesas com a gratuidade do programa prevista no Orçamento somaram R$ 2,04 bilhões. Já no projeto de Orçamento de 2023, o governo previu R$ 842 milhões: corte de R$ 1,2 bilhão.

Os gastos para a saúde indígena foram cortados em R$ 870 milhões, sendo previstos em R$ 610 milhões em 2023 - ante R$ 1,48 bilhão em 2022.

"Não há dúvida: o que a equipe econômica fez foi reduzir todas essas despesas para incorporar as emendas. Para caber as emendas RP-9 (de relator), estão tirando medicamentos da Farmácia Popular", diz Moretti. "(Com o programa) O parlamentar não consegue chegar lá na ponta e dizer que o remédio que o paciente pegou de graça é fruto da emenda dele." 

Estadão / Dinheiro Rural

Na orla de Copacabana, Supremo é alvo preferencial




Entre os bolsonaristas que compareceram era possível identificar mais cartazes e referências críticas ao STF do que as dirigidas a Lula. Manifestantes endossam ataques do presidente e pedem dissolução da Corte.

Por Bruno Lupion, Rio de Janeiro

O público bolsonarista que compareceu nesta quarta-feira (07/09) ao ato político em Copacabana, no Rio de Janeiro, que fundiu um evento da campanha à reeleição do presidente às comemorações pelo bicentenário da Independência, tinha o Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos principais alvos de suas críticas.

Além do antipetismo, tradicional polo mobilizador da política nacional, havia na orla um forte sentimento anti-Supremo – fenômeno já estabelecido há alguns anos no campo bolsonarista, insuflado pelo presidente e por seus círculo próximo. A partir de uma observação sem critério científico, era possível identificar mais cartazes, faixas e referências críticas à Corte do que às dirigidas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Promover ataques às Cortes constitucionais integra o roteiro político de líderes de extrema direita em todo o mundo, posto que elas são responsáveis por limitar os atos do Executivo em desacordo com a Constituição – papel que se torna ainda mais preponderante quando o Congresso adota um comportamento dócil com o presidente.

A DW conversou com alguns brasileiros presentes em Copacabana sobre os motivos que os haviam levado a comparecer ao ato. A servidora aposentada do Judiciário Regina Holanda, de 62 anos, por exemplo, disse que os ministros do Supremo estão extrapolando suas competências e defendeu a "dissolução da Corte". Já o advogado Marcelo Câmara, de 49 anos, previu que uma possível "fraude" eleitoral contra Bolsonaro teria o apoio dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Foram mencionados ainda críticas à urna eletrônica, a defesa de valores conservadores ligados à "família" e a atuação do governo Bolsonaro na economia. 

Ex-servidora do TJ quer dissolução do Supremo

Regina Holanda, 62 anos, aposentada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é uma das eleitoras de longa data de Bolsonaro que compareceram a Copacabana. Ela vota nele desde seu primeiro mandato como deputado, iniciado em 1991, e é saudosa do regime militar. "Até eu entrar na faculdade não tinha violência, a vida não era tão difícil, não tinha essa corrupção absurda. Dos anos 80 para frente foi uma lástima, infelizmente", diz.

Ela avalia o governo Bolsonaro como "excelente". Referindo-se à transposição do rio São Francisco, diz que foi o presidente que "conseguiu levar água para o Nordeste, quebrando aquela máfia dos carros pipas, Renan Calheiros, Ciro Gomes, que ganhavam dinheiro com a miséria dos outros". 

'Regina Holanda é nostálgica da ditadura militar e avalia o governo Bolsonaro como "excelente"

A "paternidade" sobre a transposição é um dos temas da campanha eleitoral deste ano, e foi mencionada pelo próprio Bolsonaro no seu discurso em Copacabana. A transposição foi iniciada no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que diz que seu governo e o de sua sucessora, Dilma Rousseff, realizaram 88% das obras.

Holanda também menciona o crescimento do PIB no governo Bolsonaro, segundo ela, "assustador", e faz duras críticas ao Supremo, que para ela deveria ser "dissolvido". "Eles legislam, eles julgam, eles são tudo."

