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quinta-feira, setembro 08, 2022

Bolsonaro fez “insinuações golpistas” para manter o eleitor mobilizado nesta reta final

Publicado em 7 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Bolsonaro chega ao Rio e participa de motociata antes de novo ato

Bolsonaro participou de motociata e circulou na multidão

Bruno Boghossian
Folha

Jair Bolsonaro acordou neste 7 de Setembro com um golpe de Estado na cabeça. Ainda no café da manhã, o presidente tentou agitar seus apoiadores com uma lista de “momentos difíceis” do passado. Citou revoltas, o impeachment de 2016, a eleição de 2018 e também o ano de 1964, que inaugurou a ditadura militar. “A história pode se repetir”, emendou.

Não era um alerta, era uma promessa. Bolsonaro incorporou insinuações de ruptura à plataforma de sua campanha. Depois de cultivar ameaças de atropelar as regras e ampliar seus poderes, o presidente pediu um segundo mandato para fazer exatamente isso, à moda de outros autocratas contemporâneos.

ATIVO ELEITORAL – Mensagens desse tipo se tornaram um ativo eleitoral importante para Bolsonaro. Elas servem para reforçar o figurino de adversário do sistema político e, principalmente, manter seus apoiadores mobilizados num momento em que sua chance de vencer no voto não é das maiores.

Os atos organizados pelo presidente cumpriram essa função. Bolsonaro explorou um ambiente de enfrentamento com a esquerda e o STF para levar uma quantidade considerável de gente às ruas.

Em Brasília e no Rio, o político que lança suspeitas sobre as urnas eletrônicas organizou comícios com dinheiro público para pedir votos. Nos dois discursos, ele fez uma referência a ministros dos tribunais, repetiu a acusação de que eles agem fora dos limites da Constituição e disse que, se for reeleito, pretende fazer uma jogada para enquadrá-los.

ESTRATÉGIA – Dada a dimensão conhecida do bolsonarismo no país, as imagens do 7 de Setembro podem não impressionar, mas ajudam o presidente a sustentar a impressão de que é um candidato competitivo. Com isso, ele mantém um público atento às mensagens que pretende disparar na reta final da campanha.

Além das insinuações golpistas para os mais radicais, Bolsonaro quer puxar gatilhos do discurso conservador e contra o PT.

A equipe do presidente acredita que essa é a chave para recuperar votos perdidos de 2018.

Ministério Público acorda do sono profundo e descobre que existem fraudes nas pesquisas

Publicado em 8 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Se você confia em pesquisa eleitoral, não perca tempo por aqui, estamos  ocupados demais… - Flávio Chaves

Charge do Tiago Recchia (Arquivo Google)

Carlos Newton

Somente agora, na reta final das eleições, o Ministério Público Federal enfim acordou de seu sono letárgico e descobriu que as pesquisas eleitorais são uma iniciativa que possibilita fraudes absurdas, praticadas dentro da lei. O excelente repórter Rayanderson Guerra, apurou esse escândalo para o Estadão, mas sua importante matéria passou meio despercebida em meio às notícias sobre o Sete de Setembro.

A reportagem mostra que a atual legislação permite que os tais institutos de pesquisa não revelem de onde veio dinheiro para pagar as sondagens eleitorais. Basta informar que o levantamento está sendo feito sem patrocinador, vejam bem até onde vai a desfaçatez dessa gente,

VÉU DA CORTINA – O repórter Rayanderson levantou o véu dessa cortina que esconde os bastidores da política brasileira, com o número de pesquisas eleitorais aumentando significativamente em 2022. Ao mesmo tempo, as sondagens viraram alvo de crescentes questionamentos judiciais.

De 1º de janeiro a 30 de agosto de 2022, o volume de processos em todo o País saltou 582% na comparação com o mesmo período de 2018, mostra levantamento feito pelo Estadão em Tribunais Regionais e no Tribunal Superior Eleitoral.