A servidora aposentada diz ainda que a maioria dos "lugares que são formadores de cultura" estão "aparelhados" pela esquerda e que "é muito difícil destruir trinta anos de aparelhamento". Mas, se Bolsonaro foi reeleito, ela acredita que ele poderá "quebrar essa hegemonia política por muito tempo". "Depois não tem mais jeito, ele vai indicar outro [sucessor]. Seria o Sergio Moro, que fez aquela bandalheira e agora está pedindo perdão, mas ninguém acredita mais nele", diz.

Advogado diz ver risco de guerra civil se Bolsonaro perder

O advogado Marcelo Câmara, 49 anos, é outro eleitor de longa data de Bolsonaro que participou do ato político em Copacabana, pois já o apoiava quando ele era deputado. Ele considera que seu governo fez "muito mais do que era possível", considerando os desafios impostos pela pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia. 

'Marcelo Câmara desconfia das urnas eletrônicas e diz que uma possível "fraude" teria apoio dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso'.

Câmara afirma desconfiar das urnas eletrônicas "porque não são auditáveis", e diz que se Bolsonaro ficar atrás de Lula no resultado oficial "muito provavelmente haverá uma guerra civil". 

"É só ver o que está acontecendo aqui [multidão em Copacabana]. Numericamente, não tem como o Lula ganhar, a não ser que tenha fraude, uma possível fraude que teria o apoio do Supremo, em especial do [ministro] Alexandre de Moraes e do [Luís Roberto] Barroso. O povo iria se revoltar, com certeza", diz.

Casal de professores afirma temer represálias

Rafael, de 42 anos, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Fernanda, de 42 anos, professora de ensino básico da rede municipal, estavam na orla de Copacabana vestidos de verde e amarelo e levando seu bebê. Eles preferiram não informar o sobrenome nem tirar foto pois temem retaliação em seus ambientes de trabalho.

"A visão progressista de mundo não aceita diferença. O ambiente acadêmico e as escolas estão permeadas por essa formação mais ideológica. Quando você fala que é contra isso, sofre represália", diz Rafael. Ele afirma ser cristão e conservador e procura votar em políticos que reflitam esses valores, mesmo que sejam aqueles que não prometem aumentos de salários para sua categoria. "Meu voto não está à venda", diz. 

Rafael afirma que a eleição de Bolsonaro em 2018 propiciou uma "explosão de gente [conservadora] que apareceu, que saiu do armário, porque o brasileiro não tinha uma representação conservadora expressiva. Não tinha um político de direita".

Indagado sobre a quais valores conservadores se refere, ele menciona a posição contrária ao aborto, a promoção de "valores familiares" e a defesa de que os pais tenham "autonomia" na educação dos filhos. "A gente sabe que na Alemanha pais foram presos porque queriam ensinar determinados valores para os filhos e não queriam que os filho fosse para aquela escola. A gente não quer que isso aconteça no Brasil", afirmou.

Na Alemanha, a responsabilidade de ensinar as crianças sobre a vida sexual não é um papel exclusivo da família, mas um dever do Estado. Em 2013, um pai de nove crianças foi preso por proibir uma das filhas de frequentar as aulas de educação sexual numa escola primária do estado da Renânia do Norte-Vestfália.

Rafael também afirma que Bolsonaro representa um projeto de corte de gastos públicos e redução do Estado. "A gente apoia a livre iniciativa, quanto menos Estado, melhor. O Estado deve cuidar da defesa, da educação básica e da saúde pública, mas está muito inchado", afirma. 

"São esses valores que a gente tem, e a gente procura alguém assim. Não importa se ele fale bonito, se fala feio, se é grosseiro, se é mal-educado. É o perfil dele, mas até o momento ele se mostra muito honesto", conclui. 

Empresário diz que Brasil está "bombando" na economia

O empresário Eduardo José Francicani, de 39 anos, votou em Bolsonaro pela primeira vez em 2018 "para ter uma mudança" e acredita que esse objetivo foi cumprido. Ele diz que seu governo fez "bastante coisa", apesar de "vários empecilhos que não o ajudaram". 