Um dos casos mais escabrosos envolve o estatístico Augusto da Silva Rocha, do Instituto Ranking Brasil, que foi denunciado pelo procurador regional eleitoral Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves, do Mato Grosso do Sul,

CAIXA DOIS – Em parecer enviado ao juiz eleitoral Alexandre Branco Pucci, o procurador sustenta que a prática de os institutos “custearem” os próprios levantamentos pode mascarar caixa 2, e essas pesquisas autofinanciadas hoje representam quase 2/3 das que são registradas no TSE

Se alegar que usa recursos próprios, o instituto não precisa apresentar nota fiscal, tampouco prestar contas sobre a origem do dinheiro das pesquisas, configurando assim caixa 2 eleitoral, segundo o procurador Branco Pucci.

Recordista em sondagens eleitorais nas duas últimas eleições, o estatístico Augusto da Silva Rocha é investigado por suspeita de manipular levantamentos em diferentes campanhas nos últimos anos. Também enfrenta apurações no Conselho Federal de Estatística.

BATENDO RECORDE – Rocha foi o profissional que liderou o maior número de levantamentos financiados pelos próprios institutos desde 2018 no País. Somente em 2022, tem sob sua responsabilidade 62 trabalhos com essa modalidade de financiamento. Sua defesa nega que ele tenha cometido irregularidades, é claro.

Bem, isso é apenas a ponta do iceberg. As pesquisas com patrocinador, feitas por institutos mais conhecidos, também não sofrem a menor fiscalização, embora sejam indutoras da opinião pública, porque a grande maioria dos eleitores sempre tende a votar nos dois candidatos favoritos, a pretexto de “não perder o voto”.

Infelizmente, esta é a nossa realidade. Em toda eleição, os eleitores são movidos pelas pesquisas e  não escolhem os candidatos que acham melhores, preferindo aqueles que têm mais chance de vencer, que invariavelmente são os piores, como é o caso agora de Lula e Bolsonaro.

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P.S. –
 É por isso que a estatística é considerada a arte de torturar os números até que eles confessem os resultados que almejamos. E como não é crime fazer essas pesquisas claramente fraudadas e nenhum desses “estatísticos” pega cadeia por essa prática amoral, a situação jamais mudará, enquanto não chegarmos a ser uma civilização. Até lá, teremos de ser governados quase sempre pelos piores(C.N.)

Bolsonaro consegue se destacar, mas chance de virada depende do que virá na campanha


Bolsonaro participa de ato e promove aglomeração no Rio de Janeiro - Jornal  Correio

Sem dúvida, Jair Bolsonaro deu uma demonstração de força

Silvio Cascione
Estadão

As manifestações a favor de Jair Bolsonaro neste 7 de Setembro precisam ser interpretadas como grandes comícios a favor do presidente. Comícios ajudam a mobilizar os eleitores, e engajá-los com mais disposição na conversão dos indecisos. Pela enorme escala dos eventos deste feriado, e a ampla cobertura da imprensa, esse efeito deve ser potencializado. Foi uma grande dose de ânimo para a base do presidente.

No entanto, é difícil crer que comícios decidam eleições. No fim das contas, mais do que uma base fiel e mobilizada, o que importa é a opinião da maioria, incluindo aqui os indecisos.

TEMAS POPULISTAS – O discurso típico de palanque, focado nos temas habituais da base bolsonarista, não representa os anseios dessa parte da população que ainda precisa ser conquistada pelo presidente para ganhar a reeleição.

Não se pode perder de vista que essa ainda é uma eleição – e continuará sendo – marcada por temas econômicos. Bolsonaro se beneficia da forte melhora da economia neste ano, mas as pesquisas indicam que ele precisa de mais do que isso para convencer os eleitores que ainda faltam. Bolsonaro ainda precisa demonstrar aos eleitores indecisos que ele tem empatia, e que poderá fazer mais em um segundo mandato, com um conjunto maior e mais crível de propostas.

Bolsonaro, portanto, precisa ir além deste 7 de Setembro. Se souber aproveitar o ânimo revigorado desta base leal para vender mais esperança para a economia e bater em seu principal adversário, ele pode ver suas chances subirem. Mas isso ainda não ficou claro em suas últimas falas.