"A economia estava numa crescente grande [antes da pandemia]. E neste ano o Brasil está bombando na questão econômica", afirma. "O Brasil tem um potencial muito grande e ele quer levar o Brasil para a frente, a gente não vê isso nos outros partidos." 

'Eduardo José Francicani afirma que governo Bolsonaro fez "bastante coisa" e que presidente "quer levar o Brasil para a frente"

Como muitos bolsonaristas, ele desconfia das urnas eletrônicas e afirma que elas deveriam ter novas formas de auditagem. "Se fossem tão seguras, por que não ter outra forma de auditá-las? Parece que o pessoal não quer auditá-las. Temos esse medo porque o próprio pessoal do STF não quer auditar e ficamos nesse impasse", diz.

Avaliador afirma que Supremo é "o câncer do Brasil"

José Rinaldi, avaliador, de 44 anos, estava em Copacabana acompanhado de sua companheira Daniele Bastos, de 42 anos, também avaliadora. Ambos votaram em Bolsonaro em 2018 – ele já havia votado nele antes, para deputado, e ela ressaltou que "nunca votou no PT".

Rinaldi avalia que o governo Bolsonaro foi "positivo", se considerado o "problemaço" da pandemia, e agora está "colhendo os frutos, com menor índice de desemprego e a economia equilibrada". "Se fosse como no governo do PT, estaríamos numa situação muito complicada. O presidente soube escolher uma equipe boa e isso faz muita diferença." Além da questão econômica, ele afirma ter identidade com Bolsonaro no campo dos valores: "família, país cristão, sem ideologia de gênero nas escolas". 

'José Rinaldi diz não confiar "nem um pouco" nas urnas eletrônicas, e Daniele Bastos enfatiza que "nunca votou no PT"

Rinaldi diz não confiar "nem um pouco" nas urnas eletrônicas, e defende que os votos deveriam ser impressos para uma posterior conferência em caso de necessidade – uma proposta antiga de Bolsonaro que já foi rejeitada pelo Congresso. 

Sua crítica mais contundente é ao Supremo, que ele considera ser "o câncer do Brasil, o que faz o Brasil andar para trás. Eles acham que o poder deles é maior do que o do Congresso e o do presidente". 

Ele cita como exemplo a revogação do piso salarial da enfermagem, determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso no último domingo, em decisão monocrática. "[O piso] foi aprovado pelo Congresso, o presidente assinou, e um ministro foi lá e tira. Ele é maior que todo mundo?"

Deutsche Welle

Bolsonaro discursa e manda recado a Fux, Pacheco e Lira, ausentes na Esplanada




O presidente da República, Jair Bolsonaro, mandou um recado às autoridades dos outros Poderes que preferiram não comparecer à cerimônia da manhã desta quarta-feira, 7, na Esplanada, após o mandatário fazer da cerimônia em comemoração ao Bicentenário do Brasil um ato político. "Hoje todos sabem quem é o Executivo, Câmara, Senado e todos sabem o que é o Supremo Tribunal Federal", disse o presidente de cima de um carro de som estacionado em frente ao Congresso Nacional.

Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), preferiram não comparecer às comemorações do 7 de Setembro para não terem suas imagens vinculadas à do presidente, temerosos com o tom do discurso de Bolsonaro.

De fato, o presidente não tratou de amenizar o clima, como queriam integrantes da ala mais moderada da campanha.

"Com reeleição, traremos para dentro das quatro linhas da Constituição todos que ousam ficar fora delas. É obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da Constituição", disse em discurso aos apoiadores, após o desfile cívico-militar.

Em outro momento, ele disse que todos podem "ser melhores no futuro" e criticou as pesquisas de intenção de voto, que o colocam atrás e seu principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Aqui não tem mentirosa Datafolha, é o nosso data povo", disse, ovacionado.

Entre os manifestantes, alguns seguravam faixas com pedidos de impeachment do STF Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Pelo impeachment de Alexandre de Morais", diz uma das faixas, com a grafia errada do sobrenome do ministro.