Datafolha e Ipec vão definir se Bolsonaro avançou com o 7 de setembro

Publicado em 8 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do Aroeira (brasil247.com)

Pedro do Coutto

As próximas pesquisas do Datafolha e do Ipec vão definir se as comemorações das quais participou na data da Independência somaram votos para o presidente Jair Bolsonaro, uma vez que os eventos eram considerados essenciais por sua própria equipe para retirá-lo da posição que lhe foi atribuída pelos últimos levantamentos.

A nova pesquisa do Datafolha deverá ser divulgada hoje, quinta-feira. Mas acredito ser pouco provável que já inclua os efeitos do 7 de setembro pela proximidade de um dia para o outro.  As pesquisas necessitam de um prazo de alguns dias, mais ou menos uma semana, para serem digeridas pelos eleitores e eleitoras. Veja-se, por exemplo, o reflexo da atuação dos candidatos no debate da TV Band registrados na pesquisa do Ipec, nome atual do antigo Ibope.

ATAQUES – Os reflexos não foram favoráveis a Bolsonaro, sobretudo entre as mulheres, com o ataque que dirigiu à jornalista Vera Magalhães e outro à senadora Simone Tebet. Na Folha de S. Paulo, a reportagem sobre a meta política do 7 de setembro é de Camila Mattoso, César Feitosa e Renato Machado. No O Globo, de Jussara Soares e Jean Niklas.

O tempo está passando, as urnas de 2 de outubro se aproximando e os reflexos a partir de agora parecem ser decisivos. Um deles já ocorreu. Na noite de terça-feira foi colocado na GloboNews um fato capaz de influenciar no panorama.  A reação do PT aos ataques  que Ciro Gomes tem desfechado contra Lula foram atribuídos pelo partido a uma forma de apoiar Bolsonaro.

Por isso, os lulistas resolveram iniciar a campanha contra Ciro Gomes e a favor do voto útil já no primeiro turno das eleições. Os reflexos desta ruptura explícita vão se fazer sentir ou a favor de Lula ou a favor de Ciro Gomes. Mas devemos reconhecer que a posição de Ciro Gomes é difícil.

REAÇÃO À SUBMISSÃO FEMININA – Na edição de ontem da Folha de S. Paulo, Mariliz Pereira Jorge escreveu um artigo importante contestando a posição defendida pela psicóloga Heloisa Bolsonaro, favorável a uma submissão feminina no sentido enigmático de que as mulheres devem respeitar o sinal fechado.

A reação às declarações de Heloísa Bolsonaro divulgadas no Instagram foram também objeto de forte contestação por parte de Eliane Cantanhêde e Mônica Waldvogel, no programa Em Pauta de terça-feira na GloboNews. As mulheres, disseram a três jornalistas, não têm que se colocar em posição de submissão, mas em posição de independência absoluta dentro dos limites da liberdade e dos direitos de cada um. Sem dúvida, acredito, a psicóloga fez com que seu sogro perdesse votos.

SAQUES DA POUPANÇA – No mês de agosto, revelou Bernardo Caram, Folha de S. Paulo, os saques da caderneta de poupança superaram R$ 22 bilhões, maior saldo negativo registrado desde 1995. De janeiro a agosto deste ano, os saques foram de R% 85 bilhões, o que fez com que o saldo da poupança descesse na escala de R$ 1 trilhão.

Os saques representam, digo, o estado de necessidade da população em pagar suas contas e de se alimentar. Não há outra explicação. E, com isso, reduz-se o saldo de captação, principalmente da Caixa Econômica Federal, que é o maior banco em matéria de aplicações nas cadernetas.

Por aí se vê a dimensão real dos problemas sociais que estão atingindo a população fazendo com que recorra à poupança para a sua própria sobrevivência, resultado do desemprego ainda alto e do congelamento de salários que parecem não ter fim neste governo. O Globo também publicou matéria sobre as retiradas das cadernetas.