Auxílio Brasil, inflação e combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou discurso em carro de som na Esplanada dos Ministérios para destacar dados econômicos como a criação de empregos, a queda da inflação e dos preços de combustíveis. Na fala a apoiadores, logo após o desfile que marcou as comemorações da Independência, o presidente também ressaltou a criação do Auxílio Brasil, que disse ser um dos programas sociais mais abrangentes do mundo.

"O Brasil ressurge com a economia pujante e uma das gasolinas das mais baratas do mundo. Tem recorde de criação de empregos e inflação despencando", alegou o presidente da República.

Bolsonaro acrescentou que o País respeita a propriedade privada e "combate a corrupção para valer".

O presidente voltou a dizer que o Brasil passou por questões que agravaram as dificuldades econômicas, como a pandemia, e reclamou da "política errada do fica em casa", contrariando, mais uma vez, recomendações de cientistas que defenderam o isolamento social no início da pandemia para tentar controlar a disseminação do vírus em um momento em que ainda não havia vacina.

Ele disse ainda que o Brasil enfrentou consequências da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Estadão / Dinheiro Rural

Bolsonaro cita 1964 e ano do impeachment de Dilma em fala de ‘bem contra o mal’




Antes de sair do Palácio da Alvorada nesta quarta-feira, 7, para acompanhar o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou 1964, quando um golpe deu início a uma ditadura que durou 21 anos, e 2016, ano do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, para dizer que o "bem sempre vence o mal". O candidato à reeleição estava acompanhado da primeira-dama Michelle e de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e alvo do Supremo Tribunal Federal (STF) por ter defendido um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença a eleição.

"A história pode se repetir. O bem sempre venceu o mal. Estamos aqui porque acreditamos no nosso povo e o nosso povo acredita em Deus. Tendo certeza que, com perseverança e fazendo aquilo que nós pudermos fazer aqui na Terra, ele fará por nós o que for possível", declarou o chefe do Executivo.

No Palácio da Alvorada, antes de fazer o breve discurso, Bolsonaro ouviu uma oração. Mais cedo, ele havia reunido ministros no local para um café da manhã.

Candidato à reeleição, o chefe do Executivo quis mostrar unidade do governo no momento em que tenta fazer do 7 de setembro um ato político que impulsione seus planos eleitorais. O encontro não constou da agenda oficial de Bolsonaro, mas entrou na do ministro da Economia, Paulo Guedes.

À tarde, Bolsonaro viajará ao Rio de Janeiro para participar de um ato político na Avenida Atlântica, em Copacabana, com apresentações das Forças Armadas. Na orla carioca, é esperado um pronunciamento ainda mais inflamado do que em Brasília.

Estadão / Dinheiro Rural

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Bolsonaro reúne ministros no Palácio da Alvorada antes de desfile

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), reuniu ministros para um café da manhã no Palácio do Alvorada na manhã desta quarta-feira, 7, antes do desfile cívico-militar em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil. Candidato à reeleição, o chefe do Executivo quer mostrar unidade do governo no momento em que tenta fazer do 7 de setembro um ato político que impulsione seus planos eleitorais.

O café da manhã não constou da agenda oficial de Bolsonaro, mas entrou na do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O início do desfile está marcado para as 9 horas, na Esplanada dos Ministérios.

O presidente deve assistir à solenidade e, depois, discursar a apoiadores em um trio elétrico em frente ao Congresso.

À tarde, Bolsonaro viajará ao Rio de Janeiro para participar de um ato político na Avenida Atlântica, em Copacabana, com apresentações das Forças Armadas. Na orla carioca, é esperado um pronunciamento ainda mais inflamado do que em Brasília.

Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro participou de manifestações antidemocráticas e chegou a afirmar que não cumpriria mais as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A declaração gerou uma crise institucional no País. Naquela vez, o conflito só foi apaziguado com uma carta pública de recuo do chefe do Executivo, dois dias depois, escrita pelo ex-presidente Michel Temer, que indicou Moraes à Corte.

Estadão / Dinheiro Rural

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