EMPREGO –  Geralda Doca, O Globo de ontem, publica reportagem sobre um projeto do governo que permite de modo geral que segmentos de renda menor possam contratar crédito na Caixa Econômica Federal para adquirir residência através do programa “Casa Verde e Amarela”. Mas, pelo projeto, os créditos ficariam vinculados aos saldos nas contas do FGTS.

Portanto, como se constata logo à primeira vista, a vinculação às contas do FGTS depende da manutenção do emprego. Pois, caso contrário, não haverá depósito mensal do empregador que alimente o acréscimo de recursos nas contas dos empregados. O projeto parece incompleto, talvez até um lance eleitoral.

Mas não é essa a questão de fundo. A questão essencial é que fica o projeto na dependência da manutenção do emprego para que sejam saldadas prestações mensais incluindo juros ao depósito dos empregadores no FGTS. O emprego, como se observa, continua sendo o ponto absolutamente essencial da questão e sobretudo de qualquer projeto de redistribuição de renda.

PISO SALARIAL –  Reportagem de Gabriel Shinohara e Andrea de Souza, O Globo, destaca o encontro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, autor de liminar que suspendeu pelo menos até amanhã, quando a Corte se reúne, o piso salarial de R$ 4500 aos enfermeiros e enfermeiras, aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente da República.

Uma das soluções propostas, como é ideia permanente do ministro Paulo Guedes, é a desoneração da folha de pagamento dos hospitais e a possibilidade da compensação das dívidas. A solução é absolutamente conservadora e significa estatizar o aumento de salários aos profissionais que tanto se destacaram pelos sacrifícios que fizeram e os riscos que assumiram no combate à Covid-19.

ESTATIZAÇÃO – Mas digo que se trata de uma proposta de solução conservadora porque transfere-se um encargo  exclusivo dos hospitais, casas de Saúde e centros de atendimento para o poder público numa conta que termina sendo favorável aos contribuintes patronais. É mais um caso de estatizar benefícios, como inclusive foi feito no Auxilio Brasil, e ampliar a margem de lucro, especialmente da iniciativa privada.

A renda, com isso, concentra-se ainda mais, uma vez que recursos públicos deixam de ser aplicados em investimentos, no caso da própria Saúde, para cobrir gastos do setor particular.

A perola do dia: Diretora da Escola Municipal João Paulo II é publicada no Diário Oficial do Municipio

Existem muitos boatos concernentes a exoneração da Diretora da  Escola Municipal João Paulo II; alguns até comentam tratar-se de caso pessoal imoral e ilegal; no entanto, não posso basear-me em boatos, caso a pessoa " prejudicada" confirme realmete qual foi o motivo, tenham certeza que públicarei nos mesmos termos; tal como está escrito.

quarta-feira, setembro 07, 2022

Futuro governo precisa libertar a Amazônia, que se encontra sob domínio do crime organizado

Publicado em 7 de setembro de 2022 por Tribuna da Internet

Retomar a Amazônia

Amazônia é terra de ninguém, onde não há lei nem ordem

Merval Pereira
O Globo

Chama a atenção como os temas relacionados à Amazônia aparecem relativamente pouco nos debates dos candidatos à Presidência da República, pelo menos não com o protagonismo que merecem diante da crise permanente de desmatamento, das queimadas que se repetem em crescimento, da perda de controle da soberania nacional de partes da região para as mais diversas formas de crime organizado: do comércio ilegal de madeira ao garimpo em terras indígenas; da disputa do território entre quadrilhas internacionais na fronteira até todo tipo de contrabando.

O controle do desmatamento e das queimadas é o que de mais perto interessa à opinião pública global, e o que mais afasta o Brasil dos financiamentos internacionais para uma economia verde sustentável. Mas a perda da soberania nacional para quadrilheiros é o ponto mais vulnerável de nossa segurança interna. É pelas fronteiras que entram drogas e armamentos pesados que financiam o crime organizado que, em diversas facções, atuam em todo o país.

AÇÃO COORDENADA – Essa visão holística da questão amazônica está a exigir do futuro governo uma ação coordenada que não se vê em discussão na campanha eleitoral. O recente lançamento do Centro Soberania e Clima, que reuniu nomes como Raul Jungmann (ex-ministro da Defesa), o general Sérgio Etchegoyen (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) e Marcelo Furtado (ex-diretor do Greenpeace Brasil), é um exemplo do que pode vir a ser feito. O objetivo do novo think tank é exatamente promover diálogo, conexões e convergências entre atores da Defesa e do Meio Ambiente no Brasil e no mundo.

Uma grande campanha, intitulada “Amazônia Mãe do Brasil”, está sendo lançada, com o objetivo de dar centralidade ao tema na campanha eleitoral e transformar o Dia da Amazônia, que se comemora amanhã, numa data nacional relevante.

O anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública 2022 aponta violência letal muito maior na Amazônia do que na média do Brasil, que já tem uma média em si mesma altíssima. A soberania do Estado brasileiro na Amazônia nunca esteve tão ameaçada como hoje.

CRIME SEM CASTIGO – Não por invasão de exércitos imaginários, mas pelo avanço de todo tipo de crime e ilegalidade estimulados por um governo que deliberadamente atrofia seus órgãos de fiscalização e punição. O Dia da Amazônia encontra uma região traumatizada pela violência, e envergonhada diante da repercussão mundial das mortes de Dom Phillips e Bruno Pereira.

O anuário de 2022 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública ressalta que a Amazônia tem 30 das 100 cidades brasileiras com taxas de mortes violentas intencionais superiores a 100 por 100 mil habitantes. A violência letal ali é 38% superior à das demais regiões do país. Nos municípios urbanos com mais de 50 mil habitantes e/ou predominância de áreas densamente populosas, a violência letal na Amazônia é 47,9% superior à média nacional desse tipo de município.

“A Amazônia como um todo parece dominada pela lógica dos grupos armados criminosos e, mesmo com as estruturas policiais e militares existentes, que são capazes de atuar quando adequadamente mobilizadas, quem parece organizar a vida da população é o crime organizado, que vai corrompendo e ocupando a economia, a política e o cotidiano da região”, descrevem o diretor-presidente do Fórum, Renato Sérgio de Lima, e a diretora-executiva, Samira Bueno.

FORA DA LEI – Os dirigentes do Fórum denunciam que os grupos criminosos atuam como “síndicos da Amazônia, administrando a vida das pessoas, da economia e dos territórios por eles controlados”.

Em entrevista ao Jornal Nacional, Bolsonaro apostou no discurso de que é preciso relativizar as pressões dos defensores da floresta para gerar empregos. No entanto, nenhum projeto de desenvolvimento tem qualquer chance de parar em pé na Amazônia sem que essa avalanche criminosa seja contida.

A boa notícia é que a emergência já começa a aproximar pessoas e instituições sérias em diálogos novos e promissores. A atuação escancarada de grupos ilegais é incompatível com o Estado de Direito e, portanto, com o desenvolvimento que enganosamente o governo diz desejar para a população que vive naquela região do país. Retomar a Amazônia das mãos armadas de traficantes, grileiros violentos, garimpeiros ilegais e traficantes de madeira é condição básica para se alcançar o desenvolvimento sustentável da região amazônica.

7 de Setembro: Leia na íntegra o discurso de Bolsonaro no Rio

 

Presidente chamou Lula de 'quadrilheiro' e defendeu empresários investigados pelo STF

7 set2022- 18h57

O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou para uma multidão de apoiadores na tarde desta quarta-feira, 7, em Copacabana, no Rio, durante as comemorações do bicentenário da Independência. Candidato à reeleição, ele atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto.

Antes de se dirigir ao microfone no alto de um trio elétrico, Bolsonaro participou de uma motociata com apoiadores do Rio. A agenda do presidente ainda conta com a presença no jogo entre Flamengo e Vélez Sarsfield, pela Libertadores, às 21h30, no Maracanã.

Presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, é recebido por uma multidão em Copacabana, no Rio de Janeiro, antes de discursar no 7 de setembro Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Leia a íntegra do discurso de Bolsonaro no Rio

Brasil, terra prometida. Rio de Janeiro, pedaço desse paraíso. Obrigado a Deus pela minha segunda vida. Obrigado pela missão que me deste para comandar essa grande nação. Não tem preço andar pelos quatro cantos desse País e encontrar uma população alegre, trabalhadora, pacífica e patriota. Pintada com as cores verde e amarela da nossa bandeira.

O Brasil é um país fantástico, ninguém tem o que nós temos: recursos minerais, água potável, terra agricultáveis, clima aprazível. Ninguém tem o que o Brasil tem. Agora olhe o que nós temos e o que ainda nós não somos. O que faltava para nós? Faltava acordarmos da letargia, da mentira, das palavras bonitas, mas de muita enganação para a população. Não sou muito bem educado, falo palavrões, mas não sou ladrão!

O governo teve a coragem de escolher um grupo de ministros nunca visto na história do Brasil. Pessoas competentes, honrosas e patriotas, que aceitaram também essa missão de me ajudar a recolocar o Brasil no rumo certo. Quem podia sonhar com um nome como Tarcísio de Freitas na Infraestrutura. Como o astronauta Marcos Pontes na Ciência e Tecnologia. Como Damares na Mulher. Tantos outros nomes que nos orgulham e nos ajudaram um momento difícil da nossa pátria que foram os dois anos de pandemia.

Problemas não faltaram para o mundo todo, em especial na economia. Lamentamos todas as mortes, mas na economia o nosso governo deu o seu exemplo. Somos hoje referência para o mundo todo. Até mesmo aos mais humildes, aos mais necessitados, quando erraram lá atrás com a política do fica em casa e a economia a gente vê depois. Até mesmo 68 milhões de pessoas com auxilio emergencial. Nosso povo estava condenado a passar fome.

O Brasil, os seus números da economia invejam o mundo todo. Teremos inflação este ano? Sim, mas muito menor do que a Europa e até mesmo que os Estados Unidos. Isso é comprometimento, trabalho, dedicação. É honestidade acima de tudo. Também, não sei se vocês sabem que o Brasil está decolando, está no rumo certo. O Brasil hoje além de referência é admirado por todos os países. Temos uma política externa inigualável. Fomos negociar com a Rússia, mesmo com quase toda a imprensa contra e o mundo também. Garantimos a nossa segurança alimentar e a segurança alimentar de mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo.

Mais do que as questões materiais, nós nos preocupamos também com a tradição do nosso povo. Nós sabemos que nosso estado é laico, mas o seu presidente é cristão. Nós defendemos a vida desde a sua concepção. Não existe no nosso governo a ideia de legalizar o aborto. Nós sabemos o que uma mulher passa, uma mãe, com um filho no mundo das drogas. Por isso, o nosso governo não aceita sequer discutir a legalização das drogas.

O nosso governo respeita as crianças em sala de aula. Não admitimos levar adiante a ideologia de gênero. Os nossos filhos são o nosso patrimônio, e a escola é o lugar do garoto buscar conhecimento. Educação quem dá é pai e mãe. O nosso governo respeita a propriedade privada. O nosso governo botou um fim nas invasões do MST. Você não ouve mais falar de invasão do MST pelo brasil. demos dignidade aos assentados titulando terras para a eles. O nosso governo também levou água para nossos irmãos nordestinos com a transposição do Rio São Francisco. O nosso governo ressuscitou o modal ferroviário no Brasil. O nosso governo trata o povo com respeito. Repito: três anos e meio sem corrupção. Isso não é virtude, isso é obrigação.

    Não adianta a esquerda nos atacar. Não estamos do lado da Venezuela, tampouco do lado da Nicarágua que prende padre e expulsa as feiras e fecha as rádios e televisões católicas. O nosso governo respeita a sua carta à democracia que é nossa Constituição. O outro lado que assina cartinhas não respeita a nossa constituição. A imprensa, por mais que possa errar, defenderei, até o último momento, o direito de uma imprensa livre para que possa levar informações a vocês e vocês decidirem que a imprensa está transmitindo coisas verdadeiras ou não.

    Tenho orgulho que nosso mandato também fez ressurgir no Brasil o patriotismo. Hoje, quando ando pelo Brasil, sempre vemos nas portas das fazendas, uma vara de bambu e uma bandeira verde e amarela na frente. Somos um grande país. Temos tudo para realmente decolarmos, sermos mais do que décima potência econômica. Estamos trabalhando, vocês sabem o que está acontecendo.

    O nosso governo não permite qualquer controle das mídias sociais. As mídias sociais vieram para libertar a nossa população. Esperem uma reeleição para vocês verem se todos não vão jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Fizemos a campanha com João 8:32 'Conhecereis a verdade e a verdade os libertará'. Depois passamos por outra passagem bíblica que diz 'por falta de conhecimento, seu povo pereceu'. Mostramos para vocês como funciona a presidência da República. Hoje vocês sabem também como funciona a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, e sabem também como funciona o Supremo Tribunal Federal. O conhecimento liberta. O conhecimento garante a nossa liberdade.

    Hoje, vocês sabem como é difícil, como presidente da República, estar defendendo esse bem maior da nossa vida que é a liberdade. Ela não tem preço. Se você na vida perder tudo o que tem, lá na frente você pode recuperar se tiver liberdade. Compare o Brasil com a Venezuela, com o que está acontecendo na Argentina e na Nicarágua. Em comum, esses países têm nomes que são amigos entre si. Todos os chefes de Estado dessas nações são amigos do quadrilheiro de nove dedos.

    Não é voltar apenas à cena do crime. Esse tipo de gente tem que ser extirpada da vida pública. Eu peço a vocês que não tentem convencer um esquerdista. Façam o contrário, fale para ele convencer você a ser esquerdista. Veja os argumentos dele, o que eles têm a falar para vocês. São cabeças vazias, pessoas que não têm nada a acrescentar. E depois, se ele tentar te convencer, diga para ele onde ele está errado, porque eu sou o presidente da república de 215 milhões de brasileiros. Eu não quero mal para essas pessoas, eu quero o bem delas. Elas têm que ter sua mente aberta, tem que conhecer a verdade, tem que ter conhecimento para estar do lado certo.

    Vocês sabem que sem economia o povo sofre e não queremos sofrimento para o nosso povo. Hoje, eu estive em Brasília acusado de golpista. Pelo amor de Deus. Estamos ao lado dessas pessoas que nada mais tiveram do que a sua privacidade violada. Nós não queremos que isso aconteça com vocês. Nós queremos que vocês, cada vez mais, tenham liberdade para decidir o seu futuro.

    Nesse momento de decisão, e vocês sabem que somos escravos de nossas decisões. Eu tenho certeza que vocês sabem o que devemos fazer para o Brasil no caminho em que está. Vocês sabem que hoje nós temos um governo que acredita em Deus, que respeita seus policiais e militares, sabe que esse governo defende a família brasileira e, o que é mais importante, é o governo que pede lealdade ao seu povo. Eu irei para onde vocês apontarem. Tenha certeza que teremos um governo muito melhor com a nossa reeleição com a graça de Deus.

    A todos vocês do Rio de Janeiro do meu Brasil muito obrigado por esse momento. Glória a nosso deus por esse momento fantástico que estamos vivendo, voltamos a falar em política em praça pública. Voltamos a acreditar na política tão desacreditada em nosso país. Voltamos a sorrir. Voltamos a discutir política com responsabilidade.

    Tenha certeza que atingiremos não o meu, mas o nosso objetivo, para o bem de nossa pátria. Muito obrigado meu Rio de Janeiro. Hoje à noite, estarei no Maracanã assistindo mais uma vitória do Flamengo para que, no final, o nosso Flamengo venha a ser mais uma vez campeão do mundo lá no Catar. Muito obrigado a todos vocês.

    Brasil acima de tudo [deus acima de todos, completa plateia]

